Dez

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Recadinho rápido, no começo lembro de avisar à vocês que já tinha até o capítulo dez pronto e quando acabasse de postar todos capítulos até o dez avisaria dizendo que iria parar de postar para poder escrever. Mas com o tempinho tive alguns dias consegui escrever mais um pouco, então não vou parar agora.

***

À noite fiquei agradecida em estar cansada, assim não estaria acordada quando Sebastian chegasse. Ele havia saído da minha sala com aquele sorriso que adorava usar, aquele que me deixava brava e ele sabia disso. Era como dizer "eu sei que você não se sente assim". E claro, eu não queria que ele voltasse para onde ele estava, mas por outro lado... Ele havia feito o de sempre, chegar atrasado no trabalho e perder a reunião e eu não sabia como lhe dar com o pensamento de que ele estava com uma mulher, como sempre esteve.

Estava difícil creditar em suas palavras.

Ainda sonolenta ouvi a porta abrir e depois de algum tempo senti suas mãos deslizando pela minha cintura. Estaria mentindo se dissesse que queria suas mãos fora dali.

Sua mão descansa sobre a minha barriga e sem medo algum ele cheira meu pescoço antes de aproximar meu corpo do seu.

E então daquele modo ficou claro que aquela aproximação não era de hoje, era natural e ele não tinha medo algum de que eu acordasse. Ele sempre fazia aquilo e eu nunca estive acordada para perceber.

No dia seguinte eu não o vi sair, o sono estava tão bom que dormi até às nove. Era o dia do papai, então eu podia ficar livre para fazer o que eu quisesse. E eu tinha uma ideia maravilhosa na cabeça.

Por volta das onze comecei à me arrumar devagar, escolhendo cuidadosamente as roupas. Uma blusa branca, um jeans, um óculos de sol, um chapéu um pouco grande e uma echarpe verde. Eu acredito que estava bastante disfarçada. Ah, e por fim um casaco.

Estava comendo por dois e se brincar, até por três. Eu ia ficar enorme, mas a ideia de ficar gorda não me incomodava mais. Havia dito para a mamãe que passaria lá à noite para entregar as fotos da ultrassom, a minha já estava guardada com muito amor na minha bolsa e todo vez que à abria não conseguia conter a emoção.

Mas ainda era de manhã e eu tinha que colocar o meu plano em ação.

Senner estava na porta quando sai.

Eu estava me sentindo uma espiã.

Não havia restrição para sair, mas eu sabia muito bem que Sebastian seria avisado de cada passo meu. Então pedi para o Senner me levar até meu trabalho, claro que eu não ia trabalhar, deixei claro que seria para ver o papai e ele balançou a cabeça concordando.

Entramos no estacionamento e eu avisei que não ia demorar muito e como sempre ele ficou lá para me esperar.

Dessa vez, agradeci pelo elevador estar cheio, depois do G vem logo o T, lá entraram varias pessoas e foi ali que eu desci.

Com os óculos escuros, o cabelo preso e o chapéu, acredito que ninguém me reconheceu.

A primeira cede não era tão perto mas era possível ir andando.

Havia me esquecido o quanto era diferente da segunda cede, como as pessoas são metidas e diferentes de nós. Sempre soube que não me encaixava desse lado, mas nunca havia percebido como ali não era meu lugar, nunca foi. As coisas são caras desse lado, enquanto a segunda cede é simples, até porque nunca recebeu atenção do Sebastian como a primeira recebe.

O espaço era enorme, pessoas passavam toda hora e eu teria que ficar em pé para conseguir ver melhor, mas o sofá era muito confortável para negar. Haviam seguranças por todo lado e as pessoas só tinham acesso ao elevador depois de passarem seus cartões de identificação, diferente da segunda cede, que com a aparição de Diego, provou muito bem que qualquer um pode subir para onde quiser.

A Conveniência do CasamentoWhere stories live. Discover now