Capítulo 50

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Oi pessoal, eu tô passando para avisar que esse capítulo tem cenas de tortura e se você for sensível a isso, pule o capítulo.
E também, nossa história está na reta final, logo vai acabar a história.
Digam se estão gostando por favor.

Judy.

Eu e Rowlan estávamos no túmulo de Emily.

Embora eu tenha dito que queria vir sozinha, ele se recusou a ficar em casa.

Os ferimentos que eu havia ganhado, já se curaram, eu estava perfeitamente bem, mas ele ainda queria me escoltar.

Eu não havia me despedido direito, eu precisava estar ali.
Nos dias seguintes à morte de Emily, estive tão tomada pelo luto que não consegui lhe dizer o que estava em meu coração.

— Oi meu amor, queria falar com você. – comecei, abaixada perto da lápide. – Vim dizer que está tudo bem agora.
Eu passei um período de luto, agora estou me recuperando.

"Meu tio e seu pai estão se divertindo um pouco.
Eu sei que é algo cruel de se fazer, mas é a única coisa que me fará ficar mais tranquila."

Eu olhei para Rowlan que apenas fitava o túmulo com pesar.
— Mas, eu quero dizer, que mesmo que não tenha conseguido te adotar, eu te amo.
Sempre vou amar você.

As lágrimas escorriam dos meus olhos sem que eu conseguisse detê-las.
— Eu não pude antes, mas vim aqui agora, e quero te dizer: Que o caldeirão lhe salve.
Que a mãe lhe segure.
Passe pelos portões da eternidade e sinta o cheiro da terra imortal de leite e mel. Não tema o mal. Não sinta dor. Vai e adentre a eternidade.*

Eu choro em silêncio por alguns segundos.
— Sabe meu amor, eu tenho sentido muita saudade, e a turma também.
Todas as aulas tem um minuto de silêncio no final, por você querida.

Eu solto um suspiro baixo.
— Espero que esteja tudo bem aí no além-mundo.
Tenho que ir agora, mas eu volto.

Me levanto e começo a andar para longe dali.
Rowlan me seguindo de perto.

Levei ele até a casa da corte, onde os assuntos formais são resolvidos.

Fomos direto para a sala especial de tortura.

Eu havia acabado de falar com Emily, mas já estava novamente com o ódio borbulhando dentro de mim.

Ao ver Zeeryn com a cabeça baixa, tudo o que havia acontecido com Emily me veio a mente.
Cada sorriso dela, cada fala, cada expressão facial foram passando na minha mente.

Depois, o corpo gelado num beco, a confissão do abuso que ele cometeu, as marcas no corpo dela.

Tudo estava passando em sua mente.
— Como eu prometi, não arranquei nenhum pedaço de carne dele. – diz Eodan para mim.

— Eu não fiz nada com ele ainda. – comentou Azriel.
— Certo, é minha vez de brincar um pouco.

Me aproximei, Rowlan foi para um canto da sala e apenas ficou me observando.
— Sabe o que é engraçado Zeeryn ? – pergunto rondando a cadeira em que ele está. – Agora que você está preso, não continua soltando seu veneno como fez na montanha do rito.
O que aconteceu ? O gato comeu sua língua ?

Ele apenas me olhava sabendo o que viria.
— Sabe, eu nunca fui cruel, mas você... você desperta minha imaginação, querido.

Eu me viro para Az.
— Pode amarrar na parede para mim ?

Após fazer o que eu pedi, meu tio abre um armário cheio de ferramentas maravilhosas que eu vou amar usar.
Pego uma linha que eu havia deixado separada antes.
Em cada ponta da linha tem um anzol.

Entre mundos - primeiro volume - Triologia Entre MundosWhere stories live. Discover now