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Act 2 - "Deixe as folhas velhas caírem"
Chapter 86
Um é amarelo claro, e o outro é amarelo escuro
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{ Algum dia das férias – À noite }
⨳ Bárbara Narrando ⨳
Me olhava no espelho e me perguntava se minha aparência estava devidamente adequada para o que faríamos hoje.
Na verdade, nem eu sabia o que faríamos hoje, já que Victor insistiu em fazer uma surpresa. A única coisa que ele disse foram data e horário que ele viria me buscar.
Eu sinceramente, estava com um certo medo. Não sei quais são as intenções dele para hoje, mas, sei que ele não faria nem uma loucura sem antes conversar comigo.
Uma coisa que sempre apreciei em nosso relacionamento, era essa abertura para diálogo. Se Victor quisesse falar sobre qualquer coisa, seja sobre sua vida ou sobre nós, comigo, ele poderia fazer isso. E eu a mesma coisa.
Eu havia passado um rímel, base de rosto e meu velho e bom gloss de morango.
É um detalhe que me esqueço completamente de passar, e nessas ocasiões especiais, eu me lembro de meus primeiros encontros e momentos com Victor. Por isso, é mais fácil eu me lembrar nesses dias.
Victor também me disse que eu poderia vestir algo confortável. Por isso, coloquei um crooped de alça preto, junto com uma calça de moletom cinza. Vestia uma blusa de zíper da Adidas por cima.
Eu me sentia eu mesma daquela maneira. Era bom poder ter essa abertura também, não precisar me preocupar com unhas, cabelo e outras coisas. Victor sempre me dizia que me achava linda de qualquer maneira, seja mais largada ou mais arrumada.
Depois do Ano Novo, o grupo todo foi embora da praia e retornamos à São Paulo. E nesses dias de férias? Eu estou ótima. Mas, andei notando que venho apresentando muito desânimo durante os dias. Cheguei à conclusão que deve ser tédio, por não estar na escola cheia de atividades o dia inteiro.
Me despertei de meus pensamentos com a buzina do carro de Victor ecoando do lado de fora da casa. Saí do banheiro, peguei minha mochila e saí de meu quarto.
Desci as escadas e fui até a cozinha, onde meus pais estavam.
─ Tchau mãe, tchau pai! – eu disse, enquanto colocava meus tênis.
─ Tchau filha! Aproveita. – minha mãe disse.
─ Juízo. – meu pai disse, me fazendo rir.
─ Sempre. – eu disse.
Saí de casa e fechei a porta.
Avistei o carro de Victor estacionado em frente à minha casa. Dei um sorriso, como forma de avisar que eu sabia que ele estava ali. Andei até a rua, abri a porta e entrei no carro. Coloquei minha mochila nos bancos de trás, enquanto Victor me olhava. Fechei a porta novamente e virei meu rosto para ele.
─ Oi anjinho. – ele disse, se aproximando.
─ Oi. – eu disse, pouco antes de sentir seus lábios macios entrando em contato com os meus, nos unindo em um selinho longo.
Após aquele beijo, Victor continuou próximo, mas encarando meus olhos. Conseguia ver dúvida em seu olhar, como se quisesse tentar adivinhar a minha reação.
─ Vamos? – ele perguntou.
─ Vamos. – eu respondi.
Victor sorriu, enquanto deu partida no carro. E assim, saímos de frente à minha casa, começando um longo trajeto, de 20 minutos, para fora da cidade. Cheguei a pensar nos livros de suspense que lia para minha irmã, tudo começava daquela maneira, uma moça, um rapaz, um carro, trajetos longos...
Isso me fez lembrar de sua risada, de como ela era esperta e muito inteligente. Lizzie era muito avançada para sua idade. Segundo a professora do Jardim de Infância, tinhamos de colocá-la em uma escola avançada. Eu sempre fui contra. Queria que minha irmã aproveitasse cada segundo de sua doce infância, porque, aquilo passa, e dói saber que nunca vai voltar.
Mas, comecei a pensar no quanto eu estava delirando. Victor era meu namorado, e não iria me sequestrar.
─ Você está quieta. – Victor disse, me despertando. – O que aconteceu?
─ Não aconteceu nada. – eu disse, rindo logo em seguida. – Sabe, eu estava lembrando dos livros de suspense que eu lia para Lizzie. Sempre começava desse jeito, uma mulher, um rapaz, os dois iam para fora da cidade, e o escândalo começava.
Victor não conseguiu segurar o riso, assim como eu.
─ Desculpa. Não estou rindo da sua irmã, mas sim da forma que você comparou um passeio romântico à um sequestro. – ele disse.
─ Sei lá. Às vezes faço ligações estranhas entre as coisas. – eu disse.
─ Ela gostava? – ele perguntou.
─ O que? – eu perguntei de volta, sem entender o que ele tinha falado.
─ Lizzie. Ela gostava dos livros? – ele pergunta.
─ Amava. Ela fazia teorias do que tinha acontecido, e no final, ela sempre acertava. – eu disse. – Lizzie era avançada para sua idade. A partir do 1º ano, a escola sugeria para mandarmos ela para uma escola superior e avançada, em que ela seria mais valorizada.
─ Caralho, a inteligência é de família. – ele disse com sinceridade, o que me fez rir.
─ Você também é inteligente. – eu disse, na intenção de confortá-lo.
─ Não mais que você. – ele disse com um sorriso, me dando um selinho logo em seguida.
Passamos os minutos seguintes em silêncio, apenas observando a cidade noturna, e de como estavamos tão distantes dela.
Confesso que, me apavorei por alguns segundos, mas, sei que Victor confia em mim e é uma boa pessoa. Calma Bárbara, é apenas um passeio.
A noite estava levemente iluminada, pelas luzes que a cidade emitia.
Sempre amei observar a noite. Adorava ver como o escuro podia esconder a maioria das imperfeições do mundo, e você apenas observar as estrelas e as luzes. Sempre me deu um efeito calmante.
Com apenas mais alguns minutos de estrada, chegamos.
Era uma casa de madeira, parecida com um chalé. Era distante da cidade, e meio solitária.
─ Chegamos. – Victor disse, retirando seu cinto.
Fiz o mesmo, ainda observando a propriedade.
Victor saiu do carro, deu meia volta e foi para meu lado, abrindo a porta para mim.
─ Obrigada. – eu disse, sorrindo, e recebendo o ato em troca.
─ Deixa que eu pego sua mochila. – ele disse, abrindo a porta de trás.
─ Não precisa, eu levo. – eu disse.
Victor pegou nossas mochilas e voltou de frente para mim.
─ Não. – ele disse, logo me dando um selinho.
Ele pegou as chaves e abriu a porta da casa.
─ Já te contei a história desse lugar? – ele perguntou, enquanto abria a porta.
─ Não. – respondi.
─ Pois bem, quando eu era bem pequeno, e quando eu tinha problemas, ou ficava triste, meu pai me levava para esse chalé. – ele disse, enquanto pegava a minha mão e entrava para dentro da casa.
Victor começou a andar pela casa escura, subindo as escadas e entrando em um quarto, mais especificamente, indo até a sacada.
Quando entramos na sacada, Victor deixou eu passar primeiro.
A vista era incrível. A noite era escura, e por estar longe da cidade, as estrelas eram totalmente visíveis e brilhantes. Era simplismente lindo.
Peguei meu celular e tirei uma foto do céu.
Guardei meu celular de volta no bolso.
Senti Victor colocando as mãos sobre meus ombros, fazendo um leve carinho ali.
─ Aqui é.... Lindo. – eu disse, quase sem palavras.
─ É, é sim. – eu disse. – Eu nunca trouxe ninguém aqui, sabia?
─ Eu sou a primeira? – pergunto, me virando para ele.
─ Sim. – ele disse com sinceridade.
Levei minha mão até seu rosto, fazendo carinho na região.
─ Obrigada por me trazer. – eu disse.
Victor sorriu.
Seu olhar era sincero, e logo, o que estava em meus olhos, agora se encontrava em minha boca, mas oscilava entre ambas as partes.
Sentia sua respiração batendo contra meu rosto. Ele se aproximava devagar.
Victor pegou minha cintura levemente em suas mãos, e coloquei as minhas em seu rosto.
Senti seus lábios nos meus. Um beijo e tanto.
Era lento, mas não lento demais. Tinha sentimento, mas não era meloso. Era um beijo sincero, em que ambas as partes estavam sedentas e precisavam disso, mas não pegava fogo.
Nossos rostos se movimentavam e mudavam de posição conforme o beijo avançava.
Era perfeito. Aquele garoto era perfeito.
Paramos por falta de ar. Mas, nossos rostos continuavam muitos próximos, ao ponto de darmos selinhos sem esforço.
Victor finalizou com um beijo em minha testa.
─ Você ainda não viu a melhor parte.... – ele sussurrou.
─ Então me mostre. – sussurrei de volta.
Ele sorriu, pegando minha mão e me conduzindo pelos cômodos.
A casa era bem rústica, tinha sofás de couro e outros móveis de madeira.
Victor foi até um cômodo mais distante, abrindo uma escadinha do teto. Ele subiu primeiro, me dando a mão para eu subir também. E assim foi feito.
A escadinha, de verdade, dava em um sótão. Tinham móveis cobertos, caixas empacotadas, poeira, alguns móveis soltos, entre outras coisas.
Havia uma pequena janela, mais alta que o piso. Victor a abriu com uma chave pequena, logo me chamando para ir com ele.
Ele passou pela janela, e eu também.
O resultado? Uma mini sacada no telhado da casa. A vista era a melhor. Era alto o suficiente para que apenas uma olhadinha para cima, já era o suficiente para ver várias estrelas.
Victor permaneceu sentado, e me chamou para ficar em seu colo. Ele me colocou entre suas pernas, passando seus braços por meu corpo e deixando beijos por todo o meu rosto.
Aquilo era a minha terapia.
Sentir seus beijos por meu rosto, suas mãos me acariciando, olhando as estrelas...
─ Era exatamente aqui que eu ficava com o meu pai. – ele disse.
─ Sente falta disso? – eu perguntei.
─ ... Bastante. – ele disse.
Acariciei seu rosto, em forma de demonstrar importância com ele.
─ Eu te amo. – eu disse, dando-lhe um selinho. – Não imagino o quanto deve ter sido difícil para você...
─ Foi, mas, já passou. – ele disse.
─ Sabe, não te culpo por cair em bebidas e festas quando era mais novo. Era errado? Era. Mas, você era jovem demais para aprender a lidar com isso sozinho... – eu disse.
─ Não foi certo. Mas sei que era uma forma de aliviar tudo. – ele disse.
─ Não se culpe. Pelo menos, já passou. – eu disse.
─ Graças a você. – ele disse.
─ Não. Graças a você mesmo. – eu disse. – Você que mudou, se transformou...
─ Mas com a sua ajuda. – ele disse.
─ Para de me dar crédito, eu fico com vergonha. – eu digo e ele ri.
─ Não precisa de vergonha anjinho. – ele disse, mexendo em meu cabelo. – É verdade.
Sorri como forma de agradecimento.
Ficamos conversando naquele lugar por pelo menos 2 horas. O tempo passava correndo. Nesses momentos, era que a vida mostrava-se ter sentido. Era incrível como eu me sentia bem, amada, confortada, quando estava com ele. Se não fosse por Victor, meu corpo ainda estaria boiando sobre aquele rio, que passa debaixo daquela ponte.
─ Você está tremendo, está com frio? – ele perguntou, horas depois de termos sentado ali.
─ Um pouco. – eu disse.
O lugar era realmente gelado, já que batia muito vento.
─ Vamos lá pra dentro. – ele disse.
E assim, saímos da pequena sacada.
Fizemos o mesmo caminho, atravessamos a janelinha, descemos a escadinha e voltamos para o quarto em que deixamos nossas mochilas.
─ Por que você não toma um banho bem quentinho, relaxante, enquanto eu preparo uma coisinha para você? – ele disse, enquanto me abraçava.
─ Que coisinha? – eu perguntei.
─ Você vai descobrir mais tarde. – ele disse.
Passei meus braços por seu pescoço, e Victor pegou minha cintura.
─ Eu tenho que ir mesmo? – eu perguntei, me aproximando de seu rosto e raspando nossos narizes.
─ Se você quiser... – ele disse.
Beijei o canto de sua boca, logo voltando para meu foco principal.
Comecei dando selinhos leves em seus lábios. Vários deles.
Não queria me afastar. Parecíamos imãs. Não conseguíamos nos desgrudar tão facilmente.
─ Eu te amo. – sussurrei em meio aos curtos beijos.
─ Eu também te amo. – ele sussurrou de volta.
Paramos com os beijos.
─ Vou para o banho. – eu disse.
─ Tá bom. Desce para a cozinha depois. – ele disse, piscando para mim, o que me arrancou uma gargalhada.
Peguei uma roupa e entrei para o banheiro.
Victor saiu do quarto e fechou a porta.
Entrei para o banheiro, acendi as luzes, tirei minha roupa e fui para o box.
Liguei o chuveiro em uma água morna. Decidi não lavar o cabelo, já que estava frio e estava de noite, o que faria meu cabelo dormir molhado.
Pensava enquanto a água caía sobre meu corpo.
Incertezas. Era o que resumia minha mente.
Último ano do colégio, a incerteza de entrar na faculdade, ir para fora do Brasil ou não, e a pior de todas as dúvidas: ir namorando ou não.
Não vou terminar com Victor, mas tenho medo de não termos tempo juntos o suficiente para irmos para a faculdade juntos.
É um risco. Muitas mudanças juntas e ainda um relacionamento. Tinhamos duas opções:
1 – Iríamos juntos para os EUA, e para todas as dificuldades, encontraríamos apoio um no outro.
2 – Pelo tempo enorme que já estavamos juntos, o desgaste – que já era grande – se torna ainda maior. E a partir daí, o relacionamento se torna um peso, e não uma leveza.
Ou ainda, uma terceira opção:
3 – Não durarmos nem até o fim desse ano.
Todas elas – sem exceção – me apavoravam.
Victor era como uma segunda família para mim. Era meu tudo. Era 99% dos meus pensamentos, desde a hora que eu acordo até quando vou dormir. E me apavora me imaginar em um novo país, instituição e vida sem ele.
A verdade, é que eu nem sei mais viver sem Victor.
Apavorante. Desespero em apenas imaginar: e se até o Natal, eu estiver solteira?
E o pior de tudo: não consigo colocar nada disso para fora. Não consigo desabafar.
Eliminando grande parte da tristeza, eu acabei me fechando. Sempre fui reservada, mas, com a depressão, isso aumentou.
Era insuportável viver com essas dúvidas. Isso estava me corroendo por dentro.
Era uma forma de detonar a minha mente.
Mas, sei que ainda é cedo para pensar nisso (ou nem tanto).
Me ensaboei, enxaguei e desliguei o chuveiro.
Peguei uma toalha e me enrolei. Me olhei no espelho. Podia ver a confusão quase saindo pelos meus olhos.
Isso doía. Saber que aquela Bárbara, decidida, com fogo nos olhos, havia sumido para sempre.
Mas eu queria acreditar que aquilo tudo não passava de uma mudança extrema de personalidade.
Coloquei uma roupa, refiz meu coque e saí do banheiro.
Estendi a toalha na sacada e saí do quarto.
Desci as escadas da casa até a cozinha.
Observei a decoração; era tudo tão, rústico, antigo...
Eu amei aquele lugar. Era aconchegante, uma vibe simplesmente perfeita.
Senti o cheiro de alho vindo da cozinha. Por um segundo, me preocupei sobre o estado que a cozinha ficaria caso Victor pisasse nela.
Entrei no cômodo. Ele cozinhava minha comida preferida. Sorri e andei até o mesmo, o abraçando.
─ Oi anjinho. – ele disse, me abraçando também. – Não sabia que já tinha voltado.
─ Voltei. Cozinhou minha comida preferida? – eu perguntei.
─ Uhum. – ele respondeu, mexendo a panela.
─ Obrigada. – eu disse, beijando sua bochecha.
─ Faria tudo por você anjinho. – ele disse, pegando minha mão e girando meu corpo, me fazendo dar uma volta e me beijando logo em seguida. Ri com seu ato.
{...}
─ Não precisava ter lavado a louça, eu lavava. – ele disse, dobrando a toalha da mesa.
─ Você já fez a comida, eu tinha que contribuir com algo. – eu disse, fazendo ele rir.
Ficamos quietos por alguns minutos.
─ Olha, eu sei que parece doideira, mas e se, a gente dormisse aqui? – ele perguntou.
Desliguei a torneira, olhando diretamente para seus olhos.
─ Está falando sério? – eu perguntei.
─ Olha, se você não quiser, eu te levo de volta, numa boa. Mas é que, eu estava planejando isso faz umas semanas, e... – ele ia dizer.
─ Ei. – eu disse. – É óbvio que eu quero dormir aqui. Fala sério, esse lugar é perfeito!
Victor sorriu, olhando para mim. Ele se aproximou, deixando um selinho em meus lábios.
─ Avisa seus pais? – ele pergunta.
─ Aviso. – eu disse, logo antes de Victor me dar outro selinho.
{...}
Depois do jantar, nós subimos, colocamos pijama, escovamos os dentes e decidimos ver alguma coisa antes de dormir.
Não tinha TV normal, era apenas de DVD.
─ Eu consigo ligar os cabos, fica tranquila. – ele disse, me fazendo rir.
─ Eu duvido. – eu disse, cruzando os braços.
─ Está duvidando das minhas capacidades Passos? – ele disse, colocando a mão no peito, fingindo estar ofendido.
─ Sim. – eu disse rindo.
─ Pois você vai ver que eu consigo. – ele disse, se sentando no carpete.
Victor começou a tentar ligar todos os fios, e eu apenas ria.
Tinha um aparelho de DVD, a TV – mais velha que nós dois juntos – e as tomadas.
Victor tentava ligar a TV com o DVD.
─ POR QUE QUE ESSA MERDA NÃO ENCAIXA? – ele gritou, frustrado, tentando encaixar o fio. Eu ri. – O FIO É AMARELO E EU TO ENCAIXANDO NO AMARELO, QUAL QUE É A DIFICULDADE????????
─ Mas esse é amarelo claro, e o fio é amarelo escuro. – eu disse, ainda rindo.
─ DA NA MESMA. – ele disse, ainda irritado. Continuei a rir.
Depois de uns 20 minutos tentando encaixar todos os fios, consegui. Mas, estava errado.
Pequenos estalos de queimado começaram a ecoar pela sala.
─ Victor, o que é isso? – eu perguntei.
O barulho aumentou, em uma mini explosão.
Pelo susto, Victor acabou caindo em cima de mim.
Nossos olhares se encontraram, e não queriam mais se desgrudar.
─ Acho que eu acabei de foder uma coisa que já era fodida. – ele disse, ainda surpreso. Eu ri.
─ Eu sinto muito. – eu disse, arrumando seu cabelo.
Victor uniu nossos lábios em um selinho longo.
Nos sentamos no carpete de novo, e analisamos a situação.
Apenas o fio explodiu, o que era facilmente substituível.
─ Bom, melhor a gente ir para o quarto. – Victor disse, fazendo eu rir.
─ Tudo bem. – concordei, o acompanhando até a escada.
Fomos até nosso quarto, deitamos na cama e ficamos conversando.
─ Não, não foi culpa minha o fio ter explodido. Foi culpa sua, porque você ficava rindo e me desconcentrando. – ele disse, me fazendo rir.
─ Mas não fui eu que encaixei tudo errado. – eu disse, nos fazendo rir.
─ Olha aqui querida, você nem venha ofender as minhas habilidades, porque você nem se esforçou para ligar o DVD, e apenas atrapalhou. – ele disse com uma voz fina, nos fazendo rir.
─ Seu besta. – eu disse, nos fazendo rir.
Rimos até nossas barrigas começarem a doer.
─ Eu te amo amor, mesmo você queimando tudo. – eu disse, lhe dando um selinho.
─ Também te amo, folgada. – ele disse e eu ri.
─ Boa noite. – eu disse.
─ Boa noite. – ele disse.
Mesmo estando escuro, podia sentir seu olhar em meus olhos, e depois, em minha boca.
Victor – não querendo perder tempo – uniu nossos lábios em um beijo lento.
Era perfeito, mas não escondia o que estava por vim.
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Uia que eu fui rápida pra escrever esse cap KKKKK.
Olha, se der tudo certo e eu conseguir me organizar, vou conseguir ficar nesse ritmo de postagem, se intervalos muito grandes entre os capítulos...
Mas, tbm nn prometo nada, pq, minha rotina é bem instável.
Mas enfim....
Victor queimando tudo me resume 🤡
Cs acho que ia ter hot né, fala sério 👀🔥
Olha, mttttttttt gente tá me pedindo hot nos comentários, mas assim, vou explicar brevemente o porquê que eu não faço hot:
1 - Se vc é novo aqui, nunca fiz nenhum hot em nenhuma das minhas 3 histórias.
2 - Por que eu não faço hot? Bom, primeiramente: idade. Acho que sou um pouco nova demais para tentar escrever isso. Vejo mts escritorxs mais velhos aq no Wattpad conseguindo fazer hots sem problemas, mas, não é um nicho que eu consiga escrever totalmente confortável.
3 - O hot não é o foco das minhas histórias. Para mim, essa escrita é uma coisa mega íntima entre os personagens, e eu não consigo nem imaginar como criar um clima, fazer um hot de qualidade sem me perder totalmente kkkkkkk. Gosto de destacar os principais assuntos que eu abordo na história, por exemplo, nessa fanfic, Depressão, problemas familiares, ansiedade, e como o amor pode curar algumas coisas.
4 - O hot não se encaixa no meu padrão de escrita. Sou daquelas bem boiolas msm, que faz uns bons e velhos clichês. Por isso, não sou apimentada o suficiente para escrever hot.
Bom fadinhas, é isso...
Olha, já tenho metade do cap 87 planejado e já tenho uma ideia do que escrever no 87 e no 88, por isso, pode ser que essas semanas eu esteja mais presente aqui.
MUUUUIIITTTTTTTTTTTTTTTTTTTOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO OBGGGGGGGGGGGGGGGG PELOS 100K
Juro, eu amo vcs 🤍
Até o próximo capítulo minhas fadinhas 🧚♀️
⨳⨳ 𝐘𝐎𝐔 𝐅𝐈𝐍𝐈𝐒𝐇𝐄𝐃 𝐓𝐇𝐈𝐒 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 ⨳⨳
↓ 𝐂𝐋𝐈𝐂𝐊 𝐇𝐄𝐑𝐄 𝐓𝐎 𝐆𝐎 𝐓𝐎 𝐀𝐍𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 ↓
𝐎𝐑
🦋 𝐖𝐀𝐈𝐓 𝐓𝐎 𝐌𝐘 𝐂𝐑𝐄𝐀𝐓𝐈𝐕𝐈𝐓𝐘 𝐆𝐋𝐎𝐖 🦋
🧚♀️ 𝐁𝐘𝐄 𝐁𝐘𝐄 𝐅𝐀𝐈𝐑𝐈𝐄𝐒 🧚♀️