Antes de você - Livro 3

Af autorarearaujo

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Antes de tudo começar, eu me considerava uma garota de sorte. Tinha bons pais, bons amigos, ex-namorado indo... Mere

Nova Belinda
Surpresas
Acho que o destino me odeia
Mudança de plano
Dia estressante
Surpresas da noite
A aposta
A noite só estava começando
Testando meus limites
Fugindo do controle
Ele mexe comigo
O que está acontecendo comigo?
Fim de férias
Que comecem os jogos
Sem saída
Dia corrido
O envelope
O encontro com Marcelo
O acordo
Surpresas da noite
Enfrentando o pai
Um ombro amigo
Procura-se Belinda
Um Kadu furioso
Visitando Belinda
Tem algo errado
Eu não estou doente
A preocupação de Kadu
O apoio do Kadu
O resultado dos exames
A conversa com os pais
Um sentimento não identificado
Sentimentos confusos
Labirinto de emoções
Abrindo o jogo com os amigos
Serei o que ela precisa
Fim de semana com Kadu
A entrega
Quando tudo está perfeito demais...
A verdade de Kadu
A lista
Entendendo os meus sentimentos
Aprendendo a surfar
Eu te amo
Um sonho que se sonha só
Preciso acreditar em milagres
A decisão
Correndo contra o tempo
O dia seguinte
Epílogo
Minhas Obras

Provocações

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Af autorarearaujo


Belinda

Como foi previsto, não teve aula, e nem pudera, dessa vez Ricardo se superou falando o quanto a instituição era importante e ressaltou mais uma vez os perigos que alguns alunos correram no período passado.

Nanda e Jessye resolveram passar o dia comigo no apartamento. Fizemos pipoca e brigadeiro e passamos a tarde assistindo séries na TV.

Ligamos para Ivy e ficamos conversando no viva-voz por cerca de uma hora.

Ela deixou um convite em aberto para irmos visitá-la em algum feriado prolongado. Prometemos que iríamos e que ela preparasse o seu apartamento para nos receber.

No final do dia, Nick passou para pegar Nanda e eu agi normalmente. Desde o nosso último encontro eu estava tentando evitar outra conversa. O lance do casamento deles ainda estava bem forte na minha cabeça.

Quando acordei na manhã seguinte, decidi voltar um pouco com a minha rotina. Correr logo cedo antes da aula sempre me deixava cheia de vida. Coloquei uma legging preta, calcei meus tênis, top preto e procurei o meu celular.

Prendi-o no suporte do meu braço, coloquei minha playlist para tocar e saí do apartamento. Faria um circuito de trinta voltas e depois daria um pulo rápido na academia. Precisava perder os quilos extras que ganhei na viagem, e ainda teria tempo para tomar café com Jessye antes da primeira aula.

Meus cabelos estavam dando um pouco de trabalho depois que o cortei. Era difícil mantê-lo preso por muito tempo. Eles sempre acabavam fugindo e caindo no meu rosto.

Estava fazendo o retorno da terceira volta, quando dei de cara com Kadu entrando no campo.

Estava vestindo uma calça moletom cinza com listras azuis nas laterais e uma camiseta regata Tank Top super cavada branca, deixando a mostra os seus braços bem tonificados. Usava uma toca preta para esconder os cabelos.

A princípio ele não me viu, então pude observar a maneira como ele andava calmamente pelo espaço. Ele começou a se aquecer sem ligar muito se tinha alguém por perto. Eu diminuí o passo e caminhei em sua direção. Na verdade, era ele que estava vindo à minha direção, mas estava de cabeça baixa.

Falei para mim mesma que não falaria com ele. Passaria direto e fingiria que não o vira.

Isso mesmo.

Nada de conversa ou distração.

Mas parecia que o dia não estava propício a colaborar comigo. Quando ele ergueu a cabeça, nossos olhos se encontraram e foi difícil quebrar o encanto. Continuei caminhando ou tentei continuar, porque minhas pernas começaram a falhar, como se elas estivessem me dizendo para dar o fora.

– Belinda, estou surpreso em te ver aqui. – disse me dando um pequeno sorriso

– Estou me perguntando a mesma coisa. O que faz aqui tão cedo?

– Correr, assim como você.

– Não pensei que fosse adepto a corrida matinal.

– Não sou muito, mas desde que comecei a trabalhar com meu pai, acabei ficando sem tempo para ir à academia.

– Você poderia malhar a noite. Tem muitos alunos que fazem isso. – sugeri e nem sei por que fiz isso.

– A noite a academia fica lotada. Gosto de realizar meus exercícios sozinhos.

– Claro, imagino que o seu ego não consegue ficar perto de outros caras mais sarados do que você. – falei apenas para alfinetá-lo.

– Isso até poderia ser verdade se eu não me garantisse.

– Sabe Kadu, eu penso que esse lugar está se tornando muito pequeno para você. Não acredita que seria a hora de procurar um lugar onde você não tenha nenhum concorrente?

Kadu riu alto.

– Nossa Belinda, eu não sei como você consegue ser tão engraçada a essa hora da manhã. Você deve ser a única garota no campus que madruga para correr.

– As outras preferem ficar na academia a correr. Faço isso por que quando estou correndo eu consigo colocar meus pensamentos em ordem.

– Uau. Então preciso correr diariamente. Meus pensamentos estão um turbilhão de confusões.

– Fique a vontade então. Eu preciso continuar com a minha corrida.

– Vou correr com você.

– Correr comigo? Por quê? – perguntei assustada com a possibilidade de tê-lo ao meu lado.

– Por que eu quero. Por que parece ser divertido. E além do mais, podemos conversar enquanto corremos.

– Não quero conversar.

– Então não conversaremos.

Ele só poderia estar testando a minha paciência.

– Gosto de correr sozinha.

– Eu sei. Você já me disse. Se você pretende assistir a primeira aula, eu sugiro começar agora. Quantas voltas vamos dar?

Ele não se dava por vencido. Eu tinha escolha?

Sim, eu tinha. Largar a corrida e ir voltar para o apartamento. Mas fazendo isso, eu teria acordado cedo há toa e ainda deixaria Kadu pensar que tem algum efeito em mim. E isso definitivamente eu não deixaria acontecer. Soltei um longo suspiro e passei por ele.

– Vinte e sete voltas restantes. – falei enquanto começava a correr.

Kadu me lançou um sorriso de vitória e logo estava correndo ao meu lado. Permanecemos calados por vinte minutos até ele começar a falar.

– Em não falei antes, mas adorei o seu novo visual. Você ficou muito sexy.

Quase tropecei nos meus próprios pés quando ele falou a palavra sexy. Não quis me vestir diferente para que todos me achassem sexy, eu gostava de roupas que me deixavam confortável. Mas eu mão falaria isso.

– Levarei isso como um elogio, mas como falei antes, gosto de correr em silêncio.

– Me desculpe, eu só queria falar, caso você pensasse que eu não reparei. Não pensei que seus seios fossem tão bem-visto naquele vestido branco.

Dessa vez, não consegui me equilibrar e só não fui ao chão por que Kadu foi rápido o bastante para me segurar.

– Cuidado Belinda. A grama pode ser traiçoeira às vezes. – ele riu e eu tive certeza que não era por isso que ele estava rindo.

– Você não pode falar essas coisas enquanto estamos correndo. – falei sentindo meu rosto pegar fogo.

Essas coisas a qual você se refere são os seus seios?

– Já disse para você parar com isso. E pode me soltar, por favor, consigo ficar em pé sozinha.

– Meu Deus! Eu estava apenas fazendo um elogio. As roupas que você usava antes não te favoreciam. E os seus...

– Se falar sobre meus seios de novo, eu meto um soco no seu nariz.

– Eu não falei nada, foi você quem falou agora. Eu só ia dizer que...

– Chega Kadu. Ou você fica com essa boca fechada, ou correrá sozinho.

– Ok zangadinha. Vou passar um zíper na minha boca. – ele disse fazendo o gesto.

Voltamos para nossa corrida com Kadu me olhando a cada dois segundos. Aquilo estava me tirando à concentração. Parei de correr novamente com Kadu à alguns passos na minha frente.

– O que foi agora? – perguntou voltando para ficar de frente comigo.

– Você fica o tempo todo olhando para mim.

– E você não?

– Claro que não.

– Então como sabe que fico te olhando se você diz que não está fazendo o mesmo?

Filho da mãe conseguiu me pegar na minha própria armadilha.

– Quer saber de uma coisa? Eu desisto. – falei dando meia volta e indo para a saída. — Não dá para me concentrar assim.

– Não dá para você se concentrar em mim ou na corrida?

O idiota ainda conseguia zoar com a minha cara.

– É claro que estou falando da corrida. Você pouco me importa. Eu só não consigo me concentrar.

– Belinda isso é só correr. Não precisa se concentrar para fazer isso.

– Eu preciso me concentrar. Gosto de ouvir meus pensamentos.

– Então me desculpe, mas você é maluca.

– Sou realmente maluca por perder meu tempo conversando com você.

Apressei meu passo para me afastar dele.

– Vai embora sem terminar as voltas restantes?

– Vou. – falei marchando pesado para a saída.

– Fala sério Belinda. Eu estava apenas brincando. Volta aqui! Prometo não falar e não ficar olhando para você.

– Perdi e vontade, e o tempo está acabando.

– Mas ainda dá tempo para mais três ou quatro voltas. Anda, deixa de ser chata.

Parei, olhando para ele.

– Tudo bem, mas se você der um pio...

– Tem minha palavra.

– Como se sua palavra valesse de alguma coisa.

– Você não perde uma para jogar na minha cara.

– Só estou falando a verdade. Agora para de falar e vamos correr.

Demos mais quatro voltas sem ele falar nada. Por um lado eu preferiria que ele ficasse calado, por outro eu queria que ele falasse, seria melhor ouvir suas besteiras do que ficar pensando no que ele estava imaginando ao meu respeito.

Parei para recuperar o fôlego, colocando as mãos nos joelhos.

– Cansada?

– Um pouco. Fiquei dois meses sem correr. Só preciso praticar mais um pouco e logo voltarei ao normal. Eu iria à academia, mas não vai dar tempo.

– Podemos ir à noite depois da aula.

– O quê? Entendi direito? – perguntando erguendo meu corpo e lhe encarando.

– O que falei demais?

– Não foi você quem disse que não gosta de ir à noite porque o lugar fica lotado?

– Podemos ir depois do horário do fechamento. – disse erguendo uma das sobrancelhas.

– Está querendo ficar sozinho comigo Kadu?

– Não. Quero malhar, assim como você. Mas e se eu quisesse?

– Não vai rolar. – falei dando as costas para ele.

– Por que não? Tem medo de ficar sozinho comigo?

– Se existe algo que me assusta, esse não é você.

– Então o que é?

– Eu só não estou afim.

– De qualquer forma, estarei na academia depois que ela fechar. – ele gritou quando me afastei.

– Não conte com minha presença. Já estarei dormindo até lá.

– Sabia que você tem uma bunda maravilhosa olhando daqui.

Fiz um sinal com o dedo do meio para ele sem olhar para trás.

– Adoro uma garota mal criada.

Ouvi ele rir enquanto eu passava pelo portão. Não consegui resistir e dei uma olhada para ver se ele estava vindo atrás de mim. Kadu estava iniciando mais uma volta pelo campo de futebol, porém agora mais rápido. Ajeitei meus fones de ouvido e fui para casa.

Fortsæt med at læse

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