Capítulo 02

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Henrique

Estava na sala de reuniões da Desmond, depois de uma convocação para avaliar as novas peças.

- Olá Henrique. - Simone sorriu se sentando ao meu lado.

- Simone. - Murmurei.

- Como esta a pequena Molly?

- Bem. - Respondi.

- Esta monossilábico, o que aconteceu?

- Encontrei Miranda hoje.

- Brigaram? - Perguntou.

- Não, foi um pouco... Desconfortável, mas, ela estava linda. Por quê não me disse que ela pintou o cabelo?

- Eu... Esqueci. - Disse se remexendo na cadeira. - Não sabia que gostava de morenas.

- Eu gosto da Miranda. - Disse e os representantes da Companity entraram e logo Miranda chegou.

- Bom, temos uma linha de esmeraldas azuis saindo. - Disse começando a passar os kits em caixas refinadas de veludo. Havia um par de brincos, uma anel e um colar de esmeraldas azuis belíssimas.

- Todas as peças estão esplendidas. - Disse o Hugo/puxa saco/imbecil provocador que acha que vai ficar com a Miranda em algum dia da sua pobre vida.

- São perfeitas. - Afirmei e Miranda me olhou sorrindo logo depois.

- Elas sairão hoje no mercado, o conjunto esta no valor de oitenta mil.

- Justo. Esmeraldas não são nada baratas. - Afirmou Simon.

- Acho que venderiam mais por setenta. - Comentei. - O conjunto de diamantes do trimestre passado saiu por sessenta e diamantes são mais caros.

- Concordo com o Sr. Marchal. - Simone afirmou e Miranda revirou os olhos.

- Também concordo, mas era dia dos namorados, por isso saiu por esse valor. Agora precisamos colocar um mais alto, então saíra por oitenta.

- Tudo bem. - Disse olhando novamente para o conjunto. Realmente valiam a pena.

- A coleção desse trimestre esta aprovada então? - Miranda perguntou e todos assentimos. - Ótimo, amanhã já estarão disponíveis nas joalherias.

Assinamos os últimos papéis e Miranda foi a primeira que saiu com Hugo. Todos saíram e fiquei um tempo olhando para as esmeraldas.

Estava pensando no que falar para Miranda, queria puxar assunto, me aproximar.

Levantei ajeitando o terno e caminhei calmamente para fora da sala de reuniões. Subi para o andar da presidência e como sempre sua secretária estava entretida no celular.

A ignorei andando até a porta e limpei minhas mãos que suavam. Peguei na maçaneta e coloquei um sorriso no rosto que caiu assim que abri a porta.

Miranda esta sentada na mesa e Hugo a beijava segunda o corpo dela contra o seu. Talvez eu seja o único imbecil provocador que acha que vai ficar com a Miranda em algum dia da minha pobre vida.

Sem ação voltei a fechar a porta e passei pela secretaria que me parou.

- Sr. Marchal, que surpresa boa.

- Olá Cíntia. - Respondi apertando o botão do elevador. - Largue esse celular. - Sorri entrando no elevador e Cíntia sorriu sem graça.

Assim que as portas se fecharam respirei fundo me encostando no fundo. Droga, eu queria muito não ter visto aquilo.


Miranda

- Essa foi a última vez. - Afirmei para Hugo arrumando meu cabelo.

- Por quê não podemos ficar juntos? Você gosta de mim, eu gosto de você.

- Sabe que eu não gosto de você a ponto de ter um relacionamento.

- Henrique é passado, devia seguir em frente.

- Eu decido quando fazer isso, agora saia daqui, por favor. - Pedi e o mesmo assentiu se retirando da minha sala. - Cíntia, algum recado?

- Não senhora, apenas o Sr. Marchal que esteve aqui a uma meia hora atrás, mas apenas abriu e fechou a porta, não entendi muito bem.

- Ele esteve aqui? Ele abriu a porta?! - Me levantei alarmada.

- Sim senhora, parecia meio tristonho, mas ainda sim fez a brincadeira do celular como sempre.

- Tudo bem, obrigado. - Desliguei o telefone e respirei fundo. Ele abriu a porta, ele me viu com Hugo, e eu realmente não queria que ele sofresse com isso.

Peguei meu celular me sentando novamente e olhei para o numero de Henrique. Seria pior se eu ligasse... Não deveria fazer isso.

- Vim avisar que estou saindo mais cedo, Henrique me convidou para jantar. - Disse Simone como sempre se esquecendo de bater.

- Veio avisar? Agora é você quem faz seu horário? - Perguntei irritada. - Não esta liberada.

- Você é--

- Sua chefe, então não ouse me insultar.

- Meu horário hoje é até as oito! - Exclamou irritada.

- Sim, portanto vá fazer o seu trabalho. - Mandei e a mesma estreitou os olhos e saiu batendo a porta.

Afundei na cadeira sentindo minha cabeça latejar e mais uma vez minha porta foi aberta.

- Vamos lá querida, acabou a mamata.

- O que foi agora Lili?

- Henry esta nesse exato momento arrumando o Sr. Marchal e pegando Molly para ficar com a gente e você esta vindo comigo, se arrumar.

- Me arrumar?

- Você e Henrique, vão jantar essa noite, vão conversar e assumir que o que tiveram foi um discussão boba que dura três anos e já esta mais do que ma hora de chegar ao fim.

- Lili--

- Lili nada, vamos que é pra hoje. Você sabe que quer isso. Por isso fica por ai se pegando com esse tal Hugo que deixa ainda mais insatisfeita do que esta. Quando na verdade você quer um cara que sabemos bem quem é. Chega de frescura, vou contar até três e você vem por bem, ou por mal, mais saiba que não tem um santo que me impeça de te arrancar dessa cadeira.

- Você tem que--

- Um...

- Ta bom, ta bom, estou indo. - Disse me levantando.

- Acho bom, é hoje que você deixa de chorar pelos cantos e Henrique deixa que ser o chorão que sabemos que é.

- Apenas um jantar.

- Apenas um jantar um ova minha filha, hoje ou vocês se acertam ou se acertam, concorrer isso uma ordem.

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Mais um, muito obrigado por todos os votos e comentários. Espero que gostem do capítulo, votem e comentem. Beijos

Decontrol. ( Segunda temporada de Controller. )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora