Give Me To You

By HopeLover__

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[CONCLUÍDA] Um trágico acidente de barco, matou a família de Min Yoongi, quando ele ainda era uma criança, el... More

01. O Pervertido
02. Um Crime Na Escola
03. Sem Saída
04. Fiquem Em Casa
05. Redobrem Os Cuidados
06. Tudo Como Antes
07. Conflitos
08. Um Estranho
09. Sozinhos
10. Crises
11. E Agora?
12. Medo
13. Arriscando Tudo
14. Adaptação
15. Problema Atrás de Problema
16. Aquele Dia
17. Mente Confusa
18. Algo Deve Ser Feito
19. Festa
20. Mas Que Bagunça
21. Sobre O Passado
22. Problema Resolvido?
23. Apaixonadinhos
24. Decisões
25. Sobre O Futuro
26. Nossas Escolhas
27. O Reencontro
28. Turbulências
29. O Corpo Na Mala
30. Risadas e Álcool
31. Decepções
32. Traumas
33. Park Chanyeol
34. Suspeito
35. Resolvendo Problemas
36. A Identidade da Mulher da Mala
37. Sem Ideias
38. Assalto
39. Controvérsias
40. O Sequestro
41. Um Resgate?
42. Jimin e Jungkook
43. Algumas Descobertas
44. O Verdadeiro Assassino
45. Esclarecimentos?
46. Hoseok e Yoongi
47. PJM A Verdade
49. É Preciso Abrir A Mente
50. Passos
51. Pausa
52. Susto
53. O Adeus
54. O Fim de Um Ciclo
55. Acertos
56. Ilhas Maldivas

48. Um Pedido

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By HopeLover__

Seok Jin estava desenquieto no seu dormitório, não sentia vontade de sair, mesmo que tivesse prometido a seu irmão que tentaria se enturmar, não queria.

Tudo que o Min mais velho queria, era poder deixar logo aquele lugar, nenhum momento ali tinha sido bom, queria estar em casa, trabalhando, queria ver Namjoon, mas o Kim não tinha ido o visitar há alguns dias.

Andava de um lado para o outro, tentando encontrar uma distração para sua cabeça, até que ouviu três batidas em sua porta. O que era estranho, pois o horário de visitas já havia acabado.

Ansioso e impaciente, praticamente correu até a porta e a abriu, vendo do outro lado a cara de surpresa de Namjoon.

─ Namjoon! ─ Disse eufórico, antes de se jogar nos braços do outro, que não tardou em retribuir o gesto.

─ Ei! ─ O Kim abriu um sorrisinho. ─ Sentiu minha falta?

─ Cada segundo... Você não pode me deixar aqui sozinho! ─ Jin fez um bico, ainda sem desapertar o abraço no outro.

Namjoon franziu o cenho, sem deixar de sorrir.

Conseguia notar uma aura diferente em Jin, era o mesmo homem, sem sombra de dúvidas. Mas algo estava mudado, Jin parecia mais doce, mais leve, talvez, melancólico.

Um tempo depois, Namjoon deu um leve empurrão em Jin, abrindo uma distância curta entre os dois, segurou seu pulso e o puxou para dentro do quarto, até a cama, onde se sentaram de frente ao outro e Jin abriu um belo sorriso.

─ Está tudo bem com você? ─ Namjoon perguntou, ainda confuso com a reação de seu amigo.

Seok Jin por sua vez, assentiu.

─ Estou bem. Acho que estou ficando louco aqui, mas estou bem. ─ Brincou.

Kim soltou uma gargalhada baixa e olhou para baixo.

─ Como está seu tratamento?

─ Acho que bem. Luhan disse que estou avançando, pouco, mas já é alguma coisa. Ele disse que eu tinha que aceitar que estava mal e aceitar que o tratamento era o melhor para mim, eu... aceitei, sei que não estou mesmo bem. ─ Deu de ombros. ─ Mas... Nam, você acha que se eu responder bem ao tratamento, eles vão me deixar ir para casa? Daí eu continuaria o tratamento, mas poderia ficar em casa. ─ Os olhos do promotor brilhavam, como dois faróis.

Namjoon coçou a nuca e pigarreou.

Não tinha uma resposta certa para aquela pergunta, mas igual ao Min, queria que isso fosse possível. Talvez ir para o ambiente familiar fosse bom para o paciente, já havia ficado um tempo por ali, então, talvez fosse bom ir para outro ambiente. Mas tudo não passa de suposições na cabeça do policial, pois não tinha certeza se o amigo estaria apto a voltar para casa e sua rotina.

─ Espero que logo seja possível, Jin.

─ Queria voltar ao trabalho, tenho tanta coisa para fazer e estou aqui, de mãos atadas. ─ Fez um biquinho. ─ Soube que o Kim Doyun foi acusado do assassinato dos meus pais... Eu... me deixaram ler o jornal. Você acha que foi ele mesmo?

Namjoon assentiu.

─ Tudo aponta para ele. G-dragon tinha provas e acusações muito graves.

─ Vocês prenderam G-dragon?

─ Essa é uma história muito longa e confusa. ─ Suspirou. ─ Em um resumo bem resumido, o mafioso entregou provas e fez acusações e em seguida saiu da delegacia, livre e solto.

Seok Jin semicerrou seus olhos e fitou o rosto de Namjoon com atenção.

─ Resumido demais! Quero detalhes! Me conte agora! ─ Ordenou.

Namjoon sorriu, balançando a cabeça em negação.

Mas contou a Jin a história completa, o promotor ficou boquiaberto, os dois passaram algumas horas juntos, conversando sobre diversas coisas, Namjoon atualizava Jin dos acontecimentos de fora, aqueles que o promotor poderia saber sem afetar sua sanidade.

Seok Jin não entendia porque nenhum enfermeiro tinha batido à porta para avisar que estavam estourando o horário de visitas. Não que o promotor estivesse reclamando, só estava estranhando, a alteração de horários.

─ Valeu à pena colocar policiais aqui dentro. ─ Namjoon disse, olhando nos olhos escuros de Jin.

─ Por quê? ─ perguntou.

O Kim sorriu e se aproximou do outro, falando baixo, perto de seu ouvido.

─ Porque eles encobrem minha visita, ainda estou aqui, porque eles não deixaram nenhum enfermeiro notar a minha presença.

Jin sorriu largo ao ouvir a declaração do outro. Namjoon sempre seguia as regras, ver o mais alto sair da linha, era algo novo para o promotor e não podia negar o quanto estava agradecido pelo outro estar ali, mesmo contra as regras, estava feliz por saber que não estava só, por saber que existia alguém capaz de quebrar regras para estar a seu lado, se sentia bem com aquilo.

Passaram horas conversando, Jin acabou pegando no sono um tempo depois, com Namjoon fazendo cafuné em seus cabelos negros.

Namjoon imaginava que o outro precisava daquilo, estava sozinho, em um ambiente cheio de pessoas desconhecidas e problemáticas, imaginava o quanto Jin precisava de atenção, precisava mais que uma hora na companhia das pessoas que ama, era por isso que estava ali, quebrando normas, só para dar o apoio necessário ao homem que ainda amava.

Julgue como idiotice, se é o que quer, mas não dá para simplesmente deixar de gostar de alguém, só porque esse alguém é completamente idiota.

Quando se está apaixonado, o sintoma mais comum é ter os olhos fechados, você simplesmente não consegue ver que o defeito daquela pessoa é tão terrível, não é como se fosse possível deixar de amar alguém, só pelo fato dessa pessoa não ser perfeita.

Ao deixar o dormitório de Seok Jin, Namjoon acabou por dar de cara com o psiquiatra que sacudiu a cabeça em negação, mas logo abriu um sorrisinho.

─ Foi pra isso que você encheu minha clínica de policiais, senhor Kim? ─ Sorriu.

─ Você sabe que não! ─ Se defendeu. ─Mas serviu bem para isso também! ─ Sorriu, fazendo com que suas covinhas aparecessem.

O psiquiatra sorriu e chamou o chefe da polícia até sua sala, para conversarem mais a vontade.

Namjoon sentia-se mais animado, pois Luhan lhe contou que com os avanços com Seok Jin, em no mínimo três meses, ele poderia ir para casa, desde que não houvesse complicações.

─ Por isso é importante que você venha,  que o irmão venha, ele precisa se sentir próximo das pessoas que mais ama. ─ Luhan contou. ─ Ele sempre fala sobre vocês, que são as pessoas mais próximas, então não deixem de vir, isso ajuda muito.

─ É claro! Sempre estaremos aqui.

─ Você até depois do horário de visitas né? ─ Luhan sorriu.

Namjoon assentiu, sorrindo.

─ Tudo bem, eu vou permitir. Não conte a ninguém, eu tenho coração mole, muitas vezes deixo os horários de visitas se estenderem, sou uma manteiga derretida. ─ Sacudiu a cabeça em negação.

─ Obrigado, Luhan.

─ Eu acho que manter contato com as pessoas de convivência, ajuda muito os pacientes, eu não me oponho a isso, mas infelizmente a clínica tem regras, se dependesse de mim, seria uma bagunça isso aqui. ─ Sorriu envergonhado. ─ Mas Kyungsoo é bem rígido e como sócios, ele acabou cuidando da administração, vendo que eu sou fraco pra essas coisas.

Luhan se comovia facilmente com esses casos, pois sua mãe era depressiva e em um surto, tirou a própria vida.

O psiquiatra, na perda da mãe, decidiu que seria médico, para cuidar de pessoas que passavam por aquilo e ajudá-las, para que algo como aquilo, não voltasse a acontecer.

Mas era claro agora, que seu sonho de criança estava longe de se tornar real.

É impossível conseguir curar todas as pessoas do mundo.

Jungkook retornava do apartamento de Jimin, com uma sacolinha de supermercado e o gatinho nos braços.

Se sentou no chão da varanda do apartamento de Namjoon e soltou o felino, colocando em um cantinho confortável, a caminha do animal.

Observou o pequeno explorar o novo local e brincar com os objetos que achava pelo caminho. Sorriu e logo se entristeceu.

Tudo que Jimin disse, foi que seus pais não o deixaria voltar para casa, para que não ficasse sozinho, o mais alto se ofereceu para ir até a casa de seus pais, mas Park disse que seu pai não queria que Jungkook se aproximasse.

Pediu então que cuidasse de seu gato até que ele pudesse voltar para casa.

Chanyeol convidou Jeon para jantar e contou que seu pai não confiava em Jungkook, por ter escondido aquele assunto, mas principalmente, pelo que o pai do outro havia feito. Claro que Jimin não fazia ideia disso.

Chanyeol também contou que Jimin ia duas vezes por semana no psiquiatra, que era amigo de Chanyeol e por sorte, era Luhan, o médico que trata Seok Jin.

Jungkook não sentia mágoa dos pais de Park, entendia o que eles queriam com aquilo, seria difícil aceitar que o filho do cara que sequestrou seu filho, esteja saindo com ele.

Mas sentia saudade, já havia se acostumado a cuidar do outro, mesmo quando seus dias não eram tão bons, mesmo que tivesse que ir consolar Park, só estar ao lado do mais baixo, fazia bem a Jeon, fazia suas baterias se recarregarem. E agora, já fazia uma semana que não via seu pequeno, sentia saudade, sentia muita vontade de o ver.

Siwon analisava as provas contra Kim Doyun e as declarações, apesar de negar, tudo apontava para que o Kim fosse o verdadeiro responsável por aquele acidente e pelos outros.

Frustrado, passou para o outro caso: O pedido de prisão domiciliar para Jung Hoon. Suspirou.

─ Só casos difíceis. ─ Pensou consigo mesmo, mas assinou o documento, Jung precisava estar seguro de qualquer forma, não iria arriscar a vida das pessoas.

Enviaria o documento ao presídio e abriu uma nova pasta, notando que era do advogado de Jeon Yunjung.

─ Esse aqui pode esperar mais. ─ Fechou a pasta e abriu um sorrisinho, pegando outro documento e ignorando o pedido de abiascorpus do advogado de Jeon.

Dois meses se passaram...

Yoongi estava em sua antiga casa, com Jungkook e uma faxineira. Estavam realizando os serviços domésticos, há alguns tempos paralisados.

Depois de algumas discussões entre Kyungsoo e Luhan, ambos chegaram a conclusão que Jin estava pronto para ir para casa e retomar suas atividades, mas não estava livre do tratamento, mas pelo menos, já não precisava mais estar internado.

Namjoon estava se preparando para buscá-lo e os rapazes preparavam a casa e iriam preparar um pequeno almoço.

Hoseok e Jimin não estariam presentes.

Hoseok não queria ser falso, estava contente por Jin não precisar mais da clínica, mas ainda tinha uma certa mágoa do promotor, então não iria ser falso e estar naquele ambiente sorrindo, como se nada tivesse acontecido.

Jimin não iria, pois seu pai não deixou. Apesar dos apelos de Chanyeol, o Park mais velho não permitia que Jimin tivesse contato com Jungkook.

O homem mais velho, notava que seu filho estava triste o tempo inteiro, mas não ligava, afinal, Jimin já era triste há muito tempo, tinha que superar. Era assim que ele pensava.

Mas Jimin não estava nem um pouco a fim de superar e mesmo com a terapia, não conseguia tirar Jeon de sua cabeça, ainda mais pelo fato, de Luhan dizer que Jungkook não fazia nem um mal ao outro, isso só fazia com que Jimin sentisse uma enorme vontade de ver seu amado outra vez.

Talvez seu pai era quem estava precisando de terapia.

Jeon e Min, finalizaram a faxina e também o almoço, colocaram a mesa e enfim aguardavam a chegada de Namjoon e Jin.

Namjoon estava na recepção da clínica, estava nervoso e feliz.

Andava de um lado pro outro, ansioso por ver Jin chegar até si e poder ir embora de uma vez por todas daquele lugar.

Não demorou até um Seok Jin, muito sorridente se aproximar e o abraçar com muita intensidade.

─ Não acredito que finalmente vou poder ir embora. ─ Disse com a voz embargada, afinal, estava emocionado.

─ Eu também não! ─ Namjoon disse, o apertando em seus braços. ─ Mas isso está mesmo acontecendo. Vamos. ─ Afastou seus corpos e seguiram lado a lado, até a porta de saída do local.

Namjoon colocou Jin a par de todos os acontecimentos dos últimos meses, contando que ainda faltava uma prova chave para incriminar Kim Doyun, mas a polícia estava trabalhando arduamente e estavam muito confiantes de que desvendariam aquele caso.

Seok Jin ficou muito feliz, ao chegar em casa e ver que os mais novos haviam preparado um almoço.

Abraçou forte, Yoongi, os irmãos ficaram por alguns segundos naquele abraço apertado e cheio de saudades, ao se soltar, Jin olhou na direção de Jungkook, que se agarrou ao braço de Namjoon e desviou o olhar.

O promotor sabia, que por mais que pedisse desculpas ao mais novo, não apagaria as lembranças ruins que o mesmo tinha de si.

Almoçaram juntos e se sentaram no sofá da sala, conversando sobre vários assuntos, Jin sorria como nunca, estava mesmo feliz e era visível.

Jungkook notou a mensagem de Hoseok em seu celular:

■ Jimin está no consultório do Dr Luhan, hoje. A consulta dele vai acabar por volta das 14h15. Se quiser mesmo o ver, sugiro que esteja lá. Se o pai dele te matar depois, paciência. - JH

Jungkook se levantou, chamando a atenção de Namjoon.

─ Preciso ir. ─ Disse, indo em direção a porta.

─ Onde vai com tanta pressa? ─ Perguntou, Namjoon.

─ Preciso ver o Jimin. Nem que seja a última vez... ─ Os olhos de jabuticaba de Jungkook brilhavam, com lágrimas ameaçando cair.

Namjoon, então entregou as chaves do carro para o mais novo:

─ Vai com cuidado. Tudo vai dar certo. ─ O animou.

Jungkook assentiu e saiu da casa.

Namjoon se preocupava, pois Jungkook parecia nervoso para dirigir, mas se fosse esperar um carro de aplicativo, não chegaria a tempo, tudo que podia fazer agora, era confiar.

Precisava ajeitar as coisas com Jimin, já havia sido demitido e até então, não conseguiu um novo trabalho.

Jungkook havia faltado alguns dias, chegava irritado, se cliente fosse grosseiro consigo ele era ainda mais grosseiro, estava sempre de mau humor e discutia com seu superior. Então seu chefe acabou o demitindo.

Mas por gostar do garoto mais novo, não colocou justa causa, colocou com um acordo entre ambas as partes.

Jimin era o último paciente de Luhan naquele dia, pois o psiquiatra tiraria a tarde para um curso.

Acompanhou seu jovem paciente até a recepção, encontrando o Park mais velho o aguardando.

─ Boa tarde, doutor. Já podemos ir? ─ O pai de Jimin perguntou.

─ Sim! ─ Luhan sorriu.

Mas acabaram conversando por alguns minutos, Jimin ficou completamente alheio à conversa dos dois.

Jungkook estacionou, vendo que eram 14h23, não acreditava que Jimin ainda estaria ali, mas rezou para que a consulta de hoje tivesse sido mais demorada.

Entrou na recepção do consultório e logo seu coração disparou, suas pernas ficaram fracas e o mundo a seu redor não parecia mais existir.

Bem ali, parado diante de dois homens, estava Jimin, agora com cabelos castanhos, mas ainda lindo como sempre. Por mais que Jeon quisesse avançar, não conseguia dar um passo.

Jimin olhou na direção da entrada e seu coração também acelerou como há muito tempo não acontecia.

─ Jungkook? ─ Disse, sem acreditar que a imagem a poucos metros de si, era real.

O pai de Jimin se voltou a Jungkook e levou sua mão ao braço de Jimin que deu um passo na direção onde Jeon estava, mas Luhan segurou seu pulso.

─ Eles precisam conversar, senhor Park.

─ Não. Esse garoto... ele... eles não podem se ver. ─ Insistiu.

Luhan sorriu compreensivo.

─ Jimin fala de Jungkook o tempo inteiro, ele sente falta dele, está apaixonado, senhor Park. Acredito que seu filho precise se entender com esse rapaz, não o culpe pelo passado, muito menos pelas falhas de seu pai. Jimin diz que Jungkook sempre o ajudou como pôde, sempre o consolou e lamentava todos os dias, ao o ver sofrendo daquele jeito. ─ Luhan dizia, olhando fundo nos olhos do mais velho. ─ Não os castigue. Ambos já sofreram muito nessa história.

Park soltou devagar o braço do filho que avançou rapidamente até Jungkook, se jogando em seus braços.

Jimin chorava baixinho, com seu rosto enterrado no peito de Jungkook, sentindo suas mãos afagarem suas costas.

Jungkook também chorava, pois foram longos meses, sem ao menos poder ouvir a voz de Jimin ou saber como estava. Tudo que soube, era o que Hoseok lhe contava.

Jimin tocou as bochechas do mais alto e uniu suas testas, ainda mantendo seus olhinhos fechados.

─ Você está aqui... ─ Disse contendo seu choro. ─ Está tudo bem? ─ Jimin perguntou.

Jungkook assentiu e sorriu fraco, abrindo seus olhos e olhando a face do mais baixo.

─ Só precisava ver você. Sentimos saudade.

─ Sentiram? ─ Perguntou confuso.

─ Hurum... Chimmy também, ele choramingou por várias noites... ─ Jungkook se referia ao gato.

Jimin suspirou. Também sentia falta de seu pet.

─ Queria voltar pra casa. ─ Confessou com a voz embargada.

─ Ainda não pode voltar. ─ A voz do Park mais velho, se fez presente.

O homem pegou o pulso do filho e o puxou, de um jeito até bruto.

Luhan suspirou, vendo que tudo que conversou com o mais velho não serviu de nada.

Jimin puxou seu braço e os envolveu na cintura de Jungkook, em sinal de protesto contra o desejo de seu pai de o levar outra vez.

─ Não quero ir. ─ Disse, olhando seu pai.

O mais velho suspirou.

─ Jimin, você precisa se afastar um pouco. Precisa se encontrar, estou fazendo tudo isso para o seu bem. ─ Park dizia, de forma calma.

─ Eu sei. Mas agora eu quero voltar pra casa, quero cuidar do meu pet, quero ficar perto do... ─ Fez uma pausa, olhando os olhos negros de Jungkook e em seguida encarando novamente o rosto de seu pai. ─ Quero ficar perto do homem que eu amo.

A confissão deixou ambos surpresos.

Park pensou em relutar e insistir que Jimin precisava ir para casa, mas notou a firmeza que o filho pronunciou aquelas palavras, suspirou e apertou seus olhos, negando com a cabeça, percebendo que naquele momento, nada que dissesse o faria mudar de ideia.

Olhou para Jungkook, que desviou o olhar, se atentando apenas ao rosto avermelhado de Jimin.

─ Tudo bem, filho. Se quer ficar em casa outra vez, se acha que ficará bem, eu concordo. Vamos buscar suas coisas e eu te deixo no seu apartamento. ─ Disse o mais velho.

─ Não está mentindo não é? ─ Jimin questionou com os olhos marejados.

─ Você é maior de idade, Jimin, você toma suas próprias decisões, não vou me opor a suas escolhas. ─ Voltou a encarar Jungkook. ─ Mas só porque não me oponho a suas escolhas, não significa que eu estou contente com elas.

O Park mais novo, voltou a desapertar seu abraço na cintura de Jeon, o olhando e sorrindo fraco.

Acabou por acompanhar seu pai, acreditando na promessa de que só iriam buscar suas coisas, para que ele pudesse voltar para seu apartamento.

O pai de Jimin em nenhum momento se mostrou contente com o reencontro dos rapazes, mas não foi grosseiro com Jungkook, apenas indiferente.

Hoseok, Yoongi e Yugyeom continuavam perdidos no caso. Tinham pedido que Yugyeom abandonasse aquela investigação, pois provavelmente fosse difícil para ele, trabalhar em algo que seu pai estava sendo acusado, mas o jovem policial, não quis abandonar, queria ir até o final.

Até agora, Hoseok conseguiu confirmar o caso de Kim com a Min, havia encontrado fotografias muito antigas, nos computadores e HD's de Doyun, fotos do casal.

É um caso complexo também para Yoongi, pois envolve seus pais e é pesado para o Min caçula.

Mas nenhum dos dois queria abrir mão daquela investigação.

Ao cair da noite, juntaram seus arquivos e os guardaram em um armário a tranca.

Yugyeom se despediu dos amigos na porta da delegacia e de longe viram Jinyoung se aproximar, o Kim sorriu fraco e esperou.

─ Boa noite, meninos. ─ Jinyoung disse.

─ Boa noite. ─ Responderam.

─ Quer sair para jantar, Yugyeom? ─ Jinyoung perguntou e em seguida, olhou para os outros, meio envergonhado. ─ Vocês também querem ir?

Yoongi fez que não.

─ Temos outros planos para hoje, obrigado pelo convite. ─ Sorriu sem mostrar dentes. ─ Divirtam-se.

Os outros assentiram e saíram da vista dos Sope.

Hoseok abaixou a cabeça, tentando esconder sua pequena euforia. Começou a caminhar devagar, Yoongi foi atrás do mesmo, o alcançando e caminhando a seu lado.

─ Com quem você tem planos essa noite? ─ Hoseok perguntou. ─ Com a Jisoo?

Yoongi sorriu de lado.

─ Bem... Eu estava pensando em te levar pra jantar em um restaurante chinês que abriu lá perto de casa, mas... Se você já estiver ocupado, paciência né? ─ Deu de ombros.

─ Você já foi lá alguma vez? ─ Hoseok perguntou, olhando as estrelas no céu, enquanto caminhavam pela calçada.

─ Hoseok, não tem nem uma semana direito que o restaurante abriu. ─ Sorriu.

Jung assentiu e sorriu, sempre olhando em outra direção.

─ Podemos ir. Não tenho nenhum compromisso para hoje.

Yoongi não se esforçou em conter sua animação. Estava muito eufórico por Hoseok ter aceito seu convite.

Seguiram ainda a pé até o local, pois era o que Hoseok queria, caminhar um pouco.

O caminho fora tranquilo e prazeroso, ambos conversavam animadamente, fugindo dos assuntos da polícia.

Ao chegar ao restaurante, escolheram um prato tradicional chinês.

Fora um momento agradável para os dois.

Yoongi coçou a garganta, mudando a direção de seu olhar por várias vezes, Hoseok se focou nele e sorriu, sem entender o motivo daquela reação, pois estavam muito confortáveis e de repente, Yoongi se tornara um pequeno caos.

─ Qual o problema? ─ Hoseok sorriu ao perguntar.

─ Eu... ─ Yoongi respirou fundo. ─ Quero falar uma coisa, mas ainda estou um pouco inseguro.

Hoseok por sua vez, deu de ombros.

─ Fale quando se sentir pronto.

─ Hobi. ─ Hoseok o olhou. ─ Quando te conheci, confesso que senti um pouco de raiva por você ficar me acusando de algo que não fiz. ─ Hobi sorriu e coçou a nuca. ─ Mas, um tempo depois, fiquei maravilhado com como você era independente e cheio de si. Eu achava aquilo incrível! Ainda acho. Depois que nos aproximamos, comecei a me sentir estranho, tinha sentimentos que eu não conseguia entender, depois a gente teve nossos momentos e foi maravilhoso. Aí você partiu... ─ Desfez um pouco do sorriso bobo que estava em seus lábios. ─ Ficar sem você, foi doloroso, então voltei a viver minha vida como sempre, sendo o grande idiota que sou e sempre fui. Quando você voltou, todos aqueles sentimentos confusos que eu não entendia, voltaram com tudo e eu não podia falar sobre isso, pois não mereço que você sinta algo por mim, sei que não mereço. Mas você simplesmente diz que sente e me deixa tão... Eu não sei.

─ Yoon, não precisa ser tão duro com você...

─ Não... Eu não mereço coisas boas, sempre fiz coisas ruins, sempre fui babaca com as pessoas que estavam ao meu lado, as pessoas que me amavam e as que eu também amava. Não sei qual o meu problema, mas eu sou um idiota com todos e estou ciente disso, Hobi. Mas... mesmo sendo assim, mesmo tendo absoluta certeza de que não mereço coisas boas, ainda assim, eu queria apenas uma coisa boa. Você. ─ Jung fez um "o" em seus lábios. ─ Queria que você me amasse, que pudesse dormir ao meu lado todas as noites, eu sinto tanta vontade de ser um cara melhor, por você. Eu queria ser um cara legal para merecer seu amor, eu sei que não sou... Ainda assim, Jung Hoseok, você conhece meus defeitos, que não são poucos, me conhece bem, nunca escondi meu verdadeiro eu de você, nem de ninguém. Mesmo sabendo como eu sou, você me daria a honra de ser meu namorado? ─ perguntou olhando fundo nos olhos de Hoseok.

─ Namorado? ─ Perguntou, ainda sem poder acreditar no que acabara de ouvir.

─ Sim... ─ Assentiu. ─ Estou me esforçando para ser alguém melhor, sei que nunca serei totalmente bom, mas vou tentar todos os dias, merecer seus carinhos, seu amor, você... isso se você tiver coragem de me dar uma chance. Mesmo que não aceite, ainda vou me esforçar todos os dias para ser um homem melhor, preciso muito ser melhor, eu sei disso.

Hoseok ficou em silêncio por alguns minutos, puxando ar para seus pulmões e soltando, tentando aliviar o nervosismo que se instalou dentro de si.

Não sabia o que responder, não tinha ideia de como deveria reagir aquela declaração e ao pedido.

Sabia em seu íntimo que amava aquele homem que estava em sua frente, mas sabia como era uma pessoa complicada.

Depois de pensar por algum tempo, fechou os olhos com força e suspirou alto.

─ Não tenho certeza do que lhe dizer, Yoon. ─ O mais baixo assentiu. ─ Eu gosto muito de você, mas não sei... Eu... posso pensar?

─ Claro. O tempo que quiser. ─ Disse, sorrindo fraco.

─ Enquanto eu penso, a gente ainda pode sair e se divertir juntos, não precisamos agir como estranhos tá? Afinal, ainda somos amigos e eu quero que esteja ao meu lado. ─ Hoseok disse, encarando os olhos de Yoongi. ─ Também podemos nos beijar e trocar carinhos... Não tenho nada contra isso. ─ Sorriu de lado.

Yoongi arregalou um pouco os olhinhos não esperava ouvir aquelas palavras, imaginou que Hoseok iria querer uma certa distância para pensar, mas se enganou, pois Hoseok amava Yoongi, não queria se afastar, queria ter seus carinhos, mas não tinha certeza se namorar era uma boa ideia, visto como Yoongi era, imaginava que um namoro poderia ser demais e ainda poderia fazer com que acabasse por odiar o mais baixo.

Saíram do restaurante, caminhando pelas ruas, lado a lado.

Yoongi estava um pouco tímido ao lado do mais alto, depois da conversa que tiveram no restaurante.

Hoseok olhou para a placa que piscava de um hotel, sorriu de canto e parou na frente de Yoongi, que estranhou o ato do outro.

─ Quer matar a saudade do passado?

Notas: Eita! O que será que Hobi está pensando hein?

Acho que tem gente que vai odiar essa aproximação dos Sope... me perdoe.

Vejo vocês loguinho! 💜

Dêem stream em Butter.

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