A COR MAIS QUENTE | JIKOOK

By koopinky

1.4M 155K 210K

Na adolescência, Jimin e Jungkook eram como polos opostos e viviam brigando. O Park detinha as melhores notas... More

CAST
AVISOS
Prelúdio
[00] Prólogo
[01] Primeira vez
[02] Intimidante
[03] Audácia
[04] Amigo para todas as horas
[05] Romanov
[06] Romeu e Julieta
[07] Novos sentimentos
[08] Eu vejo, eu gosto, eu quero.
[09] Ataque descoberto
[10] Contar estrelas
[11] A paixão é cinza e efêmera
[12] Primícias duma aquarela: acromo
[13] Primícias duma aquarela: policromo
[14] Porsche Carmim
[15] A chama que nunca se apaga
[16] O primeiro ato de coragem | 1
[17] Aniquilação de pretendentes| 2
[18] A porta vermelha.
[19] Cicatrizes deixam belos vestígios
[20] Gritos e Sussurros
[21] Sonhos de Infância

[22] La Vie En Rose

5.8K 695 5K
By koopinky


sdds de vocês, to sem tempo para porra nenhuma ultimamente :(

A última meta não bateu, então não consegui trazer atualização no dia 16/03...

vcs acham que a fanfic está mt arrastada ou entediante? fiquei pensando nisso

META: Se esse capítulo bater 5K DE COMENTÁRIOS em 2 DIAS, trago a próxima atualização dia 13 de Abril. (13/04)!

Nas redes sociais meu @ é koopiinky também.

A PRÉ-VENDA DO LIVRO SERÁ EM NOVEMBRO! 

Boa leitura!

#JujubasEKingKong

Os olhos que fazem os meus baixarem
Um riso que se perde em sua boca
Eis o retrato sem retoque
Do homem a quem eu pertenço


Quando ele me toma em seus braços
E fala baixinho
Eu vejo a vida em cor-dе-rosa

— La Vie En Rose, Édith Piaf

"Com você, o meu mundo é visto pela lente de um óculos cor-de-rosa"


.


JUNGKOOK


Isso tudo é mesmo necessário?

É a questão que anda pairando em meus pensamentos nas últimas semanas de maneira tão pertinente ao atual momento que penso em quão idiota podem ser alguns medos internos que pessoas comuns tender a ter cotidianamente. 

Sempre que ele não está perto, fico preso por ideias irreais de como seria beijá-lo em público, plenamente liberto. São intrusos devaneios que me tomam à todo momento, não me deixam em paz. E a cada dia, a vontade de tornar isso real aumenta desgovernadamente, quase imparável. 

Eu não poderia nem me sentir culpado depois se fizesse isso, o meu amor por Jimin tem me deixado louco e desnorteado. 

É interessante pensar como ao longo da minha vida, andei brincando com o coração de alguns casinhos antigos, como diversão. Até que algo ocorreu pela primeira vez, um pequeno paraíso que me faz querer perder a cabeça e desperdiçar todo o meu tempo procurando maneiras de o aproximar mais e mais. Sinto que poderia implorar de joelhos em sua frente para que fique, e não vá embora. 

Estou chapado? O que há comigo? 

Nunca pensei em viver muito, não passava pela minha mente adolescente viver para sempre, porquê sabia que seria em vão, eu não era feliz. E eu não quero me encaixar em nenhum outro lugar nesse mundo, porquê toda vez que tenho o prazer de recitar o nome de Jimin em meus lábios, me sinto vivo e eterno. 

Todas às vezes que penso no que fiz antes, chego na conclusão que afastar Jimin foi como desviar de uma bala vindo em minha direção, mas eu realmente havia desviado ou perdido o amor da minha vida? Isso tirava o meu sono. 

Não parecia certo colocar longe a causa da minha euforia de todos os dias. Era como se eu não quisesse a minha própria felicidade, entende? 

Não nego que tentei agarrar com minhas mãos frias e olhar triste, a ideia de que em algum momento eu iria o esquecer. Eu deveria esquecer, por um bem maior, o meu medo. 

É muito desgastante ser o que não é, fugir da própria essência. Porém, é mais fácil se afastar. Estar perto demais de Park Jimin todos os dias, era o atestado da minha covardia, e eu jamais poderia lidar com isso. Não obstante, tê-lo perto também era a porra de uma luz do dia brilhando forte em meus olhos, sentindo a sombra da rejeição se estender por minhas costas. Um completo covarde. 

E quando o avistei no baile, observei através de todas as coisas que havia deixado para trás quando o enganei. Olhando para a cor bordô em nossas vestes e analisando os passos cautelosos que havia dado até o presente momento, todos calculados e bem pensados. Tão certinho e... melancólico para suprir as expectativas de outrem. 

Não havia restado absolutamente nada que as pessoas pudessem fazer para me pisotear mais, era o que eu havia determinado como o limite. O fim das aparências e medos fajutos que me aprisionaram a vida toda. Correndo pelo sangue em minhas veias a certeza de que depois de tudo, eu ainda estou aqui. Ainda estou de pé, mesmo que calejado e até cansado. 

Percebo que dessa vez é um trecho diferente dos outros, é mais longo o processo da aceitação, e dessa vez não irei desfazê-lo, agora sinto que posso enfrentar um tsunami para terminar o que comecei na noite do baile. 

As minhas razões cortam como facas bem afiadas, todas as memórias repetem em minha mente, e agora eu vou brigar, não vou me esconder ou tramar alguma coisa e fugir, afinal, quando meus olhos prendem na expressão feliz e o som gostoso de sua risada preenche meus ouvidos, percebo que não irei decepcioná-lo outra vez, que não posso decepcioná-lo jamais. 

E bom, querido leitor, como deve ter notado, decidi me aventurar na escrita outra vez, pois esse foi um dia muito memorável, e quero guardá-lo comigo para sempre, eternizá-lo nesse documento para que nunca o perca ou esqueça. 

O meu amor eterno por Park Jimin. 


.


As manhãs na mansão Jeon nunca foram um exemplo digno de família margarina, mas ultimamente ando me aventurando na cozinha logo cedo, assim que volto da corrida, para oferecer um momento em família enquanto fofocamos e comemos. Tem sido uma experiência bem... Única, digamos assim. 

— Bonjour, mon petit-fils. (Bom dia, meu neto)  — Sooyoung, minha vó, deixou um beijinho em minha cabeça assim que entrou na cozinha e me viu parado ao lado do fogão, esperando os ovos fritarem, perdendo os pensamentos olhando através do vidro da janela. 

— Bonjour, mamie. (Bom dia, vovó) — Ela estreitou os olhos miúdos para mim enquanto abria a geladeira procurando por seu típico suco de laranja de todas as manhãs. 

— Veux-tu me dire quelque chose? (Você quer me contar uma coisa?) — Ri sem graça de sua questão, desligando o fogo e montando um pão para mim e outro para Jimin, que comeria quando chegasse, acompanhado de um pain au chocolat para o meu loirinho. 

Ultimamente, tenho dispensado o cuidado de preparem nosso café da manhã, pois tem sido terapêutico fazer isso eu mesmo para nós dois, e Jimin tem adorado já que faço todos os seus caprichos e desejos matutinos. 

Vez ou outra, esbarro com meu avô ou Hoseok na cozinha me lançando olhares curiosos e até já tentaram experimentar, desde então, faço em maior quantidade para que não fiquem beliscando a bandeja que faço especificamente para petit

Coloco os pães, queijos, geleias, croissants e manteiga na mesa, pensando na pergunta de minha vó, que agora passava geleia de frutas em cima da fatia de pão com manteiga, me encarando de canto. 

— Tu sais que tu peux tout me dire, n'est-ce pas? (Você sabe que pode me contar qualquer coisa, certo?) 

—  Mais c'est quelque chose de différent... (Mas é algo diferente...) — Me sentei ao seu lado na mesa, ansioso para o que poderia virar essa conversa inusitada. — J'ai peur, mamie. (Estou com medo, vovó).

Do que tenho medo? Ah, são tantas coisas, tantos receios...

Penso se meus avós deixariam de me amar se descobrirem que amo um homem. 

Qual seria a reação dos dois? 

Nunca vi ninguém na família comentar sobre Hoseok depois da morte de nosso pai, e ele também nunca fez questão de pedir satisfações, porém, tenho medo de perder quem amo, tenho muito medo de perder mais pessoas importantes. Seria uma grande merda precisar escolher entre a minha felicidade e a família. 

Quero pedir Jimin em namoro desde que aceitou ficar e passar as férias por aqui, no entanto, as coisas precisam ser ajustadas corretamente dessa vez. Não quero nada oculto ou cauteloso, todos precisam saber como eu o amo, essa foi a decisão que tomei, e desde então, as semanas passam e meus pensamentos fervilham ansiosamente, analisando a melhor forma de contar de uma vez.

— Vous semblez agité (Você parece agitado). — Si Jimin était là maintenant, je vous garantis que vous seriez calme... (Se Jimin estivesse aqui agora, garanto que você estaria calminho...) 

A certeza no tom em sua voz, me fez franzir o cenho de repente e lhe lançar um olhar oblíquo. Ela sabe, não sabe? 

Il est sorti avec ses amis. (Ele saiu com os amigos) — Digo, sorrindo ao notar os brincos dourados bem reluzentes em sua orelha, graças ao sol batendo na janela. Ela é tão vaidosa.

Je l'aime. (Gosto dele). — Diz, bebericando o suco. — Et ton grand-père aussi. (E seu avô também) — Arregalo os olhos, colocando foco total em suas palavras. Ela permanecia neutra em sua expressão e firme nas palavras, como se quisesse me passar confiança. — Vous ne savez pas à quel point il est important pour nous que vous vous sentiez heureux. (Você não sabe o quanto é importante para nós que você se sinta feliz). 

Não consegui desviar meus olhos dos seus, segurando a quina da mesa com certa força para descontar as fortes emoções que começaram a surgir, não pensando muito ao deixar as lágrimas rolarem pelo rosto junto de um suspiro aliviado, como se meu peito descarregasse ali toda a angústia e temor, vindo à tona um reconfortante sentimento de libertação.

Ela sorriu ao se levantar em minha frente e abraçar meu corpo com seus braços curtos e fortes, me apertando de tal forma que apenas os avós sabem fazem e você se questiona de onde vem tanta força. 

 Je l'avais remarqué depuis le jour de son arrivée. (Eu percebi isso desde o dia em que ele chegou) — Ela começou a dizer ao passo que acariciava meus cabelos calmamente. — Je m'excuse d'avoir essayé de pousser Evelynn vers vous. (Peço desculpas por tentar empurrar Evelynn para você).  — Sorri em meio as lágrimas, negando veemente ao lembrar desse episódio. 

— Honnêtement, j'avais oublié ça. (Sinceramente, tinha esquecido disso) 

— D'accord. (Certo) — Vovó sorriu. — Quant à votre grand-père, je suis sûr qu'il n'a aucun préjugé. (Quanto ao seu avô, tenho certeza de que ele não tem preconceitos). 

— C'était ma plus grande peur. (É o meu maior medo).

E realmente é. Ser apedrejado pelo mundo não tem sequer comparação em ser odiado pela família. Lidar com  o peso da rejeição pelos mais próximos é incomparável com o resto. O meu alívio pela aceitação também significa que me sinto mais firme e amparado. 

— Qu'est-ce que j'ai manqué ici? (O que eu perdi aqui?) — Nos assustamos com a chegada de meu avô na cozinha já todo vestido com suas roupas de jardinagem e um jornal em mãos. A roupa de jardinagem tira toda a pose brava que ele insiste em manter, superficialmente, há anos.

— Bonjour, papi. (Bom dia, vovô) — Lhe desejo, e ele toca meu ombro decidindo completar o abraço. 

— Ce n'est pas tous les jours qu'on voit Jungkook si aimant, alors je vais en profiter. (Não é todo dia que se vê Jungkook tão amoroso, então vou aproveitar bem). — Ele diz apertando meu nariz. — Vous pouvez m'aider avec les fleurs à tout moment, elles ne s'arroseront pas toutes seules. (Você também poderia me ajudar com as flores a qualquer hora, elas não vão se regar sozinhas). — Concordo com sua ideia, mesmo não tendo os mesmos dons e paciência para lidar com plantas igual a ele. 

— Ne manquez pas une occasion d'entraîner vos petits-enfants et vos invités pour aider au jardinage, par dieu! (Não perde uma oportunidade de arrastar seus netos e convidados para ajudar na jardinagem, por deus!) — Sooyoung o deu um puxão na orelha, sempre perplexa com o que ela julgava ser falta de noção de vovô, porém, eu particularmente, mesmo achando lindo flores, não tenho talento algum. 

— Mais il adorerait ça! (Mas ele adoraria!) 

E os dois começam a discutir bobamente na minha frente, e eu no meio alternando o olhar para cada um de acordo com os melhores argumentos sobre plantas que já ouvi na vida. 

— Je ne vais plus discuter avec vous parce que les iris ne se plantent pas tout seuls. (Só não vou discutir mais com a senhorita porque as Íris não se plantam sozinhas). — Ele diz, pronto para se virar em direção ao caminho da porta. 

Sooyoung arruma o chapéuzinho em sua cabeça e sorri antes de dar um peteleco no nariz de meu avô por sua teimosia rotineira.

— Non! Il faut que je te dise quelque chose. (Não! Eu preciso te contar uma coisa).

Termino minha xícara de café, sentindo o líquido quente descer pela garganta conforme o olhar curioso do mais velho chegava em minha direção. 

Je voulais profiter de ce moment et dire que j'ai des sentiments pour quelqu'un, papi... (Queria aproveitar esse momento nosso e dizer que tenho sentimentos por uma pessoa vovô...) — Digo relutante, não encontrando nenhum vestígio de surpresa em sua face. Mas agora que comecei a falar, vou terminar antes que comece a divagar em maneiras de o enrolar nesse assunto.  — Mais j'ai peur de dire de qui il s'agit... Je veux juste que tu saches que je suis heureux. (Mas tenho receio de dizer quem é... Apenas quero que saiba que estou feliz).

Ele coloca o jornal sobre a mesa e despeja um pouco de café na xícara, virando rapidamente na boca para esboçar um sorriso. Aponta para mim, manejando a cabeça para cima e para baixo pensando em algo que eu certamente não faço ideia do que se trata. 

Vovô deixa um beijo na testa de minha vó antes de catar sua ecobag com coisas de jardinagem todo contente, parando apenas para me dizer:

— C'est bon de savoir que Jimin te rend heureux, mon petit-fils. (É bom saber que Jimin está te fazendo feliz, meu neto). — Ele diz sorrindo e vovó me olha confiante. Ela sabia que eu sabia que ela sempre teve razão. 

— Oui! (Sim!) — Vibrei de felicidade, voltando a atenção o prato em minha frente até parar cinco segundos e pensar melhor em suas palavras. — Attends une minute... Comment sais-tu ça- (Espera aí... Como sabe que- 

E então, eu caí na real. Todo mundo sabe. 

Somos tão óbvios assim? 

Se for colocar na ponta do lápis, andamos abraçados em cada canto dessa casa... 

Merde! E eu quase cagando nas calças para contar que estamos juntos. Como petit falaria agora, é o fim da picada. 

Após um café da manhã nada convencional, vou para o meu escritório checar os emails no computador e verificar as finanças da casa. Tarefas tão entediantes mais que ninguém pode fazer por mim. A casa estava um mar de quietude, Jimin, Yoongi e Taehyung saíram juntos, meu avô foi para o jardim, — como, quase, sempre — minha vó certamente foi visitar uma de suas amigas ricas e Hoseok não deu sinal de vida desde cedo, pois quando saí para correr ele já não estava em casa. Apenas consigo ouvir burburinhos dos empregados pelos corredores, o que também é normal. Resumindo, um dia tedioso vem se estendendo para a minha alegria

Recebo uma notificação de mensagem de Jimin no celular, se tratando de uma foto engraçada com os outros dois e um aviso de que voltariam no meio da tarde. Deixei a tela do notebook de lado rapidamente para poder apreciar o sorriso único de petit na minha tela. Tão adorável. 

Após admirar a foto mais minutos do que irei admitir, vejo a mensagem de Candy ainda sem leitura no aplicativo. A alegria em meu rosto se desmancha ao lembrar de ontem à noite, que tudo caminhava bem até receber essa notificação indesejada. 

Suspiro incrédulo por sua audácia e abro a conversa, me deparando com o que, sem dúvidas, me deixou com muita raiva. 

"Nossa, então agora você se expõe abertamente?" 

Logo abaixo, uma foto minha e de Jimin no baile da JZ bem próximos. Sorri por saber de onde veio aquela foto. 

Foi essa foto, tirada por um jornalista, que andou circulando pela internet. O exato momento que Jimin pisou na festa e nos encontramos, antes de Taemin aparecer ao seu lado e quebrar nosso contato. 

"Na nossa época você não era assim, docinho" 

A última mensagem enviada por si na madrugada. 

Apertei a mão em punho na mesa, tentando amenizar a repulsa que sinto por esse putain. Toda vez que ele aparece é para pedir mais dinheiro, e o meu problema está longe de ser esse, acontece que não suporto mais isso. 

Penso em conversar com Taehyung mais tarde sobre, já que o mesmo já foi meu advogado e me ajudou com Candy anteriormente, no entanto, agir assim é esconder as coisas de Jimin novamente, o que eu não quero de maneira alguma. Além, é claro, de ficar prolongando mais essa situação desconfortável para mim. 

Às vezes é complicado manter as promessas, penso que é mais fácil resolver da minha maneira sem preocupar ninguém, mas não é justo agir assim com Jimin. Todas as circunstâncias passando pela mente sem preparo, soluções rápidas e traiçoeiras e não sei o que fazer.  

Pisco rápido saindo do transe ao ouvir a porta do escritório ser aberta e Jimin entrar animadamente. Quanto tempo havia passado? 

— Cheguei! — Sua animação vindo até mim deveria ser contagiante e me fazer rir consigo, no entanto, devo ter passado tanto tempo refletindo sobre a situação com Candy que o dia correu sem que nem notasse. 

— Ele não parava de falar sobre você, por deus! — Yoongi disse atrás de si, ainda na porta. — "Jun" para lá, "Jun" para cá... 

— Yoongi, sua rolha de poço fofoqueira! — Petit saiu expulsando o amigo da sala, e quando fechou a porta me lançou um olhar afiado. 

—  Aconteceu alguma coisa. — Sim, ele não estava perguntando, mas afirmando. — Você parece pensativo, estressado com algo. 

Suspirei notando o quão óbvio estou agindo de maneira tão amuada perto dele. Olhei para os quadros inanimados na parede cinza e decidi me levantar da cadeira, indo até o loiro desconfiado. 

— Hoje está sendo um dia de emoções, petit. — Paro em sua frente, puxando carinhosamente seu rosto e beijando seus lábios como dependente disso para aliviar algo dentro de mim. 

— Lembra quando disse que não vou sair do seu lado a não ser que me peça? — Nossos lábios se desviaram, mesmo que tão próximos, me permiti o suave fechar das pálpebras com seus braços envolvendo meu corpo, resvalando nossos narizes suavemente. 

— É claro que me lembro... — Toquei seu rosto, olhando no fundo dos olhos escuros e sempre tão decididos. 

— Então me deixa te ajudar, porque estou vendo que precisa, mesmo que não diga. — Desviei o olhar para a porta atrás de si e girei a maçaneta. 

— Você chegou tão feliz... Não quero tirar isso de você, petit. — O apertei em meus braços, começando a caminhar pelo corredor. 

— Para onde estamos indo? 

— Para o meu quarto. — Roubei um beijinho seu. 

— Sinto que está tentando tirar o foco de você. — Os olhos afiados ainda me julgavam meticulosamente. — Aliás, eu nem estou feliz mais... Você triste, eu fico triste também, seu idiota! 

Era para soar agressivo? Pareceu a coisa mais fofinha do mundo falando, mesmo que tão violentamente. 

Sorri verdadeiramente com suas palavras e o encostei na parede do corredor, cobrindo meu corpo com o seu para o beijar forte como tenho vontade de fazer todas as vezes o vejo. 

— Já que é tão malcriado e curioso, acho que precisa saber... — Comecei a dizer como quem nada quer, separando nossos lábios para colar minha boca em seu ouvido. — Todos nessa casa sabem de nós dois, petit

— Até... a sua vó? — Seu tom foi morrendo aos poucos, me fazendo rir da reação murcha e preocupada. 

Incrível como ele sempre acredita em tudo que falo sem um pingo de desconfiança, sem desconfiar que pode ser uma brincadeira. 

— Sim, meu bem, até ela. — Jimin puxa a gola da minha blusa com certo desespero. Hilário. — Inclusive, ela até te ouviu gemer aquele dia no meu quart- 

Era para ter sido uma vitória apenas minha de deixar Jimin envergonhado, mas eu não esperava os tapas que recebi na costela e no peito. 

— SEU TARADO! É TUDO CULPA SUA, JUNGKOOK! — O rosto vermelho de vergonha como de quem enfiaria o rosto na terra e não tiraria de lá jamais após aquilo. A aceitação da vergonha veio quando debruçou o rosto no meu ombro para lamuriar coisas como "preciso ser mais silencioso na hora do sexo".

E eu? Bom, fazendo um esforço fenomenal para não rir de sua cara. 

— Vou fazer greve. — Jimin levanta a cabeça decidido. 

O QUÊ?! 

— Como assim greve? — O tiro saiu pela culatra. 

— Ela não vai nos escutar mais. — Se afasta de mim para dizer o que poderia ter sido a causa da minha morte.  — Porque eu vou fechar o meu cu. 

E o baixinho rabudo saiu andando tranquilamente como se o que acabou de dizer não pudesse destruir impérios. 

— É brincadeira, petit! Ela não disse nada, não ouviu nada, não sabe de nada! EU JURO! — Vou até si e seguro seu braço, me deparando com outra expressão raivosa. 

— Você... — Ah, eu conheço essa cara. É cara que ele faz quando quer me matar. — Você é um perturbado mesmo, Jeon Jungkook! 

Depois de alguns tabefes fofos que ele jurou que estavam machucando, caímos no sofá rindo. A ideia era ir para a biblioteca, porém, a ideia se perdeu no meio da situação e terminamos de forma inusitada jogados um em cima do outro. 

Jimin catou seus produtos de skin care e até os meus no armário do banheiro e me obrigou a ficar quietinho no sofá enquanto mexia no meu rosto. Claro que fiquei supervisionando com um pequeno espelho de mão tudo que fazia, já que depois de tirar com a cara dele vai que decide se vingar. O cão é muito bem articulado, portanto, serei mais. 

Tentei fugir do assunto de mais cedo, e funcionou, mas preciso compartilhar com Jimin o que está acontecendo. É agora ou nunca.

— Ontem recebi uma mensagem daquele casinho meu do passado que te contei um tempo atrás... É por isso que quando chegou fiquei tão estranho como falou. 

— E o que ele quer?

— Ele não falou, foi mais como uma ameaça. — Procurei o celular no bolso da calça e desbloqueei, o mostrando as mensagens. 

— Que filho da puta! 

— Provavelmente, ele quer mais dinheiro...

— E o que você quer, Jungkook? 

Sua pergunta foi direta e concisa, acertando um ponto profundo no mar de certezas e incertezas que passei a tarde inteira tentando superar. 

— Nunca me importei de dar dinheiro pelo seu silêncio, independente da quantia que seja... Não é isso que incomoda. É o motivo. O motivo desse dinheiro me enoja. 

Nem sempre fui uma pessoa resiliente, sem dúvidas, é algo novo. Mudar, normalmente exige das pessoas a aceitação das lacunas vazias que ficarão em suas vidas, pois muitos vão embora no processo. Mas esse não é o meu caso, a mudança aproximou as pessoas importantes da minha vida. Existe sorte maior que essa? 

— Não vou dar mais um único centavo para ele, é uma promessa. Vou resolver isso, mas hoje não é dia, não quero estragar a nossa programação. 

— Que program-

— Por que está passando cola no meu rosto? — Olhei para o pincel em sua mão assustado. 

— Isso é sérum facial, pelo amor de deus! 

— Parece cola, petit

Jimin revira os olhos, colocando uma faixa de laço rosa em minha cabeça para colocar o cabelo longe do rosto, rindo da minha cara e apertando minhas bochechas. 

— Jun, sabia que não existem mais ternos vermelhos em Paris? — O loiro chama atenção, passando o creme branco por todo o meu rosto. 

— Como assim? 

— Eu sempre ando acompanhando as notícias pela internet e bom, desde a festa da JZ todos os ternos vermelhos de Paris esgotaram por nossa causa. — Jimin conta animado e não consigo evitar de sorrir por sua euforia. — Tem uma matéria te chamando de It Boy parisiense, Jungkook! 

— Esse mérito também é seu, meu bem. Nós dois estávamos de terno vermelho. — Arqueei a cabeça para conseguir o encarar, mesmo que de ponta cabeça, pois a minha pendia em seu colo. 

— Estão especulando sobre nós... — Vi suas bochechinhas tomarem coloração conforme falava. 

A alegria contida em suas palavras me lembrou do motivo de ter decidido mudar, me recordou de Hoseok chorando no telefone dizendo que eu não deveria me esconder mais, me lembrei da promessa que eu e Jimin fizemos no Rio Sena. Finalmente, coloquei a cabeça no lugar e a mensagem de Candy deixou de abalar meus sentidos quando percebi que já tenho o apoio de todos que preciso. 

— Hoje pensei em algo diferente para fazermos juntos. — Contei ansioso pela noite, titubeando os dedos no sofá. 

— Terminei. — Ele deixa um beijinho nos meus lábios e arruma os fios de cabelo que antes estavam presos pela faixa quando levanto a cabeça e o encaro de frente. 

— Se prepare, hoje nós vamos dançar, petit! — Pulei do sofá completamente disposto e convicto de minha decisão, enquanto Jimin arrumava os produtos para guardar em seus devidos lugares. 

— Dançar?

— Sim! Saímos às 20H. 

A história do tango em Paris foi, inicialmente, condenada pela parcela moralista da sociedade, julgando-o como uma dança imoral e sensual demais. Todavia, a carga emocional e dramática que a dança carrega foi o suficiente para ganhar o coração da alta sociedade francesa ao longo do tempo. 

O tango é um sentimento ardente, não tem como dançá-lo sem expressividade, paixão ou tristeza. Uma dança que exige conexão entre os pares para ser bem executado. Mesmo não sendo um exímio dançarino, se você executá-lo com sentimento, será emocionante.

O que há de mais romântico do que dançar tango pelas margens do Rio Sena com luzes e pessoas de fundo com seus pares, aproveitando a mágica noite parisiense?

Todo verão ocorre a mesma coisa nos pequenos anfiteatros ao longo do Sena para dançarem até a noite cair, de profissionais até iniciantes, de todas as idades.

Esse é o local que pensei muito se iria ou não com Jimin, afinal, é aberto ao ar livre, para quem quiser ir e ver com os próprios olhos. Acontece que, depois de ouvir Jimin dizer que meu nome está em alta nas manchetes, enxerguei ali uma possibilidade muito interessante em me livrar de Candy, para que ele veja claramente como não tem mais qualquer controle sobre mim. 

Tenho ciência que neste momento, tem algum jornalista bem de olho em nossos passos, doido para colocar sua matéria em evidência e ganhar destaque, por isso, nada melhor do que dar palco. 

É um evento simples, muito diferente dos restaurantes e experiências caras que nós dois andávamos desfrutando nas últimas semanas. 

 Claro que o único motivo de levá-lo para dançar não tem a ver apenas com esse plano, mas por  ser uma vontade pessoal minha, de muito tempo atrás, estar da maneira que quero com a pessoa que amo perto de muitas outras, sem receios e julgamentos. 

Meu amor por Park Jimin é um profundo e intenso sentimento que transcende qualquer razão que eu busque ter. Amor também que toca no arrependimento e na vontade de reconquistá-lo dia após dia, e que agora, ter ele ao meu lado e andar com nossas mãos juntas pela rua, é um gesto de carinho simples, contudo, é, por igual, uma lembrança de persistência e das adversidades internas e externas que estou disposto a lidar por ele e por mim. 

— Meu deus, tem muitas pessoas aqui. — O tom de alerta na voz de Jimin preenche meus ouvidos assim que nos afastamos do carro e ele encara nossas mãos juntas. 

— E nenhuma delas está preocupada com a nossa presença. — Seguro seus dedos mais firmemente. — Olhe para aquele casal de idosos. — Chamo sua atenção para o casal ao longe —Dançando a sua maneira, aproveitando a companhia um do outro e então... Observe como eles se encaram tão profundamente. — Fomos andando para perto do centro, onde o virei para mim e Jimin escutava minhas palavras atentamente. — Fico pensando na história que esses dois carregam juntos, que, com certeza, não foi construída dando ouvidos aos outros. 

— Pode segurar a minha mão se ficar desconfortável. 

— Mon amour, ainda não entendeu que é impossível para mim ficar desconfortável tendo você por perto? — Sussurro apenas para que ele escute. 

Encaixo cautelosamente a mão em suas costas para dar apoio e seguro sua mão. 

— Eu não sei dançar tango, Jun. 

— Não se preocupe, vou te conduzir com calma, sim? — Ele assente, buscando meus olhos com os seus com certa preocupação, relaxando aos poucos com a música e com a confiança que não esperava encontrar em mim tendo tantas pessoas ao redor. 

Em certo momento, Jimin se entregou completamente, debruçando a cabeça em mim ou chegando no meu ouvido para comentar algo, e tudo deixou de importar, pois petit sorria para mim. 

A sensação de  ver tudo de uma maneira positiva e alegre, especialmente quando se está apaixonado é indescritível, vejo a vida em cor-de-rosa com Jimin e por Jimin. 

Não cabe sutilezas ao dizer a admiração e o amor profundo que sinto por ele e a grande influência positiva que vem tendo na minha vida, deixando-a mais feliz e colorida com sua presença. Quando o tomo em meus braços e sussurro em seu ouvido como eu o amo, minha percepção de mundo se altera e meu coração bate forte dentro do peito. 

Uma, duas, três, dez músicas passam e nossa vontade de aproveitar mais e mais aumentava, não dando lugar ao cansaço. Sem dar importância para a quantidade de pessoas que vinha chegando, os vinhos dispostos em mesas e alguns flashes de câmera. 

Os lábios vão esmaecendo e a vívida felicidade vai sumindo do rosto de Jimin quando a luminosidade de uma câmera atinge seus olhos e percebe que nós somos o alvo. 

— Quero que me olhe nos olhos e não ligue para eles, nenhum deles, petit. — Toco seu ombro, chamando sua atenção para mim.

As câmeras não eram uma novidade, eu sabia que em algum momento aquilo ocorreria, estava fora do meu controle, sempre foi assim. 

— Estão nos fotografando... — Jimin diz preocupado.

Percebo como criamos um instinto de proteção entre nós, oferecendo segurança e apoio para superar o que fosse. Indo além, o meu amado ainda não compreendeu que a presença dele é tão poderosa que apenas vê-lo faz toda a minha angústia ir embora, que não estou fingindo estar bem, que é tudo real enquanto o tenho ao meu lado. 

O seu cuidado e proteção me fazem sorrir emocionado, antes de dizer a verdade que martela meu peito: 

— Deixe que façam o que quiserem, eu não me importo. Minha única preocupação agora é você. 

Dito isso, o puxo para mim e continuamos a dançar presos no olhar um do outro, porque hoje eu quebrei todas as barreiras do meu medo. Hesitei em confrontar essas emoções, porém, estou pronto para derrubar as barreiras e mostrar como realmente me sinto para o mundo, independente das consequências. Um testemunho de intensidade que somente o amor pode trazer e do poder que ele tem em nos tornar vulneráveis e, paradoxalmente, fortes ao mesmo tempo. Hoje, mesmo que eu não diga em voz alta que amo Park Jimin, é uma interpretação de coragem e amor não velado, para a apreciação da mídia. 

Deixarei que especulem o quanto quiserem, se cocem de tanta curiosidade, sem dizer uma única palavra. Nem ao menos certeza alguma, que é o que esperam ter. 

Sorrio para as câmeras confiante, conduzindo o meu par vagarosamente pela melodia de La Vie En Rose, um clássico da música francesa e, pessoalmente, mensagem universal do amor e admiração. 

— Essa música é linda. — Jimin comenta, sorrindo de olhos fechados. 

— Que nem você, petit. — Ele ri alto, jogando a cabeça para trás.

— Agora me deixou com vergonha. — Deixa um tapinha em meu peito, todo envergonhado. — Vou pegar uma taça de vinho para nós, só um momento. 

— Está fugindo? — O puxo pela cintura, e ele segura meu braço em choque. 

— J-jungkook... 

— Pode ir, amor. — O solto devagar, ainda sorrindo fácil e o vejo se afastar inerte. 

Passo os dedos pelo cabelo e checo as horas no celular, vendo que haviam passado duas horas inteiras, que pareceram nem meia hora. 

— Jeon Jungkook, notre It Boy parisien, sur les bords de Seine dansant avec le président de JZ. C'est un honneur de vous rencontrer en personne! (Jeon Jungkook, nosso It Boy parisiense, nas margens do Rio Sena dançando com o presidente da JZ. É uma honra conhecer o Sr. pessoalmente!) — Vous avez fait parler de vous ces semaines-ci, grâce à vous tous les costumes rouges de Paris sont épuisés! (Você tem sido o assunto do momento essas semanas, por sua causa todos os ternos vermelhos de Paris esgotaram!)

— Même le week-end, tu m'accompagnes. (Até no final de semana, vocês me acompanham) — Sorrio ironicamente. — Isso é deselegante. — Falo em inglês.

— Sinto muito pelo inconveniente, Sr. Jeon, mas todos estamos curiosos para saber o que tem entre você e o Sr. Park Jimin. — Ele permanece insistindo no que eu tinha certeza que era uma dúvida corroendo seus pensamentos. Um banquete para mim.

Sorri ladino. 

— O que acha que se parece? — Questiono o jovem jornalista, notando o reaproximar de Jimin com duas taças nas mãos. 

— O público quer saber. — Faz a sensacionalista pausa dramática. — Vocês estão muito próximos desde o baile da JZ... Ou será que estamos loucos e você tem uma namorada?

Eu e Jimin nos entreolhamos e passo a língua nos lábios ressecados, pronto para dar a cartada final. 

— Saia da sua imaginação, lá não é um bom lugar. — Dou risada de tamanha asneira. — Apenas posso dizer, no momento, que vejo a vida em cor-de-rosa agora. 

Sufocado por tanta felicidade, puxo o rosto de Jimin suavemente e beijo sua bochecha com muito carinho. No mesmo instante, o brilho das câmeras escondidas, que até então, pensei serem no máximo, dois jornalistas, aparecerem aos montes, e eu tenho a certeza absoluta de que isso será assunto nos tabloides pela manhã. 


.


O silêncio noturno preenchendo cada canto da mansão, e minha única preocupação no momento é desabotoar a camisa de Jimin mais rápido enquanto vamos aos tropeços para o seu quarto, a intersecção perfeita de pressa e desejo. 

— Porra, o caminho parece mais longo que o normal... — Digo, abrindo o último botão de sua camisa branca e encaixo as palmas em cada lado do quadril, o grudando a mim e dando impulso para cima, sentindo as pernas longas se enroscarem em mim. 

— Claro, Jun... Olha como você é apressadinho. — Jimin sorri e seus olhinhos se fecham com o ato, e mesmo achando a coisa mais adorável do mundo, não vejo a hora de ver lágrimas nesses olhos. 

Abro os dedos em sua coxa para apertar deliciosamente, vendo a carne sumir pelas falanges e sinto seus beijos no canto de minha boca, arfando pelo aperto. 

— Gostaria que segurasse assim o meu pescoço hoje, Jun. — A voz manhosa agora se revela para mim como intrínseca provocação, revelando a intenção por trás de tanta doçura que o meu Jimin, certamente, não esbanja.  

— Chegamos, petit. — Jimin sorriu malicioso e me beijou com gana. 

Abri a porta com certa dificuldade, o loiro em meu colo se divertindo com a situação, me provocando como podia e só parou quando foi posto de quatro na cama, com a bunda arrebitada para cima e o tronco colado no colchão. 

Praticamente todas as nossas noites tem seguido esse rumo, até cairmos na cama exaustos. Jimin adora testar novas posições e brincadeiras, parece que estou no paraíso com um parceiro tão disposto em inovar ao invés de preferir o sexo trivial e morno.


.


Dizem que não existe a manhã perfeita, mas afirmo com razão que, abrir os olhos sonolentos e enxergar Park Jimin em sua frente, dormindo com um biquinho nos lábios, é coisa mais fantástica que existe. 

Cuidadosamente, tirei a franja da frente de seus olhos e sorri até ouvir batidas fracas na porta, indo colocar as pantufas nos pés e o roupão de camurça preto. 

— Bom dia, Sr. Jeon. — Evelynn desejou assim que abri a porta. 

— Bom dia, Evelynn. Está procurando por Jimin? Ele está dormindo ainda. 

— Na verdade, não. — Riu sem jeito. — Estou procurando pelo Sr., sabia que o encontraria aqui... 

Sabe a cara de sem graça? Foi a que eu fiquei. 

— Ah sim... — sorri amarelo. 

— Então, tem um moço na porta procurando pelo Sr. e ele disse que falará apenas com você. — Se explicou, indo para o assunto diretamente. 

— E qual é o nome dele? 

— Ele apenas disse que assim que o Sr. o ver, saberá de quem se trata. 

Sem entender o motivo de tudo aquilo e até curioso com quem seria, fechei a porta do quarto e segui Evelynn até a sala de visitas. 

— Qualquer coisa, fico à disposição, Sr. Jeon. — A moça se curvou. 

— Obrigado. 

Segui andando reto, notando pela passagem uma criatura esguia em pé, um homem. Conforme me aproximava, fui subindo o olhar, até parar nos olhos dele e fechar a expressão completamente e sentir uma raiva crescer no meu interior em vê-lo pisar os pés imundos na minha casa. 

— Quanto tempo, docinho. 


Continua...

.


eita atrás de eita

Alguém pegou a referência da fala do JK? Quem disse ela na vida real foi o Tae kkkk

quem apareceu na casa do JK, ein? AGORA O TEMPO VAI FECHAR KKKKKKK

to com vergonha de dizer isso, mas ACMQ vai virar o próprio cabaré depois do próximo capítulo 

parte favorita?

oq acharam do capítulo?

META: Se esse capítulo bater 5K DE COMENTÁRIOS em 2 DIAS, trago a próxima atualização dia 13 de Abril. (13/04)!

Queria ter colocado 3 músicas nesse capítulo, mas escolhi a mais importante para a cena da dança. Porém, vou recomendar as outras duas:

Still Here

Don't blame me

é isso, beijão na bunda de vcs

xau


MÍDIA PARA ILUSTRAR AS CENAS <3



Continue Reading

You'll Also Like

1.4K 106 12
Tsundere é uma combinação de duas palavras, tsuntsun e deredere. Tsuntsun é a onomatopéia para - - frio, brusco -, e deredere significa - tornar-se a...
28.3K 819 7
𝐎𝐧𝐝𝐞 𝐯𝐜 𝐯𝐚𝐢 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐫 𝐬𝐞 𝐢𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐚𝐫 𝐜𝐨𝐦 𝐬𝐞𝐮 𝐦𝐜 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫𝐢𝐭𝐨 •Pedidos abertos•
35.9K 4.1K 129
𝐐𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 uma jovem francesa, 𝑴𝒂𝒆̈𝒍𝒚𝒔 𝑴𝒂𝒍𝒍𝒆𝒕, recebe uma proposta de emprego para trabalhar na Alemanha como aprendiz de "𝐀𝐬𝐬𝐢𝐬𝐭...
6.8K 510 7
Oneshots dos shippers maravilhos de Pentagon♡