CAPÍTULO 45

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  SINGULAR

Foi difícil para mim, ouvir da boca de Noel que eu não era singular, como o mesmo tantas vezes me chamou de autêntica. Mas não é com a opinião dele que me importo agora, com nenhuma más.  Eu sei que não sou como os outros, pois todos nascemos para sermos diferentes ás nossas peculiaridades, e isso  torna o mundo cheio de cor e criatividade. Mas querendo ou não, tem tanta gente que se diz não seguir padrões, que luta por igualdade e tantas coisas mais, mas segue o mesmo padrão.  Na minha vida eu sempre andei na rua e encontrei essas mesmas  pessoas  rindo e comentando, do meu cabelo, das minhas roupas, das minhas escolhas  , de coisas minhas.
Elas se vestem igual, agem igual, tem que ter o  brinco, a bolsa , e logo após elas não fazem parte do padrão.
Eu realmente me cansei, todos deveriam ser eles mesmos, como posso chamar um alguém assim de único? Bom eu poderia se ele agisse como é, não como os outros desejam que esteja .

Eu não traio a mim mesma ,  não consigo trair minhas vontades, não consigo não ser sincera, não  consigo ser quem eu não sou para agradar, não consigo seguir a moda, eu só consigo ter vontade própria e vestir o que eu quero.

Eu agora sem me importar com os outros, pois tendo primeiramente o amor próprio me falta muito pouco, eu prefiro ser eu , e ficarei feliz sendo amada sendo eu, não deixarei  me abater por alguém que não gosta de mim, e espera que eu seja mais uma gêmea.

Sim , eu sou autêntica, sou Esmeralda Hadhier.

_ Oi? Inaugurou o caderninho do desabafo?_ Margarida chega sorrateiramente no meu quarto enquanto estou escrevendo.

_ Bom dia para você também, não escrevi nada demais, só direcionando para aqui alguns pensamentos passageiros.

_ Posso ler?_ A estendo o caderno.

_ Acabei de terminar._ Os seus olhos atentos devoram   todas as palavras rapidamente.

_ E aí? _ Pergunto ansiosa.

_ Lembrei das festinhas de infância, todas as garotas usaram vestidinhos todas e lilás, umas princesas outras fadas, então eu fui de amarelo com listras pretas, sempre amei abelhas, e elas realmente zombaram de mim.
_ Rimos.

_ Você mesmo ajudou a fazer a fantasia com sua mãe, isso era incrível para uma garota de 9 anos , e olha esse senso de humor maravilhoso, eu posso dizer abertamente . Você  é única minha Margarida, se fosse como as outras nunca teria conhecido alguém tão especial.

_ Amei o que acabou de dizer, e me  lembrei que você nem foi aquela festa, você foi  viajar  com seus pais, para aquela cidade do interior._ Ela comenta enquanto tenta se lembrar.

_ Sim no interior, vi animais, um lago refrescante, queijos bons, tanta coisa... Queria que  você estivesse lá.

_ Eu também, daria muito para voltar atrás. _ Ficamos refletindo por um tempo após.

E logo minha mãe passa apressada pela porta vindo até nós.

_ O que houve? Mãe..._ Digo assustada.

_ Não sei como te dizer, mas não vou enrolar. Gente o Noel, acordou, está consciente e reagindo muito bem.

_ Ok, isso foi bom._ Margarida me encara e responde devagar.

O Raio ColoridoHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin