A Conveniência do Casamento

By ElleStefany

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PLÁGIO É CRIME COM A FORÇA DA LEI N° . 9.610/98 Alexssandra como todo mundo, sempre teve suas expectativas e... More

A Conveniência do Casamento
Zero
Zero Um
Zero Dois
Zero Três
Zero Quatro
Um
Dois
Três
Três (Segunda Parte)
Quatro
Cinco
Seis
Seis (Segunda Parte)
Sete
Sete (Segunda Parte)
Sete (Terceira Parte)
Oito
Nove
Dez
Dez (Segunda Parte)
Onze
Doze
Quatorze
Perguntinha
Quinze
Dezesseis
Dezesseis (Segunda Parte)
Sem Capítulo
Dezessete
Dezessete (Segunda Parte)
Dezessete (Terceira Parte)
Grupo das Leitoras
Dezoito
Dezenove
Dezenove (Segunda Parte)
Intervalo ❤️
Vinte
Vinte (Segunda Parte)
Vinte e Um
Vinte e Um (Segunda Parte)
Vinte e Dois
Vinte e Dois (Segunda Parte)
Vinte e Dois (Terceira Parte)
Vinte e Três
Vinte e Quatro
Vinte e Cinto
Vinte e Cinco (Segunda Parte)
Vinte e Seis
Vinte e Seis (Segunda Parte)
Vinte e Sete
Vinte e Oito
Vinte e Nove
Trinta
Trinta (Segunda Parte)
Trinta (Terceira Parte)
Epílogo

Treze

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By ElleStefany

People Magazine, como posso ajudar?

— E-eu... Quero falar com a Tricy Campbell. —minha voz parecia mais um chiado.

A pessoa parece rir do outro lado da linha — Você não é a primeira hoje, deve ser a quinta, na verdade.

Fico calada, até porque não entendo.

— Olha,se for para fazer alguma reclamação sobre o conteúdo ou como ela está detonando o seu ídolo, mande uma e-mail para a Lindsay, ela irá responder, já que se comunicar com a Tricy é impossível.

— Não é nada disso eu...

— Querida, eu tenho o que fazer. —a pessoa do outro lado é totalmente grossa.

Então eu meio que desisto da voz doce e parto para o ataque, já que não conseguiria nada além de um e-mail respondido pela Lindsay.

— Aqui é a Alexssandra Harris. —cuspo o sobrenome. — E eu preciso urgentemente falar com ela, preciso ser mais clara? —falo até com um pingo de raiva.

A pessoa do outro lado se cala.

E eu já estava pronta para pedir desculpas por ter sido rude, até que:

Tricy Campbell, falando.

Eu gelo.

Havia tanta coisa que eu adoraria dizer para aquela mulher, mas acredito que deveria manter meu nível.

A mesma que havia "detonado"comigo durante anos estava bem do outro lado da linha e havia apenas uma coisa que me segurava no lugar: minha curiosidade.

— Alexssandra Harris... —ela saboreia o nome. — Que prazer...

Fechei meus olhos e respirei fundo.

Não vou xingá-la.

Não vou xingá-la.

Eu não sabia nem como começar aquela conversa, mas bem... Eu devia.

— Não posso dizer o mesmo.

Ela ri, uma gargalhada alta.

— Oh querida...

— Eu vou ser direta. —a corto.

— Ótimo.

— Preciso de informações.

— Assim como eu.

Eu paro.

— Não entendi...

—Bem, você ligou para mim. Pedindo informações... Por mais que eu não faça ideia do que quer saber, levando em consideração que sei os podres de todos dessa cidade e nem todas as fofocas eu possa publicar, com certeza estarei pedindo algo em troca. —ela parece sorrir do outro lado. — Então, quem você quer ferrar?

Tricy Campbell não era nova no que fazia, e sim, ela sabia os podres de muitos da cidade, mas não de todos. Sempre estava por dentro de todas as "fofocas" e mesmo não sendo a dona da revista era como se fosse, publicava o que queria sem se importar com nada, não era de hoje.

— Não quero ferrar ninguém.

— Oh, doce Alexssandra. Como vai o Diego? —a nojenta fala irônica.

Acho que nunca tive tanta vontade de puxar os cabelos de alguém.

— Ninguém. Além de você. —sou agressiva.

— Vai chamar seu "esposinho" novamente? Não consegue se defender sozinha?

Eu estava ficando vermelha de raiva.

— Não consegue aguentar a verdade?

— A verdade está muito além dos seus olhos, como sempre esteve. Não é agora que você vai ser a queridinha da Califórnia, as pessoas podem até adorar seu trabalho, mas acredite, elas são megeras assim como você, procurando uma brecha, uma única brecha para poder fazer seu tapetinho imaginário de colunista, quando na verdade você não passa de uma pessoa que não tem uma vida pessoal e precisa denegrir os outros para se sentir bem.

— Acabou? —ela pergunta depois de um longo tempo calada.

— Sim.

— Então vá ao ponto.

Eu sentia que não devia ir em frente com aquilo, mas eu tinha certeza que aquele era o único modo.

— Preciso de um nome.

— E...

— Uma namorada. Do Sebastian... Dos últimos cinco anos talvez.

Os últimos cinco anos foi o tempo que passei na faculdade, na realidade não passei tanto tempo longe da Califórnia, talvez três anos e em seguida voltei e terminei meu curso numa cidade vizinha, mas mesmo assim estive por fora de tudo.

Não poderia perguntar aos meus pais já que não tinha informações certas. Eu precisava do verdadeiro nome, todo ele.

— Namorada?

— É...

— O que ganho em troca?

— Nada.

— Não seja ingrata Alexssandra. Nem vou perguntar porque quer esse nome, só quero algo em troca.

— E seria...?

— Bem, nós duas sabemos que Sebastian é bem conhecido na cidade, a Califórnia não é tão pequena quanto pensa e há pessoas que realmente leem a People para saber sobre a vidinha de vocês. E acredito que ainda não recebeu proposta sobre isso mas... Que bom que ligou já que eu queria tanto falar com você sobre isso...

Eu não fazia ideia do que ela queria, mas já sentia os meus pelos se arrepiarem.

— Uma foto. Do bebê. —han? —Quando nascer, claro, uma primeira foto.

Parei por um momento e quis rir, gargalhar bem alto.

Aquela mulher estava louca.

Essa gente era maluca.

Eu nunca faria isso.

Expor meu bebê dessa maneira?

— Olha Tricy... —falo com uma voz irritante. — Eu não sou burra, sei que com certeza outras pessoas têm essa mesma informação e posso ir atrás delas. — eu não estava certa sobre isso. — Então façamos assim... Você me dá o maldito nome e eu consigo livrar a sua maldita cara de um processo.

Ela ri. — Ora, que má você é...

— Eu posso ser... E como eu disse, você não é a queridinha da Califórnia, acredito que também há podres seus por aí. —outra coisa que eu também não estava muito certa sobre.

Ela bufa do outro lado. — Me encontre daqui à uma hora.

Sentada na cama eu olho ao redor, seria impossível.

— Rua Wilshire Blvd, no café ao lado de um estacionamento antigo.

— Wilshire? —arregalo os olhos.

— Beverly Hills. —fala como se fosse obvio.

Eu rio —Isso é à duas horas daqui.

— E dai? —dessa vez ela sorri.

— Eu... —não posso ir.

NUNCA Sebastian me deixaria sair para ir atrás daquela mulher, até porque ele nunca poderia saber. E mesmo que ele não estivesse em casa, sabia que se colocasse um pé para fora, ele ficaria sabendo.

Percorri a casa inteira atrás do Senner que parecia ter sumido e aquilo parecia perfeito para mim já que havia começado à observar bem onde a chave do meu carro ficava guardada. Havia algo como um cofre nos fundos da garagem, mas ao contrario dos cofres esse não tinha senha ou chave.

Ainda assim, eu não tinha chance com a segurança.

Mas o único que tinha a tarefa de me impedir de sair daquela casa era o Senner, pelo menos era assim que eu havia entendido. Os outros seguranças claramente não iriam reagir muito bem e iriam ligar para o Sebastian, mas eu já estaria muito longe e descobrindo o seu segredo quando ele viesse para casa.

Eu sorria de orelha à orelha ao pegar minha bolsa e colocar os óculos de sol.

O cheirinho do meu carro sempre era bem vindo e eu adorei ficar alguns segundos lembrando da época que eu podia fazer o que eu bem quisesse da minha vida.

Os seguranças olharam na minha cara umas cinco vezes, eram seis homens no total e não sabiam muito o que dizer.

— Pode abrir? —falei, um doce.

— Ahn... Senhora, posso saber onde vai? —o homem alto de óculos escuro e cabelos longos pergunta, sério.

— Fazer compras.

— E o Senner...?

— Sabe... Acho que ele não gostaria muito da ideia de ir compra calcinhas comigo. —falo séria, mas queria muito rir.

Ainda mais da cara do segurança, sua boca se abriu e os olhos arregalados por baixo do óculos entregaram seu constrangimento.

— Além do mais, daqui a pouco ele irá me encontrar, foi pegar alguma coisa nos fundos da casa, não sei muito bem o que era.

Nenhum deles eram burros, ao contrário, estavam me olhando com mais suspeita ainda. Mas vi o momento em que um deles olhou bem para a garagem e não avistou Senner, talvez pensando que ele realmente foi pegar algo nos fundos. Balançou a cabeça afirmando para o homem alto que me abordava que assentiu abrindo o portão da mansão.

Aquela pose toda de mulher poderosa que eu estava fazendo caiu respirando fundo no banco,  coloquei logo o carro para sair do lugar o mais rápido possível, não queria ficar para ser pega.

Meus cabelos voam e eu não sabia, mas estava morrendo de saudades daquela sensação maravilhosa de liberdade.

Não fazia muito tempo que eu já estava na estrada, mas tratei de subir o teto do carro já que o barulho dos caminhões estava começando à me irritar.

Coloco minha música favorita para tocar e meio que começo à viajar.

I just want to be ok, be ok, be ok

I just want to be ok today

Me sinto um pouco criminosa. E acredito que deveria estar em casa, mofando e esperando que um dia ela vá me engolir de tão grande. Mas não consigo achar um único ponto positivo em ficar em um lugar onde não quero estar, eu não tinha o que fazer e acredito que seja por isso que estou tão vidrada em descobrir sobre a tal Miranda, virou meu passa tempo. Sei que Sebastian ficará puto comigo, mas ele não terá muito tempo para falar já que irei pular no pescoço dele com minhas descobertas. Com evidencias eu o teria na minha mão e o faria conversar com meu pai, o faria assinar os papéis do acordo –o que claro ele já tinha em mãos, mas claramente ainda não havia assinado- ou ao contrário eu teria uma justa causa para uma separação imediata, já que com o nome da Miranda em mãos  eu teria um caminho livre para a verdade. E claro, sabia que havia história entre os dois.

Até porque era claro que ele a encontrava, e eu não iria aceitar ser parte de mais uma fachada, a fachada de "família feliz" enquanto ele mal liga para a tal "família",  quando nem a de "casamento feliz" eu conseguia fazer.

Sim, eu estava grávida e eu ouvia essa maldita voz irritante em meus ouvidos quando pensava em fazer algo "arriscado" e ela não parava de me dizer que eu deveria parar aquele carro e voltar para casa.

Como quando fui atrás da Miranda, ela dizia algo como "deixe isso para lá, está se enfiando em algo sem profundidade"

Mas eu não deixaria para lá.

Não voltaria.

Meu celular apita algumas vezes e eu sei que é ele.

Respiro fundo e piso fundo no acelerador, passando por todos aqueles carros que se acumulavam em uma fila.

O toque muda para um "bip" e eu sei que não poderia ser uma mensagem do Sebastian já que ele nunca foi de mandar mensagens, ele prefere ligar e gritar, mostrar que está bravo.

Puxo meu celular da bolsa e com os olhos na estrada e alguns segundo no celular consigo ler a mensagem:

*Imprevisto, não vou conseguir encontrar você no café. Tenho coisa mais importante para fazer. Se não está tão desesperada por esse nome, está na sua casa fazendo alguma coisa ridícula como você, então vou fazer um favor para você e mandar o nome. Espero que estejamos entendidas. —TC

E mesmo sabendo que estava indo rápido demais, não tirei o pé do acelerador de tão nervosa que estava.

O celular apita mais uma vez e dessa vez, minha atenção é apenas para o celular.

*Mignight —TC

Aquele com certeza não era o nome que eu procurava e estava pronta para responder, por um único momento tirei meus olhos da estrada e o pé do acelerador.

*Conhecida como Miranda por alguns. —TC

Foi muito rápido, algo bateu forte o bastante na traseira do meu carro para me fazer tirar a única mão que eu tinha sobre o volante e o celular ir parar longe.

O carro pegou um caminho completamente inverso à todo tráfego e eu me desesperei.

Mas era tarde demais para colocar as mãos de volta ao volante, não faria diferença já que a luz forte e branca se aproximava muito rápido, um carro.

Meus braços correram o mais rápido possível até minha barriga quando o instinto me faria proteger meu rosto.

Me encolhi respirando rápido.

Eu estava pronta para o pior.

Fechei meus olhos e sussurrei:

Você vai ficar bem.

Antes de ser jogada para frente de um modo brutal que me fez apagar.

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