Duas Vidas

By gahteese

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Joseph Kutcher formado em música, tem 28 anos, nasceu e foi criado nos Estados Unidos por sua mãe e por seu p... More

Saudade De Cada Detalhe
De Volta À Escola
A Causadora Do Primeiro Atraso De Victória
Cineminha
Ressaca
Ciúmes Súbito e Provocações Desnecessárias
Conversa/Discussão
A Coisa Mais Difícil Que Eu Já Disse
"Infidelidade"
Delírio
Não Me Arrependo De Ter Me Entregado
Turbilhão De Pensamentos
Tempo Ao Tempo
Inevitável
Reconciliação
Queimaduras Do Terceiro Grau (Reconciliação parte II)
Positivo
Assumir As Consequências
Responsabilidades
"Marlboro & Black"
Duas Vidas
Agora Todos Sabem!
Continue Me Amando
Via Skype
Seria Incrível Se Fosse Com Você
Butique, Benicío e Manu.
Sensível e Demasiado Protetor
Hello - FLASHBACK
Vou Sempre Fazer Isso
Desisto! Não Fazemos Mais Sentido Juntos
NOTA*
Tornar Vazio Da Presença
Reabilitação
"O Que Esperar Quando Você Está Esperando?"
Por Que Seria Um Problema Viajarmos Juntos?
É Perigoso Assim...
Faça O Que Quiser
Me Apaixonar Por Outra Pessoa
Mais Novas Meninas
Sei Reconhecer Quando Sinto Ciúme
Carrinho para gêmeas
Senti Muitas Coisas, Menos Arrependimento (Viagem parte I)
Desconfio Que Essa Não Seja A Minha Vida (Viagem parte II)
Melhor Momento De Sua Existência (Viagem parte III)
Reencontro Forçado Pelo Medo
Não Tenho Sentimentos
NOTA*
Minhas Frustrações, Certezas E Meus Sentimentos Incertos
Me Sinto Insegura Com Essas Mudanças Todas
Paixão Se Tornar Amor E Amor Companheirismo
Tive Sua Atenção
Encantamento, Atração, Paixão...
As Merdas Que Fiz
X-Bacon
Proposta
Casamento
Um Pouco Espantoso
Namorada (?)
Susto
Jantar
Tudo Certo. Eu Te Amo
Se Adaptar A Respiração (Hayley)
Felicidade Genuína, No Entanto, Incompleta
Quero Sua Ajuda, Quero Seu Carinho E Quero Muito Seu Amor
Lingerie Super Sexy
Um Ano
A Festa de Halloween
Nota*
A Festa de Halloween - Continuação (ÚLTIMO CAPÍTULO)
IMPORTANTE
A NOSSA VIDA ♡

Namoram Como Casados

332 21 12
By gahteese

Maria evidenciou sua surpresa e curiosidade de uma forma que se eu não estivesse repensando tanto, daria risada de sua expressão.

- Que proposta? - indagou.

- Não sei por qual razão, mas eu acho que você vai disparar um não logo de cara. - fiz uma pausa. - Pense antes.

- Nossa, Joseph. Pra que isso tudo? Fala logo.

- Minha proposta é de... você e o Kaique irem morar comigo.

Maria arregalou os olhos.

- Não! - ela disse sem refletir como eu havia previsto.

- Maria, pense antes.

- Não tenho o que pensar. É não.

- Por quê?

- Porque... Ah, você quer fazer isso por dó. E eu detesto isso! - se alterou.

- Dó? Não! Você está se confundindo.

- Não tô não! - cruzou os braços. - Tenho que ir, vou sair com a Tória e a minha outra amiga.

Ela se virou e foi em direção a porta, me apressei e agarrei sua mão.

- Desculpa, não queria te ofender... - falei olhando em seus olhos.

- Não... é... - olhou para baixo. - Me desculpa você... Sua intenção é boa, mas eu... não consigo mais depender de dó. - voltou a me olhar com os olhos inundados por água.

- Ei. - deslizei meu polegar por sua bochecha. - O que foi? Não é só por causa dessa proposta essas lágrimas, não é?

- Ah... Quando eu era pequena já aconteceu de eu depender de morar em outra casa... e... o olhar das pessoas sobre mim... machucava.

- Agora é diferente. Você precisa de carinho, cuidado, e eu estou disposto a isso, Maria. - carreguei minhas palavras com convicção.

- Tenho que ir. - soltou minha mão.

Saiu do cômodo abalada, desestabilizada, desapontado, não sei, mas de uma forma diferente. Nem nos despedimos.

As vezes Maria deixa transparecer que seu passado foi ruim, mas nunca abre uma brecha para conversarmos sobre. Agora percebo que toda a felicidade que ela esbanjava quando era minha aluna, talvez não fosse tão verdadeira.

. . . Dia seguinte . . .

Ouvi minha campainha tocar. Me levantei rapidamente para atender. Sabia que era Maria que vinha almoçar em casa para conhecer Marcia.

- Oi, Ka. - o cumprimentei primeiramente.

- Oi, tio Joseph. - sorriu e entrou.

Maria mordeu o lábio e me olhou nos olhos. Esperei Kaique entrar para indagar:

- Estamos bem?... Nos falamos apenas uma vez depois daquela conversa na escola. 

- Claro. - deu aquele sorriso desconcertante. - Desculpa ter ficado brava.

- Olha. - a segurei pela cintura. - Precisamos conversar. Eu quero saber mais sobre sua infância.

- E eu quero comer! - me deu um selinho rápido e entrou.

Suspirei e fechei a porta.

- O almoço já chegou, achei melhor comprar.

- O que comprou? - Maria perguntou.

- Muitos pratos. - sorri.

Nós fomos para a cozinha. Maria provou um pouco de tudo. Ela já estava com fome. Se alimentar por três pessoas não deve ser nada fácil.

(...)

Quando Márcia chegou, fiz as apresentações. Maria e Marcia gostaram uma da outra logo de cara. Minhas filhas protegidas na barriga redonda foram muito paparicadas.

Resolvemos almoçar porque os assuntos entre as duas não acabariam tão cedo. Durante o almoço Kaique e eu procuramos algo para conversar entre nós dois. Falamos sobre seu assunto predileto: video games.

De súbito Maria se levantou da mesa com a mão na boca e saiu correndo. Me levantei rapidamente e fui atrás dela. A encontrei no banheiro praticamente ajoelhada em frente ao vaso sanitário.

Me agaixei ao seu lado e segurei seu cabelo que caia em seu rosto. Quando parecia que Maria ia expelir mais alguma coisa, eu desviava meu olhar para o teto. Ela parecia tão frágil e fraca naquele momento.

Alguns minutos depois se levantou e foi lavar a boca. De um jeito engraçado "escovou" os dentes com o dedo e o creme dental.

- Está melhor? - indaguei.

- Uhum...

- Pensei que o período dos enjôos tinha passado. - falei enquanto saíamos do banheiro.

- Fazia semanas que isso não acontecia. Acho que comi muito peixe. - disse prendendo o cabelo.

Marcia e Kaique foram conversar com ela, o irmão muito preocupado por sua ingenuidade e Marcia mais experiente não se desesperou.

Antônia fica tão abatida depois dos vômitos, não quis mais comer, mas ficou na mesa conosco. Deve ser horrível seu organismo se rebelando por qualquer coisa.

- Você é uma menina muito doce, Maria. - Marcia disse alisando a mão de Maria.

- Obrigada. - Maria sorriu.

Ela parecia estar amando aquele carinho que Marcia lhe dava. Como as duas reataram os assuntos e Kaique foi tocar na sala, depois do almoço, eu aproveitei para falar com meus pais um pouco.

Minha mãe não estava em casa, então tive um papo masculino com meu pai. Ele queria ver Maria mas eu disse que outra hora, assim não estragava o clima materno que acontecia entre ela e Marcia.

- Filho, isso é ótimo! - meu pai disse depois que contei que havia chamado Maria e o irmão para morarem comigo.

- Sim. Se a Maria aceitasse. Ela não quer. - falei deixando a frustação evidente.

- Por isso tenho que conversar com ela.

- Se ela dormir aqui, à noite te ligo novamente.

- Faça isso.

(...)

Retornei a cozinha onde Marcia e Maria Antônia prosseguiam animadas na conversa.

- Conversou com seus pais? - Antônia perguntou.

- Apenas com o meu pai e ele quer falar com você mais tarde. - sorri.

- Tá. - também sorriu.

Dei um selinho rápido em seus lábios e as deixei sozinhas novamente.

- As duas conversam muito! - Kaique disse.

- Verdade. - ri e me sentei no sofá do seu lado.

Era por volta das 16 horas quando Marcia decidiu ir embora, depois de muitas risadas, dicas e assuntos. Kaique e eu nos despedimos dela e depois Maria a acompanhou até a porta, onde também se despediu com um abraço demorado.

Marcia se simpatizou muito com Antônia, foi recíproco esse sentimento de afeto.

- Ela é demais! - Maria disse sorrindo e vindo para o sofá. 

- É sim.

Se sentou do meu lado e me olhou nos olhos.

- Joseph, faz algumas semanas que não tiramos fotos. - fez bico.

- É verdade. - me levantei. - Vamos?

- Vamos. - segurou em minha mão.

Nós três fomos para o quarto. Tirei algumas fotos de Maria exibindo a barriga e outras encantadoras dela com Kaique. Eles possuem um amor de irmãos invejável.

Nós também voltamos ao tempo olhando as primeiras fotografias que fizemos. Uma que tiramos antes da primeira consulta do pré-natal.

- Olha como eu era magra! - Maria exclamou.

Kaique riu com o desespero da irmã. Foi um final de tarde incrível.

(...)

No começo da noite, Maria teve outro enjôo. É horrível ver ela passar por isso. Me sinto tão impotente e odeio essa sensação. Sempre.

Nós voltamos para meu quarto depois que a vontade de vomitar passou. Me sentei e encostei minhas costas no travesseiro, Maria deitou a cabeça em meu peitoral. 

- Estou preocupado com você. - falei começando a acariciar seu cabelo.

- Não precisa ficar. - entrelaçou seus dedos aos meus da mão livre. - Por que você é assim, tão cuidadoso e protetor? - indagou.

- Ah, não sei... - sorri constrangido. - Acho que sinto prazer em cuidar das pessoas... principalmente as que dormem comigo.

- Então você é assim com todas que pega. - concluiu.

- Não, Antônia, é diferente. Nós passamos uma noite juntos meses atrás e nem por isso eu quis cuidar de você... Quando é algo de uma noite ou horas, eu não sou assim.

- Hum. - soltou minha mão e começou a alisar a barriga. - Você com certeza já teve muitas namoradas. - voltou a falar.

- É... mas apenas uma... - analisei o que ia dizer e desisti.

- Apenas uma você amou. - Maria completou. - Nunca gostei de homem algum como eu gosto de você... Isso me preocupa.

Se desfez de suas ações e se sentou de forma que conseguia me olhar nos olhos.

- Por quê? - indaguei.

- Não sei lidar com esse sentimento. Você sabe como foram minhas atitudes meses atrás... - mordeu o lábio.

- E como você era com os seus antigos namorados?

- Nunca namorei por muito tempo... eu não era pegajosa, devo ter alguns chifres. - riu baixo. - E quando eu falava que não pretendia transar, levava um pé na bunda.

- Por que isso? Estava se guardando para o que?

- Um príncipe. - sorriu. - Não queria ficar com aqueles homens que se achavam meus donos. Também por medo...

- Medo? Não entendo, eu estava alterado e mesmo assim você se entregou à mim, sem receio.

- Como eu disse, nunca senti nada como o que sinto por você... eu... queria ter minha primeira vez com um cara assim... lindo por dentro e claro que você ser tão gato por fora pesou na decisão. - brincou.

- Se gosta tanto de mim, por que é tão difícil aceitar morar comigo? Podíamos conversar um pouco sobre sua infância...

- Não é difícil... Talvez eu tenha um pouco de orgulho agora. E não precisamos falar disso. É passado.

- Você é sempre tão resistente...

- Shh. - me calou colocando o indicador em meus lábios. - Quando vou falar com o seu pai?

Encarei seus olhos castanhos por um tempo.

Contatei novamente via Skype meu pai, ele e Maria conversaram por um bom tempo, o espertalhão não conseguiu mudar a decisão dela. Kaique também conversou com Jonas. Foram minutos de muita risada e bajulações.

- Ah, Joseph! - Maria disse de súbito. - Seu pai falou sobre as coisas que comprou pra nossas nenens e me lembrou de uma coisa.

- O que? - perguntei colocando o notebook no criado mudo.

- Ontem quando eu jantei com a Tória e a minha amiga da loja, elas disseram que eu devia fazer um chá de bebê. Eu andei pensando e acho que seria legal.

- O que é um chá de bebê?

- Você não sabe?

- Não. O português tem umas expressões bem... diferentes, não aprendi todas. E também nunca precisei usá-las. Lembra que eu não sabia o que era enxoval?

- Lembro! Não se preocupe, vou agregar ao seu vocabulário. - brincou e riu gostosamente. - Chá de bebê é uma festinha que as mulheres grávidas fazem, aí elas reúnem suas amigas e ganham presentes para os bebês. Como roupinhas, fraldas, chupetas. O enxoval. E como temos que comprar tudo em dobro vai ajudar bastante.

- Ah em Seattle o chá de bebê é conhecido como Baby shower. Bom, se o problema for comprar, eu posso...

- Não, Joseph! - me interrompeu com careta. - Serve também pra reunir as amigas e fofocar.

Maria e eu passamos horas conversando sobre isso. Ela me ensinando muito e já planejando essa festa do jeito que imaginava. Muitos balões rosas e lilás, uma mesa repleta de doces, decorações com sapatinhos de bebê. E eu contei sobre essas festas nos Estados Unidos serem mais low profile, são algo bem discreta e simples, diferentemente daqui.

(...)

Kaique já dormia em um lado da minha cama quando resolvemos fazer o mesmo.

- Vamos deixar ele aqui? - indaguei.

- Senão tiver problema pra você. - Maria disse.

- Não tem.

Ela sorriu e se ajeitou no meio da cama e eu do lado oposto de Kaique.

- Boa noite. - Maria sussurrou com seus lábios próximos do meu.

- Boa noite. - respondi.

Ela colou nossos lábios e o que era pra ser um selinho se tornou um beijo envolvente. Maria segurou meu rosto com as duas mãos e eu levei uma minha até sua nuca. Com os olhos fechados intensificamos cada vez mais o beijo até ouvirmos Kaique dizer:

- Maria. 

Partimos o beijo um pouco sem fôlego e olhamos para ele.

- Desculpa, Ka. - Maria disse virando-se em sua direção.

- Tudo bem, eu sei que vocês namoram como casados. Mas esse barulho de beijo é chato. - se levantou. - Vou no banheiro. - avisou.

Maria e eu perdemos as palavras acompanhando ele sair do cômodo.

- Como assim "namoram como casados"? - procurei saber com vontade de rir.

- Ele acha que... transamos.

- Ele não acha, ele sabe. - brinquei.

- Para! - Maria me repreendeu. - Meu irmão é só uma criança.

- Mas foi ele que disse que namoramos como casados! - continuei brincando. - Vou perguntar pra ele se isso realmente significao que estamos pensando.

- Não vai não!

Ficamos quietos quando Kaique adentrou o quarto novamente. Ele se deitou e nós o olhamos.

- Ka, o que você quis... - comecei a falar mas Maria me interrompeu:

- Shh. Vamos dormir!

Beijou o irmão e o encobriu direito.

- Para, Joseph. - disse baixo voltando a colar nossos corpos.

- Estava brincando. - beijei seu pescoço.

Acabamos dando uma risadinha boba por causa do que Kaique disse.

__________________________________________

Olá, flores! 🌸
Bom, primeiro quero agradecer a toda a "popularidade" (votos/visualização/comentários) do livro. Muito obrigada!! Imensamente feliz!
E segundo, talvez vocês estranhem os próximos capítulos, mas eu vou tentar escrever algo mais "light" para fazer o tempo passar e as bebês nascerem! ^^

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