Sei Reconhecer Quando Sinto Ciúme

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A noite de ontem foi muito agradável e extremamente feliz. Maria e eu estávamos realmente felizes por saber o sexo dos bebês. Samuel e Victória se derreteram com as afilhadas que ainda faltam quatro meses para nascerem.

No dia seguinte, na terça-feira, eu acordei pela manhã, por volta das oito horas, e sai para correr, faz algumas semanas que não faço isso. Minha vida esportiva está caindo em esquecimento.

Enquanto corria meus pensamentos se encheram de ternura ao pensar em quando eu tiver minhas filhas em meus braços. Sim, eu já estou pensando nisso.

Acabei passando em frente a uma loja infantil. Fiquei alguns segundos observando a vitrine. E acabei gostando de um pequeno par de sapatinhos brancos que ali havia. Pequenino com rendas e pérolas. Entrei na pequena loja e perguntei a uma atendente se possuía dois daqueles graciosos sapatos. Bem, foi um pouco estranho entrar em uma loja daquele tipo sozinho. Comprei o primeiro de muitos presentes que irei dar a minha filhas e voltei para casa.

Tomei um banho demorado e depois me troquei para ir a escola. Marcia foi em casa para realizar o seu trabalho e foi mais uma a ficar feliz com a notícia dos sexos, passamos bons minutos conversando. Eu realmente estava um pouco bobo. Duas meninas que provavelmente serão uma mistura minha com a Maria. Não consigo imaginar um rostinho para elas.

(...)

Na escola realizei todas as minhas aulas da tarde. Decerto, contando a todos as boas novas.

Por volta das 17:30, enquanto conversava com Kelly sobre a ultrassonografia, fomos surpreendidos por Maria Antônia. Ela entrou sorrindo no saguão, com um enorme buquê de flores amarelas e laranjas em seus braços.

- Oi, gente! - ela disse radiante de felicidade quando se aproximou de nós.

- Oi... - respondi olhando para as flores.

- Oi, Maria Antônia! Meu Deus que barriga linda! - Kelly se levantou e cumprimentou Maria com beijos no rosto e ficou acariciando sua barriga.

- Obrigada, Kelly! Então Joseph... eu queria uma carona hoje... não está nada fácil andar com isso. - se referiu ao buquê.

- Okay... - assenti observando aquele exagero de presente.

- Nossa que lindo, Maria! - Kelly ficou maravilhada com as flores.

- Muito, estou apaixonada! - Maria disse enquanto seus olhos gigantes brilhavam - Ganhei do gerente da loja. Nem é o meu aniversário, nem nada e também é o primeiro buquê que ganhei na vida. - Maria falava extremamente feliz com o presente.
Não são rosas vermelhas, então acho que não é algo romântico...

- Não é lindo, Joseph? - Kelly se dirigiu à mim por eu estar muito calado.

- É, bonito. Quando você quiser ir é só me avisar, Maria.

- Agora! Daqui a pouco o Kaique chega da escola, e eu tenho que colocar as flores no vaso senão, vão morrer rápido, o Benicío foi tão fofo.

Nos despedimos de Kelly e caminhamos para o carro. O bilhete do buquê caiu e eu o peguei para Maria que estava impossibilitada de abaixar por causa do mimo que tinha em seus braços e por causa de sua barriga, ela teria que fazer um grande esforço. No bilhete estava escrito: "Para a grávida mais linda que conheço, senão for pedir muito quero um jantar como agradecimento. Benicío."

Entreguei o bilhete e omiti ter lido o recado. 

- Então... por que ele te deu flores? - perguntei depois que liguei o carro.

- Sem motivo... ele disse que queria me ver sorrir. - Maria respondeu sorrindo.

- Te ver sorrir? Okay. - meu tom sarcástico causou estranhamente em Maria.

Duas VidasWhere stories live. Discover now