Fugindo do controle

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Kadu

Não sei por que tive essa reação, mas quando vi Belinda conversando com um dos caras que contratei para servir bebidas na minha festa, eu não suportei. Ela estava espetacular em seu micro vestido, e a maquiagem leve ressaltou ainda mais as suas sardas, que em outra garota ficariam horríveis, mas em Belinda parecia que serviu para deixá-la ainda mais atraente.

Não que eu não tivesse percebido antes o quanto ela era linda e sexy. Não sou idiota ao ponto de ignorar uma garota bonita, entretanto Belinda sempre viveu escondida atrás da mesa do jornal e nas roupas que não ajudavam em nada com sua tentativa de se socializar.

Todas às vezes que ela comparecia as minhas festas, a maioria delas apenas para ter o que falar no seu jornal, motivo por qual nunca me importei com seus comentários sarcásticos, já que tudo que eu queria era ser o comentário da faculdade.

Se não fosse pelo ibope que ela me dava mesmo sem planejar, eu teria vetado sua entrada na segunda festa.

Belinda é aquele tipo de garota mimada, que não suporta ser contrariada, um gênio muito difícil de controlar, mas eu estava disposto a encarar pelo simples fato que desvendar os segredos dela havia se tornado o meu mais novo desafio. Belinda não sabia onde tinha se metido.

Convencê-la a ir para minha suíte foi apenas um meio para poder ficar alguns minutos ao seu lado antes que ela percebesse ser mais um truque para ganhar a aposta. Eu só precisava me livrar da Jessye e ficar sozinha no quarto com Belinda.

Segui as duas pela casa até alcançarmos a escada. Deixei elas subirem na minha frente, por que eu queria dar uma boa olhada nas pernas de Belinda. Não sei por que ela nunca quis deixá-las de fora.

Fiquei imaginando qual seria a sensação de tocá-las, se eram tão macias quantos os seus lábios, por que puta que pariu, ela tem um beijo enlouquecedor. Não sei como meu irmão a deixou partir, na verdade, sei sim, devido à Nanda.

– Qual é a sua suíte? – perguntou Belinda quando chegamos ao corredor onde tinha quatro portas.

– A segunda. – apontei.

Belinda nem esperou que eu fosse à frente para abrir a porta. Ela estava furiosa e tenho certeza que se ela pudesse me mataria e pediria para que Jessye a ajudasse a esconder o corpo. Ela queria deixar bem claro que não gostara da brincadeira. Minha primeira intenção foi tirar ela de perto do barman que estava distribuindo charme a cada palavra, depois me diverti ao observar o quanto ela ficou furiosa.

Ele era uma ameaça aos meus planos. Se algo acontecesse entre os dois, Belinda poderia desistir da nossa aposta, e isso era uma coisa que eu não queria. Eu já traçara todo um plano para conquistá-la, e desistir não era uma opção.

Ela ligou o interruptor e a claridade tomou conta do quarto. Não era muito grande, mas isso não importava muito, eu não dormiria ali, a não ser que a ex-ruiva resolvesse relembrar o nosso último encontro. Sorri para mim mesmo com o pensamento. A noite estava sendo um saco, e ter um pouco de diversão iria maravilhoso.

– Deduzo que esse deva ser o banheiro. – disse Belinda indo direto para a porta à sua frente.

– Sem dúvida. Já tem toalha no banheiro.

– Jessye, me espera aqui, não vou demorar, só vou tirar o cloro do meu corpo e depois cairemos fora. – Belinda falou entrando no banheiro antes que sua amiga pudesse falar.

Caminhei até a janela e dei uma olhada na movimentação que estava acontecendo na piscina. Pela maneira como estavam bebendo, não demoraria muito para que corpos começassem a cair pelos espaços da casa.

Antes de você - Livro 3Onde as histórias ganham vida. Descobre agora