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– Victoria você está bem? - perguntou Onze ao ver os olhos cansados da amiga.
– Estou sim, só um pouco cansada, não dormi muito bem. - explicou a morena.
– Porquê? É aquele pressentimento que você tinha me dito?
Victoria assentiu. Uma coisa que ela detestava, era ter esses sentimentos confusos e não saber como decifra-los, aquilo deixava ela frustrada.
Automaticamente seus olhos foram em direção a porta vendo Brenner e Creel entrarem, os olhos do loiro se encontraram com o dela, fazendo um leve arrepio passar pela corpo dela, porém a mesma ignorou aquilo, Henry ao passar pela mesa onde ela e Onze estavam o loiro, deu um bom dia para a mais nova e um aceno com a cabeça para Carpenter, que mesmo estranhando o comportamento de Creel correspondeu o aceno.
– O que foi isso? - perguntou Onze tentando disfarçar o sorriso que queria aparecer.
– Não faço ideia. - respondeu Carpenter.
– Vocês não se insultaram em plena manhã, que milagre! - diz a mais nova juntando as mãos em oração e olhando para o céu
– Quanto exagero. - disse Victoria rindo e revirando os olhos.
•••
Os treinos daquele dia já haviam acabado e todos já estavam esgotado e em seus quartos descansando. Onze e Victoria estavam deitadas em suas respectivas camas, quando ouviram alguém bater na porta.
– Entre. - disse Victoria.
A porta se abriu, revelando a última pessoa que Victoria um dia chegou a imaginar que iria aparecer ali.
– Creel? - perguntou a mesma sem ao menos disfarçar o tom de surpresa em sua voz.
– Vim ver a Onze. - disse o loiro calmamente caminhando até a mais nova – Como está? - perguntou o mesmo.
– Estou bem só um pouco cansada. - respondeu a menor.
– Se quiser, posso pedir para alguém preparar uma bebida ou uma refeição para ajudar em seu repouso. - disse o loiro.
– Muito obrigada, mas não vai precisar, estou bem. - respondeu Onze – Só quero descansar mesmo.
– Como desejar. - disse Henry sorrindo levemente para ela e em seguida olhando para a mais velha – Carpenter. - ele acenou novamente com a cabeça para ela que respondeu logo em seguida.
Henry virou-se de costas saindo pela porta e fechando-a em seguida.
– O que foi isso? - perguntou Victoria baixo pois queria ter certeza que Creel não estava parado a porta ainda escutando sua conversa.
– Não faço ideia. - respondeu Onze – Onde está Alyssa?
– Também não sei, não vi ela o dia inteiro, vou procurá-la.
– Ok, qualquer coisa me avisa. - Onze disse e Victoria apenas acenou, abrindo a porta e saindo em busca da ruiva mais nova.
Carpenter não sabia bem explicar mas sentia arrepios por todo seu corpo, como se algo a tentasse avisar de que estava correndo perigo de que algo ruim estava para acontecer.
Sem aviso prévio, o arrepio piorará, dessa vez fazendo com que a garota levasse suas mãos até os pequenos fios de cabelo em sua nuca, na qual se encontravam completamente arrepiados. Aquilo a assustou, pois era algo que nunca sentirá antes.
– "O que desgraça está acontecendo comigo?". - perguntou a si mesma mentalmente.
– Carpenter? - a morena virou-se na direção da voz vendo o loiro a sua frente – Está sentindo isso também?
A garota não respondeu, apenas acenou que sim com a cabeça ainda com a mão na nuca.
– Precisamos sair daqui! - disse Onze se aproximando deles.
– O que? Como assim? - perguntou Victoria.
– Alguma coisa, está acontecendo, nesse exato momento, uma coisa ruim, muito ruim, mas nós precisamos sair daqui. Todos nós. - disse a mais nova olhando para Henry, que apenas acenou concordando.
– Precisamos encontrar Alyssa, agora! - respondeu Victoria e os outros dois acenaram concordando – Creel, olhe na biblioteca e no Refeitório, Onze e eu olharemos no salão de descanso, nos encontramos novamente perto do escritório do Brenner. - a garota respondeu mais uma vez e cada um foi para a direção dita em busca da menina ruiva.
E quanto mais a procuravam mais aquela sensação aumentava, e aquilo a fazia ficar com medo e desesperada, e Victoria odiava se sentir assim, para ela aquilo era como se sentir fraca e ela odiava se sentir fraca.
– Aly, cadê você? - murmurou baixinho a ponto de seus olhos começarem a lacrimejar, estava quase chorando de preocupação.
Desde que chegará ali, a ruiva era sua melhor amiga, ambas eram extremamente próximas e faziam tudo ao seu alcance pela outra e só de pensar que sua melhor amiga poderia estar em perigo ou pior, machucada, deixava Carpenter com medo e desesperada.
– T- Tori? - ouvia uma voz chorosa e olhou para trás em choque com o que viu.
Alyssa estava atrás de uma mesa derrubada com o rosto sujo de sangue, os cabelos bagunçados e os olhos molhados de tanto chorar, mas o mais chocante era ela estar segurando um garotinho em seus braços, na qual o corpo se encontrava sem vida.
– Aly... O-o que aconteceu. - Alyssa gagueja e se xinga mentalmente por isso.
– Eu não fiz isso, eu juro! Eu tentei protegê-lo, m-mas eles eram mais fortes, e-e.... - a garotinha não conseguira terminar de falar pois sua voz se perderá no meio das palavras e mais lágrimas desceram por seus olhos.
– Ei, ei, ei, você é pequena e ainda não é muito forte para se defender e defender aquelas que você ama, mas você ainda vai chegar lá, eu te prometo, não foi sua culpa, aqueles idiotas vão pagar por isso. - Victoria respondeu se aproximando da pequena ruiva e a abraçando. Por mais que a Alyssa não tivesse terminado de contar o ocorrido, a mais velha já tinha uma noção dos verdadeiros culpados por aquilo.
– O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ! - ambas se assustaram ao ouvir o grito e se entre-olharam em seguida se levantando para ir ver o que acontecerá.
Alyssa colocou seu amigo deitado no chão, arrumando-o corretamente e se aproximando de sua testa para dar um beijo de despedida.
– Eu vou vingar a sua morte. Eu te prometo isso. - disse a pequena deixando uma última lágrima escorrer e cairá nos olhos fechados do garotinho.
– Vamos Aly. - chamou Victoria esticando sua mão para Alyssa que a pegou e seguiu a morena em direção do grito.
Ambas chegaram ao mesmo tempo de Creel que também havia ouvido o grito e que sem hesitar abrirá a porta em seguida. Novamente ambas, Alyssa e Victoria ficam em choque com a visão.
Onze com seus olhos escorrendo sangue e Brenner ajoelhado em sua frente. Como se estivesse pedindo perdão ou misericórdia.
– Vamos embora, agora. - disse Onze olhando para os três a sua frente, estes que apenas concordaram.
Victoria sendo a única tendo reação esticou sua mão para Onze, que de imediato deu a volta por Brenner e se aproximou da mais velha segurando. Assim, os quatro dando uma última olhada em Brenner e em seguida virando as costas para ir embora de uma vez daquele lugar.
E nunca mais voltar.
Eita que agora a fogueira vai pegar fogo rsrsrsrs (meu Deus que piada bosta)
ENFIM.
Agora nossa fanfic começa para valer!
E sim o menino que estava com a Alyssa era aquele garotinho que estava com o Brenner em que ele desenhava e o menino tentava descobrir o que era sem olhar 😭 eles eram próximos aqui na fic, mas quando eu aprofundar mais sobre a Alyssa eu mostro os flashbacks deles juntos.
E sobre o Brenner ajoelhado... Será revelado o que aconteceu logo, logo.