Seis

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No sábado pela manhã percebi que faltavam algumas coisas na casa: ovos, pão, leite... Na verdade acabei com tudo só para ter uma razão para sair de casa. Eram sete da manhã e Sebastian dormia como uma pedra, havia cismado comigo, olhei para o relógio varias vezes durante a noite, às 2 horas ele não havia deitado ainda, desci as escadas e não o achei no escritório. Ele havia saído. E estava até aquela hora só Deus sabe onde.

Antes de fazer as compras passei na casa dos meus pais e tive uma surpresa incrível.

Bati na porta algumas vezes até que minha mãe finalmente abrisse a porta, ela arregala os olhos surpresa em me ver ali.

— Já voltou para casa? —ela brinca.

Quem me dera.

Sorrio e entro devagar, já escutava vozes animadas vindo da varanda, mas fiquei ali parada.

— O papai está com visita?

— Ah, sim! —ela sorri. — Mas pode ir lá...

— Oh, não... Eu posso voltar outra hora para falar com vocês, não quero atrapalhar.

— Alexis! —ela arregala os olhos. — Vá! —ela sorri de um modo misterioso e eu já estranho.

Vou andando devagar até chegar na varanda, lá o papai está sentado com mais duas pessoas na mesa. Os dois tem cabelo branco e...

— Filha! — no mesmo momento as duas pessoas viram para me olhar.

Eu fico surpresa.

Meus olhos começam a lacrimejar.

— Olha só Fredie, nosso anjinho... —vovó fala levantando da cadeira e antes que me olhe estranho, me abraça com amor.

— Pensei que não a veria mais... — vovô diz me abraçando logo após a vovó.

— Como você está grande e... —ela me olha dos pés à cabeça... — E grávida! —ela fica de boca aberta antes de olhar de olhos arregalados para o papai, junta as mãos uma na outra e as aperta firmes. — Oh céus!

Eu já estava querendo sumir quando ela me abraçou com um sorriso enorme no rosto.

Podia jurar que aquele seria o momento do "Mas você é tão nova.", mas...

— Já estava na hora! —ela me olha séria.

Eu olho ao redor, me certificando que não é nenhuma pegadinha.

— Vovó! Eu não sou tão velha assim! —sorrio e todos riem.

— Ah, ah, é verdade! —o vovô caminha ficando do meu lado e passa a mão por meus ombros e me aperta. — Com quantos anos está Alexis? Vinte e nove? —eu rio. — Ajude seu avô, estou velho...

— Vinte e quatro vovô... Uma criança ainda! —rio

Havia ficado tão à vontade com aquele assunto.

— E onde está o seu namorado? —vovó quis saber.

— Eu casei vó! —ela arregala os olhos.

— Nessa idade? —ela parece impressionada.

As vezes eu acho a minha avó muito moderna, moderna até demais.

— Bem se já estou grávida, acho que posso casar, não acha? —falo com humor.

— É... Bem... —ela balança a cabeça. — Então, onde está ele?

— Ficou em casa dormindo. —eu sorrio para eles e mal consigo me segurar no lugar. —Eu estava com tanta saudade! —abraço os dois de uma vez só. — V-vocês estão bem? —não aguento tanta emoção e começo a chorar.

A Conveniência do CasamentoOn viuen les histories. Descobreix ara