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Act 2 - "Deixe as folhas velhas caírem"
Chapter 94
Três patinhos foram passear...
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{3ª semana de aula – Sábado}
Bárbara Passos
19:00h
Eu não estou apenas desgastada, eu estou o pó da rabiola que nem existia.
Já se passaram 3 semanas desde o começo das aulas, e atualmente, eu imploro por férias.
Eu pensava que o 3º ano era mais zoeira, sem muito o que fazer. Mas, eu estava errada.
Além de muita matéria, precisamos ainda nos preocupar com vestibular.
Eu não vou fazer faculdade aqui, por isso estou mais aliviada.
Mas meus colegas estão piores que eu.
Muitos entram na sala cheios de olheiras, café, e algumas vezes quase desmaiando.
E além de tudo isso, a sem noção da Nessa e o burro mala sem alça do Chase, não param de me incomodar.
Eu devo ter tacado umas 20 pedras na cruz.
Nessa semana, eu vivi apenas de stress.
Tentei me controlar, tentei me comportar normalmente, mas algumas vezes, foi por um triz que eu não arranquei os cabelos de alguém.
Devido há tudo isso, Victor estava insistindo para irmos na festa do Crusher, que é hoje. Meus pais apoiaram, porque eles sabiam que eu estava me esforçando muito.
E agora, eu estou aqui, de pé na frente do espelho, terminando de colocar uma roupa.
Não estou com paciência de me produzir toda, então, coloquei um moletom e uma calça jeans mesmo.
Foda-se.
Me desperto da minha própria cabeça quando alguém bate na porta do meu quarto.
─ Você está se trocando? – Victor perguntou, ainda do lado de fora.
─ Não, pode entrar. – eu disse, logo o vendo entrar pela porta.
Ele fechou a porta, parou na minha frente e envolveu minha cintura em seus braços.
O abracei de volta, enquanto sentia suas carícias pequenas pela região das minhas costas.
─ Eu senti saudade. – ele disse, me dando um selinho.
─ Eu também. – respondi.
Logo, ele me soltou e eu coloquei meu tênis.
Decidi dar uns últimos retoques na maquiagem que eu estava usando.
Era leve, mas decidi deixa-la só um pouquinho melhor.
Victor se sentou na minha cama, observando eu terminar de me arrumar.
─ Você tá linda. – ele disse com sinceridade.
Sorri, com as bochechas começando a esquentar.
─ Obrigada, você também está bonito. – eu disse, passando um pouco de rímel dos cílios.
Ele continuou me observando da cama.
─ Você ainda está lendo os cartões que eu te dei de presente? – ele pergunta.
─ Sim, mas algumas vezes eu só me lembro antes de dormir, mas mesmo assim eu leio todo o dia. Ajuda bastante no quesito de "motivação". – eu disse, fechando minha bolsinha.
─ Leu o de hoje? – ele perguntou.
─ Não... Vou ler agora. – eu disse, saindo do banheiro.
Me direcionei até a janela, abrindo o pote de vidro.
Tirei um cartão aleatório.
"─ Amo sua persistência. Mesmo várias coisas dando errado, você continua firme e forte, tenta encarar as coisas de outro jeito, e sempre tenta resolver seus problemas. Sei que você está totalmente perdida em relação ao futuro, mas calma, tudo vai se ajeitar, eu prometo.
Só não desista. Eu te amo, e odiaria ter que te ver desistir, de novo. <3"
Sorri após ler o cartão e o guardei no segundo pote.
Virei para trás, para observar o moreno que havia escrito tudo aquilo.
Ele sorria, levemente corado.
─ Vem cá. – ele disse, dando batidinhas em seu colo.
Andei até minha cama e me sentei no lugar indicado.
─ Você tá sobrecarregada, né? – ele perguntou.
─ Não querendo me fazer de vítima, mas eu estou sim. – eu disse, sentindo seus braços se entrelaçarem em minha cintura.
─ Não tem problema nenhum em dizer isso. – ele disse, apoiando seu queixo no topo da minha cabeça. – Eu sei que você tenta resolver tudo sozinha, mas eu também sei que se você não cuidar de você, tudo vai desmoronar de novo.
─ Eu sei. Detesto ficar sob pressão. – eu disse.
─ Então, o que eu vou fazer pra tirar você disso, é te encher de beijos, carinho e cuidar bastante de você. – ele disse, distribuindo beijos pelo meu rosto. Ri com o ato.
─ Obrigada. – eu disse, virando de frente para o mesmo e o abraçando.
─ Eu te amo. – ele sussurrou.
─ Eu também te amo. – respondi no mesmo tom.
Victor deixou um beijinho na ponta do meu nariz, e logo eu saí de seu colo, juntando tudo o que eu precisaria na minha bolsa.
{...}
Ele me estendeu a mão para eu descer do carro, enquanto eu observava a frente da casa de Crusher.
Victor entrelaçou nossas mãos e andamos até a entrada da casa.
Ele abriu as portas para passarmos, e logo tentou encontrar seu amigo com o olhar.
─ Vou falar com o Crusher tá? Já volto. – ele disse, me dando um selinho de despedida.
Observei ele indo ao encontro do tatuado.
Fiquei olhando as pessoas, ver quem estava na festa. Dei "oi" para algumas pessoas, cumprimentei outras...
Logo, Tainá veio me abraçar.
─ Oiiiiii – a morena disse, me abraçando.
─ Oii. – eu disse, correspondendo ao ato.
─ E aí? Como você tá? – ela perguntou.
─ Estou bem, mas tô desgastada. – eu disse.
─ Pelo o que? – ela pergunta.
─ Além de todo o stress que o 3º ano causa, eu ainda tenho que aguentar a Nessa enchendo o meu saco por causa do Victor. E além disso, o Chase insiste em acreditar que eu sou dele e apenas dele. – eu explico.
─ Meu Deus Bárbara, como que você foi se meter em tanto problema? – ela perguntou, incrédula.
─ Sei lá. – eu digo, e ela ri com o meu desânimo.
─ Vem, vamos beber alguma coisa, estou com sede. – ela disse, pegando minha mão e me puxando até o bar.
─ Bebe água, desidratada. – eu debochei, nos fazendo rir.
─ Pra te ajudar nos seus problemas, eu vou te dar uma coisinha. – ela disse. – Moço!
Ela chamou o bar man, e logo fez seus pedidos.
─ E você? Também está cheia de problemas? – eu pergunto.
─ Mais ou menos. Nem tanto assim. Também estou pressionada pela escola, e ainda tenho que sair igual uma louca pesquisando agências de modelo americanas... E o Gabriel está insistindo muito em um relacionamento, mas eu não quero. Ele é legal, mas não é o momento. – ela explicou.
─ Entendi. Olha, eu não te culpo, se Victor quisesse namorar comigo agora, no começo do fim do Ensino Médio, eu recusaria. Términos são doloridos, e praticamente a gente não teria tempo de aproveitar. Com você e o Gabriel, é pior ainda, porque ele mora no Rio de Janeiro, e você em São Paulo... – tento confortá-la.
─ Olha, a única coisa que está me fazendo raciocinar direito, é imaginar os grandes gostosos que NY deve ter para oferecer. – ela disse, pegando os drinks que havia pedido. – Toma, prova esse.
─ Eu não bebo Tainá. – eu digo, recusando.
─ Cala a boca e manda isso aí pra guela vai. – ela disse, bebendo um pouco de seu copo.
Levei o copo até a minha boca, provando um pouco da bebida.
Tinha gosto de morangos, era levemente alcoolizada e era muito boa.
─ Gostou? – ela pergunta.
─ Gostei, o que é? – eu pergunto, apoiando o copo no balcão.
─ Chama sake, é uma pinga japonesa, que se coloca com frutas. É leve e muito gostosa. – ela disse. – Vai me dizer que não ajuda nos problemas?
─ Ajuda, e bastante. – eu disse, bebendo mais um pouco. Nós rimos.
─ Sobre a Nessa, mete um chutão na cara dessa vagabunda. – ela diz, e eu rio. – Eu estudei com ela do 6º ao 9º ano. Ela é chata pra caramba, e era loucamente apaixonada pelo Victor, e é muito mimada também, insistente, e ela não vai parar até conseguir o que quer.
─ Vontade de entregar o jogo, sabe? Ela tenta pisar em você, e isso é um saco. – eu disse.
─ NEM FODENDO BÁRBARA. – ela gritou, me fazendo rir. – Ele é seu namorado, vocês tem uma puta química juntos, não pode simplismente deixar ela estragar tudo.
─ Obrigada por isso. Eu sei que deve ser meio estranho dar conselhos amorosos para uma amiga que namora o seu ex... – eu disse, terminando de beber minha bebida.
─ Olha, quando eu namorei com o Victor do meio do primeiro ano, até o final dele. E, a gente se gostava bastante, mas eu sabia que não éramos almas gêmeas, sabe? Não tinhamos uma conexão muito grande, mas com você, ele se encaixa de uma maneira perfeita. – ela disse.
Abracei de leve a menina.
─ Caralho, você já terminou o copo todo? – ela perguntou, nos fazendo rir. – Quer mais um?
─ Sim, pode pedir. – eu respondi.
{....}
Victor Augusto
01:15h
Ohhhh merda.
Não encontro Bárbara em nenhum lugar.
Droga, droga, droga.
Eu andava por aquela sala imensa da casa do meu amigo, e procurava ela com meus olhos.
Estava escuro, e apenas luzes coloridas iluminavam o centro do cômodo.
Sem querer, acabei esbarrando em alguém.
─ Desculpa. – eu disse, logo saindo de perto.
─ Olha só quem se perdeu da madame. – Nessa disse, cruzando os braços.
─ Puta que pariu Nessa, o que que foi agora? – eu perguntei, sem paciência.
─ Calma gatinho. – ela disse, passando os braços pelo meu pescoço. – Sua namorada não está nos vendo.
Desenrosquei ela de mim no mesmo segundo.
─ Foda-se? – eu disse.
─ Como você não vê, Augusto? – ela disse, cruzando os braços, de maneira irritada. – Eu sou muito mais bonita que ela, tenho muito mais corpo, dinheiro, fama, amigos, e você continua querendo ela?
─ É. Não me interessa sua fama, nem seus amigos, nem seu dinheiro. E em questão de beleza, sim, Bárbara te deixa no chinelo. Ela tem uma coisa chamada: beleza natural. Ela não fica horas em um salão de beleza, não coloca 30 quilos de maquiagem no rosto e muito menos tem silicone. – eu disse. – Entenda Nessa, eu quero ela, e não você.
─ Por que? O que ela tem que eu não tenho? – ela perguntou, se aproximando.
─ Meu coração, meu amor, e meu respeito. – eu disse. – Agora, se você me der licença, eu tenho uma pessoa pra encontrar.
─ Não vai mesmo. – ela disse, se aproximando rapidamente.
Por uma fração de segundo, Nessa relou seus lábios nos meus.
A empurrei no mesmo instante.
Nem um selinho chegou a ser.
─ PORRA NESSA, VAI EMBORA. – eu gritei, saindo de perto dela.
Meu sangue corria quente pelas minhas veias.
Andei em passos largos por todo o contorno da sala, até escutar uma voz familiar.
─ 3 patinhos foram passear... – Bárbara cantarolava, encostada em uma parede.
Pelo amor de Deus, o que deu nela?
─ Anjinho? É você? – eu perguntei. – Pelo amor de Deus, olha, a Nessa tentou me beijar, ela deu uma relada nos meus lábios, mas eu juro que eu não queria, foi tudo muito rápido, e eu empurrei ela na mesma hora. Me perdoa, por favor.
─ Nossa, você é bonito, mas meu namorado é mais. – ela disse, com a voz alcoolizada.
Que?
─ Bárbara, o que deu em você? – eu perguntei, segurando seus braços.
─ Olha, se você não me soltar, eu vou ter que chamar o Victor. – ela disse, se soltando do meu corpo e virando para trás.
─ Babi, sou eu! – eu disse, a virando novamente.
Ela me encarou, com as pupilas dilatadas e mais pretas que o comum.
─ Ah, oi Vic! Tinha um cara aqui falando de alguma coisa e... – ela disse.
Ela estava bêbada.
Merda.
─ Babi, o que exatamente aconteceu pra você estar desse jeito? – eu perguntei, a abraçando.
─ É que, meus dias tão sendo uma merda, aí a Tainá veio conversar comigo, fez eu desabafar e me ofereceu uma bebida. – ela respondeu, me abraçando também.
─ Quanto você bebeu? – eu perguntei.
─ Eu acho que uns 4 ou 5 copos, na verdade, eu perdi a conta. – ela disse, tentando contar nos dedos a quantidade de álcool que consumiu.
─ Anjinho... – eu disse, a encarando. – Vem, vamos pra casa.
─ Nãoooo, a festa só começou. – ela choramingou, enquanto eu apenas a puxava pra fora da festa.
─ Amor, já é 1:00h da manhã, e você está bêbada ao ponto de me confundir com um estranho. – eu disse, entrelaçando nossas mãos.
─ Ahhhh. – ela disse, fazendo bico com os lábios.
Bárbara bêbada parecia uma criança de mau humor.
Ri com suas expressões faciais, deixando um beijo em sua bochecha.
{....}
02:00h.
─ Babi, você precisa tomar banho. – eu digo, cruzando os braços.
─ Eu não vou tomar banho com água gelada. – ela disse, ainda alcoolizada.
─ Amor, por favor, eu prometo que vai ser rápido. – eu disse, segurando seu rosto e deixando um selinho em seus lábios.
Ela me olhou com uma carinha triste e manhosa. Sorri, com vontade de rir de sua cara.
─ Tá bommm. – ela disse, desistindo.
Fechei a porta do banheiro para ela tomar banho.
Peguei meu celular e liguei para a mãe de Bárbara.
─ Alô? – minha sogra atendeu, com uma voz sonolenta.
─ Oi tia, desculpa te incomodar, mas a Babi acabou dormindo aqui no carro, e como já está tarde e o condomínio do Crusher é longe, eu acho que seria melhor ela dormir aqui. – menti.
─ Tudo bem, obrigada por cuidar dela. – ela disse.
─ Eu que agradeço. – eu disse, desligando a ligação.
Suspirei. Odeio mentir.
Comecei a arrumar um pouco meu quarto, tirar algumas roupas e coisas jogadas por aí.
Depois de uns 15 minutos, Bárbara saiu de lá, com uma camiseta minha, que a cobria até os joelhos.
─ Tá mais sóbria? – eu perguntei, me aproximando.
─ Sim, acho que sim. – ela respondeu.
─ Que bom... – eu disse, a abraçando. – A gente precisa conversar.
Me sentei na cama, e ela se sentou logo em seguida.
─ Olha, quando era mais ou menos 1:00h da manhã, eu estava te procurando, e acabei esbarrando na Nessa... – eu disse. – E tipo, ela começou a puxar papo, se comparou com você, e quando eu estava saindo de perto, ela quase me deu um selinho, na verdade, ela relou só um pouquinho nossos lábios, mas eu juro que eu a empurrei e fui atrás de você.
Bárbara parou um pouco, analisando a situação.
─ Victor, eu confio muito em você, e você sabe disso. Essa festa, foi uma loucura. Eu bebi muito, muito mesmo, e acho que ela acabou aproveitando dessa situação... – ela disse. – Eu te conheço, você já teve umas 30000 oportunidades de me trair na cara dura, e você não fez isso, não acho que agora isso iria acontecer...
─ Jura? – eu perguntei, apreensivo.
Tenho medo de ela querer terminar por causa daquela chata da Nessa.
─ Juro. – ela disse, pegando minha mão. – Só me conta a verdade nessas situações, só isso. Não vou terminar com você, porque eu sei quem você é, e conheço a Nessa também.
─ Obrigado por isso. – eu disse, a abraçando. – Eu te amo.
─ Eu também te amo. – ela respondeu. – Então, quantas merdas eu fiz bêbada?
─ Bom, começando que você me confundiu com um estranho e ameaçou chamar seu namorado se eu não te soltasse. – eu disse, a fazendo rir.
Bárbara se deitou na cama, e eu deitei também.
─ E quando eu cheguei perto de você, você tava cantando assim: "Três patinhos foram passear..." – eu cantalorei, ouvindo sua risada em seguida.
─ Nossa, que merda... – ela disse, ainda rindo.
─ E você parecia uma criança mau humorada bêbada, foi muito fofo. – eu disse, apertando suas bochechas.
─ Ainda bem que você me tirou de lá. – ela disse.
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💬 Comente 💬
Vazou Babi bêbada KKAKAKAKAKAK
Tresss patinhos foram passearrrrr KKKKKKKKKKKKKKKKK
Rachei mt nessa parte.
Mano, que ódio da Nessa...
Ela nn podia aquietar não?
Voltei rápido né gente? Chocada KKAKAKAKA
Enfirrrr, foi isso fadinhas <3
Desculpa pelo capítulo merda.
⨳⨳ 𝐘𝐎𝐔 𝐅𝐈𝐍𝐈𝐒𝐇𝐄𝐃 𝐓𝐇𝐈𝐒 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 ⨳⨳
↓ 𝐂𝐋𝐈𝐂𝐊 𝐇𝐄𝐑𝐄 𝐓𝐎 𝐆𝐎 𝐓𝐎 𝐀𝐍𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 ↓
𝐎𝐑
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🧚♀️ 𝐁𝐘𝐄 𝐁𝐘𝐄 𝐅𝐀𝐈𝐑𝐈𝐄𝐒 🧚♀️