Capitulo LXII

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"Quem num mundo cheio de perversos pretende seguir em tudo os ditames da bondade, caminha inevitavelmente para a própria perdição."
Maquiavel

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Os cidadãos italianos não estavam entendendo o porquê de tropas de soldados de Londres, estavam revirando a cidade de Milão de ponta cabeça? A cada loja, casa... que entravam pareciam selvagens revirando tudo, para comprovar que ninguém escondia uma criança.

Já sabendo o que tinha acontecido na mansão dos Biazatti os homens da lei estavam assim como os soldados a procura da criança Kingston, desaparecida. Temiam por um caos ainda maior, receberam o comunicado que dois navios cheios de soldados estavam vindo, de Londres e tudo por causa da tentativa de morte que a família Marvel e os Kingston sofreram. Quem se atrevesse sair da cidade seria julgado como cúmplice dos Bianchi.

Cartazes de recompensa avaliada como um valor exorbitante estavam sendo pregadas nos muros, postes e até entregues em mãos para os, nobres, plebeu e a sorte estava lançada, quem encontrasse Madalena com vida, receberia o agrado do rei. Foi Valério que estipulou nada mais nada menos do que um baú de ouro pela menina. Os italianos olhavam os cartazes panificados e alguns até começaram sair a procura da menina, não por piedade e sim por ganância. Queria ganhar a fortunosa fortuna e por incrível que pareçam o pensamento de ganância vinha dos nobres favorecidos de fortuna, pois, os plebeus, espalharam entre si que uma criança tinha sumido.

Para eles o valor de uma vida, valia mais que um baú cheio de ouro. Podia cessar a pobreza? Sim. Mais nada era capaz de mudar a dignidade e o coração bondoso de alguns plebeu que sabia a dor de ser sozinho no mundo. Alguns eram bastardos, outros filhos do acaso e muitos órfãos de pais que adoeceram de tanto trabalhares para pessoas possuidoras de títulos. Crua realidade e irônico o presente.

Reverência ia sendo feita quando rei, galopando seu alazão, surgia no meio dos guardas e seguindo o destino, o parlamento. Se guerra que eles desejam, é guerra que teriam. Rei Valério não estava ali para diversão e sim para mostrar o seu poder e estava comprovando isso sem ao menos abrir a boca, já que nobres democratas estavam se reverenciando como se fossem seu povo, governado por ele.

Enquanto a capital estava sendo revirado o campo não se encontrava muito diferente disto. As mansões campestres estavam sendo invadidas só que a comando de Laércio que estava com sangues dos olhos e queria Madalena a todo custo. Mesmo sendo a favor das regras; mulheres são seres frágil e não devem ser tocadas por um homem. Pela primeira vez, tão pouco estava se importando com Vicenzo, enforcando 'milady' Carolina, bem na sua frente.

— Vamos Carolina, fale aonde a vadia da sua mãe escondeu a minha filha-O italiano ergueu a dama para cima, segurando seu pescoço com tanta força que ela balançava as pernas, na tentativa de se escapar.

— SOLTE ELA!-Barão Mattias e agora marido de 'milady' Carolina. Adentrou sua mansão em desespero, muito ciente que o foco da busca respingaria tudo na sua amada — SEU ORDINÁRIO! — Indagou empurrado Vicenzo que tirou sua arma do cos da calça e mirou na direção do juiz que paralisou.

— Atirarei na cabeça do seu marido e depois colocarei fogo na casa toda, com todos vocês dentro. Vamos sua maldita, me diz onde escondeu sua mãe.

Laércio deu um sinal para os guardas que levantaram o juiz do chão e levaram para mais próximo de Vicenzo, que parecia possuído, pelo próprio capeta. O italiano não queria saber quem teria que matar para ter sua bambina de volta, pois, ele mataria. Apertou mais o pescoço da pequena mulher que até pouco tempo corria atrás dele como um cão e agora tinha dado o golpe em um tolo apaixonado. Talvez pelo momento e até mesmo pelo ódio que o consumia o italiano não percebeu a mudança drástica em 'milady' Carolina.

 TESTAMENTO DA DUQUESA  Where stories live. Discover now