A Conveniência do Casamento

By ElleStefany

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PLÁGIO É CRIME COM A FORÇA DA LEI N° . 9.610/98 Alexssandra como todo mundo, sempre teve suas expectativas e... More

A Conveniência do Casamento
Zero
Zero Um
Zero Dois
Zero Três
Zero Quatro
Um
Três
Três (Segunda Parte)
Quatro
Cinco
Seis
Seis (Segunda Parte)
Sete
Sete (Segunda Parte)
Sete (Terceira Parte)
Oito
Nove
Dez
Dez (Segunda Parte)
Onze
Doze
Treze
Quatorze
Perguntinha
Quinze
Dezesseis
Dezesseis (Segunda Parte)
Sem Capítulo
Dezessete
Dezessete (Segunda Parte)
Dezessete (Terceira Parte)
Grupo das Leitoras
Dezoito
Dezenove
Dezenove (Segunda Parte)
Intervalo ❤️
Vinte
Vinte (Segunda Parte)
Vinte e Um
Vinte e Um (Segunda Parte)
Vinte e Dois
Vinte e Dois (Segunda Parte)
Vinte e Dois (Terceira Parte)
Vinte e Três
Vinte e Quatro
Vinte e Cinto
Vinte e Cinco (Segunda Parte)
Vinte e Seis
Vinte e Seis (Segunda Parte)
Vinte e Sete
Vinte e Oito
Vinte e Nove
Trinta
Trinta (Segunda Parte)
Trinta (Terceira Parte)
Epílogo

Dois

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By ElleStefany

Quando cheguei em casa me enchi de torta, comi mesmo! Como se ali estivesse a solução dos meus problemas. Não sabia com quem deveria ficar brava. Com a revista ou com o Sebastian.Nunca havia me importado com qualquer droga que falavam sobre mim nos jornais ou revistas. Sempre era algo irrelevante.

Mas eu estava chateada com aquilo! Eu estava realmente brava com aquilo! Como alguém ousa falar isso? Eu nunca! Nunca em minha vida fiz mal à alguém e é isso que eu recebo? Um comentário grotesco desse nível? Nunca de modo algum busquei atenção, sempre fui o mais discreta possível.

"E não é que a "santinha" está realmente grávida"

Aquilo me irritava em um nível que não dá pra explicar!

Golpe da barriga?

Deus que me dê muita paciência numa hora dessas. Porque a primeira coisa que eu vou fazer quando estiver com a cabeça no lugar certo é entrar com um processo contra aquela revista baixa.

— C-como alguém pode pensar algo assim de qualquer pessoa? —eu soluço sem mesmo saber porque choro.

É ridículo.

Ligo para a minha mãe que demora para atender.

— Oi querida, desculpe eu estava fazendo o jantar.

Eu desabo ali mesmo, chorando tudo e um pouco mais das minhas dores.

— Lexa... Querida, o que aconteceu? —eu não respondo, mas tento. — Filha por favor me responde. Há algo de errado com o bebê? —ela se desespera e começa a ficar nervosa.

— N-não... —respiro limpando minhas lágrimas. — Como alguém pode pensar algo tão baixo sobre mim mamãe? Como alguém pode escrever algo tão ridículo assim? Nunca fiz nada à ninguém!

— Querida do que você está falando? —ela parece não saber de nada.

— Você não sabe?

— Não amor...

— Uma revista mamãe. Você sabe como o Sebastian vive estampado em capa de revista, mas dessa vez foi diferente. O alvo fui eu. Escreveram coisas horríveis sobre mim mamãe... E-eu não sei... —começo à chorar novamente.

— Querida, queria... Shhh... —ela para por um tempo. — Filha, me escuta. —eu tento parar de chorar, mas é difícil, meu coração dói. — Você nunca deu a mínima para isso. E não vai ser agora que você vai se incomodar com isso filha. Você está grávida meu amor... Suas emoções estão à flor da pele, dos hormônios nem se fala. Respire um pouco, pare de ler essas coisas porque essas pessoas são más, não contamine seu coração com tais coisas. Deixe de lado.

Segui o conselho da minha mãe.

Mas foi difícil parar de chorar.

Comecei à pensar como seria melhor se ela estivesse do meu lado. Me abraçando e sussurrando que tudo estaria bem no dia seguinte.

Quando me acalmei fui olhar a hora e já eram dez da noite.

Sai à procura do Sebastian, que me devia boas explicações.

Não iria discutir sobre o assunto da revista. Ele iria chegar cheio de trabalho e eu sabia como era ruim chegar em casa cansada e ter mais coisas para resolver.

Quando pensei que não ia encontrá-lo mais, me dei conta de que não havia procurado no escritório. A porta estava aberta e ele estava concentrado com algo na tela do computador. Não quis interromper.

Subi e tomei um banho demorado e quando sai não o vi no quarto. Desci novamente e ele ainda estava no escritório, agora estava escrevendo algo em alguns papeis.

Bati na porta timidamente e sorri. — Não vai dormir?

Ele ri. —Olha só... —ajeita os papeis. — Fiquei sabendo que saiu hoje. —ele não parece bravo com isso.

— Precisava comer torta. —olho ao redor desviando do olhar dele.

— Hmm... Com a Amanda?

— Ela é minha amiga. E não estava fazendo nada! —deixei no ar a indireta.

— Podia ter me ligado e eu teria trazido para você. —ah, não.

— Eu não quero ficar dentro de casa o dia inteiro já que estou de folga. E você também estava, lembra?

— Tinha coisas para fazer na empresa.

— Eu também tinha e nem por isso você me deixou ir. Ainda por cima chamou o meu pai pra ficar no meu lugar.

Ele coça o queixo e me olha perplexo.

— Como você sabe disso?

— Liguei para minha mãe. Porque está nervoso?

— Não estou. —ele levanta — Vamos dormir. —ele anda devagar até mim.

— Semana que vem eu vou trabalhar. E você não vai mais precisar do meu pai. E minha equipe vai estar de volta...

— Não foi para ficar no seu lugar que chamei o seu pai. —ele pára na minha frente e observa a confusão que se forma em mim.

— Como assim, foi pra quê?

— Seus olhos estão vermelhos.

— Eu fiz uma pergunta! —ele tenta tocar o meu rosto mas bato em sua mão. — Sebastian! —grito.

— Problemas Alexssandra. Problemas. —isso não me explicou nada.

Eu havia escolhido deixar de lado. Mas não havia como.

— A Amanda me mostrou algo hoje. Um comentário sobre mim em uma revista, aliás uma capa inteira, antes de voltar para casa eu passei em uma banca, você não sabe o quão aquilo é bruto e grosso! Estão falando coisas horríveis... —passo as mãos sobre os olhos evitando chorar

— Isso já está resolvido Alexssandra. Vamos dormir... — ele desiste do toque e passa por mim caminhando até as escadas.

— Não está! Você leu? Você viu?

— Entenda que era por isso que eu não queria você fora de casa hoje. —não entendo... — Mas, você como sempre...

— De modo algum você iria conseguir com que eu não lesse aquilo... Está na internet, jornal e revistas...

— Amanhã não estará mais.

Eu rio irônica. — Você quer me explicar? Porque parece que estou conversando sozinha!

— Você quer que eu explique? —ele caminha de volta até mim. — Eu vou explicar pra você! —ele é grosso comigo e dessa vez, está com raiva. — Hoje seria um dia que eu poderia ficar em casa e estava até aquela porcaria de revista publicar aquela merda! Liguei para o seu pai assim que pude, era alguém que mesmo com os problemas que estamos passando, gostaria de ver aquela porcaria longe dos olhos de todos. Então sim Alexssandra! Eu fui trabalhar! E deixei claro que você não deveria sair porque sabia que você iria dar um jeito de ler essa merda em algum lugar. Passei o dia tentando uma droga de um acordo com aquela porra de revista, mas pareciam não me escutar. Como você sabe, se não vai comigo, vai com meu advogado. Eu e seu pai nos reunimos com meu advogado e estava claro que só com um processo que aquilo sairia das bancas, internet, seja lá onde já estavam! —ele respira fundo tentando se acalmar. — Ninguém fala de mim, de você ou do meu filho daquele modo e sai impune. Aquela merda deveria fechar depois de algo assim. —ele me olha sério. — ESTÁ BOM PRA VOCÊ? —ele praticamente grita.

— Não precisa ser uma mula comigo para explicar algo assim. Seu grosso! —só não dei na cara dele porque sai o mais rápido possível para não xingá-lo mais.

Minha raiva não diminuiu, mas também não aumentou.

Aquilo não fazia diferença,já que as pessoas pensavam daquele jeito...

Me deitei na cama afastando os pensamentos ruins. Devia ter ficado no meu lugar, ele que viesse dormir a hora que quisesse.

Minha mãe tinha razão. Eu estava grávida. Nunca ia estar pensando ou me sentindo totalmente bem, eu estava uma pilha de nervos e aquilo não ia parar tão cedo.

Eu queria agradecê-lo e batê-lo também.

Queria beijá-lo e ao mesmo tempo estar bem longe dele.

Queria a minha casa e ao mesmo tempo não queria. Eu era a garotinha da mamãe. E a mimada do papai. Filha única e sim, tinha a atenção deles virada para mim. Mas em momento algum dependi deles, sempre quis ser independente, ter minhas coisas, meu emprego e meu salário. E havia conseguido tudo aquilo. Mas agora, eu estava aprendendo à viver sem eles. Eu estava crescendo.

Por mim, viveria o resto da vida com meus pais. Eu dependia deles de alguma maneira, dependia do amor deles. Mas agora eu só dependia de uma coisa, o amor pelo meu filho. O amor que me fez mudar de rotina, de casa e abrir mão da minha liberdade.

O outro lado do colchão afunda com o peso do Sebastian e no momento que ele me abraça por trás eu finjo que estou dormindo.

— Me desculpe. —ele sussurra.

E no fim, há uma esperança de paz entre nós.

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