Decontrol. ( Segunda temporad...

By CryBabyHere

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Sequela de Controller, leiam antes a primeira temporada. Depois que uma escolha errada de palavras e uma posi... More

Decontrol
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Bônus.
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Epílogo.

Capítulo 20

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By CryBabyHere

          Miranda

- Não. Absolutamente não. - Henrique disse enquanto andava pela sala.

- Não sei Henrique, mas temos que resolver isso! – Exclamei. – Temos a opção de ajudar a mãe dela ou aguentar essa mulher por muito tempo.

- Ela é louca, acha mesmo que isso vai dar certo?

- Pode ser que sim.

- Tudo bem, eu vou chamar Laura para um jantar ou algo assim, mas tudo deve ser planejado.

- Vamos chamar a mãe dela e conversar sobre tudo.

- Irei alertar a equipe. – Henrique avisou.

- Essa noite nada pode dar errado.

- E não dará.

Assim que Henrique se reuniu com equipe para discutir o que iriam fazer me encarreguei da mãe de Laura contando-lhe apenas o necessário e nada, além disso. Não podíamos confiar cegamente nela, acima de tudo ela era mãe.

As meninas foram levadas por Lili e Jessica e Matilda foram dispensadas. Henrique estendeu o convite para Laura. Um jantar na nossa casa, mas apenas eles dois.

Sabíamos dos riscos de todo esse plano louco, mas era agora ou nunca. Não podíamos passar o resto de nossas vidas carregando problemas desse tipo, havia outras coisas que precisavam ser feitas e nossa vida precisava continuar. Claro, era inegável o frio em minha barriga, a ansiedade me corroendo a cada minuto e o medo ameaçando bater em minha porta. A verdade era que Henrique estaria aqui 'sozinho' com ela e nada poderia acontecer com ele.

- Senhor tem alguns homens cercando a casa.

- Como assim? – Perguntei e Henrique se levantou.

- Disseram que estão aqui a mando de Laura. Tínhamos uma ideia de que ela não viria totalmente despreparada, ela é esperta.

- Temos que cancelar isso. Ela não veio sozinha, Henrique!

- Não podemos, não agora, seria muito na cara.

- Mas...

- Vai, é melhor você ir agora ela não pode saber que estava aqui ou não vai acreditar em nenhuma historia nossa.

- Toma cuidado Henrique. – Pedi acariciando seu rosto e o mesmo sorriu.

- Sempre tomo. – Afirmou encostando seus lábios aos meus.

          Henrique

Preparei tudo como me foi instruído, deixei saídas fáceis para mim e algum meio de defesa. Laura era surtada e aprendi que desse tipo de gente podemos esperar tudo. Eu não era nenhum herói invencível, tinha duas filhas para criar e não poderia morrer agora.

- Laura chegou. – Michael avisou e logo Laura apareceu. Usava um vestido preto justo, seus cabelos soltos e sua postura de autossuficiente e ao mesmo tempo desafiadora. Ela havia vindo pronta para tudo, mas eu também estava.

- Achei que a Miranda estaria aqui, poxa, estou com tantas saudades. – Ironizou sorrindo.

- Ela precisou sair viajar a trabalho. – Justifiquei.

- E então o senhor aproveita para trazer mulher na sua casa. Que coisa feia. – Disse enquanto me circulava. – Espero que minha equipe de seguranças não tenha causado problemas, você sabe, meu marido é muito preocupado comigo.

- Não causou problema algum. – Respondi servindo-lhe uma taça de vinho. – Podemos aproveitar a noite para conversar tranquilamente.

- Reconheço que você anda muito estressado, deveria se acalmar mais. - Sentou-se.

- Estou tentando. – Resmunguei.

- Então Henrique, por que me chamou aqui?

- Precisamos conversar, sobre nós, sobre Lila. O seu retorno tem mexido com todos nós e confesso que mexe comigo também.

- Mexe?

- Tudo o que tem feito tudo o que tem mostrado tem me confundido muito. Eu não consigo deixar de pensar em como seria, poxa, você é a mãe da minha filha. – Dramatizei.

- Família Henrique, era isso que poderíamos ter sido. Mas infelizmente você não quis. – Disse pousando sua mão sobre a mesa. – Não era você que sempre dizia que eu me tornei uma praga?

- Laura. – Murmurei me levantando. – Eu acho que-

- Senta ai. – Mandou mexendo em sua bolsa e me surpreendeu quando apontou uma arma em minha direção.

- Laura...

- Não achou que eu viria até aqui totalmente desprevenida e guiada por uma paixão. Minha mãe nunca foi confiável Henrique, você esqueceu-se disso? – Sorriu. – Uma velha, louca pelo perdão e pela atenção da filha, já se preguntou o que as mães fazem por seus filhos? Se elas são capazes de passar por cima do certo e do errado? Nem todas são assim algumas preferem que seus filhos aprendam com o errado e façam o certo, mas seria demais cobrar bom senso de alguém como a minha mãe.

- Você...

- Eu a mandei aqui. Uma senhora dramática de nascença. Deveria ser atriz, não acha?

- Abaixa essa arma Laura, vamos conversar com calma.

- Para de mandar em mim. Não manda em mim! – Gritou e engoli em seco erguendo as mãos.

- Não estou... Não estou mandando.

-Cadê a Miranda? Sei que ela não esta longe. Manda-a voltar aqui.

- Isso é entre mim e você.

- E ela. Agora faça o que eu mandei! – Laura jogou o celular em minha direção e olhei para ela. – Disca, vai logo, eu não tenho a noite toda.

 "Miranda." – Disse assim que ela atendeu.

 "Henrique?"

 "Preciso que venha para cá. A mãe da Laura nos enganou, era uma armação."

 "Como assim?"

 "Venha para cá, sozinha."

 "Henrique..." 

 "Vai ficar tudo bem."

- Isso seria tão fofinho se eu ainda ligasse para todo o seu sentimentalismo. – Debochou.

- Você não liga para nada, é uma louca.

- Não vamos esquecer quem esta com a arma aqui. – Sorriu.

- Senhora?

- Aqui Josh. Como esta as coisas lá fora?

- Todos que estavam próximos do local foram retirados.

- O quê?

- Sua equipe saiu de circulação. Pelo menos os que você deixou de prontidão. Todo o plano já estava arruinado muito antes de começar.

- Sua mãe deve ser desequilibrada como você.

- Isso é com ela. - Deu de ombros e se sentou em uma das cadeiras ainda com a arma em mãos. – Agora vamos ficar quietinhos aqui e esperar a nossa maravilhosa Miranda chegar. Essa será a melhor noite de todas! – Disse animada.

Eu sabia que isso não seria uma boa ideia.

     (...)

Assim que Miranda passou pelo elevador com um dos seguranças de Laura senti meu coração se apertar. Essa era a última coisa que eu queria que acontecesse e olha só onde estamos agora.

- Olha! Minha última convidada chegou. - Laura ironizou e Miranda estreitou os olhos em sua direção. - Vamos querida, não se acanhe, sente-se ali ao lado do seu queridíssimo marido.

- O que você quer Laura? - Miranda perguntou enquanto vinha para o meu lado.

- Eu avisei que iria acabar com você. Eu sempre ganho. - Sorriu. - Vocês me humilharam me jogaram para baixo e agora francamente o 'amor' de Henrique é a última coisa que me importa. No dia em que eu fui tirada daquele apartamento algemada na frente de todos, eu prometi a vocês e agora estou cumprindo.

- Todas essas coisas foram reações das suas próprias ações, não pode nos culpar por isso. Não pode nos culpar por tudo de ruim que aconteceu na sua vida! - Miranda atirou.

- Leve ele para o quarto lá em cima, qualquer um deles. Deixem-me a sós com a Miranda. - Mandou.

- Não! - Protestei.

- Andem!

- Não, não faça isso. - Pedi enquanto tentava não ser arrastado para cima.

- Se não for eu posso acertar uma bala no meio da testa dela. - Ameaçou fazendo um calafrio correr pela minha espinha. - Levem.

          Miranda

Laura estava completamente louca. Era evidente o seu colapso mental e como ela discutia consigo mesmo sobre cada passo que dava. De certo nada estava saindo exatamente como os seus planos e isso parecia perturbá-la.

- Tudo isso, nada disso seria necessário se você não existisse. - Afirmou circulando pela sala de jantar. - Você nasceu pra ferrar a minha vida.

- Laura, não é assim, essa é a pior saída que você pode arranjar. Larga essa arma, vamos conversar. - Sugeri.

- Por quê? Pra você dizer que eu sou louca? Pra dizer que estou errada? Que não fez nada? Miranda a santa.

- Eu sei o que você esta sentindo Laura. Ninguém te entende, ninguém apoia você. Eu sei. - Sussurrei me aproximando com cautela.

- Você não sabe...

- Nós podemos mudar isso Laura. Eu posso ajudar você.

- Eu não preciso da sua pena. - Afirmou apontando a arma para mim e reparei na sua mão trêmula.

- Você não precisa disso. Você é uma mulher bonita, nova...

- Sempre, você sempre teve inveja de mim, do que EU tinha.

- Sim, eu tive. Olha pra mim Laura, nunca fui chique como você, nunca fui uma modelo, rica e paparicada. Eu tive inveja. - Concordei entrando na sua onde e notei a entrada de Michael pelo elevador da garagem. O mesmo rolou os dedos pedindo que eu a distraísse mais um pouco enquanto se movia cautelosamente.

- Você tinha inveja de mim? - Perguntou.

- Claro. Henrique nunca me amou como amou você e sabe como é difícil aceitar isso? Aceitar que ele ainda te ama? - Menti.

- Ele ama? - Perguntou distraindo-se enquanto abaixava a arma aos poucos.

- Ama. Ele ainda te ama. Por isso ele não queria fazer isso. Quando sua mãe pediu ele foi o primeiro a negar, não queria fazer isso, não queria que pegássemos você.

- Você esta mentindo! – Voltou a erguer a arma balançando-a a minha frente.

- Não! Eu não estou. – Disse esticando minhas mãos como para acalma-la. – Eu não mentiria aqui numa situação dessas Laura.

- Ele disse que me odiava.

- Ele mentiu, ele não queria admitir. – Afirmei olhando para bandeja na mesa tentando obter algum reflexo de onde Michael estava e Laura seguiu meu olhar segundo depois. – Laura.

- Esta mentindo. – Disse destravando a arma e apontando para mim.

- Para com isso Laura, não é tarde demais. – Argumentei sentindo o meu sangue gelar.

- Parece que é sim. – Sussurrou escorregando o dedo no gatilho e fechei os olhos ouvindo dois disparos.

Tudo ficou em silêncio como se estivesse tudo parado no tempo e assim que abri os olhos vi Michael na minha frente e Laura caída em uma posa de sangue. A arma estava caída ao seu lado enquanto ela estava ali jogada ao fim que todos tentamos evitar. Um apito agudo soava em meu ouvido e eu não conseguia me localizar ali. Uma queimação irritante e dolorosa em minha pele e então Michael se aproximou.

- Senhora? – Ouvi sua voz ao longe antes de seus braços me ampararem e minha cabeça tombar para baixo. Podia ver ao longe Henrique descer as escadas, podia ver todos se moverem de um lado para o outro em busca de alguma coisa. Podia vê-lo amparar meu corpo enquanto a visão ficava cada vez mais embaçada.

- Ela foi atingida. – Foi o que ouvi como um sopro antes de mergulhar de vez no enorme silêncio.

"A vida é tão frágil como uma rosa. Demoramos anos para vivê-la, meses para entendê-la e semanas para aproveita-la, mas basta apenas um minuto para que ela se acabe para sempre."

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Ai esta, amanhã teremos mais um. Espero que gostem do capítulo. Abraços ;)

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