6. The truth

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Lily Brooks • POV

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Lily Brooks • POV

— Como assim, Charles? — questionei quando ele não disse mais nada. — O que você quer dizer com isso?

— Merda! — ele resmungou baixinho e passou as mãos no rosto. Chaz finalmente teve coragem de olhar nos meus olhos e ele parecia nervoso demais, de uma forma que eu nunca tinha visto antes. — Eu... É uma coisa complicada. — gaguejou. — Eu não sei nem como te contar, não tem um jeito bom pra contar isso.

— Não esconda nada de mim. — pedi baixinho.

Chaz respirou fundo mais uma vez, parecendo procurar as palavras certas para usar. Eu estalava meus dedos enquanto aguardava o tempo dele, ficando cada vez mais nervosa a cada segundo que passava.

O que poderia ser de tão sério assim? Não passava nada pela minha cabeça. Não conseguia pensar em nada.

Depois de longos minutos de completo silêncio e nervosismo entre nós, Chaz resolveu começar a falar, mesmo sem as palavras certas.

— Um mês antes de eu sair de casa eu conheci os caras. — começou. — Você sabe que eu estava em uma situação complicada, não tinha mais como eu continuar morando com os nossos pais mas eu não queria depender deles para me manter. Eu precisava de grana, e eu precisava de grana rápido. — ele pausou. — Os caras já eram evolvidos com tráfico e eu fiz alguns serviços pra eles. Era uma grana fácil e muita grana, era a única solução que eu podia pensar naquela altura. Eu criei uma amizade com eles e então eles me deram essa ideia de entrar para a gangue deles, eu estava meio cego com tudo isso, queria vazar daquela casa logo mas nunca conseguiria fazer isso em um emprego legal sem depender do nosso pai, então eu topei. Desde então eu estou envolvido com isso até o pescoço. — disse tudo rápido demais mas eu consegui entender bem.

Eu estava em choque.

O que meu irmão estava ali me dizendo? Ele era um criminoso, um traficante. Essa seria a última coisa que se passaria pela minha cabeça, a última coisa que eu esperava dele. Mas agora tudo faz mais sentido: a forma como Chaz enriqueceu rápido, a grana que ele ostenta sem ser a que ele recebe do papai, todos os segredinhos que ele tem com os garotos... Ele era um criminoso.

Chaz me olhava com olhos receosos como se estivesse a espera de que eu dissesse alguma coisa, mas eu não conseguia. Era como se as palavras tivessem fugido de mim enquanto tudo o que ele me disse ecoava na minha cabeça sem parar. Meus olhos estavam marejados e eu mordi o lábio inferior para não chorar, minhas mãos estavam trêmulas.

— Tem mais uma coisa que você precisa saber. — disse devagar e com cuidado. — Algo que está acontecendo agora.

Eu não sabia se aguentava mais coisa, já era informação demais para um dia só. Mas eu preferia saber de uma vez só, queria acabar de uma vez com todos esses segredos então apenas acenei com a cabeça para que ele continuasse.

ULTRAVIOLENCEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora