Capítulo 33: Maratona 2 capítulo 5

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Narração 3° pessoa

Bany havia ficado parte da noite acordada.
A Loira pensava em Zeeryn, e em como ele parecia estranho.
Além disso também pensava na amiga e seu caso complicado com o príncipe.

Judy tinha uma vida e tanto, era o que a fêmea pensava.
Um irmão perdido foi achado e um quase pretendente conhecido.

Ao pensar em Tefhy, Bany não pôde deixar de notar no interesse do macho em si.
Ele não havia ido falar com ela, porém não havia como não perceber.

Já de manhã cedo Phyn, acorda decidida a viver por si só.
No café da manhã, todos pareciam cansados e ao mesmo tempo felizes.

Phyn exalava essa felicidade, estava pensando no que faria agora que tinha dado a si mesma esse descanso.
E resolveu que iria beber aquela noite, coisa que não fazia há um tempo, viveria um dia de cada vez e veria o que fazer com o que a vida lhe trouxesse.

Após o café da manhã, todos foram para as ruas movimentadas para continuar a celebração.

Desta vez, as servas abordavam as pessoas na rua e juntavam duplas.
Para a surpresa de Alan, Tefhy caiu como sua dupla e os dois se dirigiram ao templo depois de ouvir o que normalmente se fazia naquela ocasião da celebração.

Os dois entram no templo e olham ao redor, fazem orações de agradecimento.
Tefhy, sozinho com Alan agora percebia algo diferente: Alan parecia inquieto, parecia querer lhe dizer alguma coisa.

— Está tudo bem Alan ?
Se virando para o mais velho ele responde.
— Está, só me sinto inquieto.
— Aconteceu algo ?

Alan se perguntava se devia contar a Tefhy sobre seu interesse. Aquele parecia um bom momento.
Porém, lhe faltava coragem.

— Não.
— Acho que somos parecidos.– comenta Tefhy.
Alan se via confuso.
Como assim parecidos ?

— Explique.
— Ambos irmãos mais novos, preocupados com a família...

Alan sorriu minimamente.
— Você é mais sério do que eu.
Tefhy ri.
— Mesmo assim, acho que somos iguais em muitos sentidos, mesmo que eu não saiba enumerar agora.

O templo estava iluminado por velas, mesmo de dia.
Alan brincava com as chamas das velas, evitando olhar para Tefhy.
Porém, algo acontece. Algo maravilhoso e ao mesmo tempo estranho.

As velas se apagam.
Ambos, ao mesmo tempo, sentem algo se encaixar entre os dois.
Alan sabia o que era.
Tefhy nem fazia idéia.

— Sentiu isso ? – perguntou o mais velho
Alan apenas acena de volta.
— Sabe o que foi ?
— Tenho um palpite.
As velas se acendem novamente.

— Melhor sairmos logo.
Alan apenas concorda e ambos saem do templo e caminham em silêncio.
— Tefhy, vem comigo.
Alan puxa o mais velho de volta para onde eles estavam hospedados.

— O que foi ? – pergunta logo ao chegarem ao local.
— Não tem ideia do que aconteceu no templo ? – pergunta Alan.
Ele apenas balança a cabeça negativamente.
— Se você já sabe, diga ! – diz Tefhy.
— Acho que foi o laço da parceiria.

Tefhy olha para Alan com o coração acelerado e o cérebro anestesiado.
— Tefhy ? Não vai falar nada ?

Inspirando fundo Tefhy consegue articular uma frase.
— Parceiria ? Como é possível ?
— Eu não sei, devia ter acontecido antes, mas por algum motivo só aconteceu agora.
— Como assim era para ter acontecido antes ?

O mais velho parecia quase ofendido.
— Se somos parceiros, uma hora ou outra devia acontecer.
— E como você tem certeza ?
— É o melhor palpite que temos.
Tefhy tentava se acalmar, não sabia o que pensar, seu coração retumbava alto em seu peito.

— O que vamos fazer Alan ?
Alan olhava para o parceiro que parecia desesperado.
E por mais que doesse, ele teria que respeitar a posição do outro.
— Depende de você. Se irá ou não aceitar o laço.

Tefhy olhou para ele ainda sem saber o que fazer.
Mas logo lhe ocorreu.
— Você aceita o laço ?
Essa pergunta pega Alan de surpresa.
— Aceita Alan ?

Respirando fundo, com a mente a mil ele responde.
— Não posso negar que tinha um interesse em você. Eu aceito o laço, mas irei respeitar o seu posicionamento sobre isso.

Tefhy o encarava com as sobrancelhas erguidas em surpresa.
— Eu nem sei o que dizer, ou o que pensar.

Alan dá um sorriso sem graça.
— Não diga nada. Pode pensar por um tempo se quiser.
Tefhy acena.

Os dois não estão longe um do outro.
Tefhy, nunca havia ficado com alguém do mesmo sexo, mas não podia negar que Alan muito o instigava.
Por curiosidade ou impulso Tefhy se aproxima de Alan.

— Isso... é apenas por curiosidade.
Um pouco nervoso ele chega ainda mais perto.
O cheiro de Alan não era ruim, algo como as águas de um rio e um toque gelado.
Tefhy estava nervoso, mas sem pensar muito captura os lábios de Alan com seus próprios.

Alan surpreso retribui o gesto.
Alan se sentia no paraíso, a boca de Tefhy era carnuda e quente, a língua dele pedia espaço para Alan que não demorou nem mesmo um segundo para ceder.

Alan consegue sentir as mãos de Tefhy em seu cabelo, puxando e acariciando e posiciona as suas próprias na cintura do outro.
As mentes e corpos apenas desfrutando do contato entre os dois.

Apenas para saber qual seria a reação de Tefhy, Alan deixa que uma de suas mãos caia para os glúteos do mais velho e sem muita força, aperta o local.
Com a cabeça pendendo para um lado, fazendo um encaixe perfeito entre as bocas, Tefhy solta um gemido baixo.

Tefhy não queria que aquilo acabasse, aquele momento tão único e maravilhoso.
O beijo era lento, sensual, como se um estivesse testando o outro.

Para Tefhy, a sensação dos lábios firmes de Alan era diferente e ao mesmo tempo tão familiar.

Tefhy não conseguia dizer com clareza o que sentia, então deixava que o corpo falasse por si.

Ao final do beijo, ambos se olham com os lábios vermelhos e inchados.
Os olhares em momento algum se desviavam.
— Eu não sei o que vai acontecer – começou Tefhy baixinho.– podemos decidir depois da festa.
Alan apenas assente e ambos saem da casa voltando para a rua.

Ambos ainda sentindo o beijo, ambos ainda querendo mais daquele contato que fazia a pele arder em chamas.

Judy e Zeeryn conversavam sentados na arquibancada do anfiteatro quando os recém descobertos parceiros entram no local.
Judy sabe que algo está diferente, mas mesmo assim continua conversando com o amigo que há tanto não via.

— Então, aquele é seu irmão. Vai levá-lo para conhecer seu pai ?
— Ele não é meu pai, apenas meu progenitor.
— Ainda assim Tefhy pode querer conhecê-lo.
— Sim, ele já tinha comentado algo comigo. Não levei ele quando ele veio pela última vez para curtir um pouco meu irmão só para mim.

— Quando vocês vão ?
— Não sei ainda. Mas não vamos ficar muito tempo lá.
— Você não fala com ele, não é ?
— Eu não tenho nada para falar com ele.

— Mudando de assunto: Quem são aqueles que vieram com você ?
— Não tive tempo de te apresentar, mas venha comigo que eu faço isso agora.

Ambos andaram em direção à Rowlan que estava sozinho.
— Olá, eu vim fazer as devidas apresentações. Este é Zeeryn.– diz Judy para Rowlan.
— Olá. Sou Rowlan.
Um cumprimento e um olhar de avaliação de ambos os lados.

O dia se seguiu.
A noite tudo bem animado.
As bebidas e comidas novamente servidas.
Danças e tudo mais.
No fim da noite, no escuro de um quarto, uma pessoa não se dá por satisfeita.
Tudo parece estar de acordo com o plano, porém aqueles dois podem atrapalhar muitas coisas.
Apenas esperar para ver.


Gente, acho que quando eu postei, estava um pouco cansada e errei. Esqueci um capítulo.
Tô aqui concertando.
Ainda hj tem capítulo novo, só vou concertar isso antes.

Entre mundos - primeiro volume - Triologia Entre MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora