Capitulo 61

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Eram aproximadamente onze e meia da noite. As luzes de toda a casa estavam apagadas, visto que os meus pais já se tinham recolhido no seu quarto e provavelmente já estaria a dormir, à exceção do pequeno candeeiro que se encontrava na mesa-de-cabeceira do meu lado direito.

Faltava apenas uma semana e meia para o fim do período e eu não tinha notado nenhuma melhoria nas minhas notas.

A cada dia que passava, a cada teste que fazia, o medo em mim crescia. Já podia imaginar o desapontamento estampado na cara do meu pai enquanto um sermão saia pela sua boca. Mas o que me deixava mais assustada era a enorme probabilidade de ele cumprir com a sua ameaça. Será que ele era capaz de me transferir para um colégio interno?

Um arrepio formou-se no meu pescoço quando senti um vapor quente entrar em contacto com a minha pele, depois de o meu cabelo ser puxado para o lado oposto.

“Zayn.” Murmurei o seu nome. “Assim não me consigo concentrar.” Não queria que ele parasse, mas eu tinha mesmo de estudar.

O Zayn encontrava-se encostado à cabeceira da minha cama, com uma almofada a proteger as suas costas do desconforto dos ferros da mesma. As suas pernas estavam abertas e no seu meio, encontrava-me eu, com o manual de inglês na mão enquanto as suas mãos rodeavam o meu corpo e beijos suaves eram depositados no meu pescoço, ombro ou face.

“Já estás nisso há mais de duas horas.” Ele exclamou. “E para além disso, já estás demasiado cansada para conseguires estudar em condições.” Tive de dar o braço a torcer. Estou parada na mesma página há mais de meia hora e cada vez que acabo de ler uma frase, é como se não a tivesse lido. Fechei bruscamente o manual de capa mole e atirei-o para o fundo da cama.

“Amanhã posso estudar mais.” Declarei. Sai do meio das pernas do Zayn e indiquei-lhe que as esticasse e juntasse. Ele assim fez, com a testa franzida. Depressa as suas feições confusas se tornaram animadas e um sorriso de satisfação se esboçou no seu rosto, assim que eu me coloquei sobre as suas pernas, com os joelhos de cada lado do seu corpo.

Coloquei as minhas mãos nas suas bochechas e aproximei a sua face da minha, fazendo com que os seus lábios se colassem aos meus. As suas mãos caíram nas minhas ancas, pressionando o meu corpo contra o seu para que a pouca distância que nos separava se tornasse inexistente. Uma das minhas mãos deslizou para o seu cabelo. Alguns dos muitos fios escuros encontravam-se entre os meus dedos finos, provocando-me algumas cócegas. Acabei com o espaço entre os meus dedos, puxando ligeiramente o seu cabelo. Os nossos lábios começavam agora com movimentos selvagens, aprofundando o beijo a cada segundo.

Nestes momentos sentia-me viva, feliz, e todos os problemas em que estava envolvida pareciam desaparecer por completo, pelo menos por algumas horas.

Às vezes custa-me acreditar na pessoa que tenho a meu lado e que me ama incondicionalmente. Sempre sonhei em ter um rapaz perfeito, que me causasse sensações maravilhosas, tais como as famosas borboletas no estômago que só o nosso verdadeiro amor podia causar. O Zayn causava-me isso de uma forma tão intensa que chegava a não ser saudável.

“Os teus pais estão no quarto ao lado.” Ele aproveitou uma das nossas pausas para respirar para me informar sobre isso. De facto, tinha-me esquecido do problema que iria ser os meus progenitores encontrarem a filha a meio do ato sexual, durante a noite e com aulas do dia seguinte. Iria ser motivo para castigo e para um sermão de uma hora.

“Estou a pensar seriamente em aceitar a tua proposta de passar um fim-de-semana fora da cidade.” Afirmei, causando um sorriso no Zayn. Os nossos lábios já não se tocavam, apenas apreciávamos a beleza e a profundidade dos olhos um do outro. 

“Então e os outros? Tu mesma disseste que eles não deviam ficar sozinhos na cidade.”

“Com certeza que eles não se importariam de sair da cidade por um fim-de-semana.” Levei a minha mão até ao seu rosto e deslizei a mesma pela sua barba mal feita, mas que lhe dava um ar mais rebelde e o tornava extremamente sexy. “Claro que nós íamos para um sítio e eles para outro.” Esclareci, quando me apercebi da dúvida que se formava na sua mente.

“Isso é realmente uma boa ideia.” Os nossos narizes rasparam de leve e as nossas testas encontraram-se. Uma das minhas mãos encontrava-se sobre o seu ombro, enquanto a outra brincava com o seu cabelo.

“Dormes aqui?” Pedi, depois de alguns minutos em silêncio.

Dadas as circunstâncias, eu queria passar todos os minutos possíveis ao lado do Zayn. Não sabia quanto tempo este estúpido acordo iria durar, muito menos o resultado das minhas notas no fim do período. Restava-me esperar alguma liberdade por parte do Luke e alguma sorte nos testes, caso contrário, iria ficar muito mais afastada dos meus amigos do que já estou.

“Claro.” Saí de imediato de cima de si para que ele se levantasse e pudesse tirar a camisola branca e as calças pretas que estavam no seu corpo. Observei atentamente os seus passos, até que ele se encontrasse apenas com um par de boxers pretos e a elevada quantidade de tatuagens na sua pele estivessem à mostra. As suas tatuagens eram algo que me fascinava. Desde sempre adorei este tipo de arte, mas nunca tive coragem de ir até um centro de tatuagens ou lá como se chama e pedir para que me marcassem a pele com um desenho qualquer. Mas também qual o sentido de fazer uma tatuagem se esta não tiver significado? Era um desperdício de dinheiro, na minha opinião.

Os nossos corpos deslizaram para baixo dos cobertores, tal como nas noites anteriores em que o Zayn tem subido pela janela do meu quarto para passar tempo comigo, o seu peito colou-se às minhas costas e o seu braço rodeou a minha cintura. Muitas vezes aproveitávamos estes momentos para brincar um pouco, mas hoje apenas me apetecia dormir. Estava exausta. Aturar cinco vampiros com perturbações mentais não era fácil, muito menos quando um deles está com imensa vontade de me ver morta.

Outro assunto que me passava imensas vezes pela cabeça era o estado dos meus amigos. As únicas coisas que sabia sobre eles ou o que eles faziam eram as informações que o Zayn me fornecia ou as poucas mensagens que trocava com eles. A verdade é que nem liberdade para enviar mensagens tinha. O Luke estava sempre de olho em mim e, mal me via com os olhos postos no telemóvel, perguntava-me o que estava a fazer ou com quem falava.

Sabia que a Danielle estava a aprender a controlar a sua sede com o Louis, visto que estes estão cada vez mais próximos. A Bea está cada vez melhor no que toca a esse mesmo aspeto, pelo que sei o Liam tem sido uma grande ajuda para ela. Já os rapazes continuam na mesma: os mesmos trapalhões, brincalhões e cuscos.

O que mais me alegra é o facto de faltar apenas mais dois dias para eles se reunirem em minha casa. Só espero que o Luke ou o Ash não se lembrem de vir a minha casa para terem a certeza que eu não estou a tramar nada contra eles e acabem por descobrir tudo. Ia estar metida em sarilhos se isso acontecesse.

 Vamos todos shippar Zennifer porque Zennifer é vida e é muito lindo!

Preparem-se mentalmente para o fim da primeira temporada porque só faltam mais ou menos 3 capitulos para acabar!

Love you all xx

You And I || z.mDonde viven las historias. Descúbrelo ahora