Prolonga

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25 de Setembro de 1878
Mansão dos Kingston.
Ducado de Kinsey

Madalena Sussy Kingston, Duquesa de Kinsey. Título herdado depois da união de enlace com o tenebroso Duque Arnold Steven de Kingston, que morreu vítima de uma gripe forte. Um surto de varíola que ocorreu em Londres em 1760. Logo após comemorar 30 anos de casamento com a mulher que tirou ele do confortável castelo de sua madrinha a rainha Elizabeth III. Que chorou ao dizer adeus ao seu amado afilhado que criou com extremo amor da mesma forma que criaste seus dois filhos! Em seu coração sabia que a indomável plebeia de cabelos negro, corpo fora dos padrões, era o ideal para o seu menino por isso aceitasse o matrimônio e adquirisse um carinho imenso pela plebeia que fazia seu castelo barulhento.

Viúva e com três filhos a duquesa continuou seu caminho, sozinha acompanhada somente dos seus pequenos. Mesmo com a permissão da rainha a senhora jamais quis se casar novamente. No seu coração só teve lugar para um homem, seu amado Arnold. Que Deus o tenha!

Em sua posse a fortuna da família se multiplicou. Por ter tido uma vida difícil, lavando e passando para damas da sociedade. Sempre deu muito valor ao dinheiro, algo que encantava o seu falecido marido. Aos olhos dele ninguém seria mais perfeito para usufrui de um título que um dia sua mãe não honrou.

Os anos se passou e as crianças cresceram, bem educados e cientes que eram nobres mais seres humanos. No coração da duquesa,  que viveu um romance intenso, tudo que desejava era que seus filhos tivessem o mesmo destino que ela. Um enlace por amor! Por conhecer seus filhos melhor que ninguém, sabia o que era melhor para eles e de fato um matrimônio por contrato não era ideal. Queria que eles sentissem a grandeza do amor.

Era tarde de sol, mas se encontrava dentro do seu quarto, observando sua única filha, brincar com o irmão do meio. Com um papel a sua frente ela pensava com carinho cada palavra que ia escrever. Era o seu testamento particular aos filhos. O papel que deixasse heranças não era mais importante que palavras singelas de uma mãe a beira da morte.

Molhou a pena na tinta preta e escreveu o nome do destinatário da primeira carta. Antony Alex Sussy Kingston. Seu primogênito e Duque de Kinsey. Ele seria o primeiro a se aventurar nós devaneios do coração de sua mãe.

Totalmente debilitada, com febre alta e tossindo sangue a cada cinco minutos. Deixou tudo claro aos filhos e o futuro da caçula deixou a mercê da futura nora, esposa do seu filho do meio. Heitor o futuro marquês que herdou o título do avô e com tanta pouca idade aprendeu a lidar com suas obrigações a frente do título. Orgulho que sentia dos seus meninos.

Apesar de possuir apenas nove anos de idade, pequena Diana, já aprendeste que os irmãos eram autoridades da casa e na ausência de sua mãe eles ficavam responsáveis pelo seu dote e principalmente pela sua criação. O seu dever era crescer respeitosamente como uma dama da sociedade, mas jamais perder o brilho das suas próprias convicções.

Após a última carta escrita. A duquesa soltou seus cabelos sedosos negros e lembrou dos elogios de seu amado marido. Penteou eles carinhosamente e deixou sua escova na escrivania como de costume. Puxou as cortinas do seu quarto e tudo ficou em um absoluto e confortante escuro. Deitou se na sua cama com lençóis, brancos e macios e se arrumou como uma Lady.

Foi difícil mais aprendeu a se comportar corretamente e de acordo com a rainha sua professora de etiquetas; podia ser uma plebeia de sangue, mas tinhas que honrar o sobrenome do homem que não se importou com o sua classe e sim com seu amor.

As lembranças fizeram beijar o seu anel de diamante delicado, que ganhou quando foi pedida em casamento. Fechou seus olhos. Em uma lembrança linda,  viu seu lindo duque que a chamava com a mão estendida e com um belo sorriso no rosto. Quando recebeu um beijo no torço de sua delicada mão, percebeu que aquele dia seria o último que respiraria.

Duquesa de Kinsey, faleceu em uma tarde ensolarada na sua mansão no campo. Agora seus herdeiros dariam continuidade a história da família. Morreu feliz por ter sido uma mulher amada, pelo marido e pelos três filhos que colocou no mundo. Se casou em um dia ensolarado e morreu também com o sol-posto no céu. Era seu destino, já que seu marido apelidou ela carinhosamente de Sol, do seu mundo.

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Antony, como de costume chegou de suas obrigações do ducado. Resolveu, dar um beijo na mãe, que se encontrava de repouso, por esta debilitada, para se juntar a eles nas tarefas dos dia a dia. Quando abriu a porta do quarto percebeu que a mãe dormia serena e mesmo não acreditando se aproximou e comprovas-te com um toque na fase da senhora, que infelizmente a mulher,  tinha partido.

Desceu as escadas, apressado e o próprio selou o seu cavalo. A galopes rápidos e lágrimas caindo, chegou duas horas depois sem descansar ao castelo. Sem permissão ou anúncio, adentrou pelo lugar que cresceste correndo pelos corredores e abriu a porta principal e viu a figura da mulher já com idade sentada em seu trono, lendo algo.

— Está a procura da rainha ou de um colo de madrinha? — Foi as palavras singelas que Vossa alteza real, pronunciou.

Ao notar que não teve resposta se levantou e no mesmo momentos as pernas fraquejaram quando vento frio entrou pela janela e tocou sua fase. Um beijo. Ela acabou de ganhar um beijo.

— Mamãe faleceu – O duque pronunciou e tudo que sua madrinha fez foi deixar as lágrimas caírem e se sentou com a mão no coração, sentida pela perda. Olhou para janela e se sentiu honrada. Mesmo sem vida ainda vieste fazer a última visita.

A rainha não queria acreditar na infeliz notícia que recebeste naquele momento. Perdeste o seu querido alfaiando que criaste como filho e agora sua indomável e querida filha que adotou carinhosamente. Sem conseguir pronunciar quaisquer palavras, olhou para suas mãos enrugadas e perguntava a sim mesmo, por que enterraste duas pessoas tão novas e ela ainda permaneci ali intacta como uma estátua?

Respirou fundo como fazia perante decisões importantes. Se recompôs na frente do belo rapaz que viste crescer com louvor.

— Se recomponha Duque de Kinsey e prepare um velório digno de uma duquesa. Proclamarei o luto oficial da casa real. Uma filha querida morreste.

— Sim. Vossa alteza – Antony pronunciou perdido em sua dor e colocando o seu chapéu sobre sua cabeça como um milorde se virou e começou a sair da sala do trono.

— Sinto muito filho – A rainha diz baixinho e ele acabou deixando título de lado e correu para os braços da única pessoa que te resta nesta vida, além dos irmãos

— Estarei aqui para tudo meu querido afilhado - Naquele momento não foi a rainha que pronunciaste tais palavras de conforto e sim sua madrinha querida.

A porta se abriu e por ela passou dois homens tão lindos como Antony e a única coisa que era diferente era o título de príncipes. Não foi preciso ouvir explicação alguma, o desespero do amigo de longa data já deixava claro que a mãe que estava inferno vieste a falecer.

Pêsames não seria suficiente no momento. Os, dois, jovens rapazes, adoravam a tia com ideais completamente diferentes que qualquer outra dama que conheceste não possuam.
Eles os amava muito e ficaste desolado com a perca. O primogênito da coroa se retirou silenciosamente, pois, precisava chorar mais não ali na frente de todos. Apesar da tristeza era o futuro rei de Londres e ser fraco não era permitido, cresceste assim, aprendendo a lidar com situações como esta é até piores, como mandar decapitar, um ser humano.

O reino entrara em luto! Por causa de Madalena a plebeia que caiu nas graças da realeza. De lavadeira e esculachada pela sociedade londrinense. Se tornou Duquesa e queridinha da rainha.

— Um romance sem escândalo não é digno de títulos - Foi as palavras que a rainha Elizabeth pronunciou ao abaixar o véu do seu chapéu preto e sair do lugar que sempre odiou, o cemitério.

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Iniciando este romance lindo para vocês❤️
Deixo claro, que o vocabulário será um pouco difícil mas, de faço entendimento. Espero!
Boa leitura meus Amores🍀

 TESTAMENTO DA DUQUESA  Where stories live. Discover now