Henrique
Sai do carro correndo até a porta da casa de Miranda e como sempre Matilda é quem aparece.
Ela já esta vindo Sr. Marchal. - Avisou e assenti. Eu nunca fui convidado a entrar na casa de Miranda e não vejo ela desde o nascimento de Molly a três anos atrás, mas nunca desisti de tentar.Todas as reuniões da Desmond que eu estive presente ela mandou um representante, estava emprenhada em não me dar mais nenhuma chance.
- Papai. - Molly cambaleou até mim e agarrou nas minhas pernas olhou para cima e sorriu.
- Amor, esta pronta? - Perguntei a pegando no colo e dando um beijo em sua bochecha.
- Pota. - Disse espalmando as mãos no meu rosto me fazendo um bico. - Papai peinho.
- Sim, sou um peixinho. - Murmurei e a mesma sorriu me soltando. Peguei sua mochila e me despedi de Matilda seguindo de volta para o meu carro começando a semana que sempre ficava com a minha pequena.
MirandaRespirei aliviada quando Matilda finalmente fechou a porta e parei de ouvir a voz de Henrique. Apenas a sua voz já me fazia fraquejar, eu não poderia tão cedo olhar em seu rosto.
Sentei na beira da cama e apoiei as mãos nos joelhos olhando para a parede. Eu teria que parar com isso, não posso agir com essa infantilidade.
Levantei pegando minha bolsa e resolvi esquecer o assunto por hora. Arrumei meu cabelo que estava agora curto na altura do pescoço e preto. Havia pintado assim que Molly parou de mamar, resolvi mudar um pouco.
Desci as escadas e peguei na chave do meu carro.
- Estou indo para a impressa Matilda, qualquer coisa me ligue. - Avisei retocando meu batom vinho no espelho da sala e arrumei minha blusa social branca com uma regata da mesma cor por baixo devido a sua transparência e uma saía lápis preta, cintura alta, saltos da mesma cor e a franja bem arrumada.
Como costuma dizer a Lili... Eu estou poderosa. Sorri de mim mesma e segui para fora caminhando até meu carro e vi que o de Henrique permanecia ali. Droga, hoje não.
Olhei para o caminhão de lixo que o impedia de sair e para a porta de casa quando ouvi a voz da Molly.
- Mamãe. - Gritou com sua voz fina e Henrique me olhou abaixando os óculos escuros.
Deus, ele esta ainda mais bonito, minhas pernas viraram gelatinas como da primeira vez que me expus a esse olhar intenso e o meu coração... Ele como o burro que é, se aqueceu novamente.
Olhei para os lados um pouco desorientada e me aproximei lentamente quando Henrique abriu a porta e desceu do carro.
Usava uma calça jeans preta e camisa social preta com suas botas marrons. Olhei para o seu cabelo agora um pouco maior na altura dos ombros. Ele esta muito bonito.
- Miranda. - Murmurou com a voz rouca e em seguida limpou a garganta.
- Henrique. - Disse quase em um sussurro.
- Você esta... Bem. - Comentou.
- Obrigada, você também parece bem.
- Levando. - Deu de ombros.
- Pois é... - Olhei para ele agarrando com as duas mãos a alça da minha bolsa. Por quê eu parecia uma criança agora?
- Adorei o cabelo. - Sorriu passando as mãos na lateral da calça, ele fazia isso sempre que suas mãos suavam e parece que ainda tem a mesma mania.
- É, mudei um pouco. - Sorri sem graça.
- Fica linda morena.
- Eu... Eu preciso ir. - Disse vendo que o caminhão finalmente saiu. Andei até a porta de Molly e abri lhe dando um beijinho.
- Fica ida moena. - Sorriu repetindo as palavras do pai e passou a mão no meu cabelo me fazendo sorrir.
- E você é linda minha loirinha. - Mordi levemente sua bochecha e me despedi voltando a fechar a porta.
- Bom... - Henrique murmurou.
- Nos vemos por ai.
- É... Nos vemos por ai. - Disse me olhando sem saber o que fazer e por fim me estendeu a mão e apertei a mesma que estava fria e suada.
- Tchau Henrique.
- Tchau Miranda.
Caminhei rapidamente para o meu carro e destravei o mesmo entrando. Respirei fundo soltando a respiração que nem sabia que estava presa e apoiei as mãos no volante vendo pelo retrovisor o carro de Henrique se afastar para a direção contrária.
- Você não vai chorar Miranda Feraz, você é uma mulher forte e não precisa dele. Não precisa dele. - Afirmei para mim mesma e ajeitei o cabelo ligando o carro.
Henrique Marchal é passado, e continuará no passado.
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Ai esta o primeiro, espero que tenham gostado, por favor, votem, comentem e deixe suas opiniões. Beijinhos :)
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Decontrol. ( Segunda temporada de Controller. )
ChickLitSequela de Controller, leiam antes a primeira temporada. Depois que uma escolha errada de palavras e uma posição absurda custaram seu relacionamento. Henrique se vê sozinho e obrigado a aprender com seus erros, concertar seus passado e se redimir c...