storm.

By cxssiesreinhrt

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fic. ๐˜€๐—ฝ๐—ฟ๐—ผ๐˜‚๐˜€๐—ฒ๐—ต๐—ฎ๐—ฟ๐˜. + ๐Ÿชœ ใ€‘ Todos nรณs temos seus medos. Altura, aranhas, medo de escuro, que alguรฉm... More

โ€ข ๐ŸŒง || 00. remember that night?
โ€ข ๐ŸŒง || 01. garota estranha
โ€ข ๐ŸŒง || 03. beijo na bochecha
โ€ข ๐ŸŒง || 04. pegas no mauricinho
โ€ข ๐ŸŒง || 05. carteira de motorista
โ€ข ๐ŸŒง || 06. mรฃos manchadas de tinta
โ€ข ๐ŸŒง || 07. we born to die
โ€ข ๐ŸŒง || 08. obrigada
โ€ข ๐ŸŒง || 09. okay
โ€ข ๐ŸŒง || 10. quentinho
โ€ข ๐ŸŒง || 11. conhecimento geral
โ€ข ๏ฟผ๏ฟผ๏ฟผ๐ŸŒง || 12. gatinha
โ€ข ๐ŸŒง || 13. mentira
โ€ข ๐ŸŒง || 14. fofoca
โ€ข ๐ŸŒง || 15. sogrinha
โ€ข ๐ŸŒง || 16. maldita cdf
โ€ข ๐ŸŒง || 17. minha familia de volta
โ€ข ๐ŸŒง || 18. cunhadinha
โ€ข ๐ŸŒง || 19. implicรขncia
โ€ข ๐ŸŒง || 20. aniversรกrio
โ€ข ๐ŸŒง || 21. conversa
โ€ข ๐ŸŒง || 22. fantasia
โ€ข ๐ŸŒง || 23. festa
โ€ข ๐ŸŒง || 24. as trรชs mais sinceras palavras
โ€ข ๐ŸŒง || 25. amar
โ€ข ๐ŸŒง || 26. esforรงo
โ€ข ๐ŸŒง || 27. envolvimento
โ€ข ๐ŸŒง || 28. ser verdadeiro
โ€ข ๐ŸŒง || 29. seguranรงa
โ€ข ๐ŸŒง || 30. caminho sem volta
โ€ข ๐ŸŒง || 31. primeiro novo dia
โ€ข ๐ŸŒง || 32. babaca
โ€ข ๐ŸŒง || 33. volte
โ€ข ๐ŸŒง || 34. alguรฉm acreditava em mim
โ€ข ๐ŸŒง || 35. nรฃo me faรงa de boba
โ€ข ๐ŸŒง || 36. somente seu amigo.
โ€ข ๐ŸŒง || 37. merda ela estรก aqui
โ€ข ๐ŸŒง || 38. eles tinham alguma coisa
โ€ข ๐ŸŒง || 39. pode ir agora
โ€ข ๐ŸŒง || 40. pelo menos eu tinha ela de volta
โ€ข ๐ŸŒง || 41. conselhos da mestra
โ€ข ๐ŸŒง || 42. risada
โ€ข ๐ŸŒง || 43. provar do prรณprio veneno รฉ bom
โ€ข ๐ŸŒง || 44. teria que aprender
โ€ข ๐ŸŒง || 45. recomeรงar
โ€ข ๐ŸŒง || 46. garota esquisita
โ€ข ๐ŸŒง || 47. crazy girl
โ€ข ๐ŸŒง || 48. oi
โ€ข ๐ŸŒง || 49. perdoar รฉ o de menos

โ€ข ๐ŸŒง || 02. storm girl

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By cxssiesreinhrt

COLE SPROUSE

A imagem daquela garota não saiu da minha cabeça. Vê-la dançando em meio a uma tempestade foi meio inacreditável e isso fez com que ela não saísse da minha cabeça, e fato de não saber nada sobre ela mas ela já saber quem eu sou está me corroendo por dentro.

Cheguei em casa ensopado e corri para meu quarto, Melanie olhou para mim e revirou os olhos, provavelmente se preocupando se estou estragando seu carpete a me perguntar o que tinha acontecido e me ajudar.

Tomei um banho quente e me tranquei em meu quarto. Ele era confortável e o único lugar em que minha mãe não gosta e não pode entrar. A relação entre mim e minha mãe não é uma das melhores. Até meu pai sumir era ótima.

Não gosto de falar sobre isso, mas, saiba, minha família é uma confusão. Meu pai sumiu quando eu tinha 9 anos, minha mãe casou de novo quando eu tinha 10 e engravidou de Lolla quando eu tinha 11.

A partir do dia em que meu pai sumiu minha mãe ficou fria, estranha e irreconhecível.

Estava deitado na minha cama, com a televisão ligada passando em um canal qualquer que eu não estava prestando atenção, a cada trovão e relâmpago eu pulava na cama, quando bateram em minha porta.

— Zinho? — escuto a voz fininha e doce de Lolla através da parede. Dou risada pelo apelido que ela continua me chamando.

Me levanto e abro a porta, a menina de nem um metro e meio, de cabelos curtinhos e escuros e olhos claros estava parada na frente do meu quarto. Com um urso e um gato na mão, que eu já sabia quem eram.

— Zinho, papai nem mamãe querem brincar! Mamãe falou que era pra mim vir aqui! — ela entrou no meu quarto e sentou na cama baixa. Dou risada e fecho a porta de novo.

— Do que você quer brincar, Lolla? — me sento ao seu lado. Ela era, com toda certeza, a única pessoa que conseguia me fazer ficar calmo. Era como se quando ela falava comigo tudo de ruim sumisse e só existisse ela.

— Senhor Gummy está com muita raiva do senhor Botas! — ela levantou os dois bichinhos em minha direção, eu rio e pego o ursinho.

— E o que fez o senhor Gummy ficar com raiva do senhor botas? — ela abre um sorriso enorme e isso alegra o resto do meu dia.

***

A chuva se estendeu até madrugada, o que me resultou em uma noite mal dormida e olheiras que temo que as pessoas na rua me confundiriam com um panda.

Eu pego minha mochila e minhas chaves do carro, não gostaria de repetir o que aconteceu no dia anterior, apenas se eu trombasse com a Storm girl de novo, aí eu iria rastejando se fosse preciso.

Storm girl foi o nome que criei para a garota de ontem, já que nem seu nome eu sei, o que é uma merda, a maioria dos meus pensamentos eram voltados a ela.

Quando chego no andar de baixo e vejo meu padrasto, mãe e Lolla sentados tomando café; felizes. Quem vê pensa que é realmente assim, mas se quer saber é, até eu chegar.

Minha imagem de rei das festas, pegador, mauricinho, esconde quem eu realmente sou. Tenho meus defeitos e inseguranças e, principalmente, tenho meus sentimentos que são mais obscuros do que imaginam.

— Zinho! Vai tomar café com a gente? — Lolla me pergunta assim que chego na cozinha, para a felicidade de uns e infelicidade de outros nego com a cabeça.

— Vai aonde, filho? — Gary me pergunta. Meu padrasto realmente acha que um dia vai conseguir tomar o lugar do meu pai.

— Já falei para não me chamar de filho. — falei, de costas para ele e pegando uma maça. — E não é da conta de vocês onde eu tomo ou deixo de tomar café...

Fui me distanciando até que ouvi a voz enjoada da mulher que me trouxe a vida.

— Você não é igual antes, Cole. — me viro e encaro ela.

— Você também não é igual antes e eu não posso fazer nada... — corro até o lado de Lolla que encarava a cena. — Beijo, nos vemos mais tarde. — depósito um beijo em sua bochecha e saio de casa, entrando no carro e indo em direção à escola.

***

Estaciono o carro na vaga de sempre.

Desço do carro e entro na escola, algumas pessoas cochicham quando eu passo mas realmente não ligo, é o preço da popularidade e ser bonitão assim. Vejo Kj e o resto dos jogadores parados em frente a uma porta de sala de aula e vou até lá.

— Se não é nosso capitão preferido! — Kj bate em minhas costas.

— Único. — dou um risada, vejo que uma menina com o uniforme de líder de torcida estava agarrada ao braço de Hart. — Você é nova...

A menina olha pra mim, com um sorrisinho e sobrancelha erguida. Olho pra ela e faço sinal para que fale. Não suportava quando essas líderes de torcida se penduravam em nós por dois dias e depois saiam fazendo fofoca pela escola.

— Madelaine Petsch, Sprouse. Prazer. — ela estica a mão fina e pintada de vermelho em minha direção. Seguro-a e deposito um beijo. Ela olha pra mim e prende a língua entre os dentes.

— Cuidado... — Melton, ao meu lado sussurra. Confuso, olho na direção onde ele e Kj tinham os olhos fixados.

Me assusto quando vejo a Storm Girl passar meio correndo por nós. A mesma mochila que vi ela usando ontem estava pendurada em seu ombro, a calça jeans rasgada continuava em suas pernas, mas elas não eram duas vezes maior que ela e sim do tamanho certo e o rosto de cara estranho feito de massinha estampava a camiseta azul, que estava suja de tinta.

— Argh... — escuto Madelaine murmurar. — Essa é a garota mais estranha que eu já conheci!

Viro a cabeça rapidamente, intrigado com seu comentário. Storm Girl poderia ser tudo menos estranha, quero dizer, eu nunca falei com ela direito, mas não acho que ela seja estranha ou algo do tipo.

— Ela estuda aqui? — pergunto a garota ruiva em minha frente.

— Sim. — ela revira os olhos, e inclina a cabeça. — Vive sozinha, com fones de ouvido e livros no colo. Além te estar sempre estar manchada de tinta!

— Mas ela é gostosa. — Joshua adiciona.

— Como você sabe? As roupas dela são, tipo, três vezes maior. — Madelaine cruza os braços no peito. — Ela é estranha!

— Você nem sequer falou com ela, como sabe? — Kj se vira para Madelaine, que tinha um sorriso de canto.

— Você que pensa, Apa. Fiz um trabalho de química com ela e... — revira os olhos. — Ela é toda certinha, tímida que tem medo de olhar nos seus olhos. Dá pinta de artista mas duvido que seja tão boa assim!

— Isso chama inveja. — dou de ombros e começo a ir em direção a minha aula de arte, na qual minha mãe mandou eu entrar, o que é ridículo.

— Joshua, e o lance com a Tiera? — pergunto antes de realmente me distanciar dele.

— Ela falou que vai me esperar! — fez um movimento com os dois braços em sinal de vitória. Rio sozinho e começo a ir a minha aula.

No caminho da minha sala de aula algumas meninas cochicharam e apontaram e minha direção, fazendo eu dar o meu maior sorriso e sair satisfeito da área dos corredores.

Quando eu chego no estúdio de arte da escola eu vou em direção a mesa mais afastada possível do professor e do quadro, arte não é e nunca será a minha praia. Futebol e festas são a minha praia. Não saber sobre a pintura rupestre e os caralhos a quatro.

Estava entretido mexendo no meu celular quando uma garota loira entra correndo como um furacão na sala e se senta na mesa afastada também, só que a mesa que ocupava era do outro lado.

Os cabelos loiros no rosto e o jeans rasgado e camiseta suja não me eram estranhos. Encaro descaradamente a garota se abaixar e pegar seus cadernos e estojos até que ela levanta a cabeça e olha em minha direção, com os olhos arregalados.

Storm girl, como poderia esquecer dela.

Ajeito as minhas coisas e corro ao seu lugar, a sala estava começando a se encher. As quatro mesas dívidas na sala com ocupação de oito já estavam praticamente cheias, e tive que implorar aos céus que o lugar vago ao lado da Storm Girl continuasse vazio.

A garota tinha a cabeça virada na direção contrária de mim, e, para a minha sorte, o lugar ao lado dela continuava vazio. Me sento lá antes que tomem meu lugar.

— E aí, Storm Girl? — olho em sua direção. Vejo seus ombros darem uma leve chacoalhada e então ela olha em minha direção.

Analiso seu rosto por um curto período de tempo. Seu nariz era arrebitado e com algumas sardas aparentes, deixando claro de que não usava maquiagem. Os seus olhos incrivelmente verdes se escondiam atrás de cílios grossos e longos e sua boca era rosada e fina. Diversas coisas surgem em minha cabeça, e todas elas envolviam sua boca junto da minha.

— Storm Girl? — ela pergunta, me tirando do transe.

— Como não sei seu nome, nomeei-a como Storm Girl! — bato de leve na mesa. — Se me falar seu nome talvez pare de chamá-la assim...

— Está ótimo Storm Girl, só não espalhe. — ela encolhe os ombros e desvia os olhos dos meus assim como Madelaine disse.

— Sempre estudou aqui? — pergunto, tentando tirar dela qualquer informação.

Um único pio saído dela seria valioso.

— Sim. Meu pai é o professor de biologia. — ela abre um caderno amarelo e começa a rabiscar algumas coisa que não me interessam tanto assim, observá-la era mais legal.

— Legal. Senhor... — estralo os dedos, tentando lembrar de uma única vez que prestei atenção naquela aula.

— Senhor Reinhart. — ela diz baixinho. Vejo ela abaixar mais a cabeça, fazendo uma barreira loira entre nós. Dou risada e me viro para frente.

Vejo Tiera entrar e logo atrás dela a professora velha e rabugenta de artes. Provavelmente não se deu bem na vida amorosa e hoje vive vendo adolescentes se amando nos cantos da escola e fica com raiva e desconta na gente.

Tiera corre os olhos pela sala até encontrar meus olhos e me mandar uma piscadinha, sorrio para ela e vejo a mesma ir a um lugar.

— Certo, alunos, hoje vamos iniciar a aula de Renascimento Artístico... — escuto Storm Girl ao meu lado se arrumar na cadeira, parecia animada. — Após isso vou formar duplas, vocês irão trabalhar com seu parceiro ou parceira procurando obras de artistas dessa época e fazer uma releitura a mim e um pequeno resumo sobre a obra escolhida. Quero ver sinais de que ambos participaram do trabalho, caso eu veja que apenas um da dupla fez a nota final do boletim de vocês será zero. — um burburinho começa dentro de sala, não disse, essa velha quer nos ferrar.

— Essa mulher quer acabar conosco... — sussurro a Storm Girl, que olha para mim e ri.

— A professora Berna não é tão má assim... — ela diz baixinho. — Papai me diz que ela tem seus motivos para ser assim.

— Conte-me um deles. — abro um sorriso, feliz de ter conseguido engatar em uma conversa com essa garota.

— Nem eu mesma sei. — ela dá de ombros e se vira em direção a professora, que estava no centro da sala entre as quatro mesas.

— Vou escolher as duplas, antes de tudo, e depois vou dar iniciação ao conteúdo! — a professora sorri em nossa direção. — Amelia White e John Graham... — a professora começa. Eu não presto muita atenção até que ela fala meu nome. — Cole Sprouse e Lili Reinhart.

Levanto a cabeça e começo a procurar Lili Reinhart até que a Storm Girl cutuca meu ombro.

— Lili Reinhart. — ela diz baixo e me oferece um sorrisinho.

Parece que o universo está ao meu favor.

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universo universo

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