O Amor De Um Psicopata

Od anotherangel123

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Azekel é um homem que sofreu muito na vida, foi maltratado, desprezado e abandonado, e isso o tornou uma pess... Více

⚠Alerta de Conteúdo⚠
Persongens
Cap. 1
Cap. 3
Cap. 4
Cap. 5
Cap. 6
Cap. 7
Cap. 8
Cap. 9
Bônus
Cap. 10
Cap. 10.1
Cap. 11
Cap. 12
Cap. 13
Cap. 14
Cap. 15
Cap. 16
Cap. 17
Cap. 18
Cap. 19
Cap. 20
Cap. 21
Cap. 22
Cap. 23
Cap. 24
Final
Bônus

Cap. 2

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Od anotherangel123

Nayomi

- Sinto muito mas não há vagas disponíveis para você agora.

- Mas este anúncio está dizendo que tem vinte vagas para serem preenchidas, não acredito que ja fecharam todas elas.

- Sinto muito senhora. - dou um suspiro derrotada. Essa era minha última esperança de arranjar um emprego.

- Tá tudo bem. - não, não está tudo bem. Minha vida está uma merda. Ela sempre foi uma merda, mas parece que de uns tempos para cá as coisas tem piorado muito mais.

Ando muito até chegar no ponto de ônibus. Fico esperando durante umas 3 horas até o ônibus chegar. O ônibus está lotado. É, parece que hoje não é mesmo meu dia.

Chego 2 horas depois em meu quartinho alugado. E agora o que vou fazer, tenho que arranjar um jeito de conseguir um emprego, nem que seja como faxineira. A empresa em que eu trabalhava faliu, e desde então venho procurado qualquer tipo de emprego que dê para mim, mas até agora nada. Tantos cursos e especializações para nada. Sou tirada de meus pensamentos com alguém batendo em minha porta. Olho pelo olho mágico, e vejo a dona Ilda, a proprietária. E agora o que direi?

- Boa noite dona Ilda... - ela me interrompe.

- Já tem o dinheiro? - que velha maldita.

- Olha dona Ilda, é que as coisas estão difíceis, ainda não consegui emprego em lugar nenhum. Não poderei pagar esse mês.

- Como assim não pode me pagar? Já faz quase 4 meses que está me devendo, eu não posso ficar te sustentando. Tem a conta de luz, água, e nem o dinheiro do aluguel me paga. Aí já é demais.

- Eu sei senhora, mas a senhora sabe como as coisas estão difíceis ultimamente. Eu juro que se pudesse, já teria lhe pagado. Só me dê mais um tempinho, por favor. - Eu imploro a ela.

- Não, eu quero esse dinheiro até amanhã. Se não conseguir, saia daqui manhã mesmo. Não vou sustentar ninguém. Cansei de suas desculpas esfarrapadas. - ela sai e fecho a porta com força. Mulher maldita e sem alma, não tem pena de ninguém. Merda, e agora o que vou fazer? Onde consiguirei esse dinheiro? Estou ferrada. Hoje será meu último dia aqui, depois disso não sei onde irei ficar. Preciso espairecer a mente. Sei o melhor lugar para isso.

Me sento em um banco do parque e fico olhando para a bonita paisagem do parque. Sempre venho para esse parque quando quero esquecer meus problemas, nem que seja por algumas horas. Talvez esse seja o meu lar depois de eu ser despejada. De repente me vem um ataque de risos, as pessoas que passam por mim me olham como se eu fosse uma louca. E como da água para o vinho, meus risos se transformam em lágrimas de tristeza. Será que ainda dá para piorar? eu acho que não. As coisas na minha vida nunca foram fáceis. Nunca tive alguém que me desse carinho e atenção. Passei por coisas que eu não desejaria a ninguém. Eu vivia com a minha mãe e meu padrasto, só que minha mãe ficou doente, e morreu pouco tempo depois. Meu padrasto era um porco miserável. Vivia bebendo, e tentou abusar de mim, mas eu fugi. Eu só tinha 10 anos de idade quando fugi de casa e fui para um abrigo de crianças. Vivi nesse abrigo até meus 15 anos. Eu era muito maltratada por um ser monstruoso chamada Constância. Não tinha um dia em que eu não sofria nas mãos daquela mulher. Tudo para ela era motivos para me punir. Tinha dias que eu ficava sem comer. Tinha dias que ela me mantinha trancada em um quarto de penitência. Tinha dias em que ela me fazia ficar ajoelhada em grãos de milho. Quase todos os dias ela me batia, não havia motivos nenhum para isso, ela era perversa por natureza. Um dia eu não aguentei tanta tortura e fugi, e até agora não me arrependi disso. Aquele monstro ainda se dizia freira. Eu vivi na rua até meus 16 anos com uma turma de órfãos e mendigos. Era um inferno. Não tinha um dia em que eu não ficava com medo de alguma coisa acontecer comigo. Se não era de alguém me matar, era de alguém me estuprar, mas ainda bem que isso nunca aconteceu. Com 17 consegui arranjar um emprego em uma lanchonete, e voltei a estudar. Terminei o ensino médio e fiz administração. Consegui um bom emprego em uma empresa como secretária. Conseguia levar a vida numa boa, mas como todo mundo sabe, a alegria de pobre dura pouco. E agora estou aqui, sem saber para onde ir, e nem o que fazer. voltei a estaca zero. Não tenho nada, apenas alguns trocados. Gastei tudo que tinha na esperança de conseguir um emprego, mas nunca nada na minha vida da certo . Enxugo minhas lágrimas com a palma da minha mão. Acho que já está tarde. Fiquei tão absorta em meus pensamentos que nem vi as horas passar. Caramba, está tarde mesmo. As vezes eu não tenho noção das coisas quando estou aqui. Parece que eu viajo nesse lugar. Deve ser umas 10 horas da noite, e minha futura ex casa está a 30 minutos daqui. Ando pelas ruas desertas a passos rápidos. As ruas a essa hora são o inferno na terra. Medo me define nessa hora. O flash seria fichinha comparado com a velocidade em que estou andando agora. Chego em uma parte da rua que está bem escura, e sem nenhum sinal de vida. Ao passar em um beco escuto gemidos de alguém em um tom baixo. Não, você não vai olhar, siga em frente. Digo isso para mim mesma, mas antes de meu cérebro mandar impulsos para as minhas pernas, ela já anda para o beco. Que merda de curiosidade que tenho. A maioria das pessoas nessa situação, normalmente correriam o mais rápido possível, mas a burra aqui tem que olhar o que se passa. Vou andando lentamente, e vejo um homem socando outro com brutalidade. Um deles fala.

- Quais são sua últimas palavras Sr. Olavo. - puta merda, ele irá matar o homem. O outro que está no chão fala alguma coisa, mas eu não entendo. Logo ao terminar de falar, ele é esfaqueado várias vezes por seu agressor.

- Meus deus. - Tapo minha boca mas já é tarde demais . Merda, porque eu tenho que ser tão curiosa? Me escondo em uma caçamba de lixo que estava perto, rezando para que ele não tenha ouvido.

- Seja la quem for, pessima hora para estar aqui. - Meu coração está a mil. Sinto braços fortes me puxando. Dou grito de susto e ele coloca sua grande mão em minha boca.

- Caladinha, ninguém mandou bisbilhotar no que não era chamada, agora vai sofrer as consequências. - ele me olha e me sinto estranha. Me da um frio na barriga, e não sei se é por saber que vou morrer ou por ele estar me olhando tão intensamente. Tento falar, e ele retira sua mão.

- Me desculpa, não foi por querer. Eu não contarei para ninguém o que vi aqui, não me mata por favor. - tento em vão fazer com que me deixe viver.

- Sinto muito, prometo que sua morte será rápida. - matenho meus olhos fechados, e sinto algo afiado e frio tocar meu pescoço, fico a espera da dor absurda e depois a morte, mas ele demora a fazer isso.

- Então me mata logo, você disse que ia ser rápido. - o que eu tenho a perder? Nada, não tenho nada nesse mundo, então do que adianta ficar viva. Se for para sofrer mais do que sofri, então prefiro morrer de uma vez. Olho em seus olhos castanhos claros que são realçados pelo sua pele negra clara, e vejo eu mesma, a mesma dor e sofrimento que já passei na vida. Devo estar delirando. Acho que é a adrelania que está me fazendo ver demais. Fecho os meus olhos, ele força o canivete. Uma dor insuportável cresce em mim, mas me mantenho imóvel. Lágrimas de dor descem de meus olhos fechados. A minha vida inteira eu lutei para ter uma vida melhor, tentei ser forte, mas agora chega. Cansei dessa merda de vida. Cansei de lutar contra a correnteza. O melhor a se fazer é só esperar minha morte. Sinto o canivete ser retirado. Meu corpo fraqueja em sinal que irei desmaiar. A última coisa que vejo são seus olhos castanhos. Depois disso Caio na total escuridão.
____________________________________

E foi assim que eu vim parar aqui nesse quarto. Sem saber onde estou, e com medo de que a qualquer hora ele me faça algum mal. Esse cara deve ser muito mais louco do que aparenta. Há várias horas atrás ele estava tentando me matar e depois me beija como se não houvesse amanhã. Pelo menos ele beija bem. O que foi gente!? Nunca tinha sentido uma pegada tão boa como a dele. Na verdade nunca tinha sido beijada por ninguém, mas foi por minha opção. Era impressionante como eu só atraía peças boas. Todos os garotos que tentaram ficar comigo ou eram bandidos ou algo pior. Saio dos meus pensamentos com o meu sequestrador abrindo a porta com uma bandeja de comida. Eu realmente não entendo esse cara, e muito menos sei o que ele pretende fazer comigo, mas espero que ele não seja como aqueles serial killers dos filmes que gostam de torturar a vítima antes de matá - lá.

- Trouxe isso para você comer. - ele fala sério. Ele estende a bandeja para mim, me olhando intensamente. O seu olhar frio é de assustar qualquer um. Fico imóvel sentada na cama com medo de que ele possa fazer alguma coisa. - Não vai comer?

- Eu não estou com fome. - mentira, estou quase morrendo para não avançar na comida, mas não sei o que pode ter nela, por isso, nem tocarei.

- Mas tem que comer, não pode ficar sem comer. - e porque ele se importaria com isso? Continuo do mesmo jeito que estava. E ele suspira nervoso. - Nayomi, venha comer. Estou perdendo a paciência com você.

- Eu já disse que...

- Pega logo essa porra de comida, já - ele grita e eu pego a comida em um impulso. - viu, doeu alguma coisa , hã? - permaneço calada. - Me responda, Nayomi. Eu não estou falando sozinho.

- Vai a merda - digo nervosa e Tapo a boca logo em seguida, me arrependendo de ter falado isso. Ele me olha ameaçadoramente. Pega a bandeja de minha mão e coloca no chão, e segura meu queixo forçando a encarar seus olhos castanhos frios.

- Muito cuidado com o que for dizer para mim. Eu posso não ser tão amigável com você como estou agora. - ele aperta minhas bochechas me forçando a fazer um biquinho. - você tem uma boca muito suja. E não queria que eu limpe para você. Pode ser muito doloroso, entendeu?

- Sim, eu entendi. - ele morde meu lábio inferior com força, quase a ponto de feri - lo. A dor de sua mordida me faz gemer. E sem aviso ele me beija. Devora minha boca com muita fome, e eu fico sem entender o porque retribuo. Fico atordoada e sonsa quando ele para o beijo. Ele se levanta da cama e para na porta do quarto.

- Quando eu voltar não quero ver um resquício de comida nessa bandeja. - e tranca a porta ao sair. Esse cara além de louco, é bipolar. Ele se transforma em segundos. Uma hora grita comigo e em outra me beija. Até agora não sei o motivo de estar aqui. Eu não percebi o quanto estava faminta até comer isso, que por sinal estava muito bom. Olho em volta do quarto, e percebo que estou em um quarto bem masculino, talvez seja dele. Tudo bem organizado, mas o problema é que ele é fechado. Não tem uma janela ou abertura nele, e a única saída é pela porta. Vou no banheiro, e vejo apenas uma pequena abertura que acho que não passa nem minha mão. Vou em direção ao quarto e pego uma cadeira. Volto para o banheiro, e subo em cima da cadeira, ficando nas pontas dos pés. Tento olhar algo que me dê algum sinal de onde estou, mas para todo o lugar que olho só tem árvore ou mato. Suspiro frustada. Tenho que arranjar um jeito de sair daqui. Eu não sei o que ele pretende comigo, mas não quero ficar aqui para descobrir.

- O que você está fazendo aí, Nayomi. - tomo um baita susto. Me desequilíbro da cadeira e Caio com tudo no chão. Sinto uma dor excruciante em minha perna. Merda, acho que a quebrei. Ele vem em meu socorro. Ele me pegar no colo, mas sinto uma dor mais forte ainda quando ele tenta me levantar.

- Aaaiii. - solto um grito de dor. Lágrimas saem involuntárias de meu rosto.

- Você está bem? - ele analiza o meu rosto e desvia sua atenção para o meu corpo e seu olhar para na minha perna direita. Olho para o mesmo lugar que ele e vejo minha perna envergada. Ele toca a minha perna quebrada e grito de dor novamente. Ah que ótimo, era só o que me faltava para completar a minha desgraça. Eu rio comigo mesma internamente, porque por fora estou chorando feito uma criança. Eu definitivamente sou uma F.E.R.R.A.D.A.

Pokračovat ve čtení

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