Bárbara Passos
17/06 – Domingo
09:00h
─ ACORDAAAAAA. – eu ouvi Bak gritar.
Comecei a sentir que três pessoas saltitavam pela minha cama, e logo deduzi que eram meus primos. Cobri minha cara com o travesseiro, o qual Bak fez questão de atirar para fora do meu alcance.
─ Bora acordar, Babizinha. – Jordan me puxou pelos braços.
Sentei na cama, com a pior cara que já fiz. Estava frio, eu estava cansada e queria dormir, mas as três pestes não deixavam.
─ Eu tô cansada, não podem me deixar dormir em paz? – eu perguntei, deitando novamente.
─ Tá cansada de beijar na boca? – Lzinn disse e todos começaram a rir.
Mostrei um dedo do meio para meu primo, que ainda ria. Não aguentei, e comecei a rir junto.
─ Melhor você levantar, porque sua mãe quer fazer um churrasco de família. – Bak disse.
─ Churrasco de família? – eu perguntei, me levantando.
─ É, minha mãe vai vir, os pais do Jordan e os do Lzinn também. Eles querem reunir todo mundo. – Bak disse.
─ E fica mais fácil com a vó e o vô aqui. – Lzinn isse.
─ Ah, legal. – eu disse.
Bocejei, morrendo de sono, mas logo levei um travesseiro na cara.
─ EI. – eu disse, e os três patetas começaram a rir.
Me irritei e saí do quarto, desci as escadas e fui tomar meu café. Cheguei na cozinha e meus avós e meus pais estavam na mesa.
─ Bom dia gente. – eu disse, me sentando com eles.
─ Bom dia, querida. – meu pai disse.
─ Filha, hoje seus tios vão vir, vamos fazer um churrasco em família. – minha mãe disse.
─ É, os meninos me disseram... – eu comentei.
─ Por que não chama o Victor? – minha mãe disse. – Aí seus avós e os meninos podem conhecer a Angelica e o Jacob.
─ Adoro seu namorado. – minha avó disse.
─ Eu também. – meu avô disse.
─ Oh meu Deus, como o Victor é amado. – Bak caçoou, passando pela cozinha.
Nós rimos da palhaçada. Ter os três aqui era uma comédia e ao mesmo tempo um teste de paciência.
─ Vou falar com ele. – eu disse.
Terminamos de tomar café e eu ajudei a arrumar a cozinha. Logo depois, subi para o quarto. Fui até o banheiro, escovei os dentes e lavei o rosto. Sentei na penteadeira depois e peguei os cremes que ia passar no rosto.
Peguei o celular e liguei de vídeo para Victor, que atendeu no terceiro toque.
─ Oii, anjinho. – ele disse.
─ Oii. – eu respondi.
Peguei o hidratante e passei um pouco pelo meu rosto.
─ Minha mãe vai fazer um churrasco em família hoje, meus tios vão vir para cá, e ela convidou você, sua mãe e o Jacob.
─ Ai que bom, já queria ficar com você mesmo. – ele disse e eu ri. – Eu vou falar com a minha mãe, mas acho que a gente vai. Que horas?
─ Vem umas 11, aí a gente fica junto, conversa... – eu disse.
─ Tá bom. – ele disse.
Continuei a passar outros cremes no meu rosto e ficamos em silêncio por um tempo.
─ Você é linda. – ele disse.
Olhei para o celular e percebi que ele estava me olhando o tempo todo.
─ Obrigada. – eu disse.
─ Eu te amo. – ele disse.
─ Eu também te amo. – eu disse, sorrindo.
─ AIII VICTINNN, COMO EU TE AMOOOOOOOOOOOOO. – Jordan gritou na porta do quarto.
Victor começou a rir, e eu virei para Jordan.
─ Fica calmo Jordinho, tem amor pra você também. – Victor disse.
─ Ai gatooo, vem aqui me dar esse amor vem. – Jordan fez uma voz ridícula e Bak riu alto.
─ Vão embora, todos vocês. – mandei eles embora e fechei a porta do quarto.
Victor ainda ria pelo telefone e eu o peguei, deitando na cama.
Continuamos a conversar por um tempo, depois desligamos.
Sentei na penteadeira para me arrumar. Passei um corretivo nas olheiras, um rímel nos olhos e um pouquinho de blush nas bochechas.
─ Oi priminha querida. – Bak entrou no quarto, com Jordan e Lzinn.
─ Oi. – eu respondi.
─ E aí? Como tá você e o Victor? – Bak perguntou.
─ A gente tá bem. – eu disse.
─ Eu vi que vocês viajaram juntos. – Jordan disse. – Como foi?
─ Foi muito bom. Ficamos 5 dias no hotel. – eu disse. – Aí o pai dele ligou no meio da noite e perguntou se eu queria ser madrinha dos irmãos do Vic.
─ Porra, você tá chique em. – Lzinn disse.
─ Adoro os irmãos dele. – eu disse. – Vai ser legal.
─ Quando é o batizado? – Bak perguntou.
─ Dia 24 de junho. – eu disse.
─ Nossa, tá chegando. – Jordan disse.
Ficamos conversando e comentando mais sobre a viagem um bom tempo.
─ Sim. E vocês? Nenhuma namorada? – eu perguntei.
─ Pra que namorada? – Bak disse. – Gosto mesmo é da vida de solteiro.
─ Victor também gostava. – eu disse.
─ Eu também, sem ninguém. – Lzinn disse.
─ É... Eu também não. – Jordan disse.
─ Ah qual é! Só eu dos primos que namoro? – eu perguntei.
─ É verdade né. Você sempre tá namorando. – Bak caçoou e eu lhe fechei a cara.
─ Eu só tive dois namorados. – eu disse.
─ Dois namoros longos né. – Lzinn disse. – Eu namorei por um mês, o Jordan por 2 meses e o Bak por 1 semana.
─ Nossa gente, vocês enjoam tão rápido assim? – eu perguntei.
─ É que nem toda a menina é legal igual você. – Bak disse. – As minhas ex eram todas chatas e grudentas. Primeiro dia de relacionamento, eu fui na padaria, a mina já ficou brava porque eu não respondi as mensagens dela.
Eu ri com os outros dois, enquanto Bak fazia uma careta.
─ Tem garota que é um porre, aí não dá certo. – Jordan disse. – Você não é, por isso que seus namoros duram.
─ Tipo, eu não vejo você encher o saco do Victor com nada. – Bak disse.
─ É, eu não gosto. – eu disse.
─ Por isso. Até com o Alex, que foi um babaca, você tinha paciência, por isso durou. – Lzinn disse.
─ É... – eu concordei.
Ouvi a campainha tocar e logo deduzi que era Victor.
─ Acho que é o Vic, vou atender. – eu disse.
─ Nós vamos. – Bak disse, saindo comigo do quarto.
Meus primos desceram comigo e logo chegamos na sala. Abri a porta e dei de cara com Jacob e Angélica.
─ Ah, oi Bárbara! – Jacob notou minha presença.
Ele me cumprimentou com um abraço.
─ Como vai? – ele perguntou.
─ Tudo bem, e você? – eu perguntei de volta.
─ Tudo certo. – ele respondeu.
Ele entrou em casa e cumprimentou meus primos.
─ Oi querida! – Angélica me abraçou. – Obrigada pelo convite.
─ Que nada! Amo vocês aqui. – eu disse.
Ela também entrou, cumprimentou meus primos e logo eu vi Victor sair do carro rapidamente, vindo até mim com um sorriso.
Ele chegou ao meu encontro e me abraçou pela cintura.
─ Oii, anjinho. – ele disse.
Victor passou a mão pela minha cintura e me deu um selinho nos lábios.
─ Já tava com saudade. – ele disse, e eu sorri.
─ Eu também. – respondi.
Ele sorriu e foi cumprimentar meus primos. Fechei a porta e me virei para eles.
─ Oi, gostosa. – Jordan brincou, abraçando Victor, que riu.
─ Fala man. – Bak o cumprimentou com um toque.
─ E aí, Victor? – Lzinn disse, fazendo outro toque.
Eles conversaram um pouco, e logo Victor foi cumprimentar meus pais.
─ Oi sogrinha linda. – ele brincou, abraçando minha mãe, enquanto ela ria.
─ Oi genro lindo. – ela brincou de volta.
─ Oi Carlos. – ele disse, abraçando meu pai.
Meu pai deu três tapas nas costas de Victor e o dispensou.
─ Oi garoto. – meu pai disse, impaciente.
Eu ri, enquanto Victor voltava ao meu encontro.
─ O que quer fazer agora? – ele perguntou.
─ Pensei de a gente subir pro meu quarto e ficar lá um pouco. – eu sugeri, entrelaçando nossas mãos.
─ Tá ótimo. – ele disse, sorrindo malicioso e eu ri.
Subimos as escadas até o meu quarto e Victor sentou na cama, me puxando e me deitando por cima de seu corpo. Ele abraçou minha cintura e eu o seu pescoço.
─ Me conta, como foi sua manhã? – ele perguntou.
─ Ah, normal. Só meus primos me irritando, mas ok. – eu disse e ele riu.
─ Eles são legais. – ele disse.
─ E chatos. – completei, e ele riu mais. – E você?
─ Eu tive treino de basquete às 8h, aí cheguei em casa e você me ligou, eu tomei um banho e vim. – ele disse.
─ Ah, legal. Tenho pena de você treinar nesse frio. – eu disse.
─ Eu nem sinto. – ele disse. – O corpo esquenta rápido.
─ Mas acordar cedo no sábado e com frio... – eu disse.
─ É, isso é foda. – ele disse e nós rimos.
Saí de seu peito e me sentei na cama. Victor deitou sua cabeça em meu colo e eu me apoiei na cabeceira da cama. Ele começou a fazer carinho na minha coxa, e eu fazia em seu cabelo.
─ Sinto sua falta. – ele disse, quebrando o silêncio. – Tá sendo um porre ficar sem você nas aulas.
─ Sério? – eu perguntei, sorrindo.
─ Lógico! – ele se irritou e eu ri. – Eu fico louco de não poder te ver.
─ Olha, eu acho que essa mudança... Até foi bom. – eu disse.
Victor saiu do meu colo e se sentou de frente pra mim.
─ Tá de zorra né? – ele disse e eu ri.
─ Não, não... Eu acho. – eu disse.
Ele arregalou os olhos e pareceu ficar chateado.
─ Por que? – ele perguntou.
─ Porque, no final do ano, a gente vai pra faculdade. Eu não sei como vai ser. Você vai pra Nova Iorque com o seu pai, eu vou tentar ir, mas não sei se vai dar certo. E mesmo se der, a gente vai estar na faculdade, cheios de tarefas, seu pai vai te arrastar para a empresa sempre que puder e a gente vai ficar muito tempo separado. – eu disse. – Só que, até agora, a gente não conseguia nem fazer aula separados, entende? Eu acho que virou uma dependência. Eu também tô sofrendo com isso, mas eu sei que é bom a gente se acostumar.
─ É... Você tem razão... – ele disse. – Mas eu sinto sua falta, foda-se.
Eu ri.
─ Também sinto a sua. – eu disse.
─ Então vem matar. – ele disse, me conduzindo até seu colo e eu ri.
Ele abraçou minha cintura e eu o seu pescoço. Ele começou a dar beijos leves, longos e lentos no meu pescoço. Eu fechei os olhos, enquanto fazia carinho na sua nuca. Logo ele parou e se voltou para a minha boca, me dando um beijo leve nos lábios primeiros, e logo depois aprofundando devagar. Era um beijo lento, calmo e muito bom. Eu fazia carinhos por seu pescoço e ele me mantinha sempre próxima pela cintura. Troquei o rosto de posição, e logo depois ouvimos um toc toc na porta.
Abrimos os olhos e nos viramos para a porta.
─ Minha mãe vai pirar se te ver assim. – Bak disse, enquanto ria. – Eles estão chegando, então segurem a onda.
Bak fechou a porta e foi embora.
─ Eles sempre atrapalham o clima, né? – Victor disse, e eu ri.
─ É, sempre. – eu disse.
Ele sorriu, olhando nos meus olhos e depois na minha boca.
─ Mas eu não ligo. – ele sussurrou, inclinando levemente o rosto e me dando um selinho longo nos lábios.
Apoiei minha mão em sua nuca, e então ele me deu uma série de selinhos longos. Passei meus braços por seu pescoço, enquanto sorria entre os beijos.
─ Eu te amo, linda. – ele sussurrou.
─ Eu também te amo.
O restodo dia foi assim, saímos com meus primos para andar pelo meu condomínio,enquanto eu recebia muito carinho de Victor.
Oii fadinhas
Me desculpem pelo capítulo ruim, to super corrida por aqui.
A partir do cap. 123, as coisas vão mudar ;) (pra pior)