Capítulo 34: Maratona 2 capítulo 6

76 5 4
                                    


Narração 3° pessoa.

O quarto dia da celebração havia começado e passado.
Era noite e Judy e Rhyra estavam se arrumando juntas.

Judy gostava muito do último dia de festa, a comida e bebida eram melhores, tinha danças em roda, e toda a parte feminina da festa usavam saias rodadas.

— Tefhy estava estranho ontem. Sabe de algo ? – pergunta a mais nova enquanto juntas andam pelos corredores em direção à saída para a rua.
— Não deve ter acontecido nada. Se aconteceu, deve ter sido algo bom.

Ambas saem de casa e encontram os pais as esperando.
Olhar para as filhas despertava muitas lembranças em Rhys e Feyre.

— Vocês estão lindas.– diz o pai orgulhoso.
As filhas estavam realmente deslumbrantes.
Judy estava com uma blusa que apenas cobria os seios, parecendo uma peça íntima, porém com mangas.
Os pais haviam visto a tatuagem, mas nada disseram.

Uma saia longa e rodada lhe cobria as pernas.
Ambos faziam parte de um conjunto preto com as mangas e barra dourados.
A mais nova também trazia os cabelos soltos.
Os cachos pretos bem cheios fazendo com que ela parecesse jovem, cheia de vida e alegria.

Já Rhyra vestia uma saia vermelha longa e uma blusa transparente também vermelha.
Os cabelos trançados desde a raiz lhe caiam no ombro fazendo-a bonita porém séria.

— Tendo um pai como eu, não é de se estranhar. – continua convencido.

Os quatro rumam para o anfiteatro, os mais velhos conversando através do laço que os envolvia.
" Elas cresceram tão rápido.
Quase posso vê-las correndo pelo jardim."

Comenta o macho, mesmo na mente sua voz soava orgulhosa e um pouco emocionada pelas filhas.
" Elas amadureceram tanto.
Principalmente Judy, ela mudou tanto, nem parece a mesma garotinha que bateu a nossa porta tanto tempo atrás."

Feyre ainda se lembrava dos primeiros meses da menina com eles, lembrava de acordar enjoada e com os olhos marejados por seus sonhos lhe mostrarem o que aconteceria a filha se não tivesse os encontrado.

Lembrava de sonhar com a mais nova sendo agredida, passando frio, passando fome e muitas outras coisas não disiveis ou imagináveis.

Tefhy caminhava sozinho em direção à festa.
Ainda pensava no que havia acontecido, se perguntava o que faria, se aceitaria ou não o laço da parceiria.

Beijar Alan havia sido algo feito por curiosidade, um teste para ver se poderia fazer isso.

A lembrança dos lábios quentes de Alan lhe vinha a mente o caminho inteiro.

Naquela manhã a mãe havia dito a ele que iria começar a viver por si mesma, avisou que ele podia contar com ela, mas que não estaria o tempo inteiro à disposição.

Ele ficava feliz pela mãe, e isso também lhe era um incentivo para que andasse com suas próprias pernas, e por isso - e apenas por isso - não conseguiu contar a ela sobre ele e Alan.

A única pessoa que saberia o que fazer seria ela. E Tefhy não queria que ela se preocupasse com algo tão simples de se resolver.

Era simples, admitia, porém ele estava confuso.
Sempre imaginou a vida ao lado de uma pessoa do sexo feminino, agora se via confuso.
Não podia negar que Alan era bonito, forte, atraente, se preocupava com a família e parecia ser o ideal de qualquer um, mas ainda tinha certo receio.

Ao chegar ao anfiteatro iluminado para a festa, pôde ver a irmã.
Ele buscava um meio de adiar a própria decisão e com esse intuito lhe ocorreu uma ideia.

Entre mundos - primeiro volume - Triologia Entre MundosUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum