Capitulo XLVIII

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"Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças?"
Marcel Proust

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Itália - Milão

Condessa Giovanna estava recebendo convidados em sua mansão quando o filho entrou pela sala de visita sorrindo com mais uma carta em suas mãos. O suspiro do italiano foi tão alto que não passou despercebido pelas visitas ilustres da mãe que admirava tal beleza de um homem que mesmo tanto, anos servindo uma pátria diferente, não tinha perdido a graça de um italiano.

— Boa tarde 'milady' – Foi cordial com as vistas ao perceber os olhares em suas direções.

— Sua graça, Vicenzo – A viscondessa foi a primeira a se pronunciar o que fez ele sorri meio de canto.

— Sua graça, milorde — Milady Carolina se levantou e fez uma mensura formosa tentando conquistar o seu alvo.

— Se me permite tenho assuntos a resolver.

— Se junte a nós, estou com saudades para relembrar de Londres – A viscondessa pediu elegantemente

Mesmo não querendo atender o pedido a condessa lançou olhar ao filho que suspirou discretamente e se aproximou das senhoras se sentando no outro sofá vago.

— Se me permite, como anda o caos de capital de Londres? Fiquei sabendo através dos murmurinhos que a rainha permitiu um casamento proibido. Bem que o senhor meu marido sempre falou que tal senhora não possuía compostura para governar um país.

A condessa ficou sem jeito com a fala da amiga e o filho fez menção de se servi com uma xícara de chá para ele, só que 'milady' Carolina agiu rápida e mostrou seus modos de dama bem prendada e o serviu.

Grazie– Vicenzo agradeceu apenas sendo educado, pois, só de olhar para jovem tinha cala frios.

— Pietra creio que não seja apropriado comentar de outra senhora — Giovanna foi educada mais amiga desdenhou.

— Comentam que o filho se casou com uma gorda! Cruzes, como será exemplo sendo que ao menos consegui se unir em um enlace gracioso? A esposa não está nos padrões adequados da mais alta fina sociedade. Veja Carolina, um belo modelo para outras meninas desejarem ser, ou melhor, seguir. Beleza, foi uma bela herança de berço — Sorriu tomando seu chá.

Vicenzo analisou bem a senhora a sua frente usando um belo vestido, joias finas e apesar de tudo sentia pena por saber que em poucos dias teriam que mudar o modo que adorava ostentar, seus, título. Tanto ele como o pai não revelou a situação financeira da família Bianchi para condessa, temiam que a senhora se envolvesse ainda mais com um corrupto e só por isso estava resguardando a italiana de coração bom que toda certeza ajudaria amiga que estimava. Em pouco dias suas terras e bens pessoais, entrariam em leilão para pagar suas contas perante o banco e governo. Se Deus o ajudasse e a filha se casasse, o visconde com toda certeza salvaria tudo sem exaltar.

Sem nenhuma cortesia seu olhar mudou para jovem 'milady' a sua frente bem mais nova que ele o que era comum se ainda mais corteja por homens idealizar ser mais fácil em gerar filhos e se recuperar. Carolina era lindíssima e não poderia nega, porém, sua beleza era artificial o seu sorriso esforçado e apenas sua postura e modos perfeitos. Uma pena uma bela moça ser educada apenas para conseguir um casamento fortunoso e não idealizar mudar tudo sobre a realidade feminina de época.

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