Capitulo XXXVI

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"Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama."
Arnaldo Jabor

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Levi mesmo cansado, foi o responsável por colocar Diana para dormir. Logo depois se despediu alguns convidados, tomando a frente da ausência do marido. Os que ficaria junto a família por uma semana, já de encontravam repousando em seus leitos. Suspirou sentindo a cabeça latejar e saiu da ala infantil em rumo do quarto de Heitor.

Com um cuidado extremo, abriu a porta que não rugiu e notou que o jovem dormia todo jogado na cama, de bruços da mesma forma que Antony. Ele sorriu e em passos discretos, acariciou os cabelos pretos rebeldes do cunhado e em seguida, beijou a testa do jovem marquês. Sorriu docemente por vê-lo pelo menos em seu momento noturno, sereno. Desejava que toda a dor do cunhado passasse e que um novo amor, terno o completasse.

Suspirou tão cansado como todos que já dormiam. O dia tinha sido tão produtivo que até uma criança naquela noite tinha vindo ao mundo em plena comemoração de seu casamento. O ruivo estava feliz como jamais esteve em toda sua vida.

Cobriu Heitor, melhor com lençol e se levantou para deixá-lo descansar em paz, mais seu pulso foi segurado pelo cunhado, que sem ao menos abrir os olhos já sabia que quem estava ali era o marido do irmão.somente o ruivo andava pela mansão, comprovando se ele e Diana, dormia confortavelmente, por isso ele perdeu o hábito de trancar a porta. Gostava dos beijos e carinhos de boa noite e também temia que o mais velho, levasse para o lado íntimo e se aborrecesse ao dar de cara com a porta trancada.

— Levi, sentirei saudades de ti – Murmurou e lentamente meio sonolento, abriu os seus olhos e viu o sorriso no rosto do ruivo — Eu te amo, muito – Enfatizou mais agora olhando nos olhos dele, como aprendeu ainda pequeno com o pai.

— Sentirei saudades, mais sempre estarei aqui te esperando. Eu te amo meu cunhado, querido. – Levi respondeu docemente e como uma melodia para os ouvidos do marquês, ele soltou o mais velho e retornou para o seu sonho lindo.

Sim! Heitor sonhava com Helena todas as noites, desde que ela faleceu. Os dois caminhavam sempre por um lindo campo de girassol, sorrindo um para outro e conversando sobre a vida. O seu conforto era saber que ao menos em seus sonhos ela estava radiante e ainda mais linda, como se fosse um anjo. A única pessoa que ele se sentiu a vontade para compartilhar este segredo, foi com sua avó de coração, dona Heize. Ela o confortou explicando ao neto, que ele não estava louco e sim vivendo a delicadeza do seu primeiro amor!

Em passos silenciosos, Levi deixou o leito do cunhando e pegou uma Maria no pulo, descendo as escadas. Ele sorriu, pois, sabia que a mulher daria de cara com um soldado italiano de afundando em álcool, pelo insulto da tarde. Mais para ele estava tudo bem, já que Diana, não era a única que possuía canivete. Mesmo não deixando nítido que andava com uma arma branca, Maria jamais esquecia o seu melhor amigo. O mesmo ensinou a pequena Madá, que sempre andava tão bem armada, como a mãe. O sogro em vida, tinha cuidado com carinho ao presenciar a irmã e a sobrinha.

O jovem duque, caminhava na escuridão dos corredores do andarem, e diferente do habitual, aquela noite todos os quartos estavam, acomodando hóspedes. Seria assim pelo menos uma semana. Os soldados desejavam desfrutar, do ar do campo. Para ele estava tudo bem. Amava a movimentação de casa cheia e a felicidade de Antony por está perto de amigos queridos.

 TESTAMENTO DA DUQUESA  Where stories live. Discover now