Olá! Tudo bem com vocês? ^-^ eu estou bem xD
Em relação a música, não a coloquem agora, em algum momento do capítulo, eu vou dar o sinal, ok? ^-^
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É amanhã, minha mente me alertava antes mesmo de eu acordar. Mas estava certo; amanhã eu iria embora, e iria voltar para a minha realidade. Estava começando a me preparar emocionalmente para a despedida, mas logo desisti. Era estranho, como se o fato de que eu fosse viajar não passasse de uma grande mentira. Eu sentia que o dia da minha volta estava longe quando estava há pouco mais de vinte e quatro horas daqui. Era surreal. E então eu realmente coloquei na minha cabeça o fato de que a ficha não tinha caído para mim, eu simplesmente não conseguia acreditar que iria voltar para os EUA amanhã.
Amanhã.
O amanhã estava chegando muito rápido para mim, então eu decidi urgentemente que iria gravar aqui todos os meus momentos. Depois que tomei um banho e troquei de roupa, peguei meu celular, polaroide, a câmera mais simples que eu tinha, e saí do hotel.
*
Comecei indo pela Hello Kitty Coffee, um restaurante que eu achava particularmente fofo. Do lado de fora e do lado dentro era temático, com as paredes pintadas de um rosa fofo, e garçonetes com o uniforme rosa e branco passeando de lá para cá, com patins rosa claro. Sentei-me em uma mesa e fiquei olhando o cardápio, procurando o que eu iria comer para café-da-manhã. Uma garçonete parou ao meu lado e perguntou:
– Olá, seja bem-vinda! O que vai querer?
– Olá e obrigada – sorri gentilmente para ela. – Eu vou querer esse café e esses biscoitos aqui.
– Okay – ela assentiu, anotando num bloquinho. – Eu já trago seu pedido – ela saiu dali patinando. Fiz uma nota mental de comprar patins desse para mim.
Todos naquele restaurante estavam com roupas confortáveis e combinando com o ambiente, menos um cara de casaco preto, sentado de costas para mim, na mesa à minha frente. Ele ficava olhando para o lado toda hora, e toda vez que seus olhos encontravam os meus, ele virava o rosto para a frente. Balancei a cabeça para um lado e para o outro, dispensando as possíveis teorias que se passavam pela minha cabeça naquele momento. Abaixei minha cabeça e comecei a mexer no meu celular; tirei três fotos do local e fiquei olhando algumas fotos antigas. Entre algumas fotos que eu tirei quando estava fotografando os pontos turíscos daqui, lá estava aquela: uma foto que eu havia tirado com YoonGi em frente à N Seul Tower. Eu e ele estávamos sorrindo para a câmera, YoonGi estava atrás de mim, e como eu amava aquele sorriso! Me passava uma sensação de tranquilidade, sensação de que meus problemas poderiam esperar para serem resolvidos, eu poderia ficar horas ou até a vida inteira encarando aquele sorriso, era simplesmente viciante. Fiquei pensando em como seria minha vida depois que eu deixasse Seul, YoonGi e os meninos. Provavelmente minha vida teria a mesma rotina de sempre, com os mesmos problemas, com as mesmas pessoas...
Estava tão absorta na foto, que não percebi quando a garçonete parou ao meu lado, e colocou o meu pedido sobre a mesa. Nem olhei a comida, encarei logo a garçonete.
– Obrigada – agradeci.
– De nada! – ela disse animadamente, em seguida saiu para atender outras pessoas. Voltei a olhar para o meu café-da-manhã e me surpreendi imediatamente.
Os biscoitos tinham um formato de um colete a prova de balas, decorados com glacê preto – não sei como eles arranjaram essa cor –, e o nome "BTS" no meio. No café com leite, estava escrito a palavra "Tomorrow". Franzi as sobrancelhas para aquilo, mas o que havia acontecido...?
– Acha que eu te deixaria sozinha hoje? – uma voz soou à minha frente, levantei rapidamente a cabeça e meus olhos encontraram aquele sorriso lindo.
– Anda me seguindo, YoonGi? – indaguei, cruzando os braços enquanto o via sentar-se na cadeira à minha frente.
– Não é "seguir" – ele se defendeu. – Eu só queria saber onde você iria.
– Então, tecnicamente, você estava me seguindo – levantei uma sobrancelha, comendo um biscoito.
– Tecnicamente – ele confirmou com um sorriso. Ele era o cara de casaco preto, que me olhava de cinco em cinco minutos.
– Você mandou que fizessem isso?
– Sim – ele respondeu. – Enquanto você estava mexendo no celular, eu chamei uma garçonete e expliquei que o seu café-da-manhã teria que ter algumas decorações, já que você vai embora amanhã – sua expressão mudou, e agora, estava triste, com um biquinho fofo. – Não pode ficar?
– Eu queria muito – confessei –, mas a vida em Connecticutt me chama. – Quando ele me escutou dizer isso, olhou para baixo, e suspirou, em seguida olhou para mim com olhos brilhantes. – Não faz essa cara!
– Com uma condição – ele falou.
– Qual? – perguntei, tomando um gole do café.
– Vem comigo – ele estendeu a mão para mim, por cima da mesa. Eu a agarrei e fiz algumas carícias.
– Para onde?
– Você vai ver – ele respondeu, piscando para mim.
Sorri.
*
Depois de comer e pagar o meu café-da-manhã, YoonGi e eu saímos do restaurante e fomos para a estação de metrô mais próxima.
Fomos para um restaurante no bairro de Hongdae e YoonGi me fez provar um prato bem famoso por la: o KOREAN BBQ, que consistia em carne de porco assada, uma porção de arroz, sopa, molhos e kimchi, bem apimentado, por sinal. Nós mesmos nos servimos, e YoonGi me mostrou como usar os palitinhos para comer. Quase derrubei toda a comida... Quase.
Os coreanos usavam uma forma bem interessante de comer aquele prato: eles mergulhavam a carne no molho, em seguida embrulhavam numa folha de alface e comiam. O embrulhado era algo que eu achava particularmente fofo. Depois que saímos do restaurante - e meu estômago estava muito cheio -, nos deparamos com uma barraquinha que vendia comida e eu implorei para que YoonGi não comprasse nada, porque eu estava cheia, mas ele ainda comprou um potinho de comida, mesmo tendo repetido duas vezes o prato no restaurante. No ranking de quem come mais, ele com certeza fica em segundo lugar.
Depois de algum tempo, pegamos outro metrô para irmos ao centro de Seul, e ficamos perambulando por algumas ruas. YoonGi havia colocado uma peruca de cabelos pretos e um óculos de sol, então eu acho - tenho certeza - que, junto com o casaco preto, ninguém o reconheceria.
Eu não sei o que aconteceu, mas ele me empurrou para uma loja de roupas – nem tive tempo de ver o nome –, e disse:
– Vamos comprar algumas roupas? – ele sussurrou no meu ouvido, fazendo com que eu estremecesse por causa dos calafrios que percorreram minha espinha naquele momento. – O que foi?
– Nada – eu respondi rápida, me virando para encará-lo; ele estava com as sobrancelhas franzidas. – Comprar roupas? Eu não trouxe muito dinheiro... – tentei mudar de assunto, e fiquei grata por funcionar.
– Relaxe – ele disse. – É por conta da casa.
Ele nem esperou minha resposta e foi escolhendo varias roupas para si, dei de ombros e fui fazendo o mesmo. Depois de mais de dez roupas penduradas no meu braço, eu e YoonGi fomos para um provador diferente.
Coloquei a primeira roupa, que consistia numa mini saia e uma blusa com mangas longas. Percebi que aqui na Coreia a mini saia é bastante usada, ao contrário do decote; o decote aqui torna a mulher vista com maus olhos, mini saia não. Saí do provador, e YoonGi já estava do lado de fora, me esperando. Ele estava vestindo uma blusa longa, com um sobretudo maior ainda, calça jeans e tênis. Impressionante como qualquer coisa ficava bem nele, mas em mim...
Definitivamente não.
Eu ficava o tempo todo tentando abaixar a saia, mas não dava certo, porque ela era curta demais – a culpa não foi minha se eu a confundi com um cropped. De repente, senti uma presença à minha frente, e então YoonGi estava segurando minhas mãos.
– Espere – ele pediu, fazendo com que eu o olhasse nos olhos. Ele passou as costas da mão pelo meu maxilar. – Olhe para si mesma, veja.
Eu olhei para o meu reflexo no espelho e me impressionei com aquilo; eu nunca acharia que tinha tantas curvas na perna e na cintura. Não eram muitas, aliás, passava longe daquelas pernas malhadas e uma cintura finíssima, mas... Eu não sei, aquela mini saia havia feito mágica.
Encarei YoonGi e o percebi olhando para mim; não para minhas pernas, apenas para mim. Reparei na nossa situação: ele e eu, muigo próximos um do outro, ele segurando minhas mãos junto ao seu tórax e nossos rostos próximos. Sorri e abaixei a cabeça, envergonhada.
– Eu definitivamente prefiro calça – foi minha resposta. Virei-me e voltei para o provador.
Depois de experimentar várias e várias roupas, decidimos ficar com apenas quatro conjuntos: dois para mim, dois para ele. Fomos para o caixa e pagamos – quer dizer, ele pagou, porque ele insistiu e antes havia dito que era por conta da casa –, em seguida, saímos da loja com sacolas na mão.
– Para onde vamos agora? – perguntei.
– N Seul Tower.
– De novo?
– Dessa vez, vai ser legal – ele segurou minha cintura. – Eu prometo. Nada de ir a trabalho, apenas diversão.
Não pude esconder o sorriso que se formou em meus lábios.
*
Quando chegamos ao topo daquela montanha, e estávamos prontos para entrar no teleférico, YoonGi puxou meu braço e me levou até outra parte da montanha, uma que era cheia de grades de metal, e milhares de cadeados coloridos pregados nela.
– Aqui – ele disse. – A torre dos namorados.
Era lindo. Simplesmente lindo.
Quando me dei conta, YoonGi estava segurando minha mão e me levando para mais perto de onde ficavam as grades. Ele pegou um bilhete e um cadeado – que eu não fazia a minima ideia de onde ele havia comprado –, e me entregou.
– Escreva um pedido – ele me pediu. Sorri e peguei o cadeado e o bilhete, pensando no que deveria escrever. Depois de alguns segundos, escrevi "que tudo dê certo em nossas vidas". Entreguei o bilhete à YoonGi, que leu e sorriu. Ele prendeu no cadeado e me entregou. – Agora prenda na grade.
Encaixei o cadeado em uma parte da grade, mas antes de prender:
– YoonGi, isso é apenas para namorados.
Ele se aproximou e mim e falou em meu ouvido, com os braços rodeando minha cintura.
– Então finge que somos.
Sorri com aquilo, mas antes de pensar em qualquer coisa, o cadeado se fechou em volta da grade.
*
(N/a: coloquem a musica agora *-*)
Estávamos agora dentro do teleférico, que estava estranhamente vazio. Eu não sei o que se passava do lado de fora, mas dentro estava muito bom e muito agradável. Eu e YoonGi estávamos de um lado do veículo, admirando o pôr do sol.
– Já anoiteceu? – eu perguntei.
– Infelizmente sim – ele respondeu. Eu estava surpresa demais, não acreditava que já era noite, e eu nem havia notado! As lágrimas queriam vir, mas eu as empurrei de volta para baixo. Ainda não parecia real que eu voltaria para os EUA amanhã. Parecia mais um sonho, e eu poderia acordar dele a qualquer momento. Mas acordando do sonho, eu iria saber que não seria real esse tempo que eu passei na Coreia, com os meninos e principalmente com YoonGi.
Eu não queria acordar desse sonho.
– O que você vê? – YoonGi perguntou, me dispensando dos meus pensamentos.
– Eu vejo um pôr do sol lindo – respondi. – E você?
– Eu vejo esperança – ele sorriu e olhou para mim. – Esperança de que um novo dia chegará.
De repente, o teleférico parou de andar, e as luzes que nele havia, se apagaram. O mesmo aconteceu com a cidade de Seul.
– Faltou energia – eu falei.
– Deve ter acontecido algo bem grave no centro de controle – ele explicou. Puxei-o para o outro lado do teleférico, onde não havia o pôr do sol, mas mostrava o céu agora cheio de estrelas.
– O que você vê? – eu quis saber.
– Sempre que eu vejo seus olhos, eles estão brilhando – ele respondeu. – Igual a esse céu. E o que você vê?
Sorri com aquilo e olhei para o céu estrelado. Isso me fez pensar no que aconteceria amanhã, quando eu chegasse em Connecticutt, nos Estados Unidos. Teria que resolver os problemas inacabados, e aquilo me daria bastante dor de cabeça. Mas apesar das coisas ruins, eu teria muitas coisas boas: reencontraria Amber e minha família, que até agora, eu não tinha noção de quanta saudade estava sentindo deles. Além de tudo, iria voltar ao meu emprego, fazer o que eu gosto, com as pessoas que admiro, e o chefe que quebra o tabu existente entre chefe-e-funcionário.
– Amanhã – respondi. – Eu vejo o amanhã.
Naquele momento, YoonGi me virou para si, e selou nossos lábios. Era gentil e delicado, como um cobertor suave. Seus lábios eram macios, incomparáveis. Nossas bocas abriam uma sobre a outra em movimentos num ritmo silencioso, que só nossos corações conheciam. E então aquele sentimento havia preenchido meu coração novamente. YoonGi passeava as mãos pelas minhas costas, e eu acariciava seu cabelo. Nossa respiração se encontrava, os dois não querendo se afastar. Num momento, ele pôs as mãos por dentro de minha blusa. YoonGi parou o beijo e me olhou nos olhos, enquanto eu sentia suas mãos acariciarem minha pele.
Ele queria saber se eu o permitia.
O beijei novamente, desta vez, com mais intensidade, como uma forma de resposta. Queria descobri-lo também. Em uma coragem súbita e sem sair do beijo, passei as mãos por seu abdômen, por dentro de sua camisa, e ele não hesitou por um segundo. Apenas fazia sons de prazer.
Ficamos ali até voltar energia, e digamos que foi um bom tempo.
*
Eu estava na porta do hotel com YoonGi. Uma vontade estranha surgiu no meu peito, vontade de que ele ficasse comigo a noite toda, que ele dormisse comigo... Mas eu dispensei aqueles pensamentos. Eu sabia que no hotel não era permitido.
– É aqui que nos despedimos? – perguntei.
– Infelizmente sim – ele respondeu, segurando minha mão.
– Então é isso. Adeus – eu disse.
– Isso não é um "adeus", mas sim um "até breve" – ele disse. Eu sorri e eo abracei. O abracei com todas as minhas forças, porque... Porque eu o queria. Eu não queria voltar para os EUA, mas sabia que era preciso. Eu queria YoonGi, mas simplesmente não era justo deixá-lo.
– Então, até breve – me despedi dele, e beijei seus lábios.
Virei-me para entrar no hotel, mas ele continuou segurando minha mão, e elas foram escorregando... Quando se soltaram totalmente uma da outra, eu senti como se alguma conexão houvesse acabado, como se algo estivesse terrivelmente errado, e o pior de tudo, era que eu teria que conviver com esse sentimento pelo tempo que estivesse nos EUA.
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Então, o que acharam? O que acham que pode acontecer quando a Emma voltar para os EUA? :o
Beijocas ♥