Sweet Creature

Por _ales28

59.3K 5.6K 1K

Existem histรณrias do passado que poucos sabem e os que sabem, tem acesso a meias verdades. ร‰ o que Jeanine Le... Mรกs

**
Cast
1.0
1.1
1.2
1.3
1.4
1.5
1.6
1.7
1.8
Cast 2
2.0
2.1
2.2
2.3
2.4
2.5
2.6
2.7
2.8
2.9
2.10
Cast 3
3.0
3.1
3.2
3.3
Aviso!
3.4
3.5
3.6
3.7
3.8
3.9
3.10
3.11
3.12
Aviso 2
3.13
Cast 4
4.0
4.1
Olรก, risos!

4.2

168 22 4
Por _ales28

Estação King's Cross

A estação usada para o embarque dos alunos de Hogwarts estava muito mais agitada do que nos anos anteriores. A notícia da fuga de Sirius Black havia atordoado aos alunos e seus responsáveis de forma gritante. Mas toda aquela situação não entrava na cabeça de Jeanine.

O Sirius que todos falavam, que colocava medo no mundo bruxo era o mesmo que sua tia havia dito que era considerado um traidor pelos Black? O mesmo que havia fugido de casa porque não concordava com os ideais pregados pela família? E, mais do que isso, depois de ouvir seu tio, Lucius, contar a Draco que o Black era, também, padrinho de Harry Potter, tudo fez menos sentido ainda.

Mas é claro que Jean estaria indo, novamente, para um ano agitado. Se Sirius Black era mesmo padrinho de Harry, então muitas coisas poderiam acontecer em Hogwarts. Draco usaria a informação para atazanar o grifinorio, como fazia desde seu primeiro ano e Jean teria que aguentar tudo isso em nome da promessa que fizera a Dumbledore.

— Lembre de me escrever, querida.— A corvina foi tirada de seus devaneios pela voz da tia, Narcisa. — E não precisa se preocupar, nada irá acontecer a você ou a Draco.

A morena concordou com um sorriso pequeno, abraçando a mais velha com carinho. Como a queria que aquilo fosse verdade, mas, com a experiência dos anos anteriores, sabia que estaria metida em algum tipo de problema em breve. Ao menos estava contente em saber que poderia, finalmente, ir até Hogsmead e aproveitar um sábado divertido ao lado dos seus amigos gêmeos com quem havia se correspondido o verão inteiro.

Quando entrou no expresso, a primeira pessoa que encontrou foi Theodor Nott, o abraçando com animação. Não havia se visto durante as férias porque o garoto viajará com o pai, seu contato havia sido apenas por cartas trocadas durantes toda a semana.

— Você cresceu, Theo! — Foi o que a garota disse, notando o amigo bons centímetros mais alto que ela.— E eu estava com tantas saudades.

— Eu também estava, Jean! Tenho muita coisa para mostrar para você, consegui durante minha viagem!

Sendo guiada pelo sonserino, Jean arranjou uma cabine que logo foi ocupada por Draco Malfoy e Blaise Zanini também e o quarteto começou a conversar, contando sobre duas ferias e as coisas que haviam feito. Enquanto Blaise contava sobre o novo casamento da mãe que o Espresso deu um tranco, parando no meio dos trilhos.

— Mas o que foi isso?!

— O que estava acontecendo?

As crianças falavam ao mesmo tempo quando as luzes se apagaram, nervosos. A corvina foi a primeira a se levantar, usando a carinha para iluminar a cabine e conferir se todos estavam bem.

— Vou ver se acho um monitor, esperem aqui.— E antes que os garotos pudessem contestar, a menor saiu pela porta, andando pelo corredor escuro com atenção, em busca de alguém mais velho. Aos poucos, percebeu Jeanine, o caminho ficava mais frio, fazendo com que fumaça branca saísse da boca da corvina, como quando era Natal. Mas diferente daquele frio que agradava Jean, esse era temeroso, como se fosse o presságio de algo ruim.

Então ela viu, o do em sua direção e não precisou pensar muito para saber do que se tratava. Uma criatura que parecia usar uma capa, sem rosto, com mãos esqueléticas. Um dementador. E Jean o sentiu indo em sua direção, sentiu seus membros fraquejarem e ouviu, ao longe, os gritos e risos que lembrava vagamente, entre um pesadelo e outro. Seu corpo amoleceu e a corvina quase foi ao chão, não fosse pela dupla que estava na cabine ao e tinham visto a amiga passar. O dementador não se aproximou mais, na verdade, uma luz vindo do fundo do espresso o expulsou da locomotiva, deixando uma Jeanine trêmula para trás.

— Vega? Vega, você precisa respirar...— A voz de George estava distante, embora pudesse distinguir que era a dele. Jena sentia seus braços a amparando.— Fred, vamos colocá-la na cabine.

A morena se sentia sendo levada pelos gêmeos, cansada e ainda assustada. Só percebeu que sua respiração estava irregular quando Angelina Johnson, que também estava cabine, colocou a mão da mais nova contra seu peito, para que pudesse acompanhar a respiração. Em minutos, sentiu o mundo voltar em órbita, se acalmando.

— Tinha...tinha um dementa-tador...

Todas da cabine haviam sentido o ar mudando, aquela sensação de tristeza absoluta, como se fossem abraçados por esse sentimento, um abraço esquisito e ruim. Lino, Angelina, Fred e George observavam uma Jean pálida, olhando para o lado de fora da cabine, embora mais calma, ainda assustada. Um dementador afetaria qualquer um, mas a mais nova parecia muito pior que todos ali, como se estivesse revivendo algum momento muito ruim. George e Fred conseguiam imaginar que sim, haviam algo muito ruim, sabendo da origem verdadeira da menina.

O restante da viagem foi feita em silêncio, exceto por alguns sussurros entre os mais velhos. A Snape olhava pela janela, sentindo o frio que permanecia dentro dela. George segurava a mão da menina de forma carinhosa, tentando lhe passar alguma segurança. Quando desembarcaram, os dois se mantiveram de mãos dadas até chegaram ao castelo.

— Senhorita Snape! — A corvina ergueu a cabeça, tirando a atenção dos degraus, encarando a vice diretora e professora Minerva.— Me acompanhe, por favor.

George deu um pequeno sorriso para sua amiga, beijando o topo de sua cabeça antes que ela se afastasse. A professora McGonagall observava a corvina com atenção, atenta a cada passo dado por ela. Ninguém havia lhe dito sobre o acontecido com a pequena no trem, mas a mais velha observara a forma cansada e distraída demais com que Jeanine caminhava, quase sendo carregada pelo Weasley.

Jean ouviu os sussurros, sabia que as vozes eram da vice diretora e da enfermeira, Madame Pomfrey, mas ficou quieta, apenas sendo tratada. Ela recebeu uma caneca cheia de chocolate quente, que, segundo orientações da medibruxa, ajudaria na recuperação. A garota não foi para o Salão Principal naquela noite, mas sim mandada direto para sua comunal, acompanhada de Helena Ravenclaw.

A menina não lembrava de ter pego no sono, talvez porque não tivesse. Quando a luz do sol deu as caras em sua torre, Jeanine sentia seu corpo inteiro dolorido, como se tivesse levado uma pancada. Tomou seu banho, vestiu o uniforme e pegou a mochila no automático, descendo as escadas em direção ao Salão Principal. A primeira coisa que ouviu foi um cochicho sobre Harry Potter ter desmaiado no trem, Draco zombando do garoto e os amigos de Harry o defendendo. Jean apenas ignorou tudo e sentou-se na ponta mais distante da mesa da Corvinal. Os olhos de Draco, Theo, George e Fred seguiram a menina, preocupados.

A garota só saiu dos próprios devaneios quando uma mão pálida colocou uma tortinha de chocolate em seu prato, servindo uma caneca com café e colocando uvas verdes junto da tortinha. Luna tinha um sorriso gentil em seu rosto, levantando e fazendo uma trança no cabelo da mais velha antes de lhe dar um beijo na bochecha e sair, respeitando o momento de Jean ficar a sós.

O que se passava na cabeça da garota, uma, duas, três e contínuas vezes era o grito de alguém, seguido de uma risada que fazia seu corpo inteiro arrepiar. Jean sabia de quem era a risada e, por isso, não conseguia ir até a mesa da Sonserina, onde a dona da risada havia estado anos antes. Nem olhar para a mesa da Grifinoria, onde Neville Longbottom esperava ansioso para poder contar a amiga sobre suas descobertas de férias. Como ela poderia? Como teria coragem de encarar Neville sem lembrar de tudo o que a mulher que a colocara no mundo havia feito?

A mente de Jeanine continuaria lhe pregando peças se, ao chegar em sua comunal após o primeiro dia de aula (Herbologia, História da Magia e três tempos de Transfiguração) não tivesse uma carta lacrada. A menina sabia de quem era a carta e seu coração acelerado e entristecido agradeceu por aquilo. A morena sentou em sua cama, seu gato se ajeitando junto e abriu o envelope.

Querida, criança.

Foi um dia ruim hoje. Pensei ser capaz de desistir de tudo e apenas fugir. Mas seria muita covardia da minha parte.

Estou escrevendo para ter certeza de que, caso esteja passando por algo parecido em algum momento, saiba que é amada. Diferente de mim. Para que saiba que, mesmo quando as coisas se complicarem ou se achar errada, você é amada e está tudo bem.  Ou ficará.

Tenho pensado em lhe escrever sobre a verdade. Sobre a verdade que não acho que seja tão verdadeira assim.

Dizer que eu sou quem eu sou e o que você significa para mim. Mas fiz tantas coisas erradas até aqui que acho que sentiria vergonha de mim. Que você sentiria vergonha de mim. Porque eu já sinto.

Não tenho muito tempo para está carta, não depois de hoje, quando meu mundo pareceu todo abalado, destruído. Mas sabia que precisava lhe escrever.

Você entenderia, imagino eu.

Espero.

RAB.

Jean chorou, como costumava acontecer após ler uma das cartas. Chorou porque realmente gostaria de ouvir aquelas palavras vindas do autor das cartas. Queria que ele a confortasse, ao menos tentasse.

Quando fechou seus olhos naquela noite, Jean prometeu que faria tudo valer a penas, independente do que esse tudo significasse. Queria que os sacrifícios que faziam com que o autor não se sentisse amada valessem a penas, porque Jean o amava, embora não pudesse lhe contar isso.

Seguir leyendo

Tambiรฉn te gustarรกn

676K 32.8K 93
(1ยฐ temporada) ๐‘ฌ๐’๐’‚ ๐’‘๐’“๐’Š๐’๐’„๐’†๐’”๐’‚ ๐’† ๐’†๐’– ๐’‡๐’‚๐’—๐’†๐’๐’‚๐’…๐’, ๐‘จ ๐’„๐’‚๐’“๐’‚ ๐’…๐’ ๐’๐’–๐’™๐’ ๐’† ๐’†๐’– ๐’‚ ๐’„๐’‚๐’“๐’‚ ๐’…๐’ ๐’†๐’๐’’๐’–๐’‚๐’๐’…๐’“๐’...
1.4M 82.6K 79
De um lado temos Gabriella, filha do renomado tรฉcnico do Sรฃo Paulo, Dorival Jรบnior. A especialidade da garota com toda certeza รฉ chamar atenรงรฃo por o...
1.2M 64.3K 155
Nรณs dois nรฃo tem medo de nada Pique boladรฃo, que se foda o mundรฃo, hoje รฉ eu e vocรช Nรณis foi do hotel baratinho pra 100K no mรชs Nรณis jรก foi amante lo...