"Confia em mim?"

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Quanto mais rápido ela corria mais o ar fugia de seus pulmões, mas mesmo perdendo o fôlego ela não conseguia parar, não podia parar, se parasse os perderia para sempre, e ela não podia deixar aquilo acontecer

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Quanto mais rápido ela corria mais o ar fugia de seus pulmões, mas mesmo perdendo o fôlego ela não conseguia parar, não podia parar, se parasse os perderia para sempre, e ela não podia deixar aquilo acontecer.

Ela continuou correndo, seus pés batendo no chão com uma força que ela não sabia que possuía. O suor escorria pelo seu rosto, mas ela mal notava. Seu coração batia tão forte que parecia que iria sair do peito.
Ela sentiu suas pernas fraquejarem, mas se recusou a cair. Mas quanto mais Victoria corria mas longe eles ficavam, aquilo fez seus olhos marejarem, havia acabado de tê-los de volta e já os perder de novo? Passou uma vida inteira sem a presença deles, e agora me podiam desfrutar da presença uns dos outros ela estava prestes a perde-los de novo? Não, ela não deixaria aquilo acontecer, jamais.

Ela podia ouvir seus nomes sendo sussurrados pelo vento, como um lembrete constante do que estava em jogo. Cada batida do seu coração ecoava com o amor que sentia por eles, um amor que a impulsionava para frente, que a mantinha em movimento mesmo quando tudo em seu corpo gritava para ela parar.

Porém quando achou que finalmente estava para alcança-los sentiu como se alguma coisa acabará de lhe puxar, fazendo-a perder as forças e cair no chão. O impacto contra as pedras e os galhos secos das árvores eram como arames farpados que feriam sua pele e lhe cortavam tirando todo o resquício de força que ainda restava nela.

Completamente sem forças a garota apenas olhou para o céu, sentindo as lágrimas escorrerem livremente por seu rosto, não tinha mais forças para levantar ou continuar, se sentia uma fraca, mesmo com seus poderes não conseguiu lutar por eles.

Porém algo diferente aconteceu naquele exato momento. Sentiu como se algo levantasse seu corpo e deixasse levantada no ar, completamente sem forças ela não conseguiu prestar atenção em mais nada, a não ser da terrível dor de suas pernas e braços se quebrando e o grito agudo que saia do fundo de sua garganta…

•••

Victoria acorda em um sobressalto sentindo sua respiração desregulada e o suor por todo o seu corpo.

Era mais um pesadelo, porém mais forte e intenso que o outro.

Ela se sentou na cama, tentando acalmar sua respiração. Ela podia sentir o suor frio em sua testa e a batida rápida de seu coração. Ela olhou ao redor, tentando se orientar. Estava em seu quarto, segura e longe do perigo de seu pesadelo.

Mas a sensação de impotência ainda a assombrava. Era tão real, tão vívido. Ela podia sentir a dor em seus membros, a sensação de ser puxada para trás, a desesperança de não conseguir alcançá-los.

– Tudo bem, Carpenter? - ouvia a voz de Henry chamando-a esse continha um livro em suas mãos, sem título apenas uma capa dura e marrom.

– Tudo, foi só um sonho ruim, um sonho muito ruim. - respondeu tentando se recuperar mas ainda sentindo suas mãos tremendo.

– Quer conversar sobre? - Victoria negou.

– Não sei se conseguiria por em palavras. - respondeu.

– Acho que você esqueceu que ambos somos telepatas, não é? Posso muito bem entrar em sua cabeça e ver. Se você quiser é claro.

Henry tinha um ponto. Como telepatas, eles tinham a capacidade de compartilhar pensamentos e emoções de uma maneira que a maioria das pessoas não podia. Mas Victoria hesitou. Seus pesadelos eram tão intensos, tão pessoais. Ela realmente queria compartilhá-los?

Apesar de não ter completamente certeza sobre seu “relacionamento” com Henry, talvez não fosse uma má ideia, e também não queria nem mesmo Alyssa ou Onze sabendo de seus pesadelos, não queria uma preocupação a mais para elas.

– Tem certeza? - perguntou e o loiro apenas assentiu levantando-se e se aproximando da morena e esticando suas mãos para segurar as dela.

– Confia em mim? - perguntou.

Era uma excelente pergunta, mas ao levantar seu rosto e olhar nos olhos de Henry pode ver uma pequena preocupação e sinceridade aquilo de certa forma a reconfortou e a fez sentir confiança. Nunca tinha visto aquele lado do loiro e era completamente diferente do que ele mostrava quando estavam presos no laboratório.

Victoria apenas respirou fundo e segurou nas mãos do rapaz a sua frente sentindo uma leve onda de arrepios por seu corpo com o leve toque.

Em seguida olhou para ele e disse:

– Confio.

Aquilo fora o suficiente para que Henry desse um sorriso discreto e fechasse seus olhos e Victoria fechasse os dela também.

Imagens começaram a surgir em sua mente, fragmentos de seus pesadelos, misturados com emoções intensas. Victoria sentiu uma onda de vulnerabilidade, medo e angustia tudo o que sentiu enquanto os pesadelos aconteciam, de imediato sentiu um alívio quando Henry apertou levemente sua mão como se dissesse “estou aqui, não se preocupe” aquilo a acalmou. Victoria estava presenciando um lado novo de Henry, e não ia mentir, estava adorando.

Henry pode ver a garota correndo e podia sentir toda a fraqueza e dor que ela sentirá, também se sentiu angustiado quando a viu cair no chão e as pedras e galhos a machucarem, conseguiu sentir tudo, toda a dor, pânico, medo que ela sentia.

Mas não pode de deixar estranhar quando a morena levantou-se no ar, com seus braços e pernas esticados, e a confusão se alastrou por seu rosto ao ver os membros da garota se quebrando enquanto ela gritava.

Quase de imediato Henry volta a realidade e ficou  atordoado com as imagens intensas que surgiram em sua mente. As emoções eram intensas e a dor era angustiante.

Victoria que também já se encontrava com os olhos abertos, olhava para o loiro a sua frente com expectativa.

– Victoria a quanto tempo vem tendo esses pesadelos? - perguntou.

– A um tempo, mas por não conte a ninguém. - pediu a morena.

– Tá bom. - respondeu.

– Mesmo?

– Victoria isso é uma coisa sua, não poderia contar mesmo se eu quisesse. - respondeu sincero surpreendendo Victoria que sorriu mínimamente com as palavras do loiro.

Porém sem total consciência de que suas mãos ainda estavam juntas e se acariciavam.

Porém sem total consciência de que suas mãos ainda estavam juntas e se acariciavam

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Palpites sobre as pessoas do pesadelo da Victoria?

E esse final? Juro tô amando desenvolver eles, mas se preparem que ainda tem coisas pra desenvolver principalmente do passado apagado da Victoria antes deles dois finalmente acontecerem.

Mas enfim espero que tenham gostado.

Não esqueçam de curtir e comentar, quero muito saber o que estão achando.

Até a próxima :)

𝗡𝗲𝗿𝘃𝗼𝘂𝘀, Henry Creel [Stranger Things] ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora