☼𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍☼↝ᴶᵃᶜᵒᵇ ᴮˡᵃᶜᵏ

By gabi_2005_

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Elizabeth Marie Swan, irmã gêmea mais nova de Bella, é a garota que teve o azar de estudar em um dos melhores... More

Personagens
Prólogo
O retorno
Apresentações
Cullens e Hales
Conversa
Edward Cullen
AVISO
Conversa séria
Diferenças entre espécies
Hospital
Esclarecimentos
Chácara
É melhor só agradecer e seguir em frente
Matando aula
La Push
Jake!?
Book trailer
História de terror
Aviso
Acidente
Visita aos Black
Passeio
Port Angeles
Medo da morte
Quer sair comigo?
Festa!
Visita
Lembranças
Novas Amizades
Conhecendo os Cullen
Desentendimento
Visitas indesejadas
Revelações
Telefonema
James
Baile Estudantil
Penhasco?
Aposta
Você parece amar muito ela
Avisos: Parte dois
Aniversário
Presentes
Eles se foram
Depressão
Promessa
Interesse no Jacob
Leah Uley
Consertando as motos
Amigos que se beijam
Grande chance
Descoberta
Dever de casa
Sarah
Treino
Decisão
Significado?
Lobos mutantes!
Carmilla
Testando as motos
Provocações
Ligação
Visita Noturna
Caçador
Sonho
Agonia
Pai
Transformação
Laurent
Imprinting
Amigos?
Retraído
Interrogatório
Descoberta
Primeira vez
Descontrole
Compras
Dia difícil...
Alice Cullen
Os Volturi
Os Cullen retornaram
~ Próximos Livros ~

Adeus

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By gabi_2005_

Quando ele abriu a porta da frente, me surpreendi quando ele foi arremessado para trás de mim e começou a gritar, desesperado, com dor. Estava queimando em meu lugar.

Vejo, como se eu estivesse tendo uma alucinação, Alice Cullen entrar na casa. Eu estava em choque, mesmo quando sentir seu toque gélido em meus pulsos não acreditei no que estava acontecendo, ou quando escutei a sua voz melodiosa afirmando que tudo ficaria bem.

- Alice? - perguntei, sussurrando, completamente desacreditada.

Ela arrancou o aço reforçado com verbena dos meus pulsos e tornozelos, ao mesmo tempo que me deu um sorriso tentando me reconfortar.

Eu não estava acreditando, acho que era por isso que as minhas lágrimas ainda desciam, eu estava em completo pânico.

Ela nem tentou me fazer ficar de pé e só me carregou para fora, me levando para dentro da floresta. Pude ouvir uma explosão acontecendo quando ela parou de correr.

- Foi o gás da cozinha. - explicou, me deixando sentada no chão de terra - Espere um pouco aqui. - eu não conseguia me levantar nem se eu quisesse, de tão exausta e machucada que eu estava, todo o meu corpo doía.

Em alguns segundos, ela voltou com um leão da montanha morto e eu franzir o cenho, entendendo o que ela queria que eu fizesse.

- Eu vi que você não vai conseguir se controlar com um humano estando com tanta sede. - avisou, ela provavelmente estava certa, minha garganta queimava com tanta sede, então só mordi o pescoço do felino e bebi todo o sangue dele.

Era completamente diferente do que eu gostava, horrivelmente ruim para ser mais exata e o cheiro e o pelo não me agradavam nem um pouco, mas a sede incontrolável diminuiu.

- Obrigada. - agradeci, me sentindo estranha, um pouco mais forte, e meu corpo parecia finalmente começar a se curar.

- Não precisa agradecer, Liz. Eu vou pegar as suas coisas. Não demoro. - avisou, correndo para dentro da floresta.

Vejo o animal sem vida na minha frente, ele era lindo, sempre tive um fascínio por esse tipo de felino desde o dia que assistir o filme rei leão. Me sentir mal por ele, não era a favor da morte, mas eu já contribua com ela ao comer carne animal diariamente com a minha família, mesmo sem nem precisar, já que era vampira. A verdade é que eu voltei a me alimentar com carne animal para tentar disfarçar a minha sede de sangue, mas agora eu via um leão da montanha, morto e usado por mim, e me deixava triste porque eu não quero ser uma assassina.

Limpo os rastros antigos de lágrimas do meu rosto, percebendo que agora aquele caçador estava morto e que aconteceria um incêndio na floresta por minha culpa.

Ter conseguido sair daquele lugar não me deixou tão feliz agora que sei que ele estava totalmente certo. Eu havia aceitado o meu fim um pouco antes de Alice chegar, mas agora estou aqui de novo... e só consigo pensar que ele realmente estava certo.

Me rastejo devagar, me sentindo péssima, era para eu ter morrido, mas continuo aqui, nesse estado de vida pós morte. Meu peito parecia queimar com a dor angustiante que eu sentia, então me deito no chão e começo a chorar porque eu não sabia mais o que fazer.

Eu estava fraca, com dor, com medo, com pânico, com culpa, com tristeza, com vontade de morrer. Eu queria me sufocar em meio as lágrimas, ao mesmo tempo que queria que tudo parasse ao meu redor, inclusive eu. Queria que eu nunca tivesse existido, nunca tivesse nascido ou morrido. Queria não me importar, porque não aguentava mais.

Não sei quando comecei a gritar, nem por quanto tempo estava extravasando toda essa angústia que sentia dentro de mim, mas sei que quando parei, percebi que Alice estava de volta, falando comigo, sentada ao meu lado.

- Vai ficar tudo bem, Liz. Eu estou aqui. - disse, gentilmente e eu suspirei tentando me controlar mais, engolindo a dor com a esperança dela sumir.

- Por que você voltou para Forks? - pergunto, me sentando, focando nela e não em meus sentimentos.

- Eu tive uma visão do que aconteceria, vim o mais rápido que pude. - respondeu, e eu assenti, rejeitando meus pensamentos.

- Bella não pode te ver, Alice. Isso pode fazer ela ter uma recaída e ela só começou a melhorar de verdade agora. - digo, limpando minhas lágrimas novamente, mas percebi que elas continuavam descendo.

- Eu sei e não irei deixar que ela me veja, mas não vamos falar sobre a Bella, Liz. Você continua sendo minha amiga e eu estou aqui para te ajudar.

- Você foi embora sem se despedir. Amigos não fazem isso. - reclamo, mesmo não sentindo mais raiva dela.

- Eu não podia deixar Edward sozinho, ele é meu irmão... E me pediu para apoiá-lo. Você faria isso pela Bella também.

- Eu não apoiaria uma atitude tão babaca, principalmente uma que eu soubesse que traria tanto sofrimento assim. - afirmo, balançando a cabeça.

- Você está certa, me desculpe... Eu pensei que havia decidido a melhor opção, mas agora vejo que errei. - pediu, com seu semblante perfeitamente lindo e triste, havia me esquecido o quanto os frios eram extremamente belos.

- Tudo bem, é claro que eu te desculpo, principalmente quando você voltou para me salvar. - assinto, tocando em sua mão. - Mas se eu ver aquele bunda mole do Edward, você não pode me impedir de bater nele de jeito nenhum. - peço, e ela rir concordando.

- Combinado. - assente, se levantando. - Podemos ir para minha casa, você está muito machucada e pedi para Jazz levar algumas coisas suas para lá.

- Só vieram vocês dois? - pergunto e ela assente, me ajudando a levantar.

- Não contei há mais ninguém, para ser mais rápido e não termos nenhuma reunião sobre o que fazer, não chegaria a tempo se contasse. Agora ele está na chácara, pra dá um jeito no carro do seu amigo e... Bem, no que restou do caçador. - disse, mais delicada, e eu acenei concordando.

Não conseguia ficar mal pela morte dele, eu mesma queria o matar antes que ela o tivesse matado. Ele era tão miserável quanto eu sou.

Olho em nossa volta e vejo que minha moto estava parada bem ali, Alice subiu em cima dela e esperou eu sentar na garupa também. Enquanto ela dirigia por dentro da floresta, eu podia escutar bem ao longe um barulho de sirene, eram os bombeiros que já estavam chegando.

Ficamos em silêncio pelo caminho todo, eu não estava melhor do que quando estava gritando e chorando, mas agora conseguia esconder todos esses sentimentos na parte mais profunda do meu coração e pedia aos céus para que tudo não explodisse de repente.

☽ ☼ ☾

Após eu ter tomado um banho e ter vestido uma roupa nova, me despedir da Alice e do Jasper, os agradecendo por terem voltado por mim e também por terem pego minhas coisas. Eles iriam voltar hoje mesmo para a cidade em que estavam e mesmo eu sentindo saudade da amizade dos dois, eu fiquei aliviada em saber que eles não voltariam.

Não estava tão tarde quando cheguei em casa, eram 09:30 da noite, mas estava chovendo e eu acabei ficando molhada. Devido o incêndio, e a chuva que deve só ter piorado tudo, meu pai provavelmente estava por lá, já que claramente vão acusar como criminoso. Eu agradeci mentalmente por aquela chácara não está no meu nome, então poderia ficar tranquila quanto a explicações.

Subo para o meu quarto, agradecendo também pela Bella não ter chego em casa ainda, aí não precisaria falar com ninguém. Não me importei de ligar a luz, e iria direto para a minha cama, mas mudo de opção quando os meus sentimentos pareceram querer resurgir, então resolvo voltar para minha moto e dirigir até a reserva quileute. Eu estava sufocando e precisava desesperadamente de Jacob, um tempo sozinha com ele me faria bem.

Estaciono a minha moto em frente a casa vermelha, as luzes estavam acesas e a porta destrancada, entro tão rapidamente, tão desesperada para achar algum conforto em Jake, que quando tive a visão de duas pessoas quase abraçadas no sofá, não conseguir raciocinar que era ele e a minha irmã.

- Caramba, você me assustou. - Bella disse, suspirando pelo susto.

Olho rapidamente para a tela da televisão, vendo Freddy do filme a hora do pesadelo aparecer na tela.

- Oi - Cumprimento, sentindo novamente a ansiedade bater - O que faz aqui, Bella? - pergunto, tentando me controlar, olhando para Jake, que me ofereceu aquele mesmo sorriso radiante toda vez que nos víamos, mas agora a minha reação era de querer desabar.

- A gente estava andando por aí, mas aí cansamos, então, Jake colocou um filme pra assistirmos. - explica fazendo eu forçar um sorriso e acenar entendendo.

- Pelo visto pegou chuva, vou pegar uma roupa pra... - Ele tenta dizer, começando a se levantar, mas eu o corto negando, aquilo tinha sido uma péssima idéia, por que imaginei que Bella estaria em qualquer outro lugar sem ser aqui?

- Não precisa. - Digo apressadamente e eles me encaram confusos.

Eu não aguentaria ficar do lado deles hoje, a bola invisível em minha garganta, denunciando a minha enorme vontade de chorar, era prova o suficiente para mim. Eu amo os dois, mas não aguentaria essa situação hoje.

- Estou bem assim. - digo, forçando um sorriso, apertando minhas mãos uma com a outra para que elas não tremessem - E-eu só passei para ver como você estava, mas já vou, não quero atrapalhar. - Digo dando meia volta, me amaldiçoando pela minha voz ter falhado.

- Não seja boba. - Ela pede, e eu viro o meu rosto levemente em sua direção, tentando não parecer ofegante com a dor que parecia pulsar dentro de mim. - Você sabe que não atrapalha. - Bella diz e Jake concorda, parecendo tenso e preocupado.

- Sim, sim. Eu só fiquei cansada do nada, acho que finalmente fiquei cansada por ter dirigido tanto hoje e também preciso ir pra casa da Alisson. - invento a primeira coisa que me vem a mente e saio pela porta da frente, antes deles dizerem qualquer coisa de novo.

Ando até as escadas da varanda e paro me sentindo sufocada. As palavras do caçador passavam pela minha mente, me convencendo que não era para Alice ter chegado a tempo. Minha família e amigos sofreriam, mas é a dor do luto que eles deveriam ter sofrido já faz muito tempo, e que eu retirei deles. Jacob ficaria bem com a Bella, e a Bella ficaria bem com Jacob. E meu pai... ele ficaria destruído, mas não para sempre, nada é para sempre. E a mamãe ainda teria a Bella de qualquer forma, pelo menos não perderia a preferida. Então tudo ficaria bem no fim. E eu seria só uma lembrança de bons momentos. Era para ter sido assim desde o começo dessa bagunça toda que eu fiz.

- Ei... Liz. - escuto Jacob me chamar ao passar pela porta de sua casa, sua voz estava cuidadosa, enxugo as lágrimas do meu rosto antes que ele visse e me viro para ele - O que aconteceu? - perguntou, preocupado.

- Nada. Está tudo bem, Jake. - minto, oferecendo o melhor sorriso que conseguiria dá, mas sua expressão permaneceu a mesma.

- Não é verdade. - diz, olhando no fundo dos meus olhos, tentando absorver qualquer informação, eu sentia como se ele estivesse ultrapassando todas as minhas armaduras de proteção com o seu olhar, como se fosse bem vindo. - Você sabe que pode confiar em mim.

Eu sei, e eu confio tanto em você que sei o que aconteceria depois que contasse, mas não seria justo.

- Eu estou normal, só quero ir embora, Jake. Conversamos outro dia. - Afirmo, começando a descer as escadas, mas ele segura o meu braço me virando novamente para si e desce alguns degraus também.

- Está caindo uma tempestade, é óbvio que eu não vou deixar que você vá agora. - Declarou, apontando para as grandes e velozes gotas de chuva ao nosso lado, ainda estávamos protegidos pelo telhado.

- Eu vim até aqui com a tempestade, não tem problema eu voltar com ela. Volta lá para dentro, Bella deve está te esperando. - mando, minha voz saindo amarga, e o vejo fazer uma careta confusa pelo meu tom de voz.

- O que quer dizer com isso? - Perguntou e eu revirei os olhos.

Eu tinha consciência de que estava preste a projetar todos os acontecimentos de hoje em um outro problema que eu mesma havia criado, um que era bem mais fácil lidar, mas eu não me importava nesse momento.

- Quero dizer que estou sufocada! Não aguento ver vocês dois juntos, nem hoje e nem nunca. - Disse o que estava preso dentro de mim, mas assim como eu acreditei, não sentir nenhum alívio, porque não era isso que eu realmente queria dizer.

Seu rosto tinha uma feição confusa e até assustada, ele com certeza não esperava que eu dissesse isso, nem eu esperava, mas eu precisava aliviar a pressão do meu peito de alguma forma.

- Como assim? Do que está falando, Liz? - perguntou, com o seu coração ficando mais acelerado.

- Estou falando que eu cansei. Cansei de ser a sua amiga. Eu preciso de um tempo de tudo isso, essa sua situação com a Bella está me sufocando, você do nada dá a entender que não gosta dela, mas mesmo assim vocês estão sempre juntos, felizes e sorrindo. E eu fico feliz por isso, realmente fico, mas não aguento mais testemunhar essa droga.

- Está querendo dizer que gosta de mim? E que está com ciúmes da minha amizade com a Bella? - perguntou, dando aquele sorriso e eu perdi a cabeça, comecei a gritar porque ele não pode, nunca, jamais, achar que isso é verdade.

- NÃO, JAKE. EU NÃO GOSTO DE VOCÊ. EU NUNCA VOU GOSTAR DE VOCÊ! - Grito, completamente frustrada. Não era para eu ter vindo até aqui, a cada segundo que passa, eu só complico ainda mais as coisas.

Aperto novamente as minhas mãos, sentindo meus dedos formigarem, eu precisava ir embora. Ele abaixou um pouco a cabeça, engolindo a seco e arfou, machucado pelo o que eu disse. E percebi que também me machuquei.

- Então o que você está tentando dizer? Por que está tão sufocada? - Perguntou, retraído, magoado, podia ver claramente seus sentimentos turbulentos pelos seus olhos.

Foi a primeira vez que realmente entendi o que os seus olhos queriam dizer, mas da pior forma possível. Ele já estava apaixonado por mim, e eu não percebi quando ele estava demonstrando seu amor, apenas quando parti seu coração.

Ele respirou fundo, percebendo que eu não conseguiria falar mais nada e segurou em meu rosto com suas duas mãos, se aproximando um pouco mais.

- Eu estou aqui, me conte o que aconteceu. - Pediu, com todo o carinho do mundo que eu sempre soube que ele estava pronto para me dá, porque sempre soube que ele me amava, mas nunca imaginei que seria esse tipo de amor. Meu Deus... como pude ser tão cega?

- Jake... - choramingo, me sentindo horrível. Não era para eu ter vindo até aqui, não era para eu ter voltado para Forks. Droga. O que eu fiz?

Compliquei a vida de todo mundo. Eu os relembrei de mim só para eu poder me despedir deles. Ter voltado foi o meu maior ato de egoísmo.

- Lua, por favor. Confie em mim, me conte o que aconteceu. Por favor. - implorou, o contato de suas mãos grandes e mornas, arrastando uma parte do meu cabelo para trás, unido com o seu pedido tão carinhoso, acabou sendo o estopim para todos meus sentimentos e memórias virem como uma avalanche, e eu desabo em sua frente, com lágrimas grossas molhando o meu rosto.

- E-Eu não consigo mais. - Afirmo em meio aos meus soluços, o abraçando como se a minha vida dependesse disso. - Estou t-tão cansada de m-me sentir assim, Jake.

- O que aconteceu, Liz? - Ele perguntou, preocupado, suas mãos passando em minha volta enquanto me dava um abraço tão delicado que eu me senti como se eu fosse desmontar a qualquer momento.

Eu continuei chorando, incapacitada de responder a pergunta, me permitindo sofrer ainda mais em seus braços.

Fui horrível com todos que eu mais amava, eu vou machucar todos que eu mais amo. Eu não tenho mais saída. O que eu faço? O que posso fazer para ajeitar tudo?

- Lua... - Jake sussurrou, tentando me encorajar a falar, sua voz tão doce que me fez me sentir ainda pior, eu nunca poderia merecê-lo.

Me afastei de seu abraço, eu não deveria ter voltado para Forks, eu não deveria ter voltado para ele. Droga. Por que eu sempre tenho que estragar tudo?

- Não podemos mais ser amigos. - disse firme, tentando não prolongar o nosso sofrimento, ele teria que se acostumar a não sermos mais amigos. É a melhor opção que eu tinha.

- Liz, seja lá o que aconteceu, está tudo bem. Ok? - ele disse, desespero voltando para o seu rosto.

- Não está e é por isso que não podemos mais nos ver.

- Você prometeu que sempre estaria ao meu lado. - disse, sua voz praticamente suplicando, suas palavras pareciam atingir diretamente o meu coração.

- Você nunca poderia ter acreditado em mim. Eu sou a vilã da história. - aviso, abaixando minha cabeça, deixando mais algumas lágrimas caírem.

- Pelo amor de Deus, Elizabeth. Por que você está falando essas coisas? - Ele estava ofegante, me encarava como se não entendesse os significados das minhas palavras e eu duvidava muito que ele entendesse. - Por favor, não faz isso.

Eu não quero fazer isso, Jake. Eu te amo e faria de tudo para ver o seu sorriso agora, para te fazer feliz agora, mas seu sorriso hoje seria a sua infelicidade daqui há algum tempo. Eu ficaria com você sem pensar duas vezes se pudesse, mas não posso. Não posso porque te amo infinitamente também.

Dei alguns passos para trás, sentindo a chuva me encharcar novamente. Ele ficou estático, seus olhos me transmitiam tudo o que eu também sentia: medo, angústia, dúvida, raiva, dor.

Quando chego perto da minha moto, eu fico de costa para ele e foi nesse momento que ele gritou o meu nome e correu até mim. Escuto seus passos rápidos vindo em minha direção e fechei os olhos com força.

Me surpreendi quando ele me girou, me fazendo abrir os olhos e ver ele todo encharcado pela a água da chuva também, e me beijou.

Seus lábios macios e aquecidos em minha boca me fizeram esquecer de todos os problemas, era tão perfeito que quando sua língua encostou nos meus lábios foi automático ceder a passagem para que ela explorasse cada canto. É tanta intensidade quanto na primeira vez que nos beijamos, mas também é urgente e diferente da outra vez, eu conseguia detectar o seu amor, conseguia sentir tudo o que ele queria dizer. Suas mãos me puxavam cada vez mais para ele enquanto a gente dava passos para trás até eu sentir uma árvore em minha costa.

- Se isso for por causa da Bella, eu juro que nunca sentir algo por ela. É você quem eu quero. É você quem eu sempre quis. Eu gosto de você desde criança. Era você quem eu tentava impressionar. O meu sorriso de idiota apaixonado só pertence a você, Elizabeth. E eu odeio, odeio mesmo, quando digo que somos só melhores amigos. Porque eu me controlo para não te beijar a cada minuto desde que você voltou para Forks. Porque eu te amo mais do que tudo na minha vida. Não quero ser só o seu melhor amigo, nunca quis, mas eu era criança, não sabia o que estava acontecendo comigo. Só deixei com que os outros deduzissem que eu gostava da Bella porque estava com medo de dizer que eu gostava de você. Que eu amo você. - Ele disse tudo muito rapidamente, me fazendo prender a respiração.

Ele estava ofegante, seus olhos transmitiam seu medo e eu toquei em seu rosto sentindo meu coração apertar em agonia.

- Jacob... - murmuro, com o coração partido por mim mesma. - Você não pode me amar. - aviso, sentindo minhas lágrimas descerem novamente.

- Mas eu te amo, liz, te amo com toda a paixão do mundo. E eu sinto que você também me ama. Eu tenho certeza disso depois do nosso primeiro beijo, eu tenho mais certeza disso a cada beijo que a gente dá.

Eu não sabia o que dizer, eu queria desistir de toda a minha decisão anterior e beijá-lo novamente, mas sabia que não faria isso. Ele merece amar alguém que pode dá um futuro para ele, alguém que não estivesse morta. Nunca poderia dizer que o amo tanto quanto ele me ama, porque Jake ficaria feliz e eu partiria o seu coração novamente.

- Você está errado, Jacob. Não nos amamos e nem vamos nos amar. - sussurro, o hipnotizando, vendo todo o seu rosto destemido ser destruído. - Não me procure, por favor. - termino de hipnotizá-lo, com uma agonia tão grande que me questionei, naquele segundo, que merda eu estava fazendo.

Saio de perto dele, dando alguns passos até chegar na minha moto e subo nela.

- A estrada está perigosa. - insistiu, a sua voz ainda parecia triste. - Eu vou chamar a sua irmã para vocês irem no carro dela. - ele se aproximou mais de mim, apenas fiquei calada e dei a partida, saindo de perto dele o mais rápido que eu podia.

Rapidamente eu já saia da estrada de terra, enlamaçada pela forte chuva, e dirigia em baixa velocidade pelas estradas, não porque estava com medo de sofrer um acidente e sim porque quanto mais longe eu ia, mas eu sentia na pele o que tinha feito, era uma despedida, um adeus que eu nunca superaria.

Eu sentia uma dor quente em todas as células do meu corpo, eu sentia o arrependimento e a angústia, o sofrimento e o amor. O amor que permaneceria para sempre incontrolável e intenso na minha alma. O amor que doeria para sempre, me queimando viva. O amor que eu mesma destruí.

Mas eu sabia que ia doer, sabia que esse era o começo, mas também o fim, porque eu sabia que havia chego o momento de ir embora, não só da vida dele, mas também da minha vida em Forks. Porque eu entendia que eu era o monstro dos livros de terror, ou melhor dizendo, o monstro das lendas quileutes.

Eu e os Cullen até poderíamos ser diferentes, mas eu ainda era, como os lobos gostavam de dizer, uma sanguessuga. O caçador estava certo, no fim do dia, eu ainda teria me lembrado dos olhares desesperados das minhas vítimas, ainda teria me sentido culpada e como o monstro que eu era. Ele realmente estava me fazendo um favor, mas eu não merecia morrer... seria um destino bom demais para mim. Deveria ficar viva pela eternidade, me lembrando da dor que eu causei em todo mundo.

Maratona: 2/3

Se vocês já queriam bater na Liz antes, tenho até medo de agora... Só peço que procurem entender um pouco o lado dela.

Não se esqueçam de votar, caso tenham gostado ❤️

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