Capitulo III

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"Quanto mais próximo o homem estiver de um desejo, mais o deseja; e se não consegue realizá-lo, maior dor sente"
Maquiavel

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Era tarde da noite quando um barulho no fundo da sua padaria chamou atenção da senhora Heize, que ficou ali para preparar uma grande encomenda de docinhos para um baile que teria na mansão dos William. Mesmo sendo mulher possuía sua própria renda, ficaste viúva a muitos anos e na Escócia era sozinha por isso tinha que se virar para sobreviver. Tinha uma filha para sustentar.

Sem medo algum, pois, não era uma dama frágil e muito menos covarde que tinha pavor de meros insetos indefesos. Colocou o rolo de amassar pão em baixo do braço, arrumou os fardos seios para cima, caso precisasse afundaria a cara do ladrão em seu decote. Pronta para uma guerra se fosse preciso pegou a chave do local e foi em passos silenciosos até a porta. Quando tocou na fechadura da porta novamente o barulho só que desta fez tentou abrir a porta. Não se assustou tinha que ser forte para defender aquilo que tinha construído com muito suor. Respirou fundo e abriu a porta rápida e como rolo preste para acerta a cabeça do maldito ela recuou rápido quando notou o rosto familiar.

— Levi? O que faz aqui está tarde da noite – Pergunto olhando para o seu menino que estava com um terrível hematoma no rosto e um olhar rápido notou as mãos do rapaz toda machucada.

Tinha entrando em uma luta, corpo a corpo? És a questão!

– Entre meu filho está muito frio-Puxou ele pelos braços e não se importou por ser uma senhora e está sozinha com um homem. Tinha noção que mesmo tratando ele como um menino já era um homem de vinte anos.

— E.. Ele...-Não conseguiu, responde nada. Estava tremendo muito e deixavas as lágrimas caírem como bebê recém-nascido.

Vendo aflição do jovem a senhora que ele estimava, correu até a pilha encheu um copo de água e voltou rápido e entregou o corpo para ele que aceitou e em gole rápido.

Respirou fundo e olhou nos olhos da mulher que em tão pouco tempo tinha sido tudo em sua vida. Ele era sozinho, mas com ela se sentia parte de algo. Sua amizade já bastasse mais a forma de chamar de filho enchia seu coração de vontade de continuar tentando ser livre.

— Quando acordei fui até meu baú que guardava minhas economias e não tinha absolutamente nada. Estava vazio – Explicou e claro a senhora compartilhou de sua tristeza afinal amanha seria o dia que compraria sua casa seu pequeno refúgio.

— Foi ele? Aquele cretino que fingi ser padre perante esta sociedade – Bravejou alto e rapidamente começou solta, palavras que Levi acreditava que era de sua terra natal. A senhora de curvas grande e pele clara, estava irritadíssima; percebeu pelo tom da voz que a mulher esbravejava. Deixando claro sua raiva pelo sacana do padre, que se pegasse a própria mataria, mesmo que a rainha a condenasse a morte. Iria morrer digna por fazer justiça.

— Tudo bem senhora Heize – Sussurrou — Tudo que preciso agora é apenas de um cantinho para dormir. Além de roubado fui chutado e chamado de filho do cão e não era digno para permanecer na casa do senhor.

O, céus! Tudo piorava agora a senhora Heize tão pacífica, batia com o rolo de pão na mesa de mármore aonde amassa suas massas. No coração só tinha raiva e o desejo de vingança. Se seu marido fosse vivo jamais deixaria esta história assim. Naquele momento a única coisa que sentia era frustração por ser mulher. Se vestisse calças certamente sendo nobre ou plebeu suas palavras teriam força.

 TESTAMENTO DA DUQUESA  Where stories live. Discover now