Melissa.
- Felippe ! - grito antes que ele entrasse no elevador.
Ele se vira e me encara serio.
- Melissa, vai pro seu quarto, tome um banho e durma que com certeza você terá uma bela dor de cabeça amanhã.
- Só me explica essa história.
- Eu … Eu não posso. Não agora. E eu não quero encher sua cabeça com isso, não quero que se preocupe com isso. - ele se vira e começa a andar.
- Você não quer. Mas eu quero uma explicação para tudo isso. - digo segurando sua mão.
Ele se vira e me encara.
- Isso não é uma decisão sua. - ele respira fundo e depois solta - Tchau Esmeralda. - ele segura meu rosto com as duas mãos me dando um beijo na testa e logo, em seguida, vai embora me deixando no silencioso corredor, sozinha.
Fiquei por ali por uns dois minutos mais logo me acordo do transe e sigo para meu quarto. Tomei um banho e me deitei na cama. A Vic foi em meu quarto umas três vezes e eu não atendi, só fiquei ali calada esperando ela ir embora.
Acabei pegando no sono depois de um tempo.
Já de manhã …
Acordei com alguém me chamando na porta. Só foi eu me sentar na cama que a dor de cabeça veio átona. E é uma dor que eu não desejo a ninguém.
- Melissa ? - diz a pessoa.
Silêncio.
Ignoro a pessoa que estava me chamando e entro no banheiro, escovo meus dentes. Troco de roupa e me deito novamente na cama.
- Melissa ? - diz a pessoa mais uma vez.
- Vic, vai embora! Me deixa dormi. - grito colocando o travesseiro na minha cabeça.
- Quem é Vic ? - pergunta a pessoa - É o Leandro, o da festa da noite passada.
Me levanto devagar e abro a porta.
- Bom dia - diz ele com um sorriso no rosto.
- Bom dia - digo me encostando na porta - O que ta fazendo aqui ?
- Eu posso entrar ?
- É … Claro, entra ae. - digo e ele entra acompanhado de um carrinho com algumas bandejas.
- Gostei da vista.
- Eu também gosto dela. Pra que isso tudo ? - pergunto apontando pras bandejas.
- Pensei que talvez você poderia estar com fome. - diz ele - E então resolvi trazer algumas coisas pra você.
Ele abre as bandejas e lá estava um suco com dois sanduíches e uma xícara de café.
- Leo, não precisava.
- Aah precisava sim. Você bebeu tanto ontem que eu tive a certeza que você acordaria com uma tremenda dor de cabeça e que não teria coragem de se levantar da cama.
- Exatamente - digo rindo.
Ele me entrega o prato com os dois sanduíches.
- Café ou suco ?
- Hum… O suco.
Ele me entrega o suco e começo a comer, perguntei se ele queria também mais ele só respondeu que já havia comido. Ficamos ali conversando.
- Sei que eu acabei de te conhecer mais … Qual é o lance entre você e o seu namorado ?
- Namorado ?
- É, aquele menino que te arrastou até o teu hotel ontem.
- Aah … ele é meu amigo ou era. Não sei exatamente - digo e baixo a cabeça.
- Ele gosta de você.
- O que ?!
- Aquele menino. Ele gosta de você, deu pra perceber ontem quando ele te pegou pelo braço. Ele tinha um olhar de fúria sei lá acho que era ciumes mais depois que você olhou pra ele seu olhar mudou e ficou com um brilho tão bonito.
Fico calada. Não sabia o que dizer sobre aquilo.
- Bom, Melissa, eu to indo embora. Melhoras gatinha. - diz ele me dando um beijo na bochecha.
- Tchau Leo e obrigada pelo café da manhã.
- De nada - saindo.
Depois do Leandro ter ido embora um senhor ,cujo estava uniformizado, foi até meu quarto pegar o carrinho com as bandejas.
A dor de cabeça foi piorando e resolvi me deitar novamente e quando eu já estava preste a dormi uma batida na porta me acorda.
- Só um minuto.
Crio coragem para me levantar e quando me levanto uma tontura enorme vem átona e uma coisa estranha no meu estômago.
Me encosto na parede por alguns segundo e logo abro a porta.
- Oi Meli… o que você tem ? - pergunta Felippe me olhando atencioso.
- To me sentindo tonta e uma coisa estranha no meu estômago.
Ele entra, fecha a porta e me conduz até a cama. Se ajoelha no chão e me analisa.
- Nossa você ta muito pálida.
- Não deveria ter bebida tanto ontem.
- Isso não é da bebida. Melissa, você tomou o que de café da manhã ?
E quando eu ia responde-lo, salto da cama e o empurro pra longe. Saiu correndo até o banheiro e vou direto para o vaso.
Eu começo a vomitar sem parar. Felippe entra no banheiro e quando me vê ajoelhada em frente ao vaso jogando tudo para fora, segura meu cabelo para trás do jeito que eu não o suje com aquela coisa com gosto horrível
- O que você comeu, Melissa ? - pergunta ele assim que eu me sento no chão de cabeça baixa.
- Felippe, me da um pano ou uma toalha.
Em seguida ele me estende uma toalha e então eu limpo minha boca.
- Eu comi Suco de laranja e dois sanduíches. - responde finalmente.
- Quem trouxe isso pra você ?
- O Leandro.
- Espera - ele balança a cabeça negativamente - Aquele da festa ?
- É - digo o olhando.
- Merda! - sussurra ele.
Ele se levanta e sai do banheiro e volta com um copo de água.
- Ta com dor de cabeça ? - pergunta puxando outro assunto.
- Uhum, e agora ta insuportável.
- Toma esse remédio. - ele me entrega um comprimido - Eu tenho que resolver umas coisinhas agora.
- Não …
- Vou chamar a Vic e o Gustavo pra ficar aqui com você. Tchau.
E então ele sai pisando forte.
Assim que o Felippe sai meu celular começa a tocar.
*Ligação
- Lili - diz Jonh com a voz preocupada.
- Oi Jonh, o que foi ?
- Primeiro me diz onde você esta.
- Em um hotel de praia.
- Presta atenção Lili. Tem umas pessoas querendo se vingar de alguma coisa que sua mãe e seu pai fizeram e como os dois não estão mais perto de você, eles querem você.
- O que ? Calma. Explica isso.
- Não posso passar muito tempo aqui, por isso, quero resumir tudo. Eu e todos os seu amigos, principalmente o que estão ao seu lado, estão sendo vigiados. O Felippe se envolveu com a filha de um desses cara que querem se vingar de você, mas objetivamente o chefe.
- O que meus pais fizeram ?
- Eu não sei Lili. Mais me prometa que vai ficar o mais longe o possível de pessoas que querem se aproximar de você. Tem muitos deles aí. E qualquer deslize seu … eu … eu não quero te perde Lili.
- John você esta me assustando.
- Eu tenho que ir agora. Promete pra mim que você não vai fazer nenhuma burrada e que vai ficar só com os seus amigos de verdade. Qualquer pessoa que se aproximar de você é suspeita.
- Eu prometo…
E então a ligação cai.