𝐶ℎ𝑎𝑠𝑖𝑛𝑔

By ssunflowerssun

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• Livro 1 da Saga Chasing • "Todos nós temos os nossos demónios. É isso que recebemos pelas escolhas que fize... More

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By ssunflowerssun

"Não dormiste muito bem na noite passada." 

O Niall passa por mim e serve-se do café que fiz antes de ocupar um lugar ao meu lado no balcão. "Ouvi-te vaguear pela casa de madrugada." 

"Acordei-te?"

"Não. Eu estava acordado. O que é que te manteve acordada durante a noite?"

"A ansiedade pelo primeiro dia de aulas."

Não sei porque estou a mentir-lhe. Vamos dividir um apartamento e em algumas semanas vai perceber que o problema não é o primeiro dia.

"Estás de rastos." Constata observando-me. 

"Estou." Concordo sacudindo os ombros. "Eu abro." Desço preguiçosamente do banco assim que a campainha toca e dirijo-me à mesma para receber a Emma. "Bom–"

"O que é que fiz de errado?" Brinca perante a minha expressão fechada. "Não, falando sério. Estás doente?" 

"Não dormi bem." Explico dando-lhe espaço para entrar. "Entra. Quero apresentar-te o Niall." 

"Com licença." Murmura observando o espaço antes de entrar. "Olá. Bom dia."

"Olá." O Niall desce do balcão e endireita-se para a receber. "Sou o Niall. Divido o apartamento com a tua prima."

"Emma. Prima da Anna." Diz com um risada nervosa à mistura enquanto aperta a sua mão. "É um prazer conhecer-te."

"Igualmente. Também é o teu primeiro ano cá?"

"Sim."

"Vou buscar as minhas coisas." Aviso antes de me dirigir para o quarto. Visto o casaco e recolho tudo o que preciso, voltando para a sala onde a Emma me espera. "Estou pronta. Vamos?"

"Sim. Até à próxima, Niall." 

"Até à próxima. Boa sorte para o vosso primeiro dia."

"Obrigada!" Agradecemos antes de fechar a porta atrás de nós. 

"Ele é simpático, não é?"

"Simpático? É um gostoso, Anna!" Sussurra agarrando o meu braço com demasiada força. "Adorável!"

"Gostoso?" Repito com as sobrancelhas unidas. 

"Sim. Não achas?"

"Não sei…" As minhas sobrancelhas unem-se ainda mais ao entrar no elevador. "Eu acho-o bonito, é claro mas não olhei para ele dessa forma." 

"Ainda bem."

"Foi amor à primeira vista ou algo assim?" Brinco esperando ouvi-la negar mas não o faz. "Emma?" 

"Não foi amor à primeira vista mas quem sabe à segunda… Ele está solteiro?" 

"Não sei. Presumo que sim."

"Faz-me o favor de tentar descobrir isso e tira essa cara de enterro." 

"Estou cansada, Emma."

"Tiveste pesadelos?" Balanço a cabeça afirmativamente ouvindo-a suspirar. "Sabes o que vou dizer a seguir, certo?"

"Sei." Confirmo deixando o edifício. "Animada? É o teu primeiro dia na Universidade."

"É o nosso primeiro dia na Universidade, Anna. Eu sei que não fazia parte dos teus planos entrar mas conseguiste e agora trata-se de traçar uma meta e alcançar um objetivo. Acredita em mim, precisas disto." 

"Eu vou traçar a meta."

Se não por mim, fa-lo-ei por ela e por todos os meus amigos, aqueles que me guiaram até aqui. 

Sei o quanto isto significa para eles e não quero decepcioná-los. 

"Mas preciso de outro café antes." 

"Arranja uma mesa. Eu vou buscar os cafés."

Caminho pelo bar, que nunca antes vi tão movimentado em busca de uma mesa livre ou ocupada por alguém que conheça. Quando estou prestes a desistir e voltar para junto da Emma, avisto o Taylor sozinho na mesa do fundo e abro um sorriso. 

"Bom dia. Posso sentar-me?" Coloco as mãos nos seus ombros e deixo um beijo na sua bochecha, deslizando para a cadeira ao seu lado. 

"Por favor. Estou a sentir-me sozinho." Murmura com um sorriso. "Estou à espera do Max e do Tate mas tenho a certeza de que adormeceram."

"É o mais provável." Concordo bocejando discretamente. 

"Dormiste?"

"Não muito."

"Bebe." Ordena colocando o seu copo de sumo à minha frente. "Precisas de uma dose de energia." 

"A Emma foi buscar cafés."

"Café, café." Zomba revirando os olhos para si mesmo. "Qualquer dia sangras café. Bebe um pouco de sumo."

"A resmungar tão cedo, Taylor?"

"Vocês bebem demasiado café."

"Nós sabemos." A Emma senta-se ao seu lado e acaricia o seu ombro. "Gosto da tua camisa."

"Elogios não vão levar-te a lado nenhum. Não sou o Zayn."Resmunga franzindo os lábios. "Bebe sumo, Anna. Não há café enquanto não beberes o sumo."

"Não a irrites. Ela está cansada e de mau humor."

"É de manhã, Emma. Está sempre mal humorada de manhã." Constata forçando-me com o olhar mais uma vez. 

"Ok." Murmuro torcendo o nariz propositadamente quando dou um gole do seu sumo natural de maçã. "Feliz?"

"Já podes beber o teu café." 

"Muito obrigada."

Encontrar a sala onde vou ter a primeira aula não foi uma tarefa fácil, assim como enfrentar os olhares dos meus colegas quando entro com um atraso de aproximadamente dez minutos. 

Belo começo.

"Anna!" Uma mão a balançar freneticamente ao fundo da sala chama a minha atenção. 

"O que estás aqui a fazer?" O Richard faz sinal para que me sente ao seu lado e assim faço. "Estamos na mesma aula?" 

"Parece que sim." Solto uma risada carregada de alívio por tê-lo aqui comigo. 

"Estou tão feliz!" Os seus braços espremem-me contra o seu peito e posso dizer que realmente está feliz. 

A professora chega pouco tempo depois e as apresentações começam. Tinha-me esquecido completamente do quanto o primeiro dia de aulas é uma perda de tempo com apresentações e planos de aulas. 

A aula de Design é ainda mais longa e chata que a primeira, no entanto, o meu dia inteiro é salvo pelo Richard, a sua energia e o seu bom humor por todas as vezes em que nos perdemos pelos corredores da Universidade. 

"Jantamos juntos?" O Richard entrelaça o seu braço no meu quando deixamos a última aula. 

"Não é um pouco cedo?" 

"A Marie diz que é complicado arranjar lugar se chegarmos muito em cima da hora." Explica torcendo o nariz. "Sou tão novo nisto como tu. Conversamos um bocadinho e o tempo acaba por passar–"

"Olá!" Alguém diz ao passar por nós no corredor. Giro a cabeça e vejo o rapaz do outro dia olhar para trás, esperando que o reconheça. "Lembraste de mim?"

"Claro. Olá." Sorrio. "Está tudo bem? Como correu o primeiro dia?"

"Muito bem e o teu?" 

"Correu bem." Afirmo pressionando os lábios. Chegamos à parte da conversa onde não sei como continuá-la. 

"És novo por cá?" O Richard inclina ligeiramente a cabeça, observando-o com atenção. 

"Sim. Sou o William." Ele coloca a pasta debaixo do braço antes de se chegar a nós para cumprimentar o Richard. 

"Richard." O Richard aperta a sua mão. "É um prazer conhecer-te."

"Igualmente. Bom, eu tenho que ir. Vejo-vos por aí." O William acena antes de virar-nos costas e continuar o seu caminho. 

"Esta Universidade vai dar cabo de mim." O Richard suspira e abre um sorriso sugestivo que me deixa a pensar mais uma vez na sua orientação sexual. 

Não que tenha algo haver com isso. 

"Posso fazer-te uma pergunta?" 

"Queres saber se sou gay? Não." Esclarece. "Gosto de pessoas, independente do sexo mas homens são o meu ponto fraco."

"Ok. Estou esclarecida." 

"Não tens que ter receio em fazer-me perguntas. Sou um livro aberto." Informa ocupando uma das mesas. "Mas conta-me, de onde saiu o William?"

"Ele ia-me atropelando antes de ontem. " Sacudo os ombros. "Não aconteceu nada. Foi só um susto."

"Um susto e uma oportunidade. Vi o interesse a milhas."

"Que interesse?" 

"O dele em ti."

"Quem é o idiota?" Ambos levanta-mos o olhar para ver o Tate de sobrancelhas erguidas, meio atordoados com a chegada repentina. "Quem é o idiota que está interessado em ti?"

"De onde apareceste?"

O Tate suga algum ar entre os dentes, sentando-se à nossa frente. "Não gosto de me repetir." Avisa cruzando a perna em cima da outra. "É a loira? O teu companheiro de apartamento?"

"Ele chama-se Niall, Tate." Semicerro o olhar. "Estamos a falar de outra pessoa e ele não está interessado em mim. O Richard acha que está, é só."

"Provavelmente está. És linda e qualquer homem se interessaria por ti." Constata naturalmente, fazendo-me sorrir. "E é por isso que és a minha maior dor de cabeça." 

"Aw, que querido."

"Eu sei." Murmura olhando para o Richard. "Mas então, quem é ele?"

"Um rapaz que conheci antes de ontem."

"E?"

"E cruzei-me com ele ao vir para aqui. Só isso."

"Uhm. Para alguém anti social, já conheceste muita gente."

"Que exagero!" Reviro os olhos, sabendo que está a exagerar propositadamente. "Não te preocupes, vais sempre ter um lugar especial no meu coração." 

"O único lugar." Enfatiza antes de se focar no restante grupo que acaba de chegar. 

"Sobre o que se reclama por aqui?"

"A Anna tornou-se social."

"A Anna?" Quando o olhar do Taylor me encontra, quase fico ofendida com a dúvida estampada nele. "Pormenores, por favor."

"Conheceu um gajo qualquer que, segundo o Richard, está interessado nela." 

"Quem?" O Zayn franze as sobrancelhas. 

"Chama-se William e é novo cá mas não–"

"O que está a estudar?" O Max inquire de um lado, sendo interrompido pelo Taylor. 

"Idade? Relato de ex-namoradas?" 

"Passado?" O Zayn ergue uma sobrancelha. 

"Extrato bancário?" Acrescenta o Tate. 

"É de boas famílias?"

"Vocês só podem estar a brincar comigo." Semicerro o olhar. "Mal o conheço. Não nos vamos casar."

"Eu casava."

"Oh, eu também." A Emma assente, concordando com o Richard. "Isto se não me tivesse apaixonado pelo companheiro de apartamento da Anna."

"É verdade. A Emma apaixonou-se pelo Niall." Anuncio de boa vontade, atirando-a para debaixo do autocarro. 

Ela que os ature. 

"Ansiosas para se verem livres de nós, ah?" 

"Pior. Imagina ter que incluir dois gajos, dos quais provavelmente não vamos gostar, no grupo. Que inferno."

"O Niall é simpático." O Max interrompe o drama do Zayn e do Tate. 

"Tu achas toda a gente simpática."

"Ao contrário de ti, Tate."

"E quem está certo a maioria das vezes?"

"Desta vez, é o Max." A Marie intervém. "Nunca conversamos muito, mas toda a gente parece gostar do Niall."

"Eu não sou toda a gente." 

"Deixa de ser assim, Tate." 


A semana terminou num abrir e fechar de olhos e o fim-de-semana passou ainda mais rapidamente com festas e mais festas. 

Concordei em ir com a Emma à festa de sexta-feira mas não ficamos até tarde e decidimos ignorar a existência da festa de Sábado e de Domingo. 

Os universitários festejam demasiado. 

Embora rápida, a primeira semana foi bastante cansativa e por isso, aproveitei o fim-de-semana para descansar o mais possível e esta noite foi provavelmente a mais tranquila. 

É a primeira vez em meses que estou animada, dentro do possível é claro, mas isso está prestes a mudar. 

O bar está claustrofobicamente cheio e a tensão é palpável no instante em que piso o espaço. 

O que mais chama a minha atenção é o facto de que os poucos que falam, fazem-no em sussurros. Isso e o facto de que estão de pé, a fazer apenas isso. Estar de pé. 

Tenho a leve impressão de que perdi algo importante e por isso, apresso-me para encontrar uma fonte de informação. 

Fico com a impressão de que perdi algo importante e apresso-me para encontrar uma fonte de informação. 

"O que aconteceu?" 

O Max ergue-se, deixando uma Perrie com o rosto sem cor desamparada na cadeira. "Bom dia." Diz com um sorriso reconfortante. "Ou não tão bom assim–"

"Uma aluna foi violada na festa da noite passada."

"Violada?" 

"Yap." O Tate confirma as palavras da Emma. "A polícia acha que foi um aluno. Ela foi drogada, não sabe dizer quem foi exatamente, mas fez um retrato falado e cerca de dez alunos estão a ser interrogados."

"E o que é que se passa com ela?" Aponto para a Perrie, ignorando a informação aterrorizante por mais algum tempo. 

"O Richard, Taylor e Zayn são três dos alunos que estão a ser interrogados."

"Oh."

"Ele é inocente." A Perrie choraminga, olhando-me com desespero.

"Danielle, vai buscar uma água. Por favor." Passando as mãos pelo rosto da Perrie, o Max sopra suavemente. "Respira fundo. Isto não significa nada."

"São só umas perguntas. Relaxa." O Tate instala-se e olha à sua volta com aborrecimento estampado no olhar. "Suponho que não vamos ter aulas, certo?" 

"Não sei." 

"Trouxe açúcar. Não sei se–"

"Todo! Coloca todo!"

"Tens que te acalmar." A Danielle passa a água para as suas mãos trémulas. "Não sabemos exatamente o que aconteceu mas–"

"Todo este drama não te vai levar a lado nenhum. É isso que estão a tentar dizer-te."

"Tate." Dou-lhe uma cotovelada. "Não sejas insensível."

"Estou só a dizer. Se o Zayn está inocente e todos nós sabemos que está, não há razão para todo este drama. Ele não vai ser acusado por uma coisa que não fez."

A Emma faz-lhe sinal para que feche a matraca e ele faz o que lhe é pedido mas não sem antes revirar os olhos. 

"Vamos esperar por notícias."

"Sim." A Marie concorda, olhando para todos nós. "Vamos esperar e saber o que raios se passa. Não me agrada que haja um doente à solta por aí a atacar mulheres."

"Acham que vai demorar?"

"Por mim podem demorar o tempo que quiserem. Só não quero ter aulas, Max."

"Pouco apareces de qualquer forma, Tate."

"Que perspicaz."

"Porque é que não vais fumar um cigarro?" A Emma balança a mão, pedindo-lhe que siga o seu conselho. 

"Adeus." Murmura levantando-se de imediato.  

"Mais calma?" Aproximo-me da Perrie, que balança a cabeça afirmativamente soltando um longo suspiro. 

"Não. Quero dizer… não." Murmura baixando o olhar. "Nem um pouco."

Os minutos vão passando lentamente. Alguns alunos acabam por dispersar, o Tate regressa e reclama um pouco, voltando a sair para outro cigarro enquanto somos deixados feitos idiotas sem qualquer informação. 

"Estou farta de esperar e tenho fome." A Emma segura a cabeça entre as mãos e suspira. 

"Vamos buscar alguma coisa para comeres." Faço sinal para que se levante. É melhor alimentá-la antes que fique de mau humor. "Eu também preciso de um café."

Certifico-me de que ninguém quer nada antes de arrastar a minha prima até à fila no bar. 

O seu corpo encosta-se ao meu para poder descansar a sua cabeça na minha. "Começamos bem. Uma violação. De repente, já não me sinto tão segura aqui."

"Ainda não sabemos se foi um aluno." 

"Mas e se foi?" Afastando-se, olha-me com as sobrancelhas elevadas ao máximo. "E se não conseguirem certezas de que foi ou não? Vamos viver com a dúvida?" 

"Eu sei que estás assustada." Assumo porque a conheço demasiado bem. Quando começa a desfazer-se em perguntas, isso significa que está desconfortável. 

"Não gosto destas coisas, Anna. É algo muito sério, é doentio. Não pode ser levado de ânimo leve."

"É por isso que a polícia está aqui. Para fazer o seu trabalho."

Quem diria que estas palavras iam sair da minha boca. 

"E está neste momento a interrogar dois amigos nossos."

"Que são inocentes e não têm nada a esconder." 

"Ainda assim. Este não era o começo que esperava."

Acho que nenhum de nós esperava. 

Depois de duas horas à espera para saber o que aconteceu, os três regressaram bastante tranquilos e isso também nos tranquilizou. A todos menos a Emma. 

"O que é que queres comer?" Inclino-me sobre o balcão e abro um sorriso assim que o rosto da minha prima se ilumina. 

"Posso escolher?"

"Sim."

Ao final do dia, eu sabia exatamente o que precisava fazer para faze-la sentir-se melhor. Um jantar tranquilo, algo com que possa distrair-se um pouco. 

"Bolonhesa." Sugere com a resposta na ponta da língua. 

"Os seus desejos são ordens."

"O Niall vai jantar connosco?" Inquire assim que viro costas e começo a vasculhar pelos armários. 

"Não sei." Ri-o em silêncio. 

"Ele sabe que vou jantar aqui?" 

"Não. Não falei com ele." Admito abrindo um sorriso inocente após talvez lhe ter dito o contrário. 

"Como assim? Disseste-me que tinhas–" 

"Menti."

"Anna!"

"Ele não se importa que eu traga os meus amigos para aqui e tu és família então tens outros direitos." Sacudo os ombros. "Não me stresses. Estou a tentar cozinhar."

"Com que cara vou ficar caso ele apareça?"

"Com a tua cara de sempre. Não és tu que, figurativamente, estás apaixonada por ele? Não queres saber mais sobre ele? Então, caso apareça, tens a tua oportunidade."

"Ajudas-me?" 

"Com o quê?"

"Sei lá. Caso ele apareça. Ajudas-me a... conversar com ele?"

"Conversar?" Elevo uma sobrancelha observando-a pelo canto do olho, focando-me depois no fogão. "Queres que seja o teu wingman?"

"Vá lá! Até tu já beijaste alguém e eu não!" 

"Soou como uma ofensa."  

"É essa a intenção. Só beijaste o rapaz porque tinhas bebido um copo, caso contrário, não teria acontecido." Acusa pressionando os lábios. "Adoro-te mas ambas sabemos que há trabalho a ser feito. No meu caso, não há nada a impedir-me do que quer que seja mas ainda preciso da tua ajuda." 

"Vamos ver o que posso fazer."

"Sabes o que podias fazer para que este jantar seja perfeito? Uma sobremesa."

"Eu ofereci-me para fazer o jantar por simpatia mas não exageres, Emma."

"Posso ajudar-te. Por favor?"

"Tomas conta do jantar enquanto faço a sobremesa."

"Sim, chefe!" Aceita saltando do banco para poder juntar-se a mim do outro lado do balcão. "És a melhor." Bajula beijando a minha bochecha ao alcançar-me. 

"Eu sei." 

"Devias convidar do Niall. Estou a dizê-lo sem segundas intenções." Garante de costas viradas para mim. "A comida do bar não chega aos pés do cheirinho da tua."

"Achas que devia?" Paro por um segundo, pensando realmente na sua sugestão. 

"Seria simpático da tua parte."

Como se do destino se tratasse, ouço o tintilar de chaves do outro lado da porta. A Emma olha para mim e por momentos, parece ficar aflita com a chegada do Niall. 

"Que cheirinho!" Ele solta um gemido satisfeito e eu sorrio, esperando que entre. 

Estou prestes a recebê-lo com entusiasmo assim que finalmente o vejo, mas assim que noto a presença de outro alguém ao seu lado, todo o meu entusiasmo se esconde da mesma forma que, se eu pudesse, me esconderia.  

O que é que ele está aqui a fazer?

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