Capitulo 24

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Louis POV

O toque da campainha soou pelo estabelecimento de ensino. A última aula do dia tinha acabado e, até agora, nem eu nem o Zayn tínhamos recebido notícias do grupo de exploradores, o que me deixava um pouco preocupado. Tenho plena consciência de que não é muito difícil procurar verbena, mas aqueles três rapazes juntos conseguem sempre arranjar problemas. Não me admira que algum deles morra queimado por verbena. Ou que morra por excesso de ingestão da planta.  

“Danielle?” Chamei a rapariga de cabelos compridos castanhos, quando esta estava prestes a sair da sala com a Jennifer. Elas combinaram alguma coisa para esta tarde, mas receio que isso não vá acontecer, visto que o que eu tenho para falar com a Danielle é muito importante.

Ela e a Jennifer pararam à beira da porta da sala, para que os restantes alunos pudessem sair.

“Precisamos de falar.” Eu disse, encarando-a nos olhos. Nesse momento, o Zayn chegou à nossa beira e levou a Jennifer consigo. Ele vai ser a companhia dela esta tarde.

“Vem ai problemas.” Ela disse lentamente e saiu da sala, comigo a seu lado. “O que é que se passa?” Perguntou, não muito interessada.

“Não é um assunto que se possa falar aqui.” Respondi. Ela levantou uma sobrancelha e mostrou um pouco mais de interesse e curiosidade.

“Vamos para minha casa.”

*

Depois de eu a ajudar a arrumar a cozinha de sua casa, onde um almoço muito agradável ocorreu, chegou a parte de eu lhe contar tudo o que ela deve saber, tanto sobre ela, como sobre mim e os rapazes.

“Já ouviste falar em grimórios?” Perguntei, quando me sentei no sofá da sua sala, em frente à televisão desligada.

“Sim. A minha mãe disse que tinha uns grimórios para me dar quando visse que eu estava preparada para tal.” Ela respondeu com as sobrancelhas franzidas.

“E sabes o que é isso?” A sua curiosidade aumentava cada vez mais.

“São uns livros velhos que passam de geração em geração.” Ela disse desconfiada. “Vais dizer o que se passa ou vais ficar a enrolar?” Falou um pouco revoltada. Não a censuro. Nem eu gosto que enrolem.

“Acreditas em bruxas?” Respirei fundo antes de lhe fazer a pergunta. Apesar de já saber a sua resposta, tinha de confirmar.

“Estás a brincar comigo?” Ela questionou com alguma seriedade. “Claro que não. Isso é ridículo!” Respondeu quando reparou que eu estava demasiado austero. Eu nunca sou assim e ela já sabe disso.

“Não é. E agora está na hora de saberes a verdade sobre tudo o que te rodeia.” A sua expressão facial mudou para preocupação.

“Estás a querer assustar-me?” Ela falou com um pouco de medo na voz. Eu abanei a cabeça negativamente e pedi para que ela me levasse até aos grimórios da família dela.

A Danielle levou-me até ao escritório de sua casa, que estava repleto de estantes com livros. Alguns antigos, outros recentes e ainda outros com uma enorme camada de pó. Estes últimos encontravam-se numa estante afastada da porta e das janelas. No canto mais escuro da divisão. Caminhei rapidamente até eles e peguei num deles. Fiz um gesto com a mão para que a Danielle se aproximasse e ela assim o fez.

“Grimórios são livros de feitiços que as bruxas fazem durante a vida. Estes podem passar de geração em geração para que os descendentes dessas bruxas consigam praticar esses feitiços.” Expliquei. Ela ouvia-me atentamente, meio que sem querer acreditar no que eu dizia.

You And I || z.mWhere stories live. Discover now