Entre mundos - primeiro volume - Triologia Entre Mundos

Capítulo 30: Maratona 2 capítulo 2

Rowlan

Alan e eu estávamos nos arrumando.
Nos deram roupas bem simples para vestir.
Disseram que o destaque esta noite seria A Representante.

Alan estava vestido com uma calça azul marinho e uma camisa preta.
Eu vestia uma calça verde musgo e uma camisa marrom.
Também estávamos com os colares que fizemos juntos, complementando o traje simples.

Ambos parecíamos camponeses ou pessoas mais pobres.
Eram roupas confortáveis e bonitas, além de simples.

Saímos para a festa e está tudo ainda mais bonito.
É quase impossível que haja uma beleza desse nível numa cidade.

Há bolas de fogo grudadas em cordas mas sem queimar as cordas.
Elas passam em linhas horizontais acima das nossas cabeças iluminando toda a cidade.

Entramos em um anfiteatro aberto enorme que nos foi mostrado mais cedo.
Há flores de todas as cores perto das colunas em uma pilha que parece que serão usadas para algo.

Também tem uma mesa com bebidas alcoólicas e uma outra com sucos.

Todos andam de um lado para o outro cumprimentando conhecidos e dizendo algo como: Boa Celebração !

Há feéricos escamado e encouraçados, alguns tem asas, há feéricos humanóides e com características animais também.
É lindo de se ver.

Emily está brincando com muitas crianças, todas elas com trajes simples.
As crianças brincam de roda e cantam canções alegres e infantis.

Emily me vê e vem em minha direção trazendo Dylan consigo.
- Olá !
Lembro de como ela ficou feliz ao comer os doces que tinham na casa de Judy, porém agora ela parece ainda mais feliz.
- Olá Emily ! Olá Dylan !
- Sabem onde está Bany ?
- Não vimos ela. - diz Alan.
- Então eu vou procurar. Até mais !
Se despede e sai correndo, Dylan em seu encalço.

Os irmãos de Judy vem em nossa direção.
- Vocês estão muito bonitos.- diz Rhyra.
- Tenho que concordar. - Colder ao seu lado.
Rhyra está com um vestido azul claro e Colder com uma calça preta e uma camisa branca.

- Estão todos aqui mas, não vejo Judy em lugar algum - digo baixo para que apenas Alan escute.
- Hoje ela é a Representante da Mãe. - responde Rhyra.
- Oh, eu sei sobre a crença da Mãe, mas... Representante ?

- A cada ano, uma fêmea diferente representa a Mãe, dando beijos em Machos, Fêmeas e Crianças, como se fosse as bençãos da Mãe para eles - diz Colder -
Nem todos participam, não é obrigatório, mas a maioria sim. Não conte a ninguém que eu te disse isso, A Representante geralmente só é de conhecimento público depois que a festa começa.
Como não sabemos como a Mãe é, várias fêmeas já fizeram esse papel, são escolhidas por sorteio, isso acontece todos os anos há 270 anos desde o fim da guerra contra Hybern.

- Judy me disse que são quatro dias de festa, hoje vai acontecer algo especial ? - pergunto.
- Hoje vai ser a serimônia que começa a festa, teremos um discurso dos nossos pais e danças, depois a representante vem e faz a serimônia e quando acaba a serimônia todos começam a beber, crianças e pessoas que não querem beber álcool bebem suco.

Taças de vinho são postas nas mãos dos adultos e para a minha surpresa, nas de crianças também.
- Para quê o vinho se vamos beber só depois da serimônia ?
- É uma representação do sangue dos machos que morreram na guerra, para prestar homenagens. - responde Colder.
- Não tem álcool, em nenhuma dessas taças, é suco de uva antes de fermentar. - diz Rhyra ao perceber minha surpresa.

A música que estava tocando para.
Rhysand e Feyre sobem no palco do teatro e começam a discursar.
- Bem vindos à Celebração deste ano. - começa Rhysand.
- É uma grande alegria que por mais um ano estejamos juntos mais uma vez. - continua Feyre.
- É uma honra apresentar hoje, A Representante deste ano.

Os dois sorriem e continuam o discurso agradecendo a todos que estavam presentes.
- Sem mais delongas pois sei que há pessoas aqui com pressa para beber. - diz ele.
- É isso aí, as bebidas esse ano prometem. - grita Cassian na multidão ao lado de Azriel, Oryn e Tefhy.
Alguns risos na multidão.

- Então vamos começar.- diz Feyre.- Uma boa Celebração !
Diz erguendo a taça de vinho que está em sua mão.
Todos da multidão também levantam as taças e respondem em um grito alegre.
- Uma boa Celebração !

Bebemos e a música volta a tocar, mais suave e baixa.
As bolas de fogo acima de nós se apagam e ficamos todos no escuro, porém, luzes são acesas em duas filas fora do anfiteatro.
Olho para a direção das luzes.

Seis mulheres em cada uma das duas filas fazem uma espécie de caminho seguram velas.
Uma outra mulher surge.
Ela anda no meio das filas, está vestida de branco, sua roupa parece brilhar.
Quando chega na entrada do anfiteatro as luzes acima de nós acende novamente, revelando Judy no vestido branco.

Ela está tão linda, parece ser a única pessoa no lugar inteiro.
Seus cachos estão soltos, uma coroa de flores vermelhas foi posta em sua cabeça roçando de leve em suas orelhas levemente pontiagudas.
O vestido era revelador apesar de não ser transparente, era justo, moldando o corpo de um jeito quase obceno.

A saia do vestido era solta e uma fenda de cada lado deixava as pernas a mostra.
O rosto que nunca trazia pintura alguma, agora tinha um contorno preto ao redor dos olhos, lábios pintados de vermelho vivo e forte, as bochechas pareciam um pouco rosadas.

Ela também tinha jóias a adornando.
Usava brincos de rubis incrustados no ouro branco, usava dois colares: o que foi feito em Terrasen e um colar de rubis, três gemas perfeitamente alinhadas no pescoço dela, também incrustados em ouro branco.

As mão não tinham anéis, ao invés disso, as unhas tinham uma tintura também vermelha.
Ambos os pulsos tinham pulseiras com contas também vermelhas.

Todas as jóias não eram tão brilhantes quanto seus olhos, que varriam a multidão.
Seus pés não tinham sapatos, também tinham contas desta vez pretas, que rodeavam o fim da canela, fazia uma fila até os dedos e passava rodeando o dedão.

Era uma cena que deixaria qualquer pessoa sã sem fôlego.