Capítulo 18

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Gente, desculpa a demora pra postar.
Hoje o dia foi bem corrido, quase não tive tempo de respirar, mas tá aqui o capítulo.
Eu me superei hj: 1439 palavras.

Votem e comentem

Bj e boa leitura

Judy

Depois do almoço me arrumo para ir para a escola de música.
Chegando vejo os alunos já se aquecendo.

— Boa tarde crianças !
— Boa tarde tia Judyyyyy !
Começo a me aquecer também.
— Hoje treinaremos a voz e espero que tenham treinado em casa.

Fiz meu aquecimento normalmente e dei a nota em que cantaríamos hoje.
— Vamos começar.
Amil puxa pelo piano.

O coro das crianças está bom, a única coisa é que Lila está no solo, e ela se sente tímida para começar.
— Lila, venha cá.
Com a cabeça baixa ela vem em minha direção.

— Querida, do que você tem medo ?
— De falhar, e se eu esquecer a letra ? E se eu desafinar ? E se não gostarem de mim ?
— Desafinar é normal, se esquecer a letra os outros vão te ajudar e por último: não tem como não gostarem de você, você canta como um anjo querida !

Ainda insegura ela volta para seu lugar.
— Amil, espere ela começar para acompanhá-la.
Ela acena.
— Lila, vamos tentar algo diferente está bem ?
Ela acena.

— Em Dó, Lila vai começar e o piano vai entrar depois, na segunda estrofe vocês entram. Tudo bem ?

Tenho alguns acenos de confirmação.
— 3, 2, 1.
Lila começa a cantar, linda como sempre.
O piano entra na segunda frase.
Na segunda estrofe todos entram e por mais que haja alguns erros, fica bom.
As crianças sempre aprendem rápido.
— Muito bem crianças – começa Amil. – Foi um bom começo. E agora é hora de...?
— Frase do dia ! – gritam ansiosos.

— Muito bem – digo pondo a mão no queixo como se pensasse no que dizer – Que frase hoje ?
Faço uma pausa dramática, abro a expressão em surpresa com tivesse lembrado de algo e elas riem.
— A música demonstra o que não conseguimos por em palavras.
As crianças amam as frases do dia.

Elas continuam ensaiando por um tempo e quando achamos que já está bom paramos.
— Quem fez o que pedimos ? – pergunta Amil.
Algumas mão são levantadas.
— Tia Judy – Emily me chama.
— Sim ?
— Pode me ajudar ? A diretora não sabia então não consegui completar a partitura.
— O que aconteceu ?

Ela me explica a dificuldade com as notas da segunda estrofe na quarta frase.
— São bem agudas, eu ficava em dúvida entre sol e si. – explica.
Ajudo ela a completar aquela parte e depois continuamos os ensaios ajudando os alunos com dificuldade, a maioria não conseguia acompanhar quando alguém está fora do tom.

Depois de duas horas elas se despedem de nós e vão embora, menos Emily.
— Eu pedi para a Diretora deixar eu ficar um pouco com você e ela deixou.
— Que bom meu amor ! – digo pegando ela no colo.
— Quando eu terminar de limpar aqui vamos brincar um pouco.
— Então posso esquecer de você vir para casa. – diz minha mãe na porta.

— Mãe ? Quando você chegou ?
— Quando começou o último ensaio. Onde vão ?
— Eu queria ir na loja de doces.
Eu e minha mãe rimos.
— A diretora disse que você não pode comer muitos doces.
— Eu sei.

— Como está seu pai ? – pergunta minha mãe – falou com ele ?
— Falei – diz Emily – ele vai vir me ver amanhã.
Eu e Emily passamos o resto da tarde juntas, brincando, conversando, comendo.

Levo ela para o orfanato, a diretora é muito gentil.
Fico na porta, observando enquanto os cabelos castanho-chocolate de Emily ondulava se afastando, ela vira para mim e me dá um tchauzinho com a mão.
Ela tem olhos tão gentis, iguais aos da mãe.
A mãe de Emily morreu de doença, era humana, conheci ela pouco tempo antes de morrer.
O pai dela só soube da existência da menina depois que eu fui atrás dele para dizer.

Entre mundos - primeiro volume - Triologia Entre MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora