Jennifer’s POV
Os últimos raios de sol do dia tinham desaparecido e as luzes dos candeeiros públicos começavam a ligar-se ao longo da rua que agora era percorrida por mim e pelas minhas amigas.
Tal como tinha ficado combinado, esta noite iria ser passada em casa dos rapazes a beber e a “passar um bom bocado”, como o Harry disse.
As ruas estavam completamente desertas, o que tornava a nossa viagem sinistra. Nas férias de verão a cidade era muito mais movimentada, mas como nos encontramos em período de aulas ninguém, a não ser os residentes, anda por aqui.
Assim que entramos no jardim da casa dos nossos amigos, a porta foi aberta, aparecendo em seguida um rapaz de caracóis com um sorriso enorme no rosto.
“Bem-vindas, amigas.” O tom de voz demasiado animado do Harry fez-nos perceber imediatamente que ele já não se encontrava totalmente sóbrio. Os seus lábios carnudos estavam curvados de forma a que os seus dentes brancos pudessem ser vistos.
“Olá Harry.” Nós cumprimentamos o nosso amigo e entramos em sua casa, depois de ele nos dar espaço para o fazermos. A nossa visão deparou-se logo com a sala diferente do habitual. O sofá, que normalmente se encontraria agora de costas para nós, tinha sido substituído por uma mesa redonda de maneira não muito grande. Na superfície desta encontravam-se algumas garrafas com líquidos alcoólicos no sei interior.
“Pensava que não ia haver muito álcool.” A Danielle murmurou, olhando para a quantidade de garrafas à sua frente.
“O Harry insistiu para trazer todas elas.” O Liam informou, entrando na sala pela porta que ligava esta divisão à cozinha, com dois copos de vidro em cada uma das suas mãos.
“E uma delas já está vazia.” O Louis apareceu atrás do Liam, igualmente com dois copos em cada uma das suas mãos. “O Harry bebeu-a.” Concluiu, pousando os copos ao lado das garrafas com líquidos de cores diferentes.
“Louis, vai buscar o resto dos copos.” O Liam pediu ao amigo enquanto se aproximava de nós. “O quarto de hóspedes está à vossa disposição.” Ele informou com um sorriso doce no rosto, tirando as malas das mãos da Bea e da Danielle. “E tu.” Ele virou-se para mim, mudando a sua expressão meiga para divertida. “Suponho que vás dormir no quarto do Zayn.” Eu sorri com as suas palavras e, quando me preparava para responder, uma voz impediu-me, dando a resposta ao Liam por mim.
“Vai.” O Zayn entrou na divisão, vindo do corredor que dava acesso aos quartos. Percorreu a sala até chegar à nossa beira e depositou um beijo nos meus lábios, agarrando-me pela cintura.
“Será que vocês se podiam controlar, só hoje?” O Liam perguntou, esticando a sua mão para pegar na minha mala preta que tinha as roupas necessárias para ou trocar no dia seguinte.
“Não te preocupes, nós já tínhamos combinado que não íamos fazer nada à vossa frente.” Declarei, mostrando uma sorriso tranquilizante ao Liam. Este sorriu de volta e, assim que viu a minha mala na sua posse, afastou-se de nós em direcção aos quartos.
“Que barulho foi este?” A Bea perguntou alarmada, olhando através do seu ombro para a entrada de casa. Não demorou muito a que o Liam regressasse à divisão que deixara há escassos momentos atrás, tal como o Louis e o Niall.
“O que é que se passou?” O loiro perguntou não muito alarmado, mas sim curioso.
“O Harry?” Eu perguntei, visto que era ele a única pessoa que não estava presente na divisão e não tinha regressado ao interior da casa desde que nos foi abrir a porta.
A preocupação aumentou em todos nós pelo facto de sabermos que ele já não estava completamente sóbrio. Ele podia ter feito algo de mal, ou até podia ter-lhe acontecido algo…
Corremos na direcção da porta do hall de entrada, que estava ligeiramente aberta e por onde entrava uma corrente de ar fria, características das noites desta cidade.
No momento em que o Louis, que ia à frente de todos nós, ia colocar a mão sobre a maçaneta da porta para a abrir, esta foi empurrada na nossa direcção e uma gargalhada entrou nos nossos ouvidos, aliviando-nos um pouco.
A face sorridente e pálida do Harry apareceu finalmente, quando a porta foi completamente aberta por ele.
“Matei um pássaro.” Com estas simples palavras, ele evidenciou todo o orgulho por si próprio e pelo seu feito: matar um pássaro. E na sua mão esquerda encontrava-se o animal de penas pretas e bico de um amarelo-torrado, a ser agarrado pelas finas patas da cor do bico.
“Porque é que fizeste isso?” Perguntei com o meu olhar fixo no animal que me estava a enjoar. O rosto do Harry tomou um ar pensativo durante alguns segundos e, muito tranquilamente, deu a sua resposta.
“Apeteceu-me.” Tanto eu como a Bea e a Danielle olhamos para ele pasmadas com a insignificância com que as palavras saíram da sua boca. Tudo bem que era um simples pássaro, mas por que motivo o matou se ele não lhe fez nada?
Ele furou o pequeno amontoado de corpos que nós tínhamos formado para procurar a fonte daquele som e dirigiu-se à mesa onde se encontravam as bebidas.
“Não liguem, isto é normal quando ele fica bêbedo.” O Zayn falou num encolher de ombros. Decidimos esquecer este pequeno incidente e, depois de a porta ser fechada pelo Louis, voltamos para a sala.
Uma fila composta por oito copos de vidro estava a ser enchido com um líquido preto pelas mãos trémulas do Harry. O cheiro do líquido entrava-me pelas narinas quando me aproximei mais da mesa, fazendo com que várias memórias do verão me passassem pela cabeça.
Cada vez que me lembro do que era há cerca de meio ano atrás e comparo com o que sou agora, deparo-me com uma mudança drástica na minha personalidade. Deixei de ser uma das pessoas mais populares da escola para entrar num grupo que não socializa com mais ninguém; já não respondo torto aos professores, o que os tem deixado bastante admirados mas satisfeitos; nunca mais voltei a sair à noite para ir a festas ou a bares, apenas saio quando é para estar com o Zayn e o resto do grupo.
Mudei muito desde o início deste ano lectivo e sei que o meu grupo de amigos teve muito a ver com isso. Agora posso dizer que tenho uma vida mais estável e, se não fossem os problemas que surgem pelo facto de os meus amigos serem vampiros e, no caso da Danielle, bruxa, mais pacífica.
Quando dei por mim, o braço que segurava o meu copo estava a ser erguido, tal como as pessoas que se encontravam à volta da mesa faziam.
“Estou orgulhoso dos amigos que tenho.” O Niall mostrou toda a sua felicidade ao declarar o quanto nos adorava. Os nossos copos chocaram levemente, mesmo por cima das garrafas que se encontravam sobre a mesa, e bebemos o conteúdo dos mesmos em seguida.
Um ardor manifestou-se na minha garganta quando engoli o líquido preto que tinha sido levado até à minha boca há segundos atrás.
Todos os copos foram pousados sobre a mesa de forma estridente e algumas caras feias apareceram devido ao ardor que aquela bebida provocou, acompanhadas por alguns grunhidos daqueles que não estavam tão habituados.
Mais rodadas se seguiram a esta e, apesar do aviso por parte da Bea de que deveríamos parar, ninguém lhe deu ouvidos. Ela acabou também por encolher os ombros e aproveitar o momento ao máximo, pois o que estávamos a fazer não ia voltar a acontecer tão cedo.
O Louis afastou-se de nós, depois de pousar o seu quinto copo vazio, em direcção ao móvel que suportava a televisão. O álcool que ingerimos já percorria as nossas veias e não tardaria muito a começar a fazer efeito. A aparelhagem que se encontrava ao lado da televisão foi ligada e o ambiente foi preenchido por batidas incessantes que depressa fizeram o meu corpo movimentar-se. O meu pulso foi agarrado e depressa me virei para trás, encarando uns olhos castanhos profundos e um sorriso doce.
Fui puxada para o centro da sala, onde já não se encontrava a mesa de centro, e começamos a dançar ao ritmo da música que saia pelas colunas. O espaço que eu e o Zayn ocupávamos foi depressa invadido pelos nossos amigos, que começavam a abanar os seus corpos de forma descontrolada.
O candeeiro da sala foi desligado, passando a função de fornecer a luz que precisávamos para ver para uma pequena bola de onde saiam luzes coloridas.
“Vocês pensaram em tudo.” Eu falei ao ouvido do Zayn para que ele me conseguisse ouvir, voltando-me a esquecer de que não era preciso pois ele iria ouvir de qualquer das maneiras.
“O Harry é que se lembrou de todos os pormenores.” Ele afirmou com um sorriso divertido. As suas mãos voaram até à minha cintura e fizeram com que o meu corpo chocasse no seu.
“Será que era muito mau se não cumpríssemos com o combinado?” Um arrepio percorreu a minha espinha com o sentido das suas palavras. Eu sorri, mas depressa afirmei que não o deveríamos fazer.
A pouca luminosidade que saia através da pequena bola que se encorava ao lado das bebidas desapareceu por completo, assim como a música que pairava no ar.
“Caralho, acabei de instalar a bola.” A voz indignada do Harry entrou pelos meus ouvidos. Se não fosse a situação demasiado sinistra em que nos encontrávamos, eu iria rir-me das suas palavras arrastadas, características de um bêbedo.
Passos calmos e firmes foram ouvidos do lado da entrada, fazendo com que o meu corpo se voltasse para lá, na esperança que a luz fosse ligada e pudéssemos observar a pessoa que ali se encontrava.
Não demorou muito para que isso acontecesse. A luz que invadiu o espaço fez-me pestanejar várias vezes para que os meus olhos se habituassem à luminosidade.
Senti o braço do Zayn ficar tenso na minha cintura e quando elevei o meu olhar percebi o motivo disso.
Bufei frustrada ao perceber que mais uma vez, iriamos ter a noite estragada por quatro rapazes que ao que parece, não suportam ver pessoas a divertir-se.
“O vosso estado tornou as coisas bem mais fáceis.” O Luke falou satisfeito enquanto os seus lábios se curvavam num sorriso que mostrava todos os seus dentes brancos.
Ok, temos um Harry que assassinou um pássaro, uma casa com seis vampiros bêbedos, uma bruxa bêbeda, uma humana bêbeda e quatro vampiros que não tem nada que fazer da vida! JOVENS! ISTO NÃO VAI DAR BOM RESULTADO!!
E agora, vamos FESTEJAR porque as FÉRIAS DE CARNAVAL ESTÃO AÍ!!
E agora vamos fazer um momento de silêncio pela minha demora a atualizar a fic e por eu andar com falta de inspiração.
E agora comentem porque me está a doer a cabeça.
E agora vou embora que isto está a ser muito ridículo.
Love you all xx