Entre mundos - primeiro volume - Triologia Entre Mundos

Capítulo especial de Ano novo

Oi pessoas.
Sou uma pessoa muito proativa e vim trazer um capítulo especial de ano novo.
Será a continuação do especial de Natal.
Espero que aproveitem.
Boas festas e feliz ano novo.

Rowlan.
Eu estava bem ansioso.
Trocar mensagens não é o mesmo que se ver.

Meus pais tinham programado uma agenda inteira conosco para esse último mês, mas me deixariam livre hoje.
Meus irmãos nem se incomodaram com o fato de eu ser o único que vai para outro lugar sem nossos pais.

Estávamos numa praia do Rio de janeiro.
Um lugar que eu nunca conseguiria pronunciar o nome em toda a minha vida.

Eu havia combinado com a Judy de nos encontrarmos num ponto específico.
Eu estava no lugar combinado, ela não.

O dia de Natal havia sido muito corrido, então eu não pude passar tanto tempo com ela, e essa semana que se passou não foi muito tranquila também.

Depois de esperar por alguns minutos, ela chega.
Está linda.

O cabelo estava totalmente solto, estava com um vestido azul claro - tão claro que parecia até branco - de manga curta e saia rodada.

Tem saltos pretos nos pés e quase nenhuma maquiagem no rosto.
Ela parece ter saído de um romance.

— Esperou por muito tempo ? – pergunta ela.
— Não, de jeito nenhum, cheguei faz poucos minutos. – respondo quase imediatamente – Está muito bonita.

Ela abre um sorriso de tirar o fôlego.
Tudo será lindo nessa mulher ?

— Obrigada. Venha, vamos comer algo.

Ela me arrasta para comprar algum lanche na rua.
Pode ser considerado algo muito sem graça e, apesar de ter os mesmos lanches no meu país, aqui parecem ser feitos de modo diferente.

Terminamos de comer e fomos direto para a praia.
Uma parte mais afastada, bem mais afastada a ponto de não ter ninguém, se é que existe esse ponto da praia.

Tem muita gente, e quando eu digo muita, é realmente muita gente.
Ela - que parecia conhecer o lugar - foi me levando para mais e mais longe até chegar em um ponto onde tinham algumas rochas grandes perto da praia.

Não tinha ninguém por perto.
— Essa é a hora em que você se revela uma assassina e eu tenho que começar a correr ? – ela ri, uma gargalhada demorada.

— Tem assistido muitos filmes de terror, não ? Na verdade eu vou me revelar uma feiticeira e fazer você cair na maldição de ficar preso a mim.

Estendi uma toalha no chão e sentamos em cima dela.
Era possível ouvir o barulho das pessoas aglomeradas em algum lugar por aí.

— Agora que nós temos tempo e podemos ficar tranquilos quanto a qualquer coisa, quero saber várias coisas. – ela diz olhando para mim.
— Pergunte o que quiser.

Depois de pensar um pouco, ela pergunta:
— Qual foi a primeira coisa que passou pela sua cabeça quando me viu pela primeira vez ?
Era realmente uma pergunta inusitada.
— Eu achei que você pudesse me ajudar. A primeira coisa que eu pensei foi: " Será que aquela mulher fala minha língua ?"

Ela ri.
— Quantos anos tem e qual é o dia do seu aniversário ? – pergunto a ela.
— Acredita em signos ?
Nego com a cabeça.
— Então é só curiosidade ?
Aceno afirmativamente.

— Tenho vinte e um anos e faço aniversário dia quinze de Julho.

Ficamos fazendo perguntas aleatórias e conversando sobre quase tudo.

Nem vimos o tempo passar.

Era bom estar ali.
Era agradável e divertido.
Ela fazia perguntas inusitadas e eu ria e depois respondia.

Ela era uma pessoa bem diferente.

Perto da meia noite ela abre o Champanhe que eu havia trazido e serve.

A contagem regressiva começa e ela acompanha.
Quando chega no número um, ela se inclina em minha direção e me dá um beijo.

O tempo para ao nosso redor.

O beijo dela é tão envolvente e bom !

Ela põe a mão atrás da minha cabeça, me puxando para mais perto e eu ponho a mão em sua cintura.

Ela mexia com a minha cabeça.

Nos separamos quando ouço os fogos começarem.

Olho para de onde o barulho vem e vejo os fogos coloridos.
Era algo muito bonito.

Mas o melhor é que ela olha encantada para o show de luzes coloridas à nossa frente.
Ela parecia até mesmo uma criança vendo os fogos pela primeira vez.

Foram treze minutos de queima de fogos.
Quando terminou, ela olhou para mim sorrindo.

— Feliz ano novo. – digo a ela.
— Feliz ano novo.

Continuamos ali.

Sentados.

Conversando e rindo por muito tempo.

Perto das quatro da manhã, fomos cada um para seu rumo.

Eu não queria que ela fosse a esse horário sozinha, mas ela não deixou que eu acompanhasse.

Eu passei o caminho todo para o hotel pensando que algo poderia acontecer.

Quando ela chegou onde estava hospedada, me mandou uma mensagem avisando que estava bem.

Depois desse dia, tiveram muitos e muitos outros.
Alguns bons, outros nem tanto.

Mas nada foi em vão.
Tudo foi extremamente necessário.
Hoje - alguns anos depois - eu ainda posso lembrar com perfeição cada detalhe das noites em que tivemos esses dois primeiros encontros.

O quanto ela estava bonita.
O quando ela ria.

Tudo o que se pode imaginar.

E fico feliz de ter conhecido ela.
Fico feliz de ter me perdido do meu irmão naquele Natal.
E principalmente, fico feliz por hoje estarmos como estamos agora.

Eu sei que deve estar meio ruim, mas é o que temos para hoje ( como eu já disse: bloqueio criativo é foda)
Espero que tenham gostado pessoal.
Bjinho.
Que o ano de 2021 seja melhor do que 2020.

Gente, eu só queria agradecer pelas 206 leituras.

Vocês são de mais.
Obrigada msm.