Susto

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* A narração da Maria foi a Ana (co-escritora) que escreveu *



Por Maria*

A janela estava aberta me fazendo abrir os olhos e enxergar com dificuldade a silhueta de Joseph abrindo as percianas, coçei os olhos e aguardei uns segundos para que se adaptassem a luz.

- Bom dia. - disse rouca.

Ele fechou as cortinas deixando o quarto escuro novamente e se virou para me olhar.

- Bom dia. - sorriu. - Não tinha intenção de te acordar, se quiser pode dormir um pouco mais. - se sentou na cama.

- Não, Joseph, deve ser tarde, não é? Vou me levantar.

- Acho que não passa dás nove, Maria. Não está mais trabalhando pode descansar.

- Não me lembre disto. - passei a mão pelo rosto.

- Por quê? Está sentindo falta do Benício? - me olhou com o cenho franzido.

Eu ri.

- Não é isso, eu estou acostumada a acordar cedo. - fiz uma pausa. - Pare com o ciúme bobo.

- E por que eu não sentiria ciúmes de uma garota como você? - sorriu brincando.

Deixei um sorriso escapar. Não me habituei com ele sempre disposto a me manter próxima.

- Vem cá. - estendi os braços.

Ele voltou a se deitar e eu o prendi fortemente em meus braços, senti sua mão acariciar minha barriga e em seguida seus beijos leves e cuidadosos em meu pescoço, eu estava viciada em seu perfume não o soltaria nunca mais se possível.

- Eu tenho que trabalhar. - disse ao meu ouvido num sussurro.

Nos afastamos um pouco mas sua mão não deixou a minha barriga.

- Tudo bem. - coloquei minhas mãos em seu rosto. - Me dá um beijo. - aproximei seu rosto do meu.

Nossos lábios se tocaram levemente e o beijo estava lento, agradável e doce

- Não posso ficar. - ele disse quando nos desvencilhamos do beijo.

- Então, vai. - sorri. - Não sei o que te impede.

- Claro que sabe, afinal é você.

Lhe dei um último selinho e deixei que ele se levantasse, fiz o mesmo após alguns minutos, Márcia chegaria às dez. Caminhei com preguiça até a cozinha.

- Estão com fome, meninas? - questionei olhando para minha barriga.

Como se tivesse ouvido um "sim" vasculhei o armário atrás de um petisco temporário, encontrei alguns biscoitos recheados, comi enquanto fazia o café. Após tudo pronto, me sentei a mesa e logo Joseph surgiu apressado.

- Já estou indo. - disse pegando o copo já com suco. - Me acompanha até a porta?

Tomou o mais rápido possível. Me levantei e fiz o que havia me pedido.

- Se cuida. - se abaixou para alcançar meus lábios.

- Você também. - sorri.

Antes de sair beijou a minha barriga carinhosamente. Fechei a porta atrás de mim e suspirei ainda com um sorriso tosco.

- Se o pai de vocês tivesse noção do quanto eu me apaixono cada dia mais. - passei a mão pelo rosto livre de qualquer maquiagem.

Me sentei voltando a comer. Sozinha ou acompanhada era o que gostava de fazer. Aquele apartamento parecia maior quando vazio, não sei como Joseph conseguia viver sozinho aqui, apesar de luxuoso não é confortável quando se está solitário nele. O silêncio tomou conta já que na noite passada Kaique foi ao cinema com Victória e Samuel e dormiu na casa dela.

Duas VidasOù les histoires vivent. Découvrez maintenant