Nós, em uma casca de noz!

SanCrys

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❝Meu avô sempre me dizia, que estranhos são amigos que você ainda não conhece.❞ Uma história sobre amizade, e... Еще

Filho pródigo
Garota das meias listradas
A História Sem Fim
*Carpem Diem* 🌞
J.A.W.
Vitaminas, pensamentos e o Caderno dos Milagres
Quem avisa, amigo é.
Sobre más companhias e teimosia juvenil
Um abismo chama outro abismo
Recordações vazias como em uma fotografia antiga
Corações discordantes
O orgulho vem antes da queda
O bater de asas de uma borboleta
O menino que gritava ❝lobo❞
Corra, John, Corra!
Sentença de um garoto traído
❝Como lágrimas na chuva❞
O que ainda restou de mim
A milagrosa lista dos desejos
Um pouco de esperança não machuca
Uma teoria chamada John
Câmbio, desligo!
O Universo em uma caixa de papelão
Unicórnios antes dos garotos
Pó de estrelas mitigadas
Incandescente poder da cura
Déjà vu
Todas as coisas cooperam para o bem
Bom amigo
Para você, daqui a 30 anos!
Lembranças guardadas em uma garrafa de Coca-Cola
*Memento mori*
Não diga que eu não falei das estrelas
Há sempre o amanhã
*Ad astra*
Muito obrigado, Mary Marshall

Efemeridade do tempo

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SanCrys

A novidade na L. M. Alcott High que todos estavam comentando naquela manhã, era a respeito de uma cápsula do tempo que o diretor da escola, com a benção da prefeita da cidade, estava planejando fazer.

Trancafiar nossas memórias de agora para as futuras gerações que lecionarão na L. M. Alcott High School possam descobri-las e admirá-las. 

— Daqui a trinta anos, essa cápsula será aberta, e podemos rever sonhos antigos que concretamos — o diretor anunciou em um megafone, para todos nós, quando nos reuniu no ginásio. — E para isso, preciso que vocês coloquem seus melhores pensamentos aqui. Temos até junho para enchermos a cápsula.

Permito que um sorriso amargo apareça em meu rosto... Trinta anos... Daqui a trinta anos será 2015, certo? Talvez eu não tenha tempo para desfrutar tudo isso.

Recentemente, descobri a história de um físico teórico britânico³¹ que foi diagnosticado com ELA... bom, ele ainda é vivo, e está convivendo com ELA faz vinte e dois anos. Não quero ter falsas esperanças, mas quem sabe, eu consiga chegar aos quarenta anos, mesmo aos trancos e barrancos?

E, também, eu prometi para a Lara que eu viveria cem anos.

 Contudo a ideia de uma cápsula do tempo é boa, muito boa, e eu adoraria repassar meus pensamentos adiante, imortalizados eternamente. Ser a fonte de inspiração para alguém, qualquer um que seja. Eu poderia documentar tudo o que eu fiz, com o pouco tempo que me resta, e encapsular na tal cápsula do tempo. 

Logo relembro-me da minha lista de desejos e do insistente garoto que quer atender os meus pedidos. 

Meus desejos fugazes eram simplórios para mim, com toques alados de poesia, e, obviamente, muita imaginação minha. Ninguém deveria atendê-los ao pé da letra. Exceto um garoto chamado John A. Walker.

Eu sei os itens de cor, e como não saberia, já que os escrevi em uma noite longa quando pensei que perderia de vez as esperanças. 

1. Viajar no tempo.
2. Ter superpoderes.
3. Comemorar uma festa de aniversário incrível.
4. Um capacete de astronauta!
5. Ter um animal de estimação.
6. Fazer uma viagem inesquecível.
7. Compartilhar momentos com meus amigos.
8. Ver o espaço.
9. Contemplar um grande milagre. 

Eu nunca consegui escrever um décimo desejo. Nunquinha! Sempre senti que faltava completar a lista, mas nunca a terminei devidamente. 

O livro diante de mim ainda permanece escancarado e intocável. Vim para a biblioteca da escola, sentar-me em uma das mesas vazias que aqui colocaram, buscar algum refúgio para afugentar meus pensamentos funestos e nada delicados a respeito da vida e da efemeridade do tempo, no entanto, quanto mais eu penso, mais mergulho em um aglomerado de possíveis conceitos e de prováveis "e se?".

E se eu fosse mais forte?

E se eu fosse outra pessoa?

E se eu morasse em outro lugar?

E se eu nunca conhecesse John Walker?

Uma mão toca em meu ombro, despertando-me de meu purgatório mental. John arqueia uma sobrancelha para mim. Além disso, há outros alunos na biblioteca, alguns lendo e outros fazendo nada, então, ainda temos tempo até o próximo horário de aula.

— O que está lendo? — ele indaga, enquanto senta-se à minha frente.

Rapidamente abaixo minha cabeça, analisando o livro que está diante de mim, com as páginas abertas. Pisco os olhos frenética, não fazendo ideia do livro aleatório que peguei na estante. 

— A Fantástica Fábrica de Chocolate, eu acho — respondo, não muito convincente. 

— Eu só assisti o filme. Está lendo-o por que será para o diorama da aula de L. Inglesa?

A professora Donna pediu como lição de casa, que fizéssemos um diorama, feito com caixas de sapatos ou qualquer tipo de caixa de papelão pequena, a partir de uma cena de um livro que gostamos. Ela nos deu bastante tempo para fazermos a atividade.

— Não, não. Creio que eu não consiga elaborar cenas bonitas e maravilhosas como as descritas neste livro. Lara disse que fará uma cena do livro "O Hobbit", a parte em que Bilbo Bolseiro se encontra com o dragão Smaug. Acho que o projeto dela será para lá de ambicioso, mas sempre que Lara tenta fazer alguma coisa por si mesma, seus irmãos a ajudam sem que ela queira.

— Já sei! Você com certeza vai elaborar alguma cena do "Pequeno Príncipe".

— Sou tão transparente assim?

— Você é fácil de ler — ele sorri para mim, esbanjando otimismo.

— E você, John? 

— Adivinhe só — ele pigarreia, iniciando sua elocução. — "Sim! Sou muito nervoso, terrivelmente nervoso, mesmo, e sempre o fui; mas por que me supõem louco? A doença tornou mais aguçados os meus sentidos, não os destruiu, não os embotou."

Coração Delator de Edgar Allan Poe. John também tem um projeto ambicioso para seu diorama ao visto.

Vejo alguns alunos transitando, com os olhos pregados em mim e John. Sussurrantes inverdades que ainda abrangem os corredores desta escola.

— Como Mary tem a coragem de conversar com esse canalha?

— Ela esqueceu o que John fez na casa dela?!

— Embrulha-me o estômago ter de ver isso.

— Parece que ela o perdoou. É muito bobinha.

— Não sabia que a Mary gostava desse tipo de garoto!

Ignoro tais comentários rigorosamente. Pobres almas mortais tão fáceis para julgar e condenar. Algum dia, a verdade se fará luz. Volto-me a John, com um outro assunto em mente.

— Hoje, assim que você terminar a parte que ainda falta na restauração da minha casa, faremos algo a respeito sobre a minha lista — digo, confiante, e quase posso enxergar a aura de John, brilhar. — Mas não fique tão orgulhoso. 

— Bom, isso é quase um "sim" para mim. E como resolveremos tal impasse, Marshall?

— Uma partida de UNO® — falo tentando não parecer uma boba por sugerir algo tão de repente.

— Eu sei bem pouco a respeito desse jogo, mas vou me esforçar.

— E, também — levanto o dedo indicador —, convidarei os meus amigos para participarem.

— Sério? Isso é ótimo. Quanto mais gente, melhor.

Pensei que ele ficaria chateado, mas esse não parece ser o caso.

— Só que eles estarão do meu lado. Se um deles vencer, significará a minha vitória também.

— Três contra um, Marshall? Isso não é nada justo.

— E, mais uma coisa, eu tenho regras. Minhas regras. Se eu vencer, ou um de meus amigos, pode esquecer toda essa maluquice de ser o artífice que cumprirá os meus desejos, e siga com a sua vida normalmente.

— Tá bom! Uma partida de UNO, então. Te vejo em casa, Mary.

Ele parte sem ao menos ter falado suas condições. Creio que esteja tão confiante que ache que vá ganhar.

• • •

Expliquei para Lara e Jake, quando os convidei para a cozinha de minha casa, e falei a respeito de uma singela partida de UNO com John Walker. Estamos sentados à mesa, diante de um montinho empilhado com as cartinhas coloridas.

— Ainda bem que eu comprei M&M's® — Lara diz, colocando o pacote de bombons ao lado do montinho de cartas coloridas. — Sabia que viria bem a calhar com o momento.

— Deveríamos estar estudando para a universidade, ou escolhendo o que colocaremos na cápsula do tempo da escola, e não nos preparando para jogar cartas com aquele folgado — Jake rosna.

— Eu achei super interessante essa partida de UNO que a Mary inventou — Lara estava empolgada. — Aliás, é uma forma para conhecer melhor o John, não é mesmo?

— John está tão desesperado assim para andar com a gente? — Jake estala a língua no palato. — O que aconteceu com a galera descolada que o acolheu?

Assim que John termina parte de seu trabalho do lado de fora de minha casa, convido-o a entrar, abrindo a porta dos fundos que dá para a cozinha. Jake olha-o muito irritado, enquanto Lara abre um sorriso de muitos dentes, sendo o mais receptiva possível. A camisa de John e seus cabelos estão sujos de tinta, mas ele não parece importar-se com seu estado caótico.

— Estavam esperando por mim? Escutei o meu nome assim que entrei — John senta-se à mesa de frente para nós, esparramando o corpo na cadeira, como se estivesse cansado. — Vou ficar na esperança de estarem falando apenas coisas boas sobre a minha pessoa.

Lara não aguenta-se diante de uma frase que tampouco foi engraçada, e ri, ao ponto de sua risada parecer um sonido de um porquinho. 

— Então, todos estão cientes da lista? — John fala, pegando meus amigos em um profundo estado de admiração. — Espere um pouco, eles não sabem sobre a lista? 

— Que lista? — Jake pergunta.

— "A lista do fim do mundo" — John diz, enquanto olha para mim. — Você não contou a eles, Marshall?

Respiro suavemente, e demoro poucos minutos relatando para Jake e Lara a respeito de minha lista dos desejos (não conto como John a achou), falo com muita dificuldade sobre o tempo que me escapa por entre os dedos, e o meu sonho em encapsular tudo. Jake não diz nada, embora parte dele queira ajudar-me, enquanto Lara tem os olhos marejados, emocionada com tudo o que falei.

— Vamos começar então? — digo, forçando-me a não parecer relutante, pois em suma, eu que dei essa ideia. 

— Você é a dona da Via Láctea, Mary, você começa — John me dá as honras.

— Que história é essa de Via Láctea? — Lara sussurra para o Jake, completamente atordoada.

 Estou nervosa, admito. Muito nervosa. Tão nervosa ao ponto da minha testa e minhas mãos suarem, ensopando minha pele. Distribuo as cartas igualmente, deixando as outras intocáveis no montinho. Se um espectador de fora nos visse a jogar UNO, diria que estamos nos divertindo como bons amigos, embora eu ache que Jake e John estejam levando a partida para outro nível.

Lara se concentra mais nos bombons coloridos do que no jogo em si. 

— Há! Estou sentindo a sorte ao meu favor — John exclama, com um sorriso torto.

— Não fique se achando por isso — Jake anuncia, enquanto compra uma outra carta do monte. — O jogo só começou!

Oh, Jake realmente está levando tudo isso muito a sério.

John olha para mim, por cima de seu leque de cartas e pisca um dos olhos. Reviro os olhos, ele deveria levar mais a sério esta partida, pois somos nós três contra ele. Entretanto, no fundo estou satisfeita por não aspirar nenhum tipo de odor de cigarro vindo dele. Tenho visto, por vez ou outra, despejar uma caixinha inteira de Tic Tac's na boca, e mastigar de uma só vez os confeitos brancos, enquanto trabalha na reforma da casa. Talvez seja sua nova saída para largar o vício em cigarros.

— Esse jogo é matemática pura. Está no papo! — John diz, sendo positivo até demais.

Acho que vou perder. Meu leque de cartas não é dos melhores, e John exala uma autoconfiança inabalável. Lara desistiu praticamente da partida faz algum tempo, e só restou-me o Jake.

— Deixemos uma coisa bem clara. Se eu ganhar — exprimo, pomposa —, você vai esquecer essa loucura de lista dos desejos.

— Está bem. Mas se eu ganhar — John põe a mão no peito —, vamos cumprir cada um daqueles desejos.

— Que bobagem! — Jake exclama, ofendido. — Como se você tivesse alguma chance de ganhar de mim! Amarelo.

— Uhum. — John enche com a boca com cinco bolinhas vermelhas de M&M's.

— Está catando-os? — Lara pergunta, como se aquilo fosse uma afronta à ela.

— Odeio esses de cor azul. Prefiro os vermelhos.

— Um dia, morarei em uma casa que terá uma fonte que transborda chocolate e pinguins com a função de garçom que usam gravata vermelha — Lara discursa de modo tão fantasioso e fabuloso que obriga-me a sorrir.

— Não está atenta ao jogo, Srta. Lara.

— Sim, estou. Você é que está se distraindo com papo furado e com esse pacote de bombons. Não para de comer nunca? — Lara está quase escondendo o pacote de M&M's.

— Só quando eu morrer.

  Arrepiei-me inteira por ouvi-lo dizer aquilo. Não toquemos na Morte, pois não? Deixemos ela quietinha em seu canto.

Nós quatro ficamos em perpétuo silêncio. John fica cabisbaixo, arrependido pelo o que falou há pouco.

— Desculpe-me — o loiro diz de forma suave.

Ele fixa os olhos na minha sala de estar. Até tenho uma ideia do que John está olhando.

— Deveria dá um nome para a sua cadeira de rodas — John fala. — Pessoas dão nomes para carros o tempo todo.

— É uma cadeira de rodas. Não um carro — Jake retruca. — E mesmo se ela tivesse um motor, ainda não faria sentido lhe batizá-la.

Não sei o quê John está tramando, mas estou gostando muito.

— Olha isso! — John mostra-me sua língua avermelhada.

— Nojento — Lara lança um M&M's verde nele.

— Não estão prestando atenção no jogo — John tira mais uma carta do montinho.

— Estou sim — cubro meu rosto com o leque que formei com as cartas. 

Ele tem razão. Sequer estamos prestando atenção no jogo, exceto Jake.

— Vai ser difícil me vencer. Eu sou muito bom nesse jogo — Jake diz com orgulho, jogando uma carta na pilha de descarte.

Passamos alguns minutos calados, apenas nos concentrando jogando uma carta sobre a outra.

— De repente ficou tão calado — falo, um tanto insegura. Acho que eu o irritei.

— "Para todos os males, há dois remédios: o tempo e o silêncio."

Minha nossa! Como John conhece a obra do Conde de Monte Cristo?

Estou me divertindo, algo que eu não estava esperando que acontecesse. Mesmo com minhas pernas dando espasmos por debaixo da mesa, eu consigo me divertir com meus amigos. Isso se John me considerasse como a amiga dele, afinal ele mesmo me disse que não somos amigos. 

Naquele instante, junto aos meus amigos, desejei que aquele pequeno momento não fosse efêmero.

Em uma reviravolta que ninguém estava esperando, John vence o jogo, para o desânimo de Jake.

— Bom, eu ganhei — John diz vitorioso, espreguiçando-se. — Acho que vou dizer as minhas condições agora.

— Se aproveitando de uma garota doente — mordo meu lábio. — Você é muito baixo, sabia?

— Negando o troféu do vencedor... Que feio, senhorita Mary — John inclina-se sobre a mesa. — Assim magoa meus escassos sentimentos.

— E quais são as suas condições? — Jake cruza os braços.

 John tira do bolso de trás de sua calça jeans, um panfleto amassado e coloca-o na mesa, em cima das cartas de UNO. É um panfleto de um observatório. O Observatório do Oregon. Acho que vi um cartaz como esse pregado no mural da escola. 

— O que acham de fazermos uma viagem? O feriado do Dia do Fundador está perto. Será uma viagem rápida até Sunriver, e não existe lugar melhor para conhecer o espaço do que o observatório — ele pisca para mim. — A escola está organizando isso faz algum tempo... Fala sério, vocês não estavam sabendo da excursão da escola?

— Estávamos ocupados com a questão da admissão das universidades, como nos sairemos quando formos entrevistados, ocupados com as atividades extracurriculares... — Lara diz, envergonhada. — E digamos que a cápsula do tempo foi um evento muito mais comentado do que a excursão da escola. Mas seja o que estiver tramando, eu estou dentro! — ela agita-se. — Sempre quis conhecer Sunriver.

— Viu? Lara está dentro. Alguém mais? — John está mesmo otimista.

Seguro o panfleto, observando-o atentamente. Ele está mesmo sério a respeito de tudo.

— Não é pela viagem em si, é pelo o que nos espera na jornada — John continua.

— Isso me parece uma desculpa esfarrapada para que você possa fazer seus atos de rebeldia sem ninguém ver — Jake insiste em provocá-lo.

— Eu... — suspiro, ganhando coragem — também estou dentro.

• • •

— Não vai jantar? — meu tio, depois de algumas horas, surge com uma bandeja contendo a minha refeição noturna. Um prato de sopa de abóbora.

Deixo meu livro sobre os mistérios do Universo, na cabeceira da cama, para atender meu tio com meu melhor sorriso. Sei que ele se esforçou para cozinhar para mim, mas não sinto fome, e o sacrifício em engolir as refeições só piora para mim. Noutro dia, quase engasguei-me com um copo d'água, mas não contei isso para ninguém, nem para os meus tios ou para a fisioterapeuta.

— Haverá uma excursão na escola para o Observatório do Oregon. Lembra como eu sempre quis visitar esse lugar, tio Carl?

— Sim, e fica apenas a uma hora daqui. E qual a sua maior preocupação, minha querida Mary?

— Tia Ellie com certeza será contra, e com razão, para que eu não faça essa viagem.

— Ela é bem teimosa, mas eu garanto que sua tia vá deixar. Se divertiu com seus amigos durante a tarde, não foi mesmo?

— Por um momento, pude sentir-me normal outra vez.

— Aquele rapaz, o John, ele parece ser uma boa pessoa.

— Ele só pensa que pode bancar a minha fada madrinha e realizar meus sonhos. Tudo culpa daquela lista de desejos idiotas.

— Se ele realmente está disposto a fazer isso, Mary, só prova o quão arrependido ele está. Aquele rapaz... ele parece gostar de você.

Minhas bochechas esquentam diante daquilo.

— Não acho que ele goste de mim — volto meus olhos para o chão. — Ele deve adorar a parte em que meu rosto se contorce de raiva.

— Acredite, minha sobrinha, aquele rapaz gosta de você.


˚ . ˚ . * ✧🌌🌠✧˚ . ˚ . *

💫Nota 31: O físico teórico britânico que Mary se refere é Stephen Hawking que foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica em 1963, quando tinha cerca de 21 anos de idade. Na época, ele foi informado pelos médicos de que teria apenas alguns anos de vida restantes devido à progressão rápida da doença. Ele faleceu em 14 de março de 2018, aos 76 anos. Como Nós, Em Uma Casca de Noz se passa nos anos 80, Stephen Hawking ainda é vivo no universo desta obra.


💫Nota off: A partida de UNO ficou um pouco estranha, sem regras a serem seguidas, porque quis me focar mais na interação dos personagens do que no jogo em si.

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