Entre mundos - primeiro volume - Triologia Entre Mundos

Capítulo 52

Capítulo bem amorzinho gente.
Espero que vcs gostem.

Judy

Era meu aniversário.
Eu havia aberto um portal para Terrasen e Aelin, Rowlan e Evalin vieram.

Eu queria comemorar num lugar que para mim era muito especial.
Estávamos todos em uma propriedade que eu havia comprado.
Todos reunidos na área externa casa grande que eu já tinha mobiliado.

Neste momento estamos comendo o bolo.

O dia havia sido muito bom, passei o dia com eles.
Eles fizeram um portal do lado de fora da casa com lavandas, fazendo com que parecesse que havia uma parreira na porta da minha casa.

— Parabéns Judy. – diz Aelin pela quinta vez.
— Obrigada Aelin. – agradeço rindo dela.
— Há um motivo para estarmos nesta propriedade ? – pergunta Evalin.

Eu rio.
— Eu queria mostrar algo a vocês.

Todos param de comer e olham para mim.
Me levanto.
— Venham comigo.

Todos me seguiram até o campo de lavanda que havia poucos metros longe da casa.
— Podem apagar a chama por favor ? – peço a Aelin e Rowlan que deixam o fogo na palma de suas mãos se extinguir.
— Olhem para cima.

Todos fazem o que eu pedi.
Estamos ainda perto de Velaris, tendo a visão maravilhosa das estrelas.
— Eu adoro olhar para essas estrelas.
Adoro como isso faz com que eu me sinta em casa.
E adoro compartilhar isso com vocês.
Obrigada por estarem comigo nesse aniversário.

"Esse ano teve seus altos e baixos, ele ainda está no meio, mas espero que ele seja melhor a partir de agora e conto com vocês durante o restante deste ano."

Rowlan já estava ao meu lado no final do meu pequeno discurso, segurando minha mão como se quisesse me dar forças.

Todos olhavam para mim.
Eu tinha lágrimas nos cantos dos olhos.
— Sou muito grata por ter conhecido vocês este ano.

Aelin sorriu para mim.
Rowlan passou o braço sobre meus ombros.
Quando o olhei, os olhos dele estavam brilhando, talvez com lágrimas não vertidas, talvez apenas por olhar para mim, não importa.

Ele foi como um pilar para mim, como a chama que espantou os fantasmas da minha vida - por mais que eu ainda não esteja totalmente bem -, foi a pessoa que esteve do meu lado todo o tempo.

— Ficamos felizes por estar com você, querida. – diz meu pai.

Eu novamente olho para minha família.
Eu realmente sou abençoada por fazer parte dela.

Nos juntamos um ao lado do outro e novamente olhamos para as estrelas.

Rowlan ao meu lado, segurando minha mão.
A mão dele era quente, grande, acolhedora.
Olho para ele e aproximo o rosto.
Deixo um beijo em sua bochecha.
— Obrigada por tudo. – sussurro em seu ouvido.

Ele olha para mim e sorri.
Sorrio de volta.
Em pouco tempo ele iria para casa, eu gostaria de aproveitar o máximo possível com ele.
Estavam todos em silêncio, até Tefhy se pronunciar e chamar a atenção para si.

— Eu queria dizer algo.
Eu sei que parece loucura que um dia eu diga a ele que quero esperar e agora, estou dizendo isso, mas... Eu e o Alan vamos aceitar o laço da parceiria e depois nos casar.
A serimônia vai ser pequena e só para a família e amigos mais próximos.
Em dois ou três meses.

Ambos estão de mãos dadas.
Não é novidade para mim que Alan seja ansioso, mas se casar assim tão rápido é uma surpresa.

Todos ficamos felizes, eles eram malucos, mas gostam de verdade um do outro. Quem sou eu para impedir ?

A noite se passou com a gente discutindo coisas aleatórias curtindo o campo e o céu estrelado sobre nós.

Em um determinado momento, Rowlan me puxa para ficarmos a sós.
Eu conhecia bem aquela propriedade, havia um riacho por perto.
Andamos até chegar naquele riacho.

— Judy – começa ele em tom calmo. – eu queria falar com você em particular.
Não quero que se sinta mal, nem obrigada a responder.
Esse ano aconteceu muita coisa realmente: encontrou seu irmão, perdeu Emily, ganhou um pretende-
O interrompo.
— Pretente é ? – digo levantando uma sobrancelha

Ele ri.
— O que eu quero dizer: eu gosto de você Judy.
Estou apaixonado, arrisco dizer amando. – ele segura minhas mãos, passando os polegares no dorso delas em movimentos circulares como se tentasse me fazer entender – Eu sei que nos conhecemos faz pouco tempo, mas quero saber se: em algum dia pode dar certo, uma relação entre nós dois.
Temos tempo de sobra, somos feéricos, então eu não me importaria de esperar.

Eu apenas conseguia sorrir.
Era a coisa mais bonita que ele já havia dito para mim.
Meu coração esmurrava meu peito.
Meu mundo parecia ter parado de rodar por um minuto inteiro, apenas por olhar em seus olhos ansiosos que aguardavam uma resposta.

Tomo fôlego e coragem para falar.
— Row, eu nem sei o que dizer.
Eu quero muito que dê certo, podemos continuar nos conhecendo.
Os sentimentos são recíprocos.
Eu também gosto de você muito mais do que eu achei ser possível.

Ele sorri para mim, me abraçando.
Ele me solta e logo depois me beija.
Eu já havia beijado ele antes, agora é diferente, parece muito mais... apaixonado, sentimental, necessitado.

Seus lábios se arrastavam sobre os meus lentamente, apenas demonstrando carinho e devoção.
Uma de suas mãos estava em meu rosto, segurando minha bochecha com delicadeza.
A outra mão estava em minha cintura, traçando pequenos círculos em formato de carícias.

Eu segurava seu rosto com as duas mãos.
Eu precisava de mais dele, precisava sentir ele inteiramente.
Quando nos separamos, com os lábios inchados e totalmente dormentes, fomos para junto dos outros novamente.

Voltamos para casa.
Um sorriso bobo e apaixonado não saía nem do meu rosto, nem do dele.

Rowlan

Poucos dias depois, era hora de voltar para casa.
Era difícil me despedir, mas era necessário voltar a Terrasen.

Tentamos nos despedir rapidamente, mas era difícil.
Eu não posso negar que estou apaixonado: Meu coração dói ao vê-la com os olhos brilhando em lágrimas não derramadas.

Era bom saber que ela ficaria com saudade, mas eu odiava fazer ela chorar.

Os pais dela se despedem de mim com sorrisos no rosto, possivelmente felizes por mim e Judy.

Oryn vem em minha direção e me puxa para um canto um pouco mais longe.
— Eu sei que você e Judy gostam um do outro.
Eu tenho ciúme sim, mas quero que ela seja feliz.
Cuide dela, príncipe, ou eu cuido de você.

Eu volto para o meio de todos rindo com a ameaça, mas levando a sério por saber que ele realmente ama a irmã.

Na última hora, Judy veio até mim.
— Eu não vou te deixar em paz. Mandarei bilhetes todos os dias.

Sorrio para ela.
Ela sorri também.
Olhei para ela, tentei memorizar cada detalhe.

Como sempre, ela está deslumbrante.
Seu cabelo está trançado no topo da cabeça, presos por um elástico para deixar o restante do cabelo solto, fazendo os cachos caírem soltos nas costas.
Usava uma regata azul e uma calça preta.
A pele dela parecia brilhar sob o sol da manhã.

Puxei ela pela cintura.
Eu havia me viciado em seus beijos.
O gosto dos lábios dela era o melhor que eu já havia provado.
— Prometo que vou responder todos. – sussurro para ela.
Falar sussurrado se tornou uma mania, afinal, todos podem nos escutar.

— Se não responder, irei a Terrasen apenas para lhe surrar.

Rio dela.
— Então vou deixar de responder algumas vezes.

Ela também ri.
Selo nossos lábios rapidamente, apenas para que ela retribua quando eu me afastar.

E assim ela faz.
Eu não me importo com a presença dos pais dela, ou dos meus.
Eu não me importava com mais nada além do bem estar dela.

Depois de finalmente nos soltarmos, entramos no portal e voltamos para casa.
No mesmo instante, meu coração pesou.