Príncipe das Sombras

By nathbrandon

800K 74.7K 57K

- Arte da capa feita como um presente por @brekkerworld "Azriel sempre se considerou um bastardo, não merece... More

AZRIEL + CALLYEN
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPITULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPITULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPITULO 49
CAPÍTULO 50
CAPITULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
ADENDO DO LIVRO
NÃO É CAPÍTULO É AVISO
CAPITULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
ADENDO DO LIVRO
ADENDO DO LIVRO
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 70 PARTE 2
EPÍLOGO
NOTAS + AGRADECIMENTOS FINAIS
CAPÍTULO EXTRA I
P.S. EU TE AMO
EXTRA III
EXTRA IV
OLÁ VELARIANOS!
OIA ISSO!!!
OIÊ CAMBADA: TENHO LIVRO NOVO!
ALGUNS AVISOS IMPORTANTES

CAPÍTULO EXTRA II

4.1K 292 169
By nathbrandon

Um coração partido é tudo o que restou
Eu ainda estou consertando todas as rachaduras
Perdi algumas peças quando
Eu o levei, levei, levei pra casa

✯✯✯

N

estha olhou através da varanda da varanda da casa dos ventos antes que pudesse desviar o olhar para longe da cidade iluminada abaixo e decidisse se afastar.

Ela ainda estava evitando todos desde.. desde aquele maldito dia o de tudo mais uma vez pareceu perdido. Embora, ela tenha invadido o quarto de Callyen uma vez quando seu irritante mestre espião não estava parado como um maldito cão de caça a porta de seu quarto e sim afundado em auto piedade em algum lugar. Não que ela pudesse julga-lo quando ela fez o mesmo por muito tempo, e continuava fazendo mesmo que tenha abandonado o carrossel de machos estranhos que costumava passar por sua cama.

Encontrar a fêmea enfaixada naquela cama foi algo que.. realmente tocou em algo em Nestha que mesmo a fêmea não sabia que estava ali.

— Por que está aqui, Nestha.. ? — questionou depois que se moveu sobre os lençóis de seda negros, a expressão de dor informando que o movimento foi incomodo demais.

— Como conseguiu? — Nestha perguntou, cruzando os braços sobre o peito. Não para para projetar a pose de inquebrável, ao contrário, o movimento foi pensado para juntar os pedaços dela que pareciam querer se partir.

— Voltar?

— Não se deixar consumir. — disse, engolindo a saliva seca.

Ela observa quando Callyen puxa u.a respiração e a prende, uma expressão de dor tomando suas feições. Nestha moveu um passo para perto sob o olhar da fêmea, e então outro antes de parar analisando se deveria ou não oferecer o que estavas a fazer. Ela afasta a mão direita do aperto e o ergue a frente do corpo..

— Eu posso..

— Eu sei o que você pode fazer, Nestha Archeron.. sei o que você usurpou só Caldeirão, sei o que você pode desfazer com um toque e um sussurro.. e obrigada por me oferecer isso.. mas não vai adiantar se você não souber o que está fazendo. — Ela ouve a voz da fêmea, sente aquela coisa monstruosa e escura se removendo atrás da pele marcada em seu corpo.

Poder reconhece Poder. O que quer que estivesse dentro da fêmea do Encantador de Sombras, o que ela vira naquele dia quando ela voltou das cinzas de além mundo reconhecia o que Nestha havia roubado do Caldeirão.. a fêmea então se lembrou de uma conversa ouvida por trás da porta da biblioteca do solar de Feyre e seu Grão Senhor muito tempo antes: Callyen era o que restou do Caldeirão, então ela saberia o que Nestha havia roubado mesmo sem olhar dentro de seus olhos por muito tempo.

— Se pensar muito acabará ficando louca.. — ela ouve novamente a voz da fêmea por trás da sua mente, então solta uma risada sarcástica.

— Eles já acham que eu sou louca de qualquer forma.. pensar demais a respeito não fará diferença.

— De todos os pensamentos que qualquer um deles tem a seu respeito Nestha Archeron, todos são de que você precisa de ajuda e aprender a controlar o que você é.

— E o que eu sou, Callyen? — questiona abruptamente, soltando os braços para os lados do corpo, disparando um passo a frente. Ela sentiu quando aquela coisa serpenteou abaixo dos escudos que ela o havia prendido, arranhando para escapar novamente.  — Eu não sou nada. E o que fui, deixei de ser a muito tempo. Antes mesmo que... — Nestha inicia, embora se vale antes que pudesse voltar as feridas abertas do passado. Marcas que estavam lá antes das que esse mundo cortassem novas cicatrizes.

— Encontre seu caminho de volta, Nestha. E use o que você roubou para recuperar o que lhe foi tomado.

— Como eu faço isso?

— Você tem duas escolhas, Nestha Archeron.. Deixar que os sussurros da Morte te consumam.. ou consumir a Morte com seus Sussurros.

Nestha engoliu em seco quando cruzou o pátio do salão da casa dos ventos, subindo as escadas em direção ao telhado da residência silenciosa demais depois de toda a confusão que se alastrou ali tempos depois que tudo estava resolvido. Depois que tudo estava morto. Entretanto ela parou seus passos diante de uma das janelas abertas do lugar, deixando que a brisa fria batesse em seu rosto quando sua mente falhou.

Involuntariamente seus pensamentos foram levados até o campo de batalha, até as malditas sensações que ainda atormentavam sua mente junto com os fantasmas do passado. O ruído dos ossos sendo partidos, a sensação agonizante de poder sentir — poder ouvir — a vida sendo esvaida de cada soldado no campo de batalha. Ela ainda se recordava do ruído da respiração dele em sua mente, do sussurro baixo de sua alma dentro de seus pensamentos; de como ela sabia que ele estava morrendo.

A coisa brilhante e raivosa rosnou dentro dela, sibilando ao redor das grades da gaiola prateada que Amren a ensinou a construir para manter aquilo sob controle. Nestha segurou o parapeito baixo de pedra da lua polida, sentindo a superfície fria sobre a palma enquanto levou a outra mão ao peito, apertando o local que pareceu queimar abaixo de sua mão. A sensação de dor a fez fechar os olhos apertado para manter-se no controle. Aquela.. essa coisa estava cada vez mais forte, mais sedenta e próxima de tomar o controle, e Nestha sentia-se prestes a ceder.

Ela o sentiu antes mesmo que ele estivesse próximo, antes que ele pudesse cruzar a curva do corredor onde ela estava, ainda assim ela não fez muito para disfarçar seu estado além de respirar e soltar o ar e abaixar a mão de seu peito.

Cassian se inclinou sobre a murada oposta do corredor, se apoiando no peitoril baixo com os braços para trás sobre a pedra e deixou os pés um sobre o outro. Seu olhar desceu sobre a fêmea a frente, ainda de costas para ele. O vestido vermelho vinho, longo e com mangas que iam até seus pulsos, o cabelo em mechas castanhas douradas presos em uma trança que se prendia em um outro penteado que deixava seu pescoço longo e bonito a mostra. O General precisou trincar os dentes para impedir o impulso de seu corpo em prender sua boca contra a pele branca e cremosa, e morde-la, marca-la.

Não seria de todo ruim, tentar a morte com tal ato se ele pudesse sentir o gosto dela mais uma maldita vez. Embora ele não estive buscando por uma briga com a fêmea, irrita-la era uma garantia de que ela não estaria indo abaixo, então ele o faria se isso a mantivesse.

— O que diabos você ainda está fazendo aí? — ele ouviu a voz da fêmea cortar o espaço entre eles, mesmo que ela ainda não houvesse se virado para encara-lo.

— Admirando a vista.. — ele diz, e Nestha quase consegue ouvir o sorriso na voz do macho, ela pode sentir os olhos dele sobre ela e de uma forma completamente contraditória, a sensação a aquece e parece acalmar a fera dentro dela.

Ela odiava isso. Ela odiava que Cassian pudesse ter essa capacidade, quando ela própria não sabia o que fazer.

— Como se essa não fosse a mesma vista que você teve nos últimos.. 500 anos talvez? — questionou, sentindo o tom de voz ácido contra ele em cada palavra.

Cassian bufou uma risada quando apoiou o quadril na murada oposta, erguendo as mãos a frente e apertando a palma esquerda, onde um curativo estava enrolado sobre o corte que estava ali. A porcaria do veneno do Herdeiro era ainda pior que qualquer outro que Hybern havia criado, mesmo que a baixinha tenha usado seu Poder para desfazer maior parte da ação que o teria levado a morte, a recuperação dele especialmente estava sendo mais demorada que Cassian gostaria.

— Estranhamente ela me parece um pouco mais.. admirável esta manhã. — respondeu, satisfeito ao observar os ombros da fêmea se moverem em uma respiração lenta antes que ela se virasse e tomasse uma posição parecida com a sua, apoiada no peitoril da varanda.

Nestha cruzou os braços sobre os seios, elevando o decote quadrado do vestido, o que fez com que o olhar de Cassian passassem por lá rapidamente antes que ele os desviasse de volta ao seu rosto. Mesmo que ela tenha percebido o feito, não mudou a posição, e o observou do mesmo modo por um milésimo de instante. A pose do macho a frente exibia tudo sobre ele. A postura ereta demonstrava sua preparação para batalha, mesmo que sua postura parecesse relaxada e desleixada Nestha sabia que ele estava a postos, esperando por um pequeno descuido que ela pudesse quebrar. A camisa de linho bege prendia-se firmemente aos músculos dos braços bem como as calças aos músculos de suas pernas. As asas negras, grandes, fechadas as suas costas, de forma elegante postas para fora pelo vão da varanda ao qual ele estava apoiado.

O maldito sorriso debochado surgiu no canto dos lábios do macho quando Nestha reparou que perdera tempo demais analisando-o.

— Gosta do vê, Nestha? — questionou. Uma linha quente percorreu pela coluna da fêmea, fazendo-a ficar um pouco mais ereta.

Ela lhe dirigiu um sorriso afiado.

— Eu deveria gostar? — questionou de volta, inclinando a cabeça levemente para o lado, medindo-o.

Tal como um predador fitando um oponente que lhe era digno.

— Diga-me você... Porque eu definitivamente gosto do que eu vejo. — Cassian devolve, a ponta do polegar ainda apertando o ponto da ferida abaixo da fita branca que agora exibia uma mancha escarlate.

O odor de sangue invadiu os sentidos de Nestha e ela estava no lado oposto do corredor antes mesmo que pudesse pensar em agir, uma mão posta abaixo da mão enfaixada de Cassian enquanto a outra desfazia o nó do curativo envolto ao redor. Cassian tentou recuar a mão para longe, embora soubesse quando ela segurou seu punho de volta que Nestha não permitiria até ter o nó em seu devido lugar novamente.

— Deixe. — a voz dela soa baixa. Como o maldito silvo de um cristal batendo ao vento. Levou ainda mais de sua força de vontade para que Cassian não mandasse o curativo ao Inferno quando o perfume dela se abateu sobre seus sentidos. Marcante e quente, como madeira nova sendo queimada numa fogueira até virar brasa.

— Porque, Nestha? — questionou, tricando os dentes, a voz saindo mais rouca que ele gostaria.

Nestha parou seu movimento sobre a mão de Cassian quando ele perguntou. Engoliu em seco quando sua mente lhe avisou exatamente o que ele queria dizer com aquelas palavras, ela não ergueu os olhos para ele entretanto. Piscou algumas vezes, mantendo a faixa do curativo ao redor da palma dele, antes de puxar o tecido de algodão apertado.

— Não sabia que você era tão sensível a ponto de não aguentar um aperto de curativo. —  ela diz antes de refazer o nó sob o sibilar de dor do macho

Cassian bufa uma risada irônica.

— Como consegue? — continuou.

Nestha sentiu o incômodo se alojar em seu estômago. Era isso. Era exatamente isso que a fazia manter-se longe dele. Esse homem era perigoso.. tudo nele poderia quebra-la, destruir o que havia levado tempo demais para que ela erguesse ao seu redor da última vez que houvera sido quebrada. Mesmo que Nestha soubesse que esse mesmo maldito macho pudesse ser talvez a única coisa que pudesse regenera-la, ela não se daria ao trabalho de correr o risco de estar equivocada e perder tudo novamente.

Ele tinha a estranha capacidade de parecer saber exatamente o que estava se passando pela mente dela. E era exatamente por isso que ele era perigoso. Alguém com a capacidade de ler o outro, aqueles olhos castanhos causavam mais estragos que todos os músculos bem construídos do General.

Nestha conteve uma respiração, quando ela moveu um passo para trás, embora não tenha ido muito mais longe que isso quando a mão boa e disponível dele se prendeu ao redor de seu pulso, mantendo-a perto dele.

— Diga-me.. por quanto tempo Nestha continuará mentindo para si mesma? — perguntou baixo, tão baixo que o tom de voz soou como uma carícia contra sua bochecha.

Nestha engoliu em seco mais uma vez, e inspirou um pouco de ar antes de segura-lo em seus pulmões.

— Não sei do que está falando.

— Você não se cansa? De todas as faces que você dispõe em seu belo rosto, dizendo a si mesma que é isso que você quer quando você deita naquela maldita cama bebendo e fodendo com qualquer macho que se diaponibilize a lhe pagar uma garrafa de vinho quando... — ele se cala.

Nestha solta uma risada em escárnio, e então ergue o olhar diretamente contra ele, aproximando-se o passo que havia se afastado.

— Eu gosto de beber e foder... — diz com um sorriso venenoso. — Você faz o mesmo que eu Cassian.. mais vezes que é capaz de admitir para mim ou para si mesmo, e eu não os vejo recriminar por isso.

Cassian sorri de volta, o sorriso um pouco mais amargo que a intenção.

— A diferença entre você e eu, flor de fogo.. é que eu sou bonito e engraçado. — diz, aproximando o rosto dela e então inclinando a cabeça para o lado, observando-a inteiramente de forma lenta do pés a cabeça. — Você não é engraçada.

— Você não sabe de nada General.

— Eu sei, Nestha, que você foi até aquele campo de batalha e você me salvou. — ele diz, os dedos ainda ao redor dos pulsos da fêmea, o polegar acima do ponto onde ele podia sentir a pulsação acelerada dela. — Eu sei que você me ouviu e eu sei que você está mentindo. Eu fiz uma promessa aquele dia e eu não estou mais disposto a deixar você fugir, Nestha. De mim, ou de si mesma.

Tenho medo de tudo que sou
Minha mente parece uma terra estrangeira
O silêncio ressoa dentro da minha cabeça
Por favor, me leve, me leve, me leve pra casa

Continue Reading

You'll Also Like

3.8K 260 5
⎝ 𝙂𝘼𝙍𝙊𝙏𝙊 𝙎𝙄𝙇𝙀𝙉𝘾𝙄𝙊𝙎𝙊 ⎞ Desde que eu pisei naquela sala do primeiro ano e tentei me comunicar com aquele garoto, eu senti sua frieza e...
855K 70.9K 52
ESSA OBRA É UM DARK ROMANCE "Em meio ao caos da minha nova vida, descobri que o diabo não se resume ao estereótipo clássico de um homenzinho vermelh...
305K 27.5K 55
Sem spoiler. plágio é crime⚠️
1.6K 86 7
Durante uma campanha publicitária para uma marca de roupas esportivas, a estrela do futebol espanhol Alexia Putellas conhece a talentosa modelo e uma...