Capitulo 8

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“Acorda, Zayn!” Gritou o Louis, enquanto pulava na minha cama. Apesar da idade, ele ainda não aprendeu a ser maduro, mas não o censuro. Nem eu sou! De nós os cinco, o único que é mais ou menos maduro é o Liam. “Temos de ir para a escola.” Insistiu. Não sei como é que eles me convenceram a ir para a escola. Passei as últimas 5 décadas na escola, e mesmo assim, continuo lá.

“Já vou.” Respondi finalmente, para que ele ficasse quieto. Ele desceu da cama e saiu do meu quarto. Deve ter ido gritar aos ouvidos do Harry!

Levantei-me e fui para a cozinha, para tomar o pequeno-almoço.

“Bom dia, Zayn.” Saudou o Niall. Eu sorri e fui ao frigorífico, buscar a minha bebida, sangue. Não é humano, é de animais. Não é tão bom, mas é o suficiente para não morrer e assim, não precisamos de matar ninguém.

Ouvi um grande estrondo no andar de cima, era algo a partir, um vidro ou assim. Mas nem eu, nem o Niall demos grande importância a isso e continuamos o que estávamos a fazer. Provavelmente, o Harry fartou-se de aturar o Louis.

“O casalinho está com problemas.” O Liam disse irónico, assim que chegou à nossa beira, vindo não sei bem de onde.

“Vai impor respeito, Zayn!” Disse o Niall, dando altas gargalhadas.

“Porquê eu? Porque é que não vai o Liam?”

“Porque eles respeitam-te!” Falou como se fosse óbvio.

“Também respeitam o Liam.” Tentei empurrar a tarefa de ver o que estava a acontecer para o Liam.

“Eu não me vou meter nisso! O Louis é muito instável.” Tentou dizer isso num tom sério, mas falhou. Nós troçamos muito do Louis, mas não é por mal. Somos amigos!

“Rapazes!” Chamou o Louis, ao fundo das escadas. E nós, como bons amigos que somos, fomos ver o que ele queria.

Quando chegamos às escadas, o Louis estava com uma mão sobre o corrimão, para se apoiar, e tinha a testa a sangrar. Quando me deparei com esta situação, não sabia se devia rir ou ficar preocupado, mas optei pela primeira opção. Só por ele me acordar que nem um louco todas as manhãs!

“O que é que se passou?” Questionou o Liam, tentando controlar o riso, coisa que o Niall não fez.

“Eu fui acordar o Harry, delicadamente, e ele atirou-me com uma jarra de flores à cabeça!” Explicou, fazendo uma voz triste. “Ele não tem noção da dor que me causou na testa!” Queixou-se, acabando de descer os últimos dois degraus.

“Cala-te, Louis. Já não tens nada na testa!” Disse e ele recompôs-se.

“Ele vai ver. Vai sofrer as consequências!” Dirigimo-nos para a cozinha para acabar de tomar o pequeno-almoço.

“Bom dia, Harry!” Porque é que o Niall tem de dizer isto a toda a gente que chega de manhã à cozinha? Tanto bom humor até me deixa mal disposto. Eu sou do tipo de pessoa que, quanto menos falar de manhã, melhor.

Assim que o Harry entrou na cozinha, o Louis acabou de preparar o seu copo e saiu dali, esbarrando no Harry, o que o fez recuar alguns passos.

“Só para saberem, eu é que tenho razões para ficar chateado com ele!” Informou o Harry.

“Estou do teu lado!” Afirmei. “Sempre que ele me vai acordar, também me apetece atirar-lhe alguma coisa à cara!”

“Eu ouvi isso!” O Louis gritou da sala e nós começamos a dar risadas altas.

“Vamos para a escola, que já é tarde!” Ordenou o Liam. É pena não podermos usar a nossa velocidade sobrenatural para andar na rua. Tínhamos mais tempo para tudo, mas não podemos arriscar.

Cada um de nós pegou nas suas jaquetas, que estavam penduradas nos cabides perto da porta de entrada ou então, pousados em cima do encosto dos sofás, e saímos de casa, entramos no carro e iniciamos o caminho para a escola.

Durante todo o caminho fomos calados, devido à tensão existente entre o Harry e o Louis. Se bem os conheço, o Louis só vai voltar a falar para o Harry quando este lhe pedir desculpa e dizer que o ama. É sempre assim!

Assim que chegamos à escola, entramos no estabelecimento e, a primeira pessoa que vimos, foi aquela rapariga que armou confusão com a Jennifer. Não vou com a cara dela! Ela olha para nós com uma cara… parece uma desesperada! E eu não gosto de desesperadas. Mas ela é boa para o Harry. Não para namorar, mas para dar umas voltas. A menos que ele esteja realmente a mudar a sua mentalidade, como prometeu antes de nos mudarmos para aqui.

“Rapazes!” Uma voz suou um pouco longe de nós. Era a Jennifer, claro. A única pessoa que conhecemos nesta escola.

Nós paramos no meio do corredor e esperamos que ela conseguisse chegar até nós.

“Está tudo bem?” Inquiriu, um pouco preocupada.

“Sim, porquê?” Perguntou o Liam, desconfiado. Aposto que acha que eu lhe contei alguma coisa que não devia.

“Nada, perguntei por perguntar!” Ela respondeu e a campainha tocou.

Fomos para a sala e, quando lá chegamos, o resto da turma já estava na sala. Nós sentamo-nos nos nossos lugares e o professor começou a aula.

“Posso, professor? Desculpe o atraso.” O Luke apareceu na sala. O professou fez um gesto com a mão para que ele entrasse e ele assim o fez, percorreu a sala e sentou-se à beira da Jennifer.

Porque é que ele insiste em ficar perto dela? Ele não percebe uma indirecta? Quando uma pessoa encolhe os ombros, é porque não tem interesse!

“Precisamos de conhecer melhor o Luke!” Disse determinado, virando-me na cadeira, de modo a que pudesse olhar para a mesa à minha frente e atrás de mim.

“Porquê?” Inquiriu o Niall confuso.

“Porque sim. Quando as aulas acabarem, vamos segui-lo!” Afirmei. Os rapazes acenaram de forma positiva. 

You And I || z.mWhere stories live. Discover now