33. Guilty

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Justin Bieber • POV

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Justin Bieber • POV

Estava tudo escuro, eu forcei minhas pálpebras para abri-las mas elas pareciam coladas uma na outra, me impedindo de olhar ao meu redor. Mas ainda assim eu pude sentir alguém segurar minha mão, a pele fria fez meu coração disparar de uma maneira estranha como se eu reconhecesse aquele toque.

— A gente acabou em um quarto de hospital, podemos recomeçar em um. — a voz doce invadiu meu canal auditivo, a voz me causou arrepios e me trouxeram memórias como uma onda inevitável.

       Victoria estava deitada naquela cama desconfortável de hospital, a única coisa que comprovava que ela estava mesmo viva era o som do monitor cardíaco apitando.

Depois que ela caiu daquele barranco por minha culpa ela ficou inconsciente então eu me apressei em trazê-la até o hospital para garantir que ela ficaria bem. Porra, tudo o que eu tinha dito tinha sido da boca pra fora, mesmo que ela tivesse sido a porra de uma vadia traiçoeira eu não queria ter machucado ela, não mesmo.

Ela também teve algum problema com falta de sangue, o que complicou por terem tido que tirar o feto de dentro dela já que ele não tinha sobrevivido ao acidente. Felizmente meu sangue era compatível com o dela e eu pude doar a quantidade necessária para que os médicos conseguissem salvar sua vida, o impacto com a pedra tinha sido realmente forte.

Mas mesmo com esse detalhe eu não acreditava que ela iria ser grata à mim quando acordasse, afinal, ela tinha perdido o bebê por minha culpa.

Seu cabelo loiro estava espalhado pelo travesseiro branco, sua pele estava mais pálida do que o normal e seus lábios não se encontravam avermelhados como o habitual. Ela tinha alguns fios ligados à ela que monitoravam seu estado.

Prendi a respiração por um momento ao tocar na sua mão, que estava gelada como sempre. Não importava o que acontecia, sua mão sempre estava gelada. Seu peito subia e descia de um modo calmo como se ela estivesse em paz na sua inconsciência e de certo modo eu também me acalmava por ver que ela estava viva e bem.

— Acabei de conversar com o médico que está responsável por ela. — a voz de Chaz me assustou, olhei por cima do ombro para a direção da porta e o encontrei encostado no batente da mesma. — Ele me contou que houveram complicações no útero dela durante a remoção do feto e que as chances dela ter se tornado infértil são grandes, eles realizarão alguns exames a mais para ter certeza.

— É culpa minha. — voltei a minha atenção para a loira inconsciente deitada naquela maldita cama de hospital. — Eu não tinha o direito de ter tirado isso dela, Victoria sempre quis ser mãe.

— Você não teve a intenção, Justin, não se cobre tanto.

— Não, a culpa é toda minha. — falei firme, voltando a olhar para o meu melhor amigo. — Eu não me preocupei em medir a força para empurrar ela porque eu estava com raiva, no fundo eu quis machucá-la. A culpa é minha, olha onde ela está por minha causa. — gesticulei para o hospital. — E já aconteceu muita coisa com ela por minha culpa. Ela já levou facadas de uma gangue rival, já foi baleada, já teve o carro sabotado... Todas as vezes que ela veio parar na porra de um hospital foi culpa minha. Eu sou feito de culpa, Chaz.

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