Henrique
Assim que chegamos em casa Lila se despediu e subiu para o seu quarto. Olhei para Miranda que se sentou no sofá retirando seus saltos e me sentei ao seu lado.
- O que aconteceu lá? O que Lila te contou? - Perguntei.
- Ela ficou chateada Henrique, é uma criança e esse assunto da mãe é delicado para ela. - Murmurou se encostando ao sofá.
- Eu não sei o que fazer. - Confessei.
- Lila virá conversar com você quando se sentir a vontade para isso, até lá deixe-a. - Aconselhou.
- Eu não quero minha filha triste.
- Ninguém quer Henrique, mas faz parte da vida. - Disse encostando a cabeça em meu ombro. - Não fica assim, vamos ajuda-la... Quando ela quiser a nossa ajuda.
Olhei para Miranda que me lançava um olhar compreensivo e me levantei estendendo a mão para ela.
- Vem, vamos dormir.
- Vamos querido.
Miranda - Dia seguinte.
Henrique dormia tranquilamente ao meu lado depois de passar metade da noite se revirando. Peguei meu robe e levantei da cama caminhando para o banheiro. Depois de escovar os dentes e passar uma água no rosto, prendi o cabelo e sai do quarto.
- Que cheirinho maravilhoso. - Sorri depositando um beijo na cabeça de Molly. - Cadê a Lila?
- Não acordou ainda. - Jessica respondeu.
- Vai querer omelete ou torradas senhora? - Perguntou Matilda.
- Fico com as torradas. - Sorri me sentando e pegando a garrafa de café.
- Toada. - Molly repetiu se lambuzando com o seu pão e sorri.
- Vamos ao parque hoje, o que acha?
- Eu quero ir ao boliche. - Disse Lila entrando na cozinha ainda de pijama.
- Vamos ao parque e depois à noite vamos ao boliche, combinado? - Perguntei e a mesma assentiu se sentando na cadeira ao minha frente.
- Tudo bem, cadê o papai?
- Ainda esta dormindo. - Disse pegando minhas torradas e agradeci Matilda.
Depois do café em que Henrique apenas o tomou depois devido ao tanto que dormiu, fomos todos para o parque. Molly brincava enquanto Lila a ajudava em alguns brinquedos e depois do sorvete, do algodão doce e de alguns brinquedos ela logo enjoou.
- Pai, vamos ao boliche hoje. - Disse Lila.
- Tudo bem, que horas? - Perguntou entrelaçando nossas mãos enquanto Lila e Molly caminhavam a nossa frente.
- Pensei em sair de casa no máximo umas seis horas. - Comentei e Henrique assentiu.
- Seis horas esta bom.
...
Coloquei minha calça jeans e uma sapatilha enquanto Molly corria pelo corredor com Henrique atrás dela. Lila apareceu no quarto já pronta, usando uma calça jeans azul, uma blusinha branca e um tênis.
- Já estou pronta. - Avisou terminando de amarrar o cabelo.
- Passou o desodorante?
- Passei.
- O perfume?
- Passei.
- Escovou os dentes?
- Sim mãe. - Disse entediada e logo arregalou os olhos.
- Ótimo filha, então me espere lá embaixo. - Sorri ignorando o seu receio de receber alguma repreensão.
- Não se importa que eu te chame de mãe? - Perguntou surpresa.
- Não, bom, a partir dos seus sete anos eu estive bem presente na sua criação e você estava se tornando quase a minha copia fiel. - Disse e a mesma sorriu correndo para fora do quarto. Lila estava entrando numa fase complicada, tentando ser aquela criança adulta que ela não era e se esquecendo de aproveitar a infância, mas eu sei o quanto isso é importante, e o quanto ela não deve se preocupar muito em crescer rápido demais.
Depois que Henrique finalmente pegou Molly para colocar o sapato saímos de casa em direção à garagem. Coloquei Molly na cadeirinha e Lila subiu deslizando no banco ao seu lado e colocando o cinto.
Henrique ligou o carro e entrei colocando meu cinto enquanto o portão da garagem se abria.
- Prontas para uma divertida noite em família? - Henrique perguntou empolgado. Lila estava animada e isso era ótimo, eu não poderia saber exatamente o que ela sentia, mas é sempre difícil quando seu pai começa uma nova família e nem sempre você consegue se encaixar nela. Lila era uma parte importantíssima dessa família e hoje mostraríamos isso a ela.
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Desculpem a demora, hoje ainda terá outro. Beijos <3
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Decontrol. ( Segunda temporada de Controller. )
ChickLitSequela de Controller, leiam antes a primeira temporada. Depois que uma escolha errada de palavras e uma posição absurda custaram seu relacionamento. Henrique se vê sozinho e obrigado a aprender com seus erros, concertar seus passado e se redimir c...