Duas Vidas

By gahteese

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Joseph Kutcher formado em música, tem 28 anos, nasceu e foi criado nos Estados Unidos por sua mãe e por seu p... More

Saudade De Cada Detalhe
De Volta À Escola
A Causadora Do Primeiro Atraso De Victória
Cineminha
Ressaca
Ciúmes Súbito e Provocações Desnecessárias
Conversa/Discussão
A Coisa Mais Difícil Que Eu Já Disse
"Infidelidade"
Delírio
Não Me Arrependo De Ter Me Entregado
Turbilhão De Pensamentos
Tempo Ao Tempo
Inevitável
Reconciliação
Queimaduras Do Terceiro Grau (Reconciliação parte II)
Positivo
Assumir As Consequências
Responsabilidades
"Marlboro & Black"
Duas Vidas
Agora Todos Sabem!
Continue Me Amando
Via Skype
Seria Incrível Se Fosse Com Você
Butique, Benicío e Manu.
Sensível e Demasiado Protetor
Hello - FLASHBACK
Vou Sempre Fazer Isso
Desisto! Não Fazemos Mais Sentido Juntos
NOTA*
Tornar Vazio Da Presença
Reabilitação
"O Que Esperar Quando Você Está Esperando?"
Por Que Seria Um Problema Viajarmos Juntos?
É Perigoso Assim...
Faça O Que Quiser
Me Apaixonar Por Outra Pessoa
Mais Novas Meninas
Sei Reconhecer Quando Sinto Ciúme
Carrinho para gêmeas
Senti Muitas Coisas, Menos Arrependimento (Viagem parte I)
Desconfio Que Essa Não Seja A Minha Vida (Viagem parte II)
Melhor Momento De Sua Existência (Viagem parte III)
Reencontro Forçado Pelo Medo
Não Tenho Sentimentos
NOTA*
Minhas Frustrações, Certezas E Meus Sentimentos Incertos
Me Sinto Insegura Com Essas Mudanças Todas
Paixão Se Tornar Amor E Amor Companheirismo
Tive Sua Atenção
Encantamento, Atração, Paixão...
As Merdas Que Fiz
X-Bacon
Proposta
Namoram Como Casados
Casamento
Um Pouco Espantoso
Namorada (?)
Susto
Jantar
Se Adaptar A Respiração (Hayley)
Felicidade Genuína, No Entanto, Incompleta
Quero Sua Ajuda, Quero Seu Carinho E Quero Muito Seu Amor
Lingerie Super Sexy
Um Ano
A Festa de Halloween
Nota*
A Festa de Halloween - Continuação (ÚLTIMO CAPÍTULO)
IMPORTANTE
A NOSSA VIDA ♡

Tudo Certo. Eu Te Amo

260 22 25
By gahteese

Como este é um capítulo bem Maseph e especial para eles, vou dedicar à você Harley_S_S, sei que gosta do casal e principalmente da Maria, então, obrigada ^^




O jantar ocorreu muito agradavelmente, nós comemos e conversamos sobre vários assuntos, para ser mais exato, Analu indagou sobre a gravidez pois a barriga de Maria Antônia lhe causava fascínio. E Antônia curiosa como é perguntou sobre a carreira de modelo, sobre os países que Analu já conheceu, era uma bagagem grande a expor por isso nenhum momento ficamos em um silêncio constrangedor. Ela também nos deu notícias de seu pai que já havia voltado para casa.

Kaique não escondeu que os dentes de Analu eram intrigantes, sempre que ela ria ele paralisava o olhar.

- Kaique! - Maria o repreendeu uma vez.

Sorri porque compreendia o que se passava.

- Ka, é chamado diastema esse espaçamento entre os dentes. - expliquei.

Analu sorriu e piscou para ele que ficou vermelho.

Me levantei e com a ajuda de Kaique, retirei a mesa. As duas foram para a sala continuar a conversa e eu fui lavar louça, certo, essa é sim uma tarefa chata. Mas Kaique me ajudou então a cumprimos facilmente. Depois nos juntamos a elas.

O assunto parecia ter cessado por alguns segundos mas nossas atenções foram capturadas pelo movimento da barriga redonda.

- Nossa! - Analu colocou a mão na boca.

- Assustador, não é? - Maria perguntou com um sorriso divertido.

Analu concordou.

- Parece que a Maria tá com um monstro dentro da barriga! - Kaique brincou.

- Ei! Não fala assim das minhas filhas! - fez careta para o irmão. - Sente... - disse e pegou a mão de Analu.

- Oh... - se assustou de início. - Nunca tinha feito isso antes... - sorriu maravilhada.

Coloquei minha mão ao lado da sua e sorri.

(...)

Passaram-se alguns dias e o grande momento se aproximava vez mais, a previsão da obstetra estava próxima, disse que provavelmente seria na segunda semana de dezembro. Maria não demonstrava ansiedade ou medo, já não posso falar o mesmo de mim.

- Okay... quer repetir denovo o que devo fazer? - perguntei nervoso.

- Joseph. - Antônia segurou minhas duas mãos. - Por favor, eu preciso de você calmo, respira.

- Okay... - respirei fundo meio contra gosto.

- Vamos descansar.

Apagou o abajur e depois saiu do quarto. Olhei para a "mala" que ela havia arrumado há alguns dias para levarmos para o hospital no dia. Em pensamentos repetia o nosso planejamento: pegar a mala, as chaves necessárias, não esquecer de Kaique e avisar Victória".

- Joseph! - Maria gritou me tirando dos pensamentos repetitivos.

Corri até o nosso quarto.

- O que foi? É agora? - indaguei.

- Não, eu só te chamei. - franziu a teste.

Soltei o ar e levei a mão a testa.

- Vem aqui. Você está pirando. - me sentei em sua frente e abaixei o olhar. - Tudo vai dar certo. - acariciou meu cabelo.

- Como consegue ser assim? Tão serena neste momento...

- Simples, eu tenho tudo o que preciso. Amigos, um irmão que amo muitíssimo, um namorado incrível e quero ver o rostinho delas. É um momento lindo e único, não podemos deixar o medo atrapalhar isso.

- Coberta de razão. - suspirei cansado.

Me abraçou e beijou meu pescoço. Aquilo me confortava, ela que devia estar precisando de força, mas ao invés disto, eu estava. Beijei seus lábios que já me eram tão familiares.

Maria tirou o pequeno vestido que usava e sorriu voltando a me beijar.
- Respira... - sussurrou se deitando.

- Me desculpe... - subitamente senti uma culpa me preencher, prestes a novamente tê-la me recordei do quão insensível fui quando ela se entregou a mim, a um homem, pela primeira vez.

- Pelo que, Joseph? - perguntou séria.

- A sua primeira vez... - esclareci e ela mordeu o lábio. - Foi horrível...

- Se tivesse sido horrível eu acho que odiaria você... ou a mim por ter procurado por aquilo... foi... bom...

- Não foi, Maria. Não para você.

- Joseph, você foi a melhor coisa que me aconteceu em anos e agora nossas bebês que só temos graças a aquela noite. - segurou em meu rosto. - Gosto muito de você... e aquela foi uma das noites mais marcantes e especiais. Pode me chamar de louca... - riu. - Podemos ter muitas primeiras vezes em dias diferentes... Vai, não fica assim. - beijou minha bochecha.

Levei muito tempo para me desculpar mas ao menos foi na hora que tinha de ser. Maria tirou um peso grande de minhas costas.

(...)

No meio da madrugada em que não conseguíamos dormir, Antônia via em seu celular fotografias antigas de quando Kaique era um bebê, em praticamente todas ela estava com ele, apenas pelas imagens nota-se o quanto Cassia era ausente.

- Dá para entender sua ligação com ele... - falei roçando meus lábios em sua bochecha.

Ela sorriu arrepiada e disse:

- Tem muito por trás disso. - Me afastei para fitar seus olhos marejados. - Acho que estou pronta para contar...

- Sempre estive pronto para te ouvir.

Ela sorriu levemente e se sentou.

- Não sei por onde começar... - suspirou. - Então... vou falar um pouco da minha mãe...

E então Antônia começou a abrir-se falando sobre Cassia, esta era jovem quando se apaixonou por seu pai, segundo ela, eles tiveram um relacionamento de poucas semanas, ela se entregou e depois ele desapareceu. Cassia teve Maria mesmo assim, mas não demonstrou grande amor pela filha. Então sua avó entrou na história e cuidou dela até falecer, Maria já tinha oito anos.
Quando tinha onze, Cassia conheceu um homem e Maria não gostava dele, mas a mãe não deu importância, ela engravidou novamente e teve o companheiro a seu lado até a hora do parto, depois ele também não deu mais as caras e novamente Cassia teve uma desilusão amoroso, desenvolveu depressão pós parto e sobrou para Antônia com 12 anos cuidar do irmão bebê, ela mesma que escolheu o nome dele.

A mãe da Tória já tinha sido uma grande amiga de Cassia, mas se afastou por causa dos rumos de suas vidas, no entanto ela se tornou como uma tia para Kaique e Maria, a ajudava com praticamente tudo. Maria foi reprovada na escola um ano por muitas faltas e logo depois expulsa por encontrar muitas brigas. O problema era que seus colegas diziam que ela com doze anos já era mãe.

Quando mais velha foi para o Guarujá com o irmão, entretanto voltou porque ele sentia falta da mãe. Depois de formada na escola, foi morar em Santos sozinha, mas a saudade e a falta que sentia de Kaique e Victória, a fez voltar. Passou um ano e ela resolveu fazer aula de música na escola com a Tória para ficar o menor tempo possível em sua casa.

- Não me olha assim. - Maria disse depois que não me pronunciei sobre sua história. - Não gosto desse olhar... de pena... você sabe.

- Não é pena, Maria Antônia, é deslumbramento.

- É só mais uma história triste no meio de milhões...

- Não. - a interrompi. - É a história de superação da minha namorada.

- Você me ajudou a superar... Mesmo quando era meu professor e eu o beijava em pensamentos. - riu.

- É o poder da arte. Da música.

- Dos seus olhos, da sua voz.

A trouxe para mim e beijei sua testa, depois sua boca. 

- E eu com medo da hora do parto. Você é a pessoa mais forte que conheço. - falei com meus lábios sobre os seus.

- O que acha de mudar o meu nome para Antônia Maravilha?

- Que tal Super-Maria?

Entre risadas nos beijamos com carinho e... amor.

(...)

Kaique e eu estávamos tocando violão na sala e eu aproveitava para lhe ensinar com músicas americanas, assim ele desenvolvia o inglês que lhe era interessante. Maria se levantou para levar as cascas de banana para o lixo. Ela demorou na cozinha, não me atentei muito até perceber que ela fitava o chão.

- Joseph... - disse baixo quando notou meu olhar. - Minha bolsa estourou.

Fiquei congelado por segundos mas foi Maria liberar um suspiro surpreso que espremia certo incômodo, que me levantei.

- Ka, liga para Victória, eu... eu vou pegar a mala.

- Vem aqui primeiro. - Maria pediu e meu desespero apareceu.

Caminhei até a área da cozinha.

- Cuidado. - olhou para o chão enquanto eu me aproximava. Havia um líquido no piso. - Respira.

- Okay... eu... estou respirando. - falei pausadamente.

Passei meu braço por sua cintura e a guiei para fora da cozinha.

- Já volto.

- Tudo bem.

Corri até o quarto e peguei a mala. Voltei para a sala e certifiquei de que a chave do carro já estava no meu bolso.

- Maria, suas pernas estão molhadas. - observou Kaique.

Ela riu e enquanto nos dirigíamos para fora do apartamento ela explicou o que estava acontecendo.

- Finalmente elas vão nascer! - exclamou entusiasmado.

Tranquei a porta e entrei no elevador que eles estavam. Kaique disse que Victória iria direto para o hospital.

- Viu, tudo dando certo. - Maria sorriu e me deu um selinho.

Assenti e a ajudei chegar até o carro. Dentro do veículo a ajudei colocar o cinto e comecei a controlar minha respiração. Entreguei meu celular a Antônia que mandou mensagens a Samuel, Analu e aos meus pais dizendo que a hora tinha chegado.

Assim que saímos do estacionamento Maria soltou um grito por causa da contração, arregalei meus olhos e tentei manter a calma. Ela levou uma mão até minha nuca e acariciou me passando um pouco da sua calma.

Kaique no banco traseiro não tirou os olhos da irmã por nenhum segundo. E ela em meio a suspiros de surpresa por alguma dor, conversava tentando nos distrair. A única coisa que eu queria era sair daquele trânsito caótico.

(...)

- Mais um pouco e nossas filhas nasceriam no carro... - Maria disse ofegante enquanto eu a ajudava descer do carro.

- Nem brinca!

Como na noite do alarme falso os enfermeiros chegaram com uma cadeira de rodas e sentou Maria, fui parado na recepção para cuidar de algumas coisas e fiz o mais rápido que pude, e nesse tempo Victória chegou. Ela ficou com Kaique na sala de espera e eu corri para o quarto que os enfermeiros me conduziram.

Não podia demonstrar nervosismo a Maria mas inegavelmente meu coração estava disparado. Precisei colocar uma roupa especial antes de adentrar a sala, era necessário para que de forma alguma eu viesse a contamina-lá com alguma bactéria.

- Joseph? - disse ela com um sorriso fraco ao me ver entrar. - A Tória já chegou?

Me aproximei de sua cama, ela estava pronta para entrar em trabalho de parto.

- Ela está na recepção com o Kaique.

- Ah, que ótimo. Você fica incrível de verde.

Eu ri.

- Não é hora para piadas, Maria.

Seu rosto se fechou e ela deixou sua cabeça repousar para trás, era outra contração, num gesto rápido peguei sua mão e deixei que ela a apertasse a minha. No exato momento o médico entrou, o que me fez suspirar.

- Hora de colocar essas meninas para fora, não é? - disse ele.

A dor se foi por alguns instantes, sua respiração estava pesada. Ela tentava transparecer forte.

- Você consegue, eu sei que consegue. - falei ao seu ouvido.

- Eu consigo. Só estou com um pouco de medo... mas a vontade de vê-las é maior.

Sorri ao ver o brilho em seu olhar, era comum quando falava de nossas filhas mas de certa forma ainda me impressionava.

- Vou estar segurando a sua mão o tempo todo, não há o que temer. - beijei sua testa e a vi sorrir levemente.

- Eu te amo, Joseph. - seu olhar penetrou os meus olhos.

- Eu te amo, Maria Antônia. - respondi sem desviar do seu olhar.

Diferente do que pensei era capaz de ama-lá de uma maneira diferente da que amei Analu, mas sim eu amo a Maria e não havia melhor hora para se admitir isso.

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