Antes de você - Livro 3

By autorarearaujo

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Antes de tudo começar, eu me considerava uma garota de sorte. Tinha bons pais, bons amigos, ex-namorado indo... More

Nova Belinda
Surpresas
Acho que o destino me odeia
Mudança de plano
Dia estressante
Surpresas da noite
A aposta
A noite só estava começando
Testando meus limites
Ele mexe comigo
O que está acontecendo comigo?
Fim de férias
Que comecem os jogos
Provocações
Sem saída
Dia corrido
O envelope
O encontro com Marcelo
O acordo
Surpresas da noite
Enfrentando o pai
Um ombro amigo
Procura-se Belinda
Um Kadu furioso
Visitando Belinda
Tem algo errado
Eu não estou doente
A preocupação de Kadu
O apoio do Kadu
O resultado dos exames
A conversa com os pais
Um sentimento não identificado
Sentimentos confusos
Labirinto de emoções
Abrindo o jogo com os amigos
Serei o que ela precisa
Fim de semana com Kadu
A entrega
Quando tudo está perfeito demais...
A verdade de Kadu
A lista
Entendendo os meus sentimentos
Aprendendo a surfar
Eu te amo
Um sonho que se sonha só
Preciso acreditar em milagres
A decisão
Correndo contra o tempo
O dia seguinte
Epílogo
Minhas Obras

Fugindo do controle

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By autorarearaujo


Kadu

Não sei por que tive essa reação, mas quando vi Belinda conversando com um dos caras que contratei para servir bebidas na minha festa, eu não suportei. Ela estava espetacular em seu micro vestido, e a maquiagem leve ressaltou ainda mais as suas sardas, que em outra garota ficariam horríveis, mas em Belinda parecia que serviu para deixá-la ainda mais atraente.

Não que eu não tivesse percebido antes o quanto ela era linda e sexy. Não sou idiota ao ponto de ignorar uma garota bonita, entretanto Belinda sempre viveu escondida atrás da mesa do jornal e nas roupas que não ajudavam em nada com sua tentativa de se socializar.

Todas às vezes que ela comparecia as minhas festas, a maioria delas apenas para ter o que falar no seu jornal, motivo por qual nunca me importei com seus comentários sarcásticos, já que tudo que eu queria era ser o comentário da faculdade.

Se não fosse pelo ibope que ela me dava mesmo sem planejar, eu teria vetado sua entrada na segunda festa.

Belinda é aquele tipo de garota mimada, que não suporta ser contrariada, um gênio muito difícil de controlar, mas eu estava disposto a encarar pelo simples fato que desvendar os segredos dela havia se tornado o meu mais novo desafio. Belinda não sabia onde tinha se metido.

Convencê-la a ir para minha suíte foi apenas um meio para poder ficar alguns minutos ao seu lado antes que ela percebesse ser mais um truque para ganhar a aposta. Eu só precisava me livrar da Jessye e ficar sozinha no quarto com Belinda.

Segui as duas pela casa até alcançarmos a escada. Deixei elas subirem na minha frente, por que eu queria dar uma boa olhada nas pernas de Belinda. Não sei por que ela nunca quis deixá-las de fora.

Fiquei imaginando qual seria a sensação de tocá-las, se eram tão macias quantos os seus lábios, por que puta que pariu, ela tem um beijo enlouquecedor. Não sei como meu irmão a deixou partir, na verdade, sei sim, devido à Nanda.

– Qual é a sua suíte? – perguntou Belinda quando chegamos ao corredor onde tinha quatro portas.

– A segunda. – apontei.

Belinda nem esperou que eu fosse à frente para abrir a porta. Ela estava furiosa e tenho certeza que se ela pudesse me mataria e pediria para que Jessye a ajudasse a esconder o corpo. Ela queria deixar bem claro que não gostara da brincadeira. Minha primeira intenção foi tirar ela de perto do barman que estava distribuindo charme a cada palavra, depois me diverti ao observar o quanto ela ficou furiosa.

Ele era uma ameaça aos meus planos. Se algo acontecesse entre os dois, Belinda poderia desistir da nossa aposta, e isso era uma coisa que eu não queria. Eu já traçara todo um plano para conquistá-la, e desistir não era uma opção.

Ela ligou o interruptor e a claridade tomou conta do quarto. Não era muito grande, mas isso não importava muito, eu não dormiria ali, a não ser que a ex-ruiva resolvesse relembrar o nosso último encontro. Sorri para mim mesmo com o pensamento. A noite estava sendo um saco, e ter um pouco de diversão iria maravilhoso.

– Deduzo que esse deva ser o banheiro. – disse Belinda indo direto para a porta à sua frente.

– Sem dúvida. Já tem toalha no banheiro.

– Jessye, me espera aqui, não vou demorar, só vou tirar o cloro do meu corpo e depois cairemos fora. – Belinda falou entrando no banheiro antes que sua amiga pudesse falar.

Caminhei até a janela e dei uma olhada na movimentação que estava acontecendo na piscina. Pela maneira como estavam bebendo, não demoraria muito para que corpos começassem a cair pelos espaços da casa.

– Belinda está se segurando para não te bater. – Jessye falou para quebrar o silêncio.

– Eu sei. — falei rindo, mas sem olhar para trás.

– O que deu em você para fazer isso?

– Eu quis irritá-la.

– E conseguiu. Não entendo o motivo de ela te odiar tanto. Pensei que vocês tinham superado na festa da Nanda e do Nick.

– Ela falou que me odeia? – perguntei olhando agora para Jessye.

– Ela não falou exatamente essa palavra, mas tá na cara que ela não morre de amores por você. Eu mataria alguém para saber o motivo.

– Eu também. Nunca falei ou fiz algo com ela. – menti.

Eu sabia exatamente o motivo da sua raiva.

– Kadu, me desculpe, eu conheço a amiga que tenho, e para ela não gostar de você.

Antes que ela terminasse a frase, o seu telefone tocou.

– Alô. Oi amor. Barulho? Estou na festa do Kadu com Belinda... Eu sei Rafael...

Jessye saiu do quarto para encontrar um lugar silencioso para continuar sua conversa, me deixando sozinho com Belinda. Estávamos sozinhos e eu nem precisei me esforçar para tirar Jessye do lugar.

– Está precisando de ajuda para lavar os cabelos, Belinda? Estou disponível.

– Não se atreva a entrar nesse banheiro Kadu ou eu vou arrebentar o seu nariz.

Eu ri.

– Que grosseria da sua parte Belinda, estou só tentando ser cavalheiro.

– Não preciso do seu cavalheirismo. Preciso de uma roupa seca. Do que adianta tomar banho e continuar com a roupa molhada?

– Posso te oferecer minha camisa.

– Do que me serviria? Ela também está molhada.

– Eu trouxe outra. Espera um minuto, vou levar para você. – falei pegando a minha camisa branca que havia trazido de reserva caso acontecesse um imprevisto como me jogar na piscina com roupa e tudo.

– Já falei para não entrar no...

Antes mesmo que ela terminasse, eu abri a porta do banheiro. Com o susto, ela puxou a cortina do box para proteger o seu corpo nu.

– Você é surdo ou quê? Não ouviu o que falei? Estou pelada. — ela quase gritou a última parte.

– Eu ouvi quando falou da primeira vez, e sim, estou vendo que está pelada, já que não dá para tomar banho vestida.

– Então sai daqui, agora.

– E se eu não quiser sair? Vai soltar a cortina e me expulsar? – perguntei erguendo uma sobrancelha em sinal de desafio.

– Ora seu... Seu...

Eu estava adorando ver como o seu rosto mudava de cor. Eu estava desejando que a cortina fosse totalmente transparente para eu poder constatar o que tanto ela tentava esconder. Desde que a vi naquele bar, vestindo um vestido branco que deixa muito pouco para a imaginação, fiquei imaginando o que a levou àquela mudança tão radical.

Eu me aproximei do box apenas porque eu queria ver sua reação. Belinda saltou para trás como se eu oferecesse algum tipo de perigo. Na verdade, no estado em que estava, perigo era tudo que eu tinha para oferecer.

– Kadu, se você ousar a se aproximar mais um centímetro que for, eu juro...

Eu deveria dizer que ela não precisaria fazer nada, mas os movimentos dos seus lábios estavam tornando tudo muito difícil. Aproximei-me o suficiente para que ela me ouvisse sussurrar.

– Vou esperar o dia em que você vai me implorar para entrar no chuveiro com você.

Coloquei a mão dentro do box e desliguei o chuveiro, enquanto senti a respiração quente de Belinda marcar a cortina. Encarei seu olhar antes de me afastar e sair do banheiro.

Foi preciso usar todo o meu autocontrole para não agarrar Belinda. Por mais que eu quisesse fazer isso de imediato, eu teria que ter paciência e esperar ela dar o próximo passo.

Soltei um grande suspiro quando bati a porta do quarto. Eu conhecia Belinda a mais de um ano e nunca, em nenhum momento, eu ficara balançado por ela até esse momento. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas estava disposto a tudo para dar fim no sentimento de desejo que estava começando a me dominar.

Quando Belinda saiu do banheiro, eu já conseguira dominar o turbilhão de pensamentos que estavam passando na minha cabeça.

– Devolvo sua camisa na segunda. – ela falou e começou a caminhar em direção à porta.

– Vai embora assim? Sem me agradecer pela camisa? – eu a provoquei para tentar desviar meu pensamento sobre ela estar ainda mais sexy vestida com minha camisa.

– Agradecer? Você não fez mais do que sua obrigação. Arruinou meu vestido, minha maquiagem e minha noite com a sua brincadeira idiota.

Dei dois passos em sua direção a fazendo recuar.

– Ainda com medo de mim?

– Após você ter invadido o banheiro, mesmo eu falando para não entrar, não posso esperar muita coisa de você.

Belinda caminhou até a porta, mas antes que ela pudesse abrir, eu a empurrei contra ela e encarei seu olhar. Senti sua respiração ficar descompassada e seus lábios abrirem levemente.

– O que está acontecendo aqui? – sussurrei com meus lábios próximos dos seus.

– Eu não sei... Eu...

Belinda tentou se livrar do meu aperto, mas eu não permiti, apertando-a ainda mais contra a porta.

– Você está me tirando do sério Belinda, e isso poucas garotas conseguiram. Quero descobrir como isso aconteceu.

Sem permissão, eu colei meus lábios aos seus. Ela tentou me empurrar, mas isso só fez com que eu a quisesse ainda mais. Aprofundei meu beijo até ela não ter forças para lutar. Colei meu corpo ao dela para que Belinda sentisse como eu a queria.

Suas mãos foram jogadas em volta do meu pescoço e em um movimento rápido coloquei suas pernas em volta da minha cintura. Pude sentir o seu coração acelerado enquanto eu explorava sua boca, buscando sua língua.

Em algum momento durante o beijo, ouvi um gemido baixinho, mas que foi o suficiente para me tirar da órbita. Com seu corpo colado ao meu, eu me afastei e a levei para a cama, sem deixar de beijá-la. Coloquei Belinda deitada na cama e a cobri com o meu corpo.

Abandonei sua boca e segui para o seu pescoço. Alternei entre beijos e mordidas, fazendo com que Belinda erguesse seu corpo clamando por mais. Uma das minhas mãos desceu pelo seu corpo, buscando tocar suas pernas nuas.

Enfiei minhas mãos por baixo da camisa e toquei sua calcinha. Ela colocara mesmo após ter tomado banho. Pensei que ela recuaria quando eu a tocasse, mas para minha surpresa, ela soltou mais um gemido. Eu explodiria se ela continuasse fazendo isso.

Voltei a beijar sua boca que agora parecia ainda mais gostosa e faminta. A camisa já estava sendo erguida quando a porta foi aberta e vozes preencheram o local.

– Uou cara, me desculpe, pensei que o quarto estava vazio. – ouvi uma voz masculina falar atrás de mim.

Belinda se assustou e me retirou de cima dela.

– Belinda? – uma voz feminina soou surpresa.

– Fora daqui, os dois! – Gritei e antes mesmo que eu pudesse repetir a frase, o casal já haviam abandonado o quarto.

– Droga! – disse Belinda saltando da cama e ajeitando a camisa. – Você viu o que acabou de fazer?

– Corrigindo, o que acabamos de fazer. Estávamos dando uns amassos.

– Meu Deus Kadu, aqueles dois acabaram de ver a gente aqui quase...

– Fazendo sexo? – completei.

– Não estávamos fazendo isso...

– Você tem outro nome para isso? — perguntei rindo.

– O que eles vão pensar de mim? Serei taxada como seu mais novo brinquedo.

– Eles não vão falar nada. E se falarem, quem se importa?

– Eu me importo. Eu não acredito que você fez isso comigo...

– Eu fiz isso com você? Vamos parar de ser hipócritas, Belinda, você quis isso tanto quanto eu.

– Eu não... Eu... Ai que droga!

Belinda jogou as mãos no rosto e levou alguns segundos até ter alguma reação.

– Preciso ir embora. Essa noite foi um erro... Ter vindo aqui foi...

Belinda correu para a porta antes mesmo que eu tivesse a chance de segurá-la.

– Belinda, volta aqui... – mas ela já descera as escadas.

Voltei ao banheiro para jogar água no meu rosto e amenizar um pouco a temperatura do meu corpo. Quando estava saindo, encontrei seu vestido pendurado no locar onde antes estava a toalha. Segurei por alguns segundos e depois larguei a onde estava e voltei para o quarto.

Meus planos não saíram como planejado, mas a festa tinha que continuar. Eu precisava de uma bebida para reorganizar meus pensamentos, e de um corpo quente que me fizesse esquecer a imagem de Belinda gemendo enquanto eu a beijava.

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